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Exame Físico Abdominal

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Exame Físico Abdominal 
ANATOMIA DO ABDOME 
 
Os limites do abdome são o diafragma, a bexiga e o 
útero; sendo que, o diafragma é o limite superior, 
enquanto a bexiga e o útero são o limite inferior. No 
entanto, a gravidez e o bexigoma podem alterar esses 
limites. 
REGIÕES DO ABDOME 
 
Hipocôndrio Direito – Fígado e vesícula biliar; 
Epigástrio – Extremidade pilórica do estômago, 
duodeno, pâncreas e porção do fígado; 
Hipocôndrio Esquerdo – Estômago, baço, cauda do 
pâncreas e flexura esplênica do cólon; 
Flanco Direito – Rim direito, adrenal direita, cólon 
ascendente e porções do duodeno e jejuno; 
Mesogástrio – Omento, mesentérico, parte inferior 
do duodeno, jejuno e íleo; 
Flanco Esquerdo – Rim esquerdo, adrenal esquerda, 
cólon descendente e porções do jejuno e íleo; 
Fossa Ilíaca Direita – Ceco, apêndice e extremidade 
inferior do íleo; 
Hipogástrio – Íleo e bexiga; 
Fossa Ilíaca Esquerda – Cólon sigmoide. 
Obs.: Durante a inspiração profunda, algumas 
estruturas torácicas se projetam para o abdome. 
Assim, o ventrículo direito se projeta para região 
epigástrica e os seios costofrênicos se projeta para 
região dos hipocôndrios. 
Obs.: O intestino delgado está em todas as regiões, 
exceto no epigástrio. 
Obs.: O cólon transverso é móvel na região do 
mesogástrio e hipogástrio, 
QUADRANTES DO ABDOME 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
No exame físico, certas estruturas não são 
habitualmente alcançadas, sendo elas: 
• Vesícula 
• Duodeno 
• Pâncreas 
• Rins 
• Grandes vasos 
• Gânglios 
VASCULARIZAÇÃO DO ABDOME 
De modo geral, a maior parte da irrigação do abdome 
é pela aorta abdominal, enquanto a drenagem venosa 
é feita pela veia cava inferior e pelo sistema porta-
hepático (em especial nas vísceras digestivas). 
 
A aorta abdominal é a continuação da aorta torácica, 
após o hiato aórtico do diafragma. Uma vez que ela é 
responsável pelo fornecimento sanguíneo de 
praticamente tudo no abdome e na pelve, é uma 
artéria de grande calibre e dá numerosos ramos. 
O trajeto da aorta abdominal é bastante simples à 
Após passar através do hiato aórtico (T12), desce 
ligeiramente para a esquerda das vertebras lombares, 
com a veia cava inferior mesmo à sua direita. A aorta 
terminal ao nível de L4, bifurcando em artérias ilíacas 
comuns direita e esquerda. 
Existem 10 ramos principais da aorta abdominal. É 
possível depará-los de acordo com a parte do abdome 
e da pelve que fornece em ramos: viscerais (órgãos), 
parietais (parede abdominal) e terminais. 
1. Artérias frênicas inferiores 
2. Tronco celíaco 
- Artéria gástrica esquerda 
- Artéria esplênica (artérias gástricas curtas, artéria 
gastroepiploica esquerda e artérias pancreáticas) 
- Artéria hepática comum (artéria gástrica direita, 
artéria gastroduodenal, artéria gastroepiploica 
direita, artéria pancreaticoduodenal superior, 
artéria hepática direita, artéria cística e artéria 
hepática esquerda) 
3. Artéria mesentérica superior 
- Artéria pancreaticoduodenal inferior 
- Artérias jejunal e ileal 
- Artéria cólica médica 
- Artéria cólica direita 
- Artéria ileocólica 
4. Artérias suprarrenais médias 
5. Artérias renais 
6. Artérias gonadais 
7. Artérias lombares 
8. Artéria mesentérica inferior 
- Artéria cólica esquerda 
- Artérias sigmoideas 
- Artéria retal superior 
9. Artérias sacral mediana 
10. Artérias ilíacas comuns 
- Artéria ilíaca externa 
- Artéria ilíaca interna 
A artéria mesentérica superior é a principal artéria que 
nutre o tubo digestório, nutrindo desde o jejuno e íleo 
até a metade direta do intestino grosso. Já, a artéria 
mesentérica inferior nutre a metade esquerda do 
intestino grosso. Além disso, as artérias renais são 
responsáveis por uma irrigação nutricional e funcional 
renal. 
 
A veia porta hepática é uma veia que recebe todo o 
sangue venoso proveniente do estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, pâncreas e baço. Ela surge 
da confluência das veias mesentérica superior e 
esplênica. Ela entra no fígado através da tríade portal 
em conjunto com a artéria hepática e o ducto biliar. A 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
função da veia porta hepática é transportar sangue 
venoso das regiões do abdome para os sinusoides do 
fígado, onde ele é processado e filtrado. 
 
As vias biliares são o conjunto de ductos encarregados 
de transportar a bile até a vesícula, onde a secreção se 
armazena e, posteriormente, segue até o intestino 
delgado, onde exerce a sua ação digestiva. Abrangem, 
portanto, uma série de ductos intra-hepáticos e outra 
série de ductos extra-hepáticos, que se encontram 
dentro e fora do fígado, respectivamente. 
A confluência dos canalículos e dos pequenos ductos 
biliares dá lugar à formação de dois ductos biliares 
maiores que emergem da parte inferior do fígado: o 
ducto hepático direito e o esquerdo. 
Pouco antes da sua saída do fígado, ambos se unem e 
formam o ducto hepático comum, com cerca de três 
cm de comprimento, que se divide em duas 
ramificações: o ducto cístico, que chega até a vesícula 
biliar, e o colédoco, que chega até o duodeno depois 
de atravessar a cabeça do pâncreas. 
 
à Coledocolitíase é a presença de cálculos biliares, os 
quais podem permanecer na vesícula biliar, sair ou ficar 
presos nos ductos biliares. Esses causam cólica biliar, 
pancreatite biliar ou colangite (inflamação e infecção 
biliar). os sintomas podem incluir dor abdominal, 
icterícia, náusea e vômito. 
INERVAÇÃO 
Inervação Simpática: Plexo celíaco. 
Inervação Parassimpática: Nervos vagos direito e 
esquerdo. 
Estas fazem sinapses em dois plexos: (1) mioentérico 
– Auerbach e (2) submucoso – Meissner. 
 
DIGESTÃO E ABSORÇÃO 
Boca: Amilase e lipase salivar 
Estômago: Secreção gástrica. 
Obs.: O estômago é formado por 4 camadas de 
tecidos – serosa, muscular, submucosa e mucosa. 
Destaca-se que a mucosa gástrica é formada por 
epitélio colunar simples. O fundo gástrico tem células 
parietais que secretam ácido e fator intrínseco que se 
liga as moléculas de vitamina B12, carreando-as até a 
mucosa do íleo, onde são absorvidas. No antro/piloro 
existem células G gastrina. 
Intestino Delgado: Máxima absorção de enzimas 
pancreáticas e bile. 
Obs.: Grande área permite grande ressecções, exceto 
a ressecção do íleo terminal, pois ele absorve sais 
biliares e vitamina B12. Como consequência tem-se 
diarreia e anemia macrocítica 
• Vitamina B12 – No estômago, o pH ácido une-se a 
proteína R, a qual é secretada pela saliva; assim, a 
vitamina B12 juntamente com a proteína R deixa o 
estômago com o fator o fator intrínseco. No 
intestino delgado, as proteases pancreáticas 
separam a proteína R da vitamina B12 e, 
consequentemente, a vitamina B12 se liga ao fator 
intrínseco. No íleo, este complexo se liga a 
receptores e aí a vitamina B12 é ativamente 
absorvida. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
• Ferro – A acidez gástrica contribui para absorção 
do ferro, principalmente na porção proximal do 
delgado. 
• Água e Eletrólitos – O intestino delgado absorve 
grande quantidade de água e eletrólitos. 
• Vitaminas A, D, E e K: São vitaminas hidrofóbicas e 
pela proteção das micelas, que são hidrofílicas, 
chegam a atravessar as camadas de água e muco 
que revestem o epitélio intestinal. 
EXAME FÍSICO ABDOMINAL 
Para um bom exame abdominal são necessárias uma 
boa iluminação e a exposição total do abdome, desde 
a região do apêndice xifoide até a sínfise púbica. A 
virilha deve ficar visível, mesmo que a genitália seja 
mantida coberta. 
Posição do Paciente 
• Decúbito dorsal; 
• Pernas e braços estendidos; 
• Travesseiro embaixo do pescoço e ombros (evitar 
contração do abdome); 
• Cabeceira da cama no máximo em 15º; 
• Temperatura adequada; a sala não pode estar 
muito fria, pois o paciente irá contrair mais a 
musculatura. 
Obs.: Para avaliação de hérnias, o paciente deve estar 
em pé. 
Posição do Médico 
Deve-se examinar sempre a direitado paciente, 
exceto para manobras especificas do baço e fígado. 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
TIPOS DE ABDOME 
 
Abdome Normal ou Atípico – Plano e sem alterações do 
volume abdominal. 
Abdome em Avental – Sobreposição da parede 
abdominal sobre as coxas quando o indivíduo está em 
pé (ex.: grandes obesos). 
Abdome Globoso – Aumento do diâmetro 
anteroposterior de maneira uniforme (ex.: ascite, 
distensão gasosa e obesidade). 
Abdome Pendular – Tem um aspecto semelhante ao 
abdome em avental, resultando da fraqueza da 
musculatura do abdome inferior, não estando 
necessariamente associado à obesidade (ex.: após 
cirurgia bariátrica ou no puerpério). 
Abdome Gravídico ou Piriforme – Próprio do período em 
que a mulher está gravida (ex.: gravidez avançada). 
Abdome Ascítico ou Batráquio – Aumento do diâmetro 
transversal em relação ao diâmetro anteroposterior; 
sendo mais bem visto em decúbito dorsal. 
Abdome Escavado – Retração da parede abdominal 
devido desnutrição proteico-calórica (ex.: pessoas 
muito emagrecidas). 
SIMETRIA 
Abdome Simétrico – É observado em condições 
normais, sendo levemente abaulado. 
Abdome Assimétrico – Observado em condições 
patológicas, como hepatoesplenomegalias, neoplasias, 
hérnias de parede, megacólon e síndromes obstrutivas. 
ABAULAMENTOS 
É observado em: 
• Distensões de alças intestinais 
• Hérnias da parede abdominal 
• Hepatomegalia 
• Esplenomegalia 
• Tumores abdominais, pélvicos ou retroperitoneais 
• Cistos de ovários 
• Cistos hidaticos (Echinococcus granulosus) 
• Útero gravídico 
• Bexigoma 
RETRAÇÕES 
São depressões, observadas em bridas pós cirúrgicas e 
caquexia. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
CICATRIZES 
 
CIRCULAÇÃO COLATERAL 
Circulação colateral, do ponto de vista semiológico, 
significa a presença de circuito venoso anormal visível 
ao exame da pele. 
Indica dificuldade ou impedimento do fluxo venoso 
através dos troncos venosos principais (cava inferior, 
cava superior, tronco venoso braquicefálico, ilíacas 
primitivas, veia cava). Por causa desse obstáculo, o 
sangue se desvia para as colaterais previamente 
existentes, tornando-se um caminho vicariante capaz 
de contornar o local ocluído, parcial ou totalmente. 
Direção do Fluxo Sanguíneo: É determinada com a 
seguinte técnica: comprime-se com as polpas digitais 
dos dois indicadores, colocados rentes um ao outro, 
um segmento da veia a ser analisada; em seguida, os 
dedos vão se afastando lentamente, mantida constante 
a pressão, de modo a deslocar a coluna sanguínea 
daquele segmento venoso. 
Quando os indicadores estão separados cerca de 5 a 
10 cm, são imobilizados e se assegura se realmente 
aquele trecho da veia está exangue. Estando vazia a 
veia, executa-se a outra parte da manobra, que 
consiste em retirar um dos dedos, permanecendo 
comprimida apenas uma das extremidades. Feito isso, 
procura-se observar o reenchimento daquele 
segmento venoso: (a) se ocorre o enchimento 
imediato da veia, significa que o sangue está fluindo no 
sentido do dedo que permanece fazendo a 
compressão; (b) permanecendo colapsado o segmento 
venoso, repete-se a manobra, agora descomprimindo-
se a outra extremidade e verificando se houve 
enchimento do vaso. A manobra deve ser repetida 2 
ou 3 vezes para não haver dúvida, e, ao terminá-la, o 
examinador terá condições de saber em que sentido 
corre o sangue. 
 
Cava Superior – A rede venosa colateral vai se 
distribuir na metade superior da face anterior do 
tórax; às vezes, também na parte posterior, nos braços 
e no pescoço. A direção do fluxo sanguíneo pode ficar 
restrita ao sistema venoso do tórax ou incluir as veias 
da parede abdominal, indicando que o sangue procura 
alcançar a veia cava inferior através das veias 
xifoidianas e torácicas laterais superficiais. 
Além da rede de veias, costumam surgir os seguintes 
sinais: estase jugular bilateral não pulsátil, cianose e 
edema localizado na porção superior do tronco, 
pescoço e face. 
Esse tipo de circulação colateral se instala quando há 
um obstáculo na veia cava superior, seja compressão 
extrínseca por neoplasias ou outras alterações 
mediastinais, principalmente do mediastino superior. 
 
Tipo Porta – O obstáculo pode estar situado nas veias 
supra-hepáticas, no fígado ou na veia porta. A rede 
venosa vicariante localiza-se na face anterior do 
tronco, principalmente nas regiões periumbilical, 
epigástrica e face anterior do tórax. A direção do fluxo 
sanguíneo será de baixo para cima, do abdome para o 
tórax, à procura da veia cava superior através das veias 
xifoidianas e torácicas laterais. Quando a circulação 
colateral se torna mais intensa, podem-se ver vasos 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
nos flancos e fossas ilíacas. Neste caso, a direção da 
corrente sanguínea é de cima para baixo, do abdome 
para os membros inferiores, à procura da veia cava 
inferior. Outras vezes, a rede venosa colateral se 
concentra na região umbilical, de onde se irradia como 
os raios de uma roda, ou, melhor comparando, como 
as pernas de aranha que se destacam de um corpo 
central – o umbigo – recebendo o nome de circulação 
colateral tipo “cabeça de Medusa”. 
 
Cava Inferior – O obstáculo situa-se na veia cava 
inferior, e a circulação colateral vai se localizar na parte 
inferior do abdome, região umbilical, flancos e face 
anterior do tórax. O sangue fluirá no sentido 
abdometórax à procura da veia cava superior. 
A causa mais frequente desse tipo de circulação 
colateral é compressão extrínseca por neoplasias 
intraabdominais. 
 
HÉRNIA 
Trata-se de uma protusão sacular de uma ou mais 
vísceras causadas por um defeito da parede abdominal, 
seja por solução de continuidade da parede (cirurgia) 
ou flacidez da musculatura. 
O saco herniário geralmente é de alça de intestino de 
delgado ou grosso, mas pode ser de bexiga ou 
epíploon (omento). 
 
Manobra de Valsalva: Solicita-se que o paciente 
assopre em uma das mãos fechadas e com isso ocorre 
o aumento da pressão intra-abdominal, permitindo a 
avaliação de herniações. 
 
HEMATOMAS, EQUIMOSES E 
ALTERAÇÕES DA PELIFICAÇÃO 
Sinal de Cullen: Equimoses nos flancos. 
Sinal de Grey-Turner: Equimoses na cicatriz 
umbilical. 
Obs.: Ambos ocorrem na pancreatite necro-
hemorragica. 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS 
Padrão Respiratório Misto (Toracoabdominal) – sexo 
masculino; 
Padrão Respiratório Torácico – sexo feminino. 
MOVIMENTOS PERISTÁLTICOS 
Em geral, não são observados em indivíduos normais. 
Podem ser visíveis em períodos pós-prandiais em 
pacientes emagrecidos com caquexia intensa OU em 
pacientes com obstrução intestinal, a qual está 
associada à dor intensa. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
PULSO AÓRTICO ABDOMINAL 
Pode ser observado em pessoas emagrecidas, 
geralmente na presença de massas localizadas 
próximas ao vaso ou aneurismas. 
AUSCULTA 
RUÍDOS HIDROAÉREOS 
Normoativos ou Borborismos – Reflete a motilidade 
intestinal. Estes estão aumentados, podendo até serem 
audíveis, quando há maior ingesta dede água e 
alimentos ou momentos que antecedem as refeições. 
O paciente relata “meu estômago está roncando”. 
Hipoativos ou Abolidos – Ausência ou diminuição da 
motilidade gastrointestinal, podendo indicar paralisias 
reflexas (ex.: íleo paralítico do pós-operatório de 
cirurgias abdominais devido a manipulação de 
peritônio e alças e íleo paralítico da inflamação 
peritoneal). 
Hiperativos – Aumento da motilidade gastrointestinal 
(ex.: diarreia, sangue no lúmen e estados de obstrução 
intestinal). 
Quando há presença de timbre metálico, este indica 
dilatação e hipertrofia do segmento montante da 
obstrução. 
RUÍDOS VASCULARES 
Sopros – Indicam dilatação e estenoses. Podem surgir 
também no final da gestação. 
 
• Aorta: verificar linha média (ex.: aneurisma da 
aorta); 
• Hepático: verificar na projeção do fígado (ex.: 
tumores e aneurisma da artéria hepática); 
• Baço: verificar no hipocôndrio esquerdo em 
pacientescom baço aumentado (ex.: malária e 
leucemia mielóide crônica); 
• Rim: verificar nos quadrantes superiores (ex.: 
estenose da artéria renal e hipertensão 
renovascular – atentar em jovens com hipertensão 
arterial). 
ATRITOS 
Surgem quando há alteração da textura de órgãos que 
os deixam mais ásperos, ocorrendo principalmente no 
fígado e baço (ex.: tumores hepáticos). Destaca-se que 
são bem raros. 
PERCUSSÃO 
Revela a quantidade e distribuição de gás no tubo 
digestivo. 
Som Timpânico – É variável em cada segmento 
(quantidade de gás e líquidos); é bem nítido no espaço 
de Traube e fossa ilíaca direita. 
Som Maciço – Fígado. 
Anormalidades na Percussão 
Macicez ou Submacicez no Espaço de Traube – Indica 
esplenomegalia, neoplasia retroperitoneal e cisto 
pancreático; 
Grande Aumento do Conteúdo Gasoso – Indica 
hipertimpanismo; 
Desaparecimento da Macicez Hepática e Dor 
Abdominal – Indica ruptura de víscera oca 
(pneumoperitoneo). 
PALPAÇÃO 
SUPERFICIAL 
Examina-se as condições da parede abdominal 
(tonicidade da musculatura e sensibilidade) e observa-
se o aumento de vísceras e tumorações. É feito para 
ganhar a confiança do paciente. 
Técnica: Realiza-se movimentos suaves de 
compressão e descompressão; primeiro com uma mão 
e depois com as duas mãos. Busca-se tensão, 
tonicidade e dor. 
1. Palpação com a mão paralela a linha média – regiões 
mediais (ex.: epigástrio, mesogástrio e hipogástrio); 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
II. Palpação com a mão perpendicular a linha média – 
regiões dos flancos; 
 
III. Palpação com a mão oblíqua a linha média – regiões 
das fossas ilíacas; 
 
PROFUNDA 
Examina-se o conteúdo da cavidade normal e anormal. 
Técnica: Realiza-se movimentos profundos e 
deslizantes durante a expiração (tensão reduzida), com 
uma angulação de +/- 45º das mãos com a parede 
abdominal, utiliza-se de 2 a 3 dedos de cada mão. 
 
Órgãos que podem ser palpados em alguns 
pacientes: 
• Borda inferior do fígado 
• Estômago (grande curvatura) 
• Ceco 
• Cólon transverso 
• Cólon sigmoide 
• Aorta 
Anormalidades na Palpação 
Hipertonia – Representa contração espasmódica 
reflexa da musculatura e irritação do peritônio parietal 
localizada ou extensa. 
• Infeccioso: Apendicite; 
• Químico: Úlcera péptica perfurada; 
• Neoplásico: Metástases peritoneais. 
Obs.: Abdome em Tábua – indica condição máxima da 
irritação peritoneal, estando associado à úlcera 
perfurada. 
O que se deve atentar quando palpa-se massas ou 
tumorações? 
• Localização 
• Consistência 
• Dimensão 
• Forma 
• Superfície 
• Mobilidade 
• Pulsação 
Localização: QSE (ex.: baço, ângulo esplênico do cólon 
e rim esquerdo); 
Sensibilidade: Massas sensíveis (ex.: plastrão do 
epíploon na apendicite aguda, massa inflamatória na 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
doença de Crohn e distensão aguda da cápsula do 
fígado e baço); 
Dimensão, Forma e Consistência: (1) cistos, 
pseudocistos e tumores sólidos – são esféricos; 
(II) fígado pétreo – neoplasia; (III) baço amolecido nas 
infecções agudas – endocardite e mononucleose; 
Superfície da Estrutura Palpada: 
• Lisa (ex.: cistos, pseudocisto e hepatite); 
• Nodular (ex.: cirrose e tumores); 
Mobilidade: 
• Movimenta (está no peritônio); 
• Não movimenta (neoplasias infiltrativas envolvendo 
órgão ou estruturas fixas). 
Obs.: O aneurisma é uma massa expansível a cada 
batimento cardíaco do paciente. 
EXAME FÍSICO 
DE ÓRGÃOS ESPECÍFICOS 
FÍGADO 
Inspeção 
Observar se há algum abaulamento do epigástrio, 
quadrante superior direito e andar superior do 
abdome. 
Percussão 
Deve-se achar o limite superior do fígado: percutir na 
extensão das linhas hemiclaviculares e percutir na 
extensão das linhas paresternais. 
Deve-se achar o limite inferior do fígado: abaixo da 
última costela ou 1 a 2 cm dela. 
Som Claro Pulmonar: 2º ao 4º ou 5º EIC; 
Som Hepático: 5º EIC para baixo; 
Som Timpânico: Abdome. 
Obs.: Lembre-se de que há variações com a inspiração 
e expiração; assim, se estiver em uma inspiração 
máxima, há deslocamento para baixo e, se estiver em 
uma expiração máxima, há deslocamento para cima; 
portanto, o paciente deve estar respirando 
calmamente. 
Sinal de Jobert: Representa o desaparecimento da 
macicez hepática. 
A presença de timpanismo na região da linha 
hemiclavicular, onde normalmente se encontra 
macicez hepática, caracteriza penumoperitôneo. 
Palpação 
Palpação Unimanual: Mão paralela a linha média. Feita 
nos prolongamentos da linhas axilar anterior, 
hemiclavicular e paraesternal. 
Palpação Bimanual: Dedos em garra ou em concha 
durante a expiração (Técnica de Mathieu). 
 
Técnica do Rechaço: Palpação do fígado nas grandes 
ascites e recebendo um contragolpe nas mãos. 
É normal conseguir palpar o fígado de um paciente? 
¼ dos adultos saudáveis pode ter o fígado 1 a 2 cm 
do rebordo costal. 
Destaca-se que quando o fígado é palpável, é 
preciso analisar: 
• Regularidade da superfície 
• Consistência 
• Sensibilidade 
• Pulsação 
Pontos Importantes 
Posição Alterada 
• Fígado Mais Baixo: Grandes derrames pleurais e 
grandes enfisemas; 
• Fígado Mais Alto: Ascite volumosa e tumores intra-
abdominais volumoso. 
Delimitação do Fígado Normal – Método da Percussão 
e Palpação Associados 
• Linha Paraesternal: Até 5 cm; 
• Linha Hemiclavicular: Até 12 cm 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Características Normais da Superfície Hepática 
• Lisa 
• Fina 
• Firme 
• Elástica 
Características Anormais da Superfície Hepática 
• Irregular e Granulações (ex.: cirrose); 
• Saliências ou Nodosidades (ex.: neoplasias); 
• Amolecido (ex.: esteatose); 
• Endurecida (ex.: cirrose, congestão passiva crônica 
e neoplasias); 
• Pétrea (ex.: neoplasia e cisto hidático). 
Dor 
• Difusa: Processos inflamatórios difusos 
(ex.: hepatites); 
• Localizada: Mais intensa e aguda. 
Pulso Hepático 
Trata-se da regurgitação severa da tricúspide. Ocorre 
devido ao sangue venoso da regurgitação e ao sangue 
arterial da artéria hepática dentro do fígado. 
Sistema Venoso Portal 
• Veia mesentérica inferior; 
• Veia mesentérica superior; 
• Veia gástrica esquerda; 
• Veia esplênica 
Mecanismos de Hepatomeglia e Condições Associadas 
 
BAÇO 
Pontos Importantes 
• Não é percutível ou palpado, exceto em 2 a 5% das 
pessoas normais; 
• Comprimento varia de 8 a 14 cm; 
• DPOC com hiperinsuflação pulmonar pode 
rebaixar o diafragma e deslocar o baço; 
• Projeta-se na face lateral do hipocôndrio esquerdo; 
• Relaciona-se topograficamente com estômago, 
flexura esplênica do cólon, rim esquerdo, cauda do 
pâncreas e 9º a 12ª costelas. 
Percussão 
Decúbito Dorsal: Linhas axilar média e axilar anterior, 
do hipocôndrio esquerdo até o flanco; sendo que nas 
linhas axilares tem-se inicialmente som claro pulmonar 
e depois timpanismo. 
• Macicez em algum EIC: Esplenomegalia; 
• Macicez no Espaço de Traube: Grandes 
esplenomegalias. 
Decúbito Lateral Direito: É uma exceção, sendo feita em 
casos de ascite. 
Variante Sofisticada da Técnica: Percussão do 9º EIC na 
linha axilar anterior esquerda durante a expiração 
forçada e na inspiração forçada. 
Sinal de Castell: Timpanismo na expiração forçada se 
transformando em macicez na inspiração, indicando 
esplenomegalia. 
Palpação 
Palpação Unimanual: Palma da mão na cicatriz 
umbilical, ponta dos dedos oblíqua a linha média e em 
direção à linha axilar anterior no seu encontro com a 
última costela. 
 
Palpação Bimanual: Técnica de Mathieu; sendo igual a 
do fígado, porém ficando à esquerda do paciente. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
• Palpação Bimanual em Posição de Schuster 
(paciente deve estar em decúbito lateral direito 
com o membro inferior esquerdo fletido em 90º e 
o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa 
do exame, garantindo equilíbrio ao paciente). 
 
O que pode-se perceber de alterado durante a 
palpação pelastécnicas de palpação bimanual do 
baço? 
• Massa Móvel (pensar no baço) 
• Massa Imóvel (pensar em estruturas 
retroperitoniais) 
Achados e Anormalidades 
Esplenomegalia, hiperplasia da polpa branca, 
hiperplasia da polpa vermelha, congestão, infiltração, 
inflamações, anemias, hipertensão portal, insuficiência 
cardíaca crônica, neoplasias e doenças metabólicas. 
Mecanismos de Esplenomegalia e Condições 
Associadas 
 
VESÍCULA BILIAR 
Pontos Importantes 
• É inacessível à palpação. 
Palpação 
Técnica de Palpação para ver se tem Dor no Ponto 
Cístico: Dedos indicador e médio, pressionar a posição 
lateral do músculo reto abdominal direito com o 
rebordo costal direito e, por fim, solicita-se que o 
paciente faça uma inspiração profunda. 
 
Sinal de Murphy: Na inspiração profunda, durante a 
palpação profunda da vesícula biliar, provocará dor no 
local pressionado e o paciente interromperá o 
movimento respiratório. 
Sinal de Curvousier: Aumento do volume da 
vesícula biliar ao ponto de torná-la palpável com a 
parede da vesícula se distendendo normalmente. Este 
estará presente em obstrução neoplásica do ducto 
hepático comum ou colédoco, tumor da própria via 
biliar e tumor de pâncreas. 
Obs.: Não estará presente em uma parede da vesícula 
já alterada cronicamente como ocorre na colelitíase e 
cálculo obstrutivo do colédoco (coledocolitíase). 
RINS 
Manobra de Giordano: Golpeia-se a região lombar 
no ângulo costo-vertebral com a borda ulnar de uma 
das mãos e os dedos unidos e estendido. Se houver 
percepção dolorosa, o sinal é positivo. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
DETECÇÃO DE ASCITE 
Inspeção 
Pode perceber a ascite (abdome ascítico ou batráquio). 
Obs.: As ascites volumosas podem provocar o 
aparecimento de hérnias e a protrusão da cicatriza 
umbilical. 
Percussão 
Macicez Móvel: Ocorre em casos de ascite de médio 
volume. Quando o paciente está em decúbito dorsal, 
o líquido acumula-se na região lateral do abdome, 
revelando timpanismo na região anterior, quando o 
paciente posiciona-se em decúbito lateral, o líquido 
desloca-se para o mesmo lado, onde fica maciço e a 
região acima fica timpânica. 
 
Semi-Círculo de Skoda: Com o paciente em decúbito 
dorsal, percute-se a região periumbilical do meio para 
as extremidade. Em casos de ascite, observa-se 
alteração do timpanismo. 
 
Manobra do Piparote: Com o paciente deitado, solicita-
se a ele ou a um auxiliar que coloque a margem cubital 
da mão sobre o abdome, exercendo uma pequena 
pressão. O examinador coloca sua mão esquerda, 
espalmada, sobre a parede lateral direita do abdome. 
Com a mão direita, o examinador dá um piparote, com 
o dedo médio, na parede lateral esquerda. As ondas 
líquidas transmitem-se para o lado oposto, sendo 
percebidas pela mão esquerda. 
 
Obs.: Quando é muito tensa, a mão auxiliar pode ser 
dispensada. 
Mecanismos de Ascite e Condições Associadas 
 
PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS 
DOR 
É o sintoma mais frequente das doenças do estômago 
e duodeno. 
• Úlcera Gástrica – Dor em 4 tempos (dói, come, 
passa, dói) 
• Úlcera Duodenal – Dor em 3 tempos (dói, come, 
passa) 
Obs.: A presença de despertar noturno (o paciente 
desperta durante a madrugada com a dor – clocking) 
é sugestiva de úlcera, decorrente do ritmo circadiano 
da secreção gástrica. 
DISPEPSIA 
Trata-se de um grupo heterogêneo de sintomas 
localizados na parte superior do abdome, na maior 
parte das vezes na região epigástrica, atribuídos a 
alterações gastroduodenais. 
Pode ser definida pela presença de um ou mais dos 
seguintes sintomas: plenitude pós-prandial, saciedade 
precoce, epigastralgia e queimação epigástrica. Estas 
podem ou não vir acompanhadas de outros sintomas 
gastrintestinais, como eructações, náuseas e vômitos. 
Causas: Doenças estruturais (gastrite, úlcera péptica 
e neoplasias); doenças metabólicas (gastroparesia); 
doenças funcionais (quando nenhuma causa orgânica 
reconhecível justifica a sintomatologia). 
Plenitude Pós-Prandial: É a sensação de 
persistência prolongada de alimentos no estômago 
após uma refeição, gerando desconforto. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Saciedade Precoce: É a sensação de que o 
estômago está cheio logo após o início de uma 
refeição, impedindo que seja terminada. Pode estar 
presente de forma isolada ou acompanhada de dor 
epigástrica. 
NÁUSEAS E VÔMITOS 
NAÚSEAS: São definidas como uma sensação 
desagradável relacionada à necessidade iminente de 
vomitar, localizada no epigástrio ou na garganta. 
VÔMITO: É definido pela expulsão forçada do 
conteúdo gástrico ou intestinal pela boca, associado à 
contração dos músculos abdominais e torácico. 
• Com grande quantidade de alimentos ingeridos 
horas antes – estase gástrica, obstrução pilórica ou 
duodenal; 
• Com grande quantidade de bile – obstrução 
intestinal alta; 
• Com presença de sangue (hematêmese) – 
sangramento a montante do ângulo de Treitz 
(1a curvatura do duodeno) e pode corresponder a 
hemorragia proveniente de úlcera péptica ou 
câncer gástrico. 
PIROSE 
Dor ou sensação de queimação na região 
retroesternal. 
Causas: Doença do refluxo gastresofágico; úlcera 
péptica; outras doenças do estômago. 
CAUSAS COMUNS DOS 
SINTOMAS GASTROINTESTINAIS 
1) Dor Abdominal 
• Apendicite 
• Pancreatite 
• Diverticulite 
• Úlcera 
• Esofagite 
• Obstrução gastrointestinal 
• Doença inflamatória intestinal 
• Distúrbio funcional do intestino 
• Pedra renal 
• Cálculo biliar 
• Causas ginecológicas 
2) Náuseas e Vômito 
• Medicamentos 
• Obstrução gastrointestinal 
• Distúrbios motores 
• Distúrbio funcional do intestino 
• Infecção entérica 
• Doença endócrina 
• Doença do SNC 
• Enjoo 
• Gravidez 
3) Diarreia 
• Infecção 
• Açúcares mal absorvidos 
• Doença inflamatória intestinal 
• Distúrbio funcional do intestino 
• Doença celíaca 
• Colite 
• Insuficiência pancreática 
• Hipertireoidismo 
• Isquemia 
• Tumor endócrino 
4) Sangramento Gastrointestinal 
• Úlcera 
• Esofagite 
• Varizes 
• Lesões vasculares 
• Neoplasia 
• Divertículo 
• Hemorroida 
• Fissuras 
• Doença inflamatória intestinal 
• Colite infecciosa 
5) Icterícia Obstrutiva 
• Pedras no ducto biliar 
• Pancreatite 
• Tumor pancreático 
• Colangiocarcinoma 
• Colangite 
• Colangite esclerosante 
• Estenose ampular 
• Carcinoma ampular 
PERITONITE 
• Inflamação Local – Apendicite, colecistite e 
diverticulite; 
• Inflamação à Distância – Septicemias; 
• Abertura da Parede Abdominal – Perfurações; 
• Translocação de Bactérias nos Intestinos – Peritonite 
bacteriana espontânea; 
• Material Ácido Péptico – Úlcera perfurada. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
ABDOME AGUDO 
P Perfurativo 
• Úlcera gastroduodenal 
• Corpo estranho 
• Neoplasia 
I Inflamatório 
• Apendicite aguda 
• Colecistite aguda 
• Diverticulite aguda 
• Doença inflamatória pélvica 
V Vascular 
• Embolia e trombose 
mesentérica com isquemia 
intestinal 
• Redução do débito cardíaco 
O Obstrutivo 
• Bridas/aderências 
• Tumores 
• Hérnias 
• Bolo de áscaris 
H Hemorrágico 
• Gravidez ectópica rota 
• Rotura de aneurisma 
• Cistos ovarianos 
• Tumores hepáticos 
CASOS CLÍNICOS 
CASO 1: Mulher, na faixa de 40-50 anos, obesa, com 
hisurtismo e com dor tipo cólica no hipocôndrio 
direito associada com febre baixa, náuseas, vômitos e 
os sintomas pioram após ingestão de frituras. 
Diagnóstico: Colecistite Aguda. 
A colecistite aguda trata-se de uma síndrome clínica 
caracterizada por febre, dor abdominal e icterícia, a 
qual se desenvolve devido à estase e infecção do trato 
biliar. 
Tríade de Charcot: febre, dor abdominal e icterícia. 
Pêntade de Reynolds: febre, dor abdominal, icterícia, 
confusão mental e hipotensão. 
CASO II: Paciente com história de dor de forte 
intensidade acometendo QSD e QSE, com náuseas, 
vômito e febre baixa. 
Diagnóstico: Pancreatite Aguda Biliar. 
A pancreatite aguda trata-se de uma inflamaçãosúbita 
do pâncreas que pode ser leve ou potencialmente letal, 
mas normalmente cessa. Esta pode ocorrer por várias 
causas, como: 
• G – Cálculos biliares 
• E – Etanol 
• T – Trauma 
• S – Esteroides 
• M – Caxumba 
• A – Autoimune 
• S – Picada de escorpião 
• H – Hiperlipidemia/hipercalcemia 
• E – Procedimento na via biliar para retirar cálculos 
biliares (colangiopancreatografia) 
• D – Drogas 
CASO III: Criança ou adolescente com dor 
epigástrica que muda para dor em região umbilical e 
depois fica localizada na fossa ilíaca direita, associada à 
febre baixa, náuseas e vômitos. 
Diagnóstico: Apendicite Aguda. 
A apendicite aguda é uma inflamação aguda do 
apêndice cecal, que ocorre pela obstrução da parte 
interna (luz) do mesmo. É uma das principais causas de 
dor abdominal, sendo a causa mais frequente de 
cirurgia de urgência em todo o mundo. 
Sinal de Blumberg: Dor à descompressão brusca do 
Ponto de McBurney. 
 
Sinal de Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita à palpação 
da fossa ilíaca esquerda. Palpação no cólon 
descendente desloca os gases para o cólon ascendente, 
atingindo o apêndice inflamado hipersensível, 
provocando dor. 
Sinal de Dunphy: Dor na fossa ilíaca direita que piora 
com a tosse. 
Sinal de Lapinsky: Dor à descompressão do ceco 
contra a parede posterior do abdome, enquanto o 
indivíduo eleva o membro inferior direito. 
Sinal do Psoas: Irritação do músculo psoas. Faz-se 
hiperextensão passiva do membro inferior direito ou 
flexão ativa contra a resistência, estando o indivíduo 
em decúbito lateral esquerdo. 
Sinal do Obturador: Irritação do músculo obturador 
interno. Faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa 
e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
rotação interna da coxa, estando o indivíduo em 
decúbito dorsal. 
Sinal de Lenander: Temperatura retal maior que a 
temperatura axilar em mais de 1ºC. 
Sinal de Aaron: Dor epigástrica referida à palpação 
do ponto de McBurney. 
Sinal de Bassler: Dor intensa e súbita, desencadeada 
pela pressão do polegar num ponta da fossa ilíaca 
direita contra o músculo psoas ilíaco. 
CASO IV: Idoso relatando dor abdominal recorrente 
tipo cólica com episódios de hematoquezia associado 
com emagrecimento e palidez cutânea mucosa. 
Diagnóstico: Neoplasia de Cólon. 
CASO V: Mulher com dor em região de hipogástrio 
associada com polaciúria, disúria e febre baixa. 
Diagnóstico: Cistite Aguda (Sinal de Giordano estará 
positivo).

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