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Resenha Crítica_ Administração _ Teoria das organizações

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A TEORIA CLÁSSICA DE ORGANIZAÇÃO
MARCH, J. G. E SIMON, A. H. Teoria das organizações. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1975
	A obra intitulada “Teoria das organizações” escrita por Herbert Simon e James March em 1975 discorre sobre o advento da teoria da decisão. É sabido que Simon tornou-se a grande referência no campo da Teoria das Organizações no que se refere à solução de problemas e à tomada de decisão. Já March encontrava-se fascinado pelo comportamento organizacional e pelo funcionamento do cérebro humano.A presente obra encontra-se dividida em cinco partes, esta resenha irá abordar o capítulo dois que discorre num primeiro momento sobre as decisões rotineiras e as decisões críticas; posteriormente temos uma analogia psicológica. 
Em sequência, o conceito de caráter de uma organização; o caráter como capacidade distinta; política e decisão crítica e por fim, as funções da liderança constitucional. Segundo os autores, muito do que cremos a respeito das organizações deriva do bom senso e da experiência prática.Outro aspecto importante foi que a partir desta obra, abriu-se um novo campo de discussão permitindo a aplicação da teoria da clássica de organização. Vale ressaltar que nas teorias organizacionais há uma busca constante por elementos que possam auxiliar ao tomador de decisão diminuir os efeitos da racionalidade limitada. 
De forma explícita as decisões programadas são rotineiras e repetitivas, possíveis de se desenvolver processos para evitar que estes eventos precisem ser tratados de maneira inédita, isto explica por que este tipo de decisão é comumente identificada nos níveis hierárquicos inferiores. Já as decisões não-programadas são as decisões de consequências importantes e grandes riscos para as organizações.Cogita-se que o processo decisório pode ser entendido como sendo a definição de um problema, o levantamento das informações que envolvem esse problema, feito por meio de critérios previamente determinados e as escolhas feitas pelo indivíduo ou uma organização para a solução desse problema.
Salienta-se que a burocracia weberiana constituiu a terceira base da teoria clássica de organização, sendo a primeira Taylor e a segunda Fayol. Uma das principais lacunas do modelo clássico é o fato de não permitir contraposição da teoria com a realidade das organizações. O modelo crítico, exige da liderança distinguir entre qualquer escolha ou a escolha social, isto é, estas decisões afetam o desenvolvimento institucional de forma positiva ou negativa. 
Sobre a tomada de decisão,reabre-se a discussão segundo a qual as organizações nunca podem ser perfeitamente racionais, porque os seus membros têm habilidades limitadas de processamento de informações. A ênfase dos estudos recai exclusivamente sobre os “fatores fisiológicos” de adaptação do “organismo humano” às tarefas (MARCH & SIMON, 1972, p. 32).
Os princípios métodos de Taylor tornaram-se conhecidos como administração científica,March e Simon veem as contribuições do taylorismo, não como uma teoria ou ciência, mas como um conjunto de procedimentos técnicos, já que ela opta principalmente por “variáveis neurofisiológicas”, podendo ser comparada mais com a “invenção do microscópio do que com altas especulações filosóficas” (MARCH & SIMON, 1972,p. 41). 
Passamos adiante para entender resumidamente a analogia psicológica, March & Simon (1975) lembram “a preocupação com os processos somáticos não visa sua salvaguarda, mas o que tange os problemas emocionais e de caráter" (MARCH & SIMON, 1975, p.36). Em consequência disso nota-se que o termo liderança conota uma experiência crítica antes que uma prática de rotina, isto é, a supervalorização do aparato de comunicação e administração se opõe a liderança e ao desenvolvimento de liderança, outro fator importante é o caráter como capacidade distinta. 
Em relação a liderança organizacional a assertiva “a liderança cria e molda uma organização personificando as premissas do valor político” (MARCH & SIMON, 1975,p.52) de fato pode ser útil reter esta ideia de adaptação dinâmica visto que a liderança reconcilia rivalidades internas e pressão do ambiente externo. Os autores distinguem dois níveis na evolução da Teoria clássica: A Teoria Fisiológica da organização e a Teoria da Departamentalização.O primeiro, decorrente principalmente das ideias de Taylor, focaliza as atividades materiais básicas envolvidas na produção, caracterizando-se pelo estudo de tempo e métodos já o nível seguinte, denomina-se departamentalização, que volta-se para a divisão do trabalho e a coordenação departamental. 
Podemos citar como exemplo, as tarefas que compreendem atividades produtivas, auxiliares, de coordenação e de supervisão onde os gerentes de nível médio que se destacam são denominados líderes do trabalho e os administradores de níveis inferiores são os denominados operacionais, isto é, supervisionam as operações da organização.Comumente, estes executivos focalizam as questões de longo prazo e enfatizam a sobrevivência, crescimento e eficácia geral da organização. 
Há registros históricos de que a estruturação da organização está internamente ligada à política quanto ao estabelecimento de um sistema de representação de interesses.Na visão de March e Simon (1972), a gerência administrativa necessita analisar o “complexo de tarefas”. Já segundo Fayol (1947), organizar significa construir a dupla estrutura, material e humana, do empreendimento.Isso sem contar que para Taylor emerge-se a eficiência, ou seja, dê ao operário um incentivo, para que desempenhe a sua função da melhor maneira possível e em bom ritmo. 
Em resumo, embora com mais cautela, endossa, certamente, as bases de departamentalização.A obra também envolve diversos aspectos sobre a teoria da departamentalização, regida pelo princípio da homogeneidade que tem como objetivo alcançar operações mais eficientes e econômicas, neste caso o ambiente é considerado um estímulo ou sistema de estímulos bem definidos.Consequentemente,nota-se a necessidade de distinguir analiticamente entre decisões que fazem políticas e as que servem a uma política.Os autores citam como exemplo, a qualidade do produto que pode ser um fator determinante no caráter organizacional. 
Dado o exposto, conclui-se que as decisões difíceis tem pouco haver com a eficiência está intimamente conectada a maneira pela qual as Extension Services torna-se institucional e absorve compromissos para com a prática de interesse de grupos.O problema não está no nível de envolvimento, mas na reformulação da necessidade,sendo o estudo da formação de caráter organizacional uma fase da análise organizacional. Em virtude dos fatos mencionados podemos concluir que as Teorias filosóficas das organizações tem como objetivo estimar a forma das funções essenciais em que se baseiam as hipóteses.Entretanto,para a Ciência administrativa clássica o seu intuito é promover a comprovação das proposições e fazer com que as definições das variáveis se tornem operacionais. 
Vale destacar a clareza e o detalhamento com que são apresentadas as ideias, Outra virtude do livro é que ele não se restringe a apresentar apenas a teoria das organizações, mas também seu contexto histórico. Cada capítulo é estruturado de forma a apresentar a definição e suas características principais, para aprofundar o estudo a estrutura permite não apenas apresentar os conceitos básicos, mas também apontar caminhos para sua aplicação imediata e para a realização de estudos complementares.A complexidade nas situações, a exigüidade e a multiculturalidade, expõe ao gestor situações externas ao ambiente nativo, sendo que o processo decisório tem os prazos cada vez mais reduzidos, diante deste cenário a diferença entre o sucesso e fracasso está em transformar os desafios em novas oportunidades.
Após uma breve leitura já conseguimos ver a teoria estuda diverge dos rumos principais na evolução das teorias tradicionais, visto que no primeiro se discorre sobre a obra de Taylor que focaliza as atividades materiais e posteriormente temos Gulick e Urwickque se preocupam com os problemas da organização representados pela divisão de trabalho e coordenação departamental. Indicada para leigos e profissionais, a leitura desta obra faz com que descubramos uma expertise que nos levem a refletir sobre os conceitos da teoria na prática. Em vista dos argumentos apresentados podemos compreender como a teoria clássica organizacional influencia a Sociologia das Organizações. 
REFERÊNCIA
MARCH, James Gardner; SIMON, Herbert Alexander. Teoria das organizações. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1972.
WEBER, Max. Os três aspectos de autoridade legítima. In: ETZIONI, Amitai. Organizações complexas: um estudo das organizações em face dos problemas sociais. São Paulo: Atlas, 1967. p. 17-26.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990.
SIMON, Herbert Alexander. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1965.

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