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Exame físico pediátrico do trato genitourinário

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1 Mayra Alencar @maydicina | P3 MEDICINA UNIT AL 
[HAB.CLÍNICAS|-|AULA|8] 
EXAME DO APARELHO GENITOURINÁRIO 
GENITÁLIA 
• Verificar se é típica masculina ou feminina. 
• Meninos: 
o Procurar testículos na bolsa escrotal e na região 
inguinal. Palpação do testículos: tópicos, 
retráteis, presença de tumorações ou líquidos. 
Checar se há testículo ectópico. 
 
o Verificar se há exposição da glande e, havendo, 
observar se há epispadia ou hipospadia. 
▪ Hipospádia: é a abertura anormal do meato 
uretral na face ventral do pênis. Trata-se de 
anomalia congênita secundária ao 
desenvolvimento inadequado da uretra e 
estruturas adjacentes. 
▪ Epispadia: é a abertura do meato uretral em 
qualquer posição na face dorsal do pênis. 
Trata-se de anomalia muito rara. 
 
o Verificar a existência de anomalias: fimose, 
parafimose, balanoposite. 
▪ Fimose: impossibilidade de se fazer a retração 
do prepúcio para expor a glande peniana. 
 
▪ Parafimose: um prepúcio de abertura estreita 
é retraído e não retorna à sua situação normal. 
Produz-se compressão da glande que diminui 
o retorno venoso, gerando edema e dor 
acentuados do órgão. A exploração 
semiológica revela edema de glande e 
prepúcio, sem sinais de infecção, 
identificando-se o meato uretral em posição 
normal. 
 
▪ Balanopostite: é a inflamação concomitante da 
glande e do prepúcio, causada geralmente por 
dermatite de fralda ou por infecções 
instaladas na região. 
EXAME DE TRANSILUMINAÇÃO 
 
2 Mayra Alencar @maydicina | P3 MEDICINA UNIT AL 
 
É colocada uma lanterna abaixo do testículo para avaliar se 
há presença de alguma massa. 
• Meninas: 
o Verificar se há sinequia (aderência) de pequenos 
lábios, hipertrofia de lábios vulvares, de clitóris 
(comuns na hiperplasia congênita de 
suprarrenal). 
o Simetria dos grandes lábios. 
o Presença de pilificação ou tumoração. 
o Coloração da mucosa e introito vaginal. 
o Presença de secreções 
o Presença de anomalias: 
▪ Hímen imperfurado: a causa mais freqüente de 
obstrução urinária no recém-nascido de sexo 
feminino. Manifesta-se no período neonatal 
pelo hidrometrocolpos (distensão do útero e 
vagina) ou por hidrocolpos (distensão apenas 
da vagina), que podem comprimir uretra, 
bexiga e ureteres. Revela-se sob forma de 
massa hipogástrica que, às vezes, pode atingir 
a altura da cicatriz umbilical. O exame da 
genitália mostrará o hímen protruso e não 
pérvio. 
 
▪ Prolapso uretral: anomalia de causa 
desconhecida que acomete meninas ao redor 
dos 12 anos, preferencialmente negras. 
condição é sugerida pela queixa de disúria, 
pela presença de secreção genital 
serossangüínea e massa vermelha escura 
acima do orifício vaginal. O exame da genitália 
identifica o orifício vaginal patente abaixo de 
massa circular que se projeta através do 
meato uretral. 
 
▪ Cisto parauretral: também raro. E formado 
provavelmente por obstrução ou degeneração 
cística de remanescentes embrionários do 
seio urogenital, de duetos mülleriano ou 
wollfiano. O conteúdo tem aspecto leitoso. O 
exame da genitália põe à mostra uma massa 
parauretral deslocando o meato urinário. 
 
▪ Prolapso de ureterocele: 
▪ Sarcoma botrióide da vagina: é o tumor gênito-
urinário mais comum nos primeiros 5 anos de 
vida. Exterioriza-se como massa vagin al com 
sangramento. Seu aspecto clássico é 
comparado a um "cacho de uvas", e a criança 
 
3 Mayra Alencar @maydicina | P3 MEDICINA UNIT AL 
elimina ocasionalmente algumas vesículas 
avermelhadas junto com o sangue. 
 
▪ Sinéquia de pequenos lábios: é produzida pela 
higiene inadequada da genitália, com 
consequente aderência dessas estruturas 
anatômicas, alteradas por inflamação e 
ulceração decorrentes de dermatite 
amoniacal. Pode ser facilmente desfeita pela 
tração dos pequenos lábios ou pela introdução 
de instrumento entre os mesmos. Muitas vezes 
não se consegue visualizar o orifício vaginal 
em virtude da intensidade da aderência. 
Nesses casos, a urina passa por um pequeno 
orifício da sinéquia. 
• Casos de anormalidades da diferenciação sexual 
devem ser identificados. 
• Caso a genitália seja ambígua, não se deve dizer o 
sexo do RN até que se faça uma melhor avaliação e 
se tenha tal certeza (em alguns casos, essa 
determinação só vai ser possível após análise de 
alguns exames, como o cariótipo). 
ÂNUS 
• Procurar perfuração anal (alguns recém-nascidos 
podem nascer com ânus imperfurado) e avaliar o 
pregueamento de esfíncter. Neste momento, 
devemos observar a presença de mal formações, 
fissuras e outras lesões. 
DESENVOLVIMENTO PUBERTÁRIO (TANNER) 
A puberdade é o fenômeno biológico que se refere às 
mudanças fisiológicas e morfológicas resultantes da 
reativação dos mecanismos neuro-hormonais do eixo 
hipotalâmico-hipofisário-gonadal. As principais 
manifestações da puberdade são o estirão puberal e as 
mudanças na composição corporal, além do 
desenvolvimento gonadal, dos órgãos de reprodução, das 
características sexuais secundárias e dos sistemas e 
órgãos internos. Ocorre grande variabilidade no tempo de 
início, na duração e na progressão do desenvolvimento 
puberal. Considera-se atraso puberal a ausência de 
caracteres sexuais secundários em meninas a partir dos 
13 anos; e em meninos a partir dos 14 anos. A 
monitorização do desenvolvimento puberal é feita pela 
classificação de Tanner, que estudou e sistematizou a 
sequência dos eventos puberais em ambos os sexos, em 
cinco etapas, considerando, quanto ao sexo feminino, o 
desenvolvimento mamário e a distribuição e a quantidade 
de pelos; e no masculino, o aspecto dos órgãos genitais e 
também a quantidade e a distribuição dos pelos pubianos. 
 
4 Mayra Alencar @maydicina | P3 MEDICINA UNIT AL

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