Buscar

Dreno de Tórax

Prévia do material em texto

3° ano - Técnica Cirúrgica丨Antonio Hugo Perri da Silva - T II ⚕
Técnica Cirúrgica - VI Período
Dreno de Tórax: ,
➥ Caracterísitcas Gerais:
- A utilização de um dreno de tórax é
frequentemente utilizada em situações em que é
necessário ação rápida e imediata
- Apesar disso, cuidados com esterilidade,
analgesia, técnica adequada e biossegurança são
sempre necessárias
➥ Indicações:
● Pneumotórax Complexo:
- Pneumotórax recorrente, persistente,
hipertensivo ou bilateral
● Pneumotórax em pacientes ventilados por
pressão positiva
● Hemotórax
● Derrame pleural grande sintomático ou
recidivante
● Empiema
● Quilotórax
- Derrame pleural em feto ou RN
➥ Contraindicações:
- São contraindicações relativas as normalidades
hematológicas como diátese hemorrágica e
coagulopatias
➥ Material:
- Sempre que possível RX de tórax deve ser obtida
antes de passar o dreno
- Matérias estéreis como máscaras luvas ….
- Solução degermante
- Campos
- Anestesia local
- Dreno
○ O seu tamanho é determinado pelo seu
diâmetro interno
○ O tubo possui marcações que
corresponde às porções inseridas dentro
do tórax,
○ É fenestrado na porção distal,
○ Apresenta uma tira radiopaca utilizada
para con�rmar o correto posicionamento
do dreno pelo Rx
○ É necessário clampear a extremidade
proximal e distal do dreno com uma
pinça, para auxiliar a passagem do dreno
○ O diâmetro do dreno é baseado na
indicação do mesmo. Pneumo com
paciente estável 16 a 22 French, Em
pacientes com DÇ pulmonar de base
tubos de 22 a 28 French. Para �uídos
viscosos 28 a 32 French
- Curativo oclusivo
1
➥ Marcos Anatômicos:
- Paciente em posição supina ou com cabeceira
elevada
- Braço lateral deve ser abduzido ao máximo, ou
colocado atrás da cabeça
- A porção é de�nida como triângulo de segurança,
que anteriormente pela borda lateral do músculo
peitoral maior, posteriormente pela linha axilar
média, que também é a borda anterior do
latíssimo do dorso e inferiormente pela linha
traçada na altura mamilar
- Lembrar que nas mulheres a linha mamilar pode
ser pouco con�ável
- Esse triângulo deve ser localizado
aproximadamente entre 4° e 5° espaço
intercostal, na linha axilar anterior
- Localize a clavícula,em seguida conte as costelas,
descendo através da parede torácica anterior
- Ao contar o IEC correto mover a mão
lateralmente ao longo do espaço, em direção a
linha axilar anterior
- O dreno deve ser inserido na margem superior da
costela inferior, isso pois na margem inferior das
costelas passam vasos e nervos
Técnica de Drenagem de Tórax: .
1. Limpar o espaço com solução degermante
2. Cobrir com campo estéril
3. Anestesia:
- Pele, TCSC, TC profundos, pleura
parietal e periósteo da costela abaixo do
local de inserção
- Inicialmente fazer um botão anestésico
super�cial e em seguida aprofundar as
estruturas até tocar no periósteo
4. Incisão de aproximadamente 2 cm,
5. Realizar divulsão com pinça Ke�y ou tesoura
metzenbaum
6. Utilize o indicador para explorar o trajeto criado,
após a dissecação dos TC será possível encontrar
a pleura parietal
7. Empurrar delicadamente a pinça para dentro da
pleura parietal, podendo sentir uma discreta
resistência ao ser rompida
8. Após isso, inserir o dedo para veri�car se o
pulmão não está aderido a parede torácica, pois
isso pode prejudicar a progressão do tubo
9. Passar o dreno através da incisão, soltando a
pinça quando achar que bem posicionado
2
10. A profundidade do dreno deve respeitar as
marcações numéricas ao longo do dreno, isso pois
se �car mal colocado pode causar quadros como
en�sema subcutâneo
11. Para �xar o dreno deve-se utilizar pontos simples
interrompidos ou sutura em U contínua, as
extremidades livres do �o devem abraçar ao redor
do dreno e serem amarradas múltiplas vezes
(bailarina) para mantê-lo no lugar
12. Após o dreno ser �xado, um curativo umedecido
deve ser enrolado ao redor dele, seguido por
gazes secas ao seu redor
13. Uma radiogra�a de tórax deve ser realizada para
con�rmar o posicionamento adequado, a tira
radiopaca deve ser encontrada dentro do espaço
pleural, caso contrário deve ser trocado o dreno
14. Não se deve empurrar a tubulação para dentro,
pois porções não estéreis podem entrar na
cavidade
15. Antes de desobstruir a extremidade distal do
dreno, conecte-a ao seu sistema de drenagem, em
seguida pode ser retirada a outra pinça
16. Se líquido presente subira o volume presente
dentro do dreno, com o selo d'água, caso seja ár
ocorrerá borbulhos
17. O sistema de drenagem deve ser mantido
aproximadamente 1 m abaixo do nível do paciente,
para evitar re�uxo
➥ Complicações:
- Sangramento e hemotórax
- Perfuração traumática do pulmão, câmaras
cardíacas, diafragma ou órgãos abdominais
- Neuralgia intercostal por trauma do feixe
neurovascular intercostal
- Obstrução intermitente do dreno por coágulos ou
dendritos
- En�sema subcutâneo
- Edema pulmonar de reexpansão por retirada de
mais 1 a 1,5 L de líquido em menos de 30 min
- Infecção local de inserção e empiema
➥ Retirada:
- Depende da indicação
- Nos casos de pneumotórax a cessação das bolhas
e estabilidade clínica do paciente e a reexpansão
pulmonar presente na radiogra�a
- Realizar Rx de tórax 12 a 24 h após a última
evidência de escape de ar antes de remover o
dreno
- Em casos de drenagem de líquido, assim que o
volume for menor que 200 mL em 24 h e ele for
seroso, o dreno pode ser retirado
- Uma radiogra�a de tórax deve ser realizada entre
12 a 24 hr após a remoção
3
Resumo Dreno de Tórax:
- Palpar 5° EIC (nível do mamilo, na linha axilar)
- Antissepsia com degermante
- Colocar campo cirúrgico
- Anestesia linear e profunda
- Incisão na pele
- Divulsão até costela
- Margem superior da costela inferior
- Colocar dedo no furo para sentir a pleura
- Perfurar a pleura com a pinça (sentir-se discreta
resistência)
- Introduzir o cabo, junto com a pinça, empurrar até
chegar a segunda pinça, soltar a primeira em
seguida
- Conectar o tubo ao dreno
- Saltar a pinça de segurança
- Fixar com sutura em U (3 ponto)
- Bailarina
- Curativo úmido oclusivo, e gaze seca por cima
4

Continue navegando