Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Alice Iris MedUfma TXV 1 EIXO II Caso 01: hipertensão 1. Entender a etiologia, o perfil epidemiológico, fatores de risco e a sintomatologia da hipertensão arterial sistêmica. Compreender o processo de diagnóstico e tratamento (medicamentoso e não medicamentoso) - Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial, que é caracterizada por uma elevação sustentada dos níveis pressóricos > 140 e/ou 90mmHg. - Associa-se com distúrbios metabólicos, alterações funcionais e estruturais de órgãos-algo CLASSIFICAÇAO - Normotensão, pré-hipertensão, hipertensão do jaleco branco, hipertensão mascarada, hipertensão sistólica isolada e hipertensão que pode ser classificada em 3 estágios HIPERTENSÃO - Medidas feitas em consultório e fora dele, utiliza-se aferições repetidas, em condições ideais, em duas ou mais ocasiões HIPERTENSÃO DO JALECO BRANCO - Valores anormais da PA no consultório, mas com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA HIPERTENSÃO MASCARADA - Valores normais de PA no consultório, mas com PA elevada pela MAPA ou MRPA HIPERTENSÃO SISTÓLICA ISOLADA - PAS aumentada com a PAD normal Crises hipertensivas - Níveis pressóricos muito elevados que causem ou tenham grande potencial de causar lesões orgânicas de forma aguda constituem episódios de crises hipertensivas (CH) Urgências hipertensivas (UH): pacientes clinicamente sintomáticos em que há elevação acentuada da pressão arterial diastólica (PAD) com valores > 120 mmHg sem lesões de órgãos-alvos (LOA) aguda e progressiva. user Destacar user Sublinhar Alice Iris MedUfma TXV 2 Emergências hipertensivas (EH): pacientes clinicamente sintomáticos em que há elevação acentuada da pressão arterial com pressão arterial sistólica (PAS) >180mmHg e PAD > 120 mmHg com LOA aguda e progressiva. EPIDEMIOLOGIA - Atinge 32,5% de indivíduos adultos; 60% dos idosos e contribui direta ou indiretamente para cerca de 50%. No Brasil são mais de 38 milhões de brasileiros, com 18 anos ou mais, diagnosticados com a doença, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (2019) doenças cardiovasculares - Os resultados das razões de prevalência ajustados por características sociodemográficas para os anos de 2008- 2013-2019 demonstraram que a prevalência é maior entre as mulheres, nas pessoas mais velhas, com baixa escolaridade e residentes das regiões Sul e Sudeste, como reportado por estudos anteriores Perfil epidemiológico da hipertensão arterial na região nordeste do brasil – revista 2019 o Utilizou dados disponibilizados pelo DATASUS em 2012. Bahia apresentou mais casos e Sergipe o menor. o Maior percentual no sexo feminino e em pessoas > 60 anos Perfil epidemiológico da hipertensão arterial sistêmica em pacientes atendidos em hospital público o Hospital público em Goiânia o Analisados 103 prontuários de pacientes com média de idade de 14,12-59,41 anos. o Os principais fatores de risco foram sedentarismo, história de doença cardiovasculares na família, idade acima de 60 anos e obesidade HIPERTENSÃO É MAIS COMUM EM NEGROS o Pessoas negras são mais propensas a desenvolverem hipertensão no Brasil o A principal hipótese remete ao tempo do tráfico de escravizados, em que pessoas negras morriam durante a viagem por desidratação; aquelas que tinham mais quantidade de sódio no corpo retinham mais água no organismo, sobrevivendo ao trajeto; essa predisposição genética teria passado de geração em geração o Outra condição diz respeito às condições socioeconômicas dos afrodescendentes, que tendem a ser inferiores às da população branca o Estudo de um cardiologista que acompanhou as características clínicas de 15mil pessoas FATORES DE RISCO - Idade, sexo, obesidade, ingestão exacerbada de sal, ingestão de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e a questão genética - Até o momento, sabe-se que o vírus SARS- CoV-2 liga-se à enzima conversora de angiotensina 2 (ECA-2), diminuindo a atividade desse tipo de receptor e levando a aumento da permeabilidade vascular. Este receptor tem uma expressão maior nos pulmões e no coração, sendo fundamental para o funcionamento desses sistemas.23 Em pacientes com HAS e DM, existe um aumento desse tipo de receptor em comparação com a população saudável, o que user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 3 pode levar ao desenvolvimento de quadros mais severos da doença. - Obesidade: envolve mecanismos bastante complexos; envolvem aumento concomitante do consumo de sódio, débito cardíaco, síndrome metabólica, resistência à insulina, disfunção endotelial, alterações do perfil de liberação de adipocinas e ácidos graxos pelo tecido adiposo, aumento da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso simpático. - Estudo realizado na Índia mostrou uma relação significativa do tabagismo com a prevalência da HAS. Fumar um cigarro eleva momentaneamente a pressão arterial, podendo, o seu efeito se manter por até duas horas. Estudos estimam um aumento de até 20mmHg na pressão sistólica após o primeiro cigarro do dia. Além disso, o cigarro aumenta a resistência às drogas anti-hipertensivas, fazendo com que elas funcionem menos que o esperado. - O tabagismo também aumenta o risco de complicações cardiovasculares secundárias em hipertensos e aumenta a progressão da insuficiência renal. Além disso, a cessação do tabagismo pode diminuir rapidamente o risco de doença coronariana entre 35% e 40% fisiopatologia - O aumento do volume intravascular, justamente com a resistência vascular periférica e a produção reduzida de vasodilatadores podem levar a uma maior instabilidade de vasos sanguíneos e consequentemente a CH; - Ativação do sistema renina-angiotensina: leva a uma instabilidade de fluxo ao órgão, que por si só não tem capacidade autorregulatória adequada Papel dos rins no CONTROLE A LONGO PRAZO DA PRESSAO ARTERIAL E NA HIPERTENSAO: O SISTEMA INTEGRADO DE REGULAÇAO DA PRESSAO ARTERIAL o O controle, a longo prazo, da pressão arterial está intimamente relacionado à homeostasia do volume de líquido corporal, determinado pelo balanço entre a ingestão e a eliminação de líquido. o SISTEMA RIM-LÍQUIDO CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL o Se o volume sanguíneo aumenta e a capacitância vascular não é alterada, a pressão arterial se elevará também. Depois dos rins excretarem esse volume, a pressão normaliza o EX: a pressão da lampreia é de apenas 8 a 14mmHg, e continuamente ela ingere água salgada, que é incorporada a seu sangue e aumenta a pressão. No entanto, o rim user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 4 excreta esse volume excessivo pela urina, reduzindo a pressão o No ser humano, o débito urinário de água e de sal é tão sensível, se não mais, às alterações da pressão quanto na lampreia - A elevação da pressão arterial no ser humano por apenas alguns mmHg pode duplicar o débito renal de água, um fenômeno chamado diurese de pressão, bem como duplicar a eliminação de sal, chamada de natriurese de pressão. - Pressão arterial de 50mmHg, o débito urinário é praticamente nulo - Sob 100mmHg, seu valor é normal, e sob 200mmHg é cerca de seis a oito vezes maior que o normal o O sistema rim-líquidos corporal se tornou fundamental para o controle a longo prazo da pressão arterial. Uma adição importante foi o mecanismo da renina- angiotensina. o Pressão arterial = DC x Resistência periférica total IMPORTÂNCIA DO SAL NO ESQUEMA RIM- LÍQUIDOS CORPORAIS PARA O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL o A água pura normalmente é excretada pelos rins, com quase a mesma rapidez comque é ingerida, o que não ocorre com o sal. O acúmulo de sal no corpo também eleva, de modo indireto, o volume de líquido extracelular por dois motivos básicos: 1. Excesso de sal no líquido extracelular aumenta a osmolalidade do líquido, faz com que a pessoa beba muita água e por consequência o volume do líquido extracelular aumenta, o que aumenta também a pressão arterial 2. Aumento da osmolalidade aumenta também o mecanismo secretor do hipotálamo-hipófise posterior a liberar maior quantidade de hormônio antidiurético. Esse hormônio faz com que os rins reabsorvam quantidade muito aumentada de água pelos túbulos renais, reduzindo o volume excretado de urina e elevando o volume do líquido extracelular. o A quantidade de sal acumulada no corpo é o principal determinante do volume do líquido extracelular o Se a capacidade vascular não aumentar ao mesmo tempo que o aumento do volume do líquido extracelular e do sangue, o user Destacar user Sublinhar user Sublinhar user Destacar user Sublinhar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 5 acúmulo extra de pequena quantidade de sal no corpo pode acarretar elevação considerável da pressão arterial (isso é verdade quando não há elevação da capacidade vascular) o A hipertensão crônica é causada pelo déficit da função renal - Na hipertensão grave, a pressão arterial médica pode se elevar para 150 a 170 mmHg, com pressão diastólica de até 130mmHg e pressão sistólica atingindo, ocasionalmente, até 250mmHg o Os efeitos letais da hipertensão ocorrem por três modos principais: 1. Trabalho cardíaco excessivo leva à insuficiência cardíaca e à doença coronariana precoces, frequentemente causando a morte por ataque cardíaco 2. Leva vasos sanguíneos cerebrais importantes a morte: infarto cerebral (AVC) 3. Quase sempre lesa os rins: insuficiência renal, uremia e morte o Hipertensão causada por excesso de Aldosterona o A aldosterona aumenta a intensidade da reabsorção de sal e de água pelos túbulos renais, aumentando o volume do sangue e do líquido extracelular, desenvolvendo hipertensão. SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA: SEU PAPEL NO CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL o Renina: enzima proteica liberada pelos rins quando a pressão arterial cai para níveis muito baixos. Sua resposta consiste em elevar a pressão arterial de diversos modos, contribuindo para a correção da queda inicial da pressão o Renina age enzimaticamente sobre a proteína plasmática globulina Angiotensinogênio, liberando angiotensina I (peptídeo com 10 aminoácidos) o Alguns segundos depois, é formado angiotensina II, em grande parte, convertida nos pulmões. - Angiotensina II é um vasoconstritor extremamente potente e afeta a função circulatória por outros modos. No entanto, permanece no sangue por apenas 1 ou 2 minutos, por ser rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas e teciduais. - Angiotensina II tem efeito de vasoconstrição em muitas áreas do corpo com rapidez; o que aumenta a resistência periférica total e, por consequência, aumenta a pressão arterial - Angiotensina II diminui a excreção de sal e de água, o que eleva lentamente o volume do líquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial durante as horas e dias subsequentes o Sistema Renina-angiotensina é suficientemente potente para elevar a pressão arterial, no mínimo, até a metade user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 6 do normal alguns minutos após hemorragia intensa. Hipertensão causada por um tumor secretor de renina ou por isquemia renal o Ocasionalmente, ocorre um tumor das células secretoras de renina, secretando enorme quantidade dessa substância, levando a alta quantidade de formação de angiotensina II - Em todos os pacientes, nos quais ocorreu esse fenômeno, desenvolve-se hipertensão grave RIM ÚNICO: Hipertensão de Goldblatt o Quando um dos rins é removido e um constritor é colocado na artéria renal do rim remanescente, o efeito imediato é a pressão muito diminuída na artéria renal - A pressão arterial sistêmica começa a se elevar, o que continua a acontecer durante muitos dias - O nome é em homenagem a Harry Goldblatt, que foi o primeiro a estudar as características quantitativas importantes da hipertensão ocasionada por constrição da artéria renal o A elevação inicial da pressão arterial é causada pelo mecanismo vasoconstritor da renina-angiotensina, ou seja, devido ao baixo fluxo sanguíneo pelo rim após a constrição aguda da artéria renal, grande quantidade de renina é secretada pelo rim, o que aumenta a angiotensina II e a aldosterona no sangue o Cenário similar ocorre em pacientes com estenose da artéria renal de único rim remanescente, como ocorre algumas vezes após a pessoa receber um rim transplantado. o Aumentos funcionais ou fisiológicos da resistência de arteríolas renais, devido à aterosclerose ou aos níveis excessivos de vasoconstritores, podem provocar hipertensão pelos mesmos mecanismos da constipação da principal artéria renal Hipertensão de Goldblatt de “Dois rins” o A artéria de apenas um rim é comprimida; o O rim com constritor secreta renina e retém sal e água, devido à diminuição de sua pressão arterial renal o O rim normal retém sal e água devido à renina produzida pelo rim isquêmico o A angiotensina II e aldosterona circulam para o rim oposto e acarretam retenção de sal e água o Assim, ambos os rins por diferentes razões passam a ser retentores de sal e água, com consequente desenvolvimento de hipertensão Hipertensão na Pré-Eclâmpsia (Toxemia Gravídica) o Uma das manifestações da pré-eclâmpsia é a hipertensão que, em geral, desaparece após o parto o As substâncias liberadas pela placenta isquêmica provocam disfunção de células endoteliais vasculares em todo o corpo, incluindo os vasos sanguíneos renais. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 7 - Essa disfunção diminui a secreção de óxido nítrico e de outras substâncias vasodilatadoras, ocasionando vasoconstrição, redução da intensidade de filtração de líquido pelos glomérulos para os túbulos renais, comprometimento da natriurese renal por pressão e desenvolvimento de hipertensão o Espessamento das membranas glomerulares renais (talvez causado por processo autoimune), que também reduz a filtração glomerular de líquido. Hipertensão Neurogênica o Pode ser causada por forte estimulação do sistema nervoso simpático. - EX: quando a pessoa se torna excitada por qualquer razão ou durante estados de ansiedade, o sistema simpático fica excessivamente ativo, resultando em vasoconstrição periférica generalizada e hipertensão aguda o O sistema nervoso simpático desempenha uma função importante em algumas formas de hipertensão crônica, em grande parte pela ativação dos nervos simpáticos renais. - EX: excesso de peso e a obesidade frequentemente conduzem à ativação do sistema nervoso simpático, o que estimula os nervos simpáticos renais, prejudica a natriurese da pressão renal e provoca hipertensão crônica. Hipertensão – Causas Genéticas o Hipertensão monogênica: causada pela mutação de gene único o Todas causam reabsorção excessiva de sal e de água pelos túbulos renais o Em alguns casos, a desordem é no transporte de sódio ou de cloreto nas células epiteliais tubulares renais; em outros, é devido ao aumento da síntese da atividade hormonal o É rara e representam menos de 1% da hipertensão humana Hipertensão Primária (Essencial) o Cerca de 90 a 95% dos casos de hipertensão o A origem é desconhecida, em contraste comas formas de hipertensão secundárias a casas conhecidas, tais como a estenose de artéria renal ou formas monogênicas de hipertensão o Sobrepeso e obesidade podem se responsáveis por até 65% a 75% do risco de desenvolvimento de hipertensão primária 1. Débito cardíaco aumentado: - Fluxo sanguíneo adicional necessário para a maior quantidade de tecido adiposo - Maior necessidade metabólica e crescimento dos órgãos e tecidos fazem com que o fluxo sanguíneo também aumente; Pessoas obesas 2. Atividade nervosa simpática - É aumentada nos pacientes com sobrepeso; sugere-se que hormônios, como a leptina, liberados pelas células adiposas, podem estimular, de forma direta, múltiplas regiões do hipotálamo, o que, por sua vez, tem influência excitatória sobre os centros vasomotores do bulbo - Diminuição da sensibilidade dos barorreceptores arteriais em amortecer os aumentos na pressão arterial de pessoas obesas user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 8 3. Níveis de angiotensina II e aldosterona o Os níveis são elevados por duas a três vezes em muitos pacientes obesos 4. Mecanismo na natriurese por pressão renal comprometido o Os rins não excretam a quantidade adequada de sal e de água, a menos que a pressão arterial esteja alta ou que a função renal melhore de alguma forma o A sensibilidade ao sal fica mais sensível à medida que a pessoa envelhece, especialmente, após aos 50 ou 60 anos de idade Regulação hormonal da pressão sanguínea 1) renina-angiotensina-aldosterona (RAA). - Quando o volume de sangue cai ou o fluxo sanguíneo para os rins diminui, as células justaglomerulares dos rins secretam renina na corrente sanguínea. Na sequência, a renina e a enzima conversora de angiotensina (ECA) atuam sobre seus substratos para produzir o hormônio ativo angiotensina II, que aumenta a pressão arterial de duas maneiras. Em primeiro lugar, a angiotensina II é um potente vasoconstritor; isso aumenta a pressão arterial ao aumentar a resistência vascular sistêmica. Em segundo lugar, estimula a secreção de aldosterona, a qual aumenta a reabsorção dos íons sódio (Na+) e água pelos rins. A reabsorção de água aumenta o volume sanguíneo total, o que eleva a pressão arterial. 2) Epinefrina e norepinefrina. - Em resposta à estimulação simpática, a medula da glândula suprarrenal libera epinefrina e norepinefrina. Esses hormônios aumentam o débito cardíaco ao elevarem a velocidade e força das contrações cardíacas. Também causam constrição das arteríolas e veias na pele e órgãos abdominais e dilatação das arteríolas no músculo cardíaco e esquelético, o que ajuda a aumentar o fluxo sanguíneo para o músculo durante o exercício. 3) Hormônio antidiurético (HAD). - O hormônio antidiurético (HAD) é produzido pelo hipotálamo e liberado pela Neurohipófise em resposta à desidratação ou à diminuição no volume sanguíneo. Entre outras ações, o HAD causa vasoconstrição, o que aumenta a pressão arterial. Por isso, o HAD é também chamado vasopressina. O HAD também promove o deslocamento de água do lúmen dos túbulos renais para a corrente sanguínea. Isso resulta em aumento no volume sanguíneo e diminuição na produção de urina 4) Peptídeo natriurético atrial (PNA). - Liberado pelas células do átrio do coração, o PNA reduz a pressão arterial ao causar vasodilatação e promover a perda de sal e água na urina, o que reduz o volume sanguíneo. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 9 2. Contexto de saúde-paciente: atuação médica, ACS, SUS, como deveria ser melhor abordado o tratamento, orientação de atividade física, tratamento não medicamentoso anamnese - Deve-se coletar do paciente: 1. PA usual e situações que desencadeiam seu aumento (ansiedade, dor, sal, etc.); 2. Comorbidades; 3. Uso de fármacos anti-hipertensivos (dosagem e adesão); 4. Uso de fármacos que possam aumentar a PA (anti-inflamatórios, corticoides, simpatomiméticos, etc.); 5. Uso de drogas licita e ilícitas (principalmente para drogas adrenérgicas como a cocaína); o Maior frequência de hiato auscultatório, que se caracteriza quando, após a ausculta dos sons iniciais, ocorre o desaparecimento dos sons e o seu reaparecimento em níveis pressóricos mais baixos, o que subestima a verdadeira pressão sistólica. Pode-se evitar este tipo de erro palpando o pulso radial e inflando o manguito até o seu desaparecimento (20 a 30mmHg acima deste nível). o Pseudo-hipertensão, caracterizada por níveis pressóricos falsamente elevados, devido ao enrijecimento da parede arterial, que dificulta a oclusão da artéria. Podemos identificar esta situação com a Manobra de Osler que consiste em inflar o manguito até acima do nível da pressão sistólica e palpar a artéria radial. Nos pacientes que apresentam calcificação vascular a artéria permanece palpável (sinal de Osler positivo). ANÁLISE DE LESAO AO ORGAO ALVO Sistema cardiovascular: dor ou desconforto no tórax, abdome ou dorso; dispneia, fadiga e tosse. Verificar frequência cardíaca, alterações e assimetrias de pulso, galope, sopros. Sistema nervoso: vertigem, cefaleia, alteração de visão, audição ou fala, nível de consciência ou coma, agitação, delírio ou confusão cardíaca e vasculares. Sistema renal e geniturinário: alterações no volume ou na frequência miccional ou no aspecto da urina, hematúria, edema, desidratação, massa e sopros abdominais. Eclâmpsia A eclampsia é caracterizada pela PA elevada com sinais de lesão de órgão alvo durante a gestação que evolui com crise convulsiva durante o parto ou até duas semanas após o parto. Além das condutas especificas para a eclampsia, é necessário também o controle pressórico. É necessário atentar-se aos anti-hipertensivos que podem ser utilizados na gestação, como a hidrazina. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 10 Avaliação complementar - Exames de rotina para o paciente hipertenso é diferenciado: possui a mais o ritmo de filtração glomerular estimado, creatinina plasmática, ácido úrico plasmático e ECG TRATAMENTO o Os protocolos atuais recomendam, inicialmente, modificações no estilo de vida que objetivam aumento das atividades físicas e perda de peso na maioria dos pacientes. Infelizmente, muitos pacientes são incapazes de perder peso, e o tratamento farmacológico com fármacos anti-hipertensivos deve ser iniciado o Duas classes gerais de fármacos são usadas para tratar a hipertensão: - Fármacos vasodilatadores, que aumentam o fluxo sanguíneo renal e ritmo de filtração glomerular - Fármacos natriuréticos ou diuréticos, que reduzem a reabsorção de sal e de água o Os fármacos vasodilatadores em geral causam vasodilatação em muitos outros tecidos corporais além dos rins. Os diferentes fármacos agem de uma das seguintes maneiras: 1) Inibição de sinais nervosos simpáticos para os rins ou pelo bloqueio da ação da substância transmissora simpática na vasculatura renal e túbulos renais 2) Relaxar diretamente os músculos lisos da vasculatura renal 3) Bloqueio da ação do sistema renina- angiotensina-aldosterona o Os fármacos que reduzem a reabsorção de sal e de água pelos túbulos renais incluem aqueles que, em particular, bloqueiam o transporte ativo de sódio através da parede tubular - Dieta DASH: Hábito alimentar que envolve consumo de frutas, hortaliças e laticínios com baixo teor de gordura, cerais integrais, frango, peixe e frutas oleaginosas, além de recomendar a redução da ingestão de carnevermelha, doces e bebidas com açúcar. Obs² recomendado que hipertensos com níveis de PA mais elevados ou que possuam mais de 3 FR, diabetes, LOA ou cardiopatia façam um teste ergométrico antes de realizar exercícios físicos em intensidade moderada Tratamento medicamentoso: O objetivo do tratamento é reduzir os níveis pressóricos, utilizando alguns medicamentos, sendo as principais classes: Diuréticos, Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) e user Destacar user Destacar user Máquina de escrever A creatinina alta é um marcador de função renal. Ou seja, o resultado elevado indica que os órgãos não estão tendo a capacidade de filtrar o sangue adequadamente. user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 11 bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) Diuréticos: Seu mecanismo de ação está relacionado, inicialmente, com seus efeitos natriuréticos, com diminuição do volume extracelular. Evidências mostram que os diuréticos reduzem a PA e diminuem a morbimortalidade CV. Nesse contexto, prefere-se administrar os tiazídicos ou similares (clortalidona, hidroclorotiazida e indapamida) em doses baixas, pois são mais suaves e com maior tempo de ação, reservando-se os diuréticos de alça (furosemida, bumetanida) para casos de insuficiência renal e situações de edema. Betabloqueadores: Agem promovendo uma diminuição inicial no débito cardíaco e da secreção de renina, diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas e os fármacos de 3ª geração (carvedilol e nebivolol) possuem efeito vasodilatador por mecanismos diferentes alimentação o “Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com HAS” contemplam as recomendações de alimentação necessárias ao autocuidado para usuários com HAP. user Destacar user Destacar user Destacar Alice Iris MedUfma TXV 12 Exercício físico o Exercícios aeróbios - Caminhadas, dança, ciclismo, natação e corrida - Início gradativo, respeitando o limite fisiológico individual - Frequência de 3 a 5 vezes por semana, pelo menos 30 minutos por dia o Exercícios anaeróbicos - Musculação, saltos, abdominais, flexões e agachamentos - Início gradativo, respeitando o limite fisiológico individual - Frequência de 3 a 5 vezes por semana Saúde bucal o Por ser o paciente idoso; HAD causa vasoconstrição,o que aumenta a pressão arterial
Compartilhar