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Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Métricas de Avaliação Samara de Carvalho Pedro Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Introdução Olá, seja bem-vindo(a) ao nosso e-book! Nele você terá a oportunidade de entender a respeito das métricas de avaliação de marketing. Primeiramente vamos observar a importância do gerenciamento de dados e como big data tem sido utilizado para a evolução das análises. Em sequência, vamos observar como o marketing digital mudou todo o conceito de avaliação de conteúdo. Será uma excelente oportunidade para você conhecer as principais métricas de avaliação de marketing e UX. Vamos lá? 1. Gerenciamento de Dados O gerenciamento de dados é um processo administrativo que inclui a aquisição, validação, armazenamento, proteção e processamento dos dados necessários para garantir a acessibilidade, a confiabilidade e a pontualidade dos dados para seus usuários. Organizações estão usando o Big Data mais do que nunca para informar decisões de negócios e obter insights profundos sobre o comportamento do cliente, tendências e oportunidades para criar experiências extraordinárias para o cliente. Medir as ações de marketing tem sido um desafio para os executivos, pois as organizações precisam comprovar os resultados das estratégias e expor aos acionistas ou sócios. A fim de medir as ações estratégicas com precisão, entender melhor os resultados e avaliar o desempenho dos executivos, o gerenciamento de dados se tornou essencial às organizações (FARRIS; NEIL; PFEIFER e REIBSTEIN, 2006). O gerenciamento de dados de marketing aparece como um sistema preventivo, abrangente, que envolve a análise do plano de uma forma geral, com a determinação de metas e o seu alcance. No momento que um plano de marketing é implantado pode ocorrer alterações no mercado. O sistema de controle de marketing inclui técnicas para avaliar se as metas do plano estão sendo atingidas e realizar ajustes quando isto não estiver ocorrendo (GUISSONI e NEVES, 2011). Em relação ao conceito da gestão das métricas de marketing, Patterson (2007) define como a prática organizada no equilíbrio dos processos, sistemas e pessoas envolvidas para um conjunto comum de metas e objetivos. As métricas Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos de marketing podem estar agrupadas em oito grandes áreas que são: participação em corações, mentes e mercados; margens e lucros; gerenciamento de produtos e de portfólio; rentabilidade do cliente; gerenciamento da equipe de vendas e do canal; estratégia de preços; promoção; métricas da mídia e da web e marketing e finanças (FARRIS et al., 2006). 2. Big Data Estamos vivendo a era da informação, diariamente são gerados milhões de dados. Em 2017, por exemplo, foram gerados 2.5 quintilhões de bytes de dados por dia, sendo assim, a sociedade tem gerando uma quantidade de informação muito superior à gerada por toda a humanidade ao longo dos séculos. Muito disso se deve à internet, que hoje é uma das principais fontes de dados. Mundialmente, a web recebe os mais diversificados formatos de dados, de artigos científicos a publicações nas redes sociais, nos formatos de texto, imagem, vídeo e áudio. Este enorme volume de dados recebe o nome de Big Data. Vale ressaltar que Big Data não deve ser compreendido somente pelo volume de dados, seu fator principal no uso da tecnologia é a capacidade de realizar o processamento e a avaliação das informações relevantes, já que de nada adianta possuir elevados volumes de dados se não pudermos fazer uso deles. Caso você queira ler sobre o uso corporativo do Big Data, acesse o artigo em: <http://www.revistagep.org/ojs/index.php/gep/article/view/369>. Com o Big Data podemos extrair conhecimentos úteis e valorosos, de modo que se faz necessário o uso de ferramentas e técnicas de gestão para processar grande volume de dados, em diversos formatos, em velocidade adequada. Há cinco características-chave em Big Data: volume, velocidade, variedade, veracidade e valor, que é importante temos conhecimento. Quando falamos em volume, estamos nos referindo a quantidade de dados que está sendo gerada e/ou consumida, que por sua vez apresenta-se cada vez maior. O desafio é armazenar e recuperar o grande volume de dados, por meio de soluções computacionais capazes de armazenar volumes massivos de dados e indexá-los para uma rápida pesquisa e recuperação. Já a velocidade, o próprio nome já diz, refere-se à velocidade com que os dados estão sendo gerados e/ou http://www.revistagep.org/ojs/index.php/gep/article/view/369 Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos recuperados. A velocidade dos dados está ligada a taxa de geração, mas também à taxa de consumo. A variedade, refere-se aos mais diferentes formatos de dados. No início da era digital, buscou-se fazer uso de dados estruturados, como em modelos de banco de dados relacionais. Entretanto, com o avanço da internet, e a proliferação das redes sociais, passamos a utilizar dados não-estruturados, como vídeos, imagens e textos. Realizar o processamento desses formatos de dados requer o desenvolvimento de tecnologias especializadas. Em veracidade, apresenta a necessidade de termos à obtenção de dados verídicos. Vale ressaltar que o conceito de velocidade está alinhado com o conceito de veracidade, pois os dados devem ser analisados em tempo real, de forma constante para dar veracidade à análise. E por último, não menos o importante o Valor, que está ligado ao valor agregado ao processo: coleta, armazenamento e análise dados. O processo de análise de dados pode gerar novos conhecimentos e valor para a empresa. Por isso se faz tão necessário entender a sua utilização. Vamos falar agora sobre Big Data Analytics, assunto de grande valia quando o assuntos são métricas. 3. Big Data Analytics Tirar o melhor proveito do Big Data requer a capacidade de tratamento desses dados. Esse processo pode ser definido como Big Data Analytics, formado por métodos de gestão, técnicas de processamento, mineração de dados e descoberta de conhecimento, inclusive com o uso da Inteligência Artificial. Vamos conhecer uma proposta de processo de Big Data Analytics? Primeiramente precisamos estabelecer questionamentos, sendo a primeira coisa a fazer. Estabelecer as perguntas para as quais buscaremos respostas. Normalmente, essa formulação acontece em dois estágios: adquirir dados e realizar modelo, no qual as perguntas são refinadas. Na etapa adquirir dados, são consultadas diversas fontes de dados a fim de estabelecer os elementos da análise. Em sequência é preciso limpar dados, essa etapa consiste na aplicação de técnicas de limpeza de dados (data cleaning), com o objetivo de detectar e sanar imperfeições nos dados coletados. Isso porque nem todos os dados coletados são necessários para responder ao Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos questionamento estabelecido. Eles podem conter informações irrelevantes, duplicadas ou em formato inapropriado para o modelo. Se os dados coletados apresentarem formato adequado para a resolução do problema, serão transformados em uma semântica que permita ao analista de dados proceder com a análise. Nesse estágio, os dados são agrupados, formatados e/ou transformados para os métodos analíticos (realização do modelo). O próximo passo é analisar os dados, esse é considerado o passo fundamental do processo. É nesse estágio que, com uso de técnicas estatísticas, de manipulação de dados e de aprendizado que os dados são transformados em conhecimento. Os resultados dos métodos analíticos são compostos por diversos elementos e a sua compreensão não é imediata e de fácil assimilação. Por isso, são utilizadas técnicas de visualização para representar o novo conhecimento de uma maneira coerente e de fácil compreensão (apresentação).Nesse momento, as considerações sobre os resultados obtidos são apresentadas por meio de um conjunto de relatórios que descrevem o processo realizado e as descobertas geradas ao longo das etapas anteriores (analisar resultados). Normalmente, o processo de Big Data Analytics busca a melhoria contínua e o aperfeiçoamento das análises. Dessa forma, nesse estágio o problema é refinado, seja para novos questionamentos ou para maior detalhamento do problema abordado. Caso você queira saber um pouco mais sobre os desafios que envolver a área de marketing e Big Data Analytics, acesse em: <http://www.spell.org.br/documentos/ver/51375/pesquisa-em-marketing- no-seculo-xxi--oportunidades-e-desafios>. 4. Métricas de Marketing Analisar o desempenho das atividades de marketing de maneira a tornar o embasamento das decisões na área menos subjetivo torna-se cada vez mais relevante. É, também, uma alternativa para que o marketing não seja considerado apenas como uma área tática nas organizações e assuma seu papel estratégico na continuidade dos negócios. Nesse contexto, há oportunidades para que a pesquisa em marketing investigue os efeitos das atividades de marketing por meio da aplicação de métricas (GUISSONI e NEVES, 2011). Caso você queira saber um pouco mais a respeito de Métricas de Marketing e Big Data, acesso em: http://www.spell.org.br/documentos/ver/51375/pesquisa-em-marketing-no-seculo-xxi--oportunidades-e-desafios http://www.spell.org.br/documentos/ver/51375/pesquisa-em-marketing-no-seculo-xxi--oportunidades-e-desafios Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos <http://www.spell.org.br/documentos/ver/54188/metricas-de-marketing--big- data-e-o-papel-do-departamento-de-marketing>. Quando se trata de medir o sucesso do marketing digital, existem aparentemente inúmeras métricas de marketing digital. Abaixo está uma compilação dos mais importantes que você precisará considerar. Vale lembrar que nem todos esses KPIs de marketing digital podem ser relevantes para suas metas comerciais específicas, mas é um ponto de partida para encontrar o ROI. 4.1. Tráfego geral do site Seu site serve como sua base e o rosto da sua marca. Portanto, todos os seus esforços de marketing digital provavelmente se concentrarão em direcionar tráfego para lá. As campanhas individuais podem se concentrar na criação de listas ou no aumento do alcance das mídias sociais, mas o objetivo final dessa atividade é enviar mais tráfego ao seu site ao longo do tempo. Por esse motivo , a avaliação regular das métricas de tráfego do site fornecerá várias informações, como quais campanhas estão funcionando e quando. Se, em algum momento, houver um declínio constante no tráfego, enquanto você estiver conduzindo esforços consistentes de marketing, considere solucionar o seu site. Você pode encontrar links quebrados, uma penalidade no algoritmo do Google ou outros problemas técnicos que impedem os visitantes. 4.2. Tráfego por origem Essa métrica de tráfego esclarece exatamente de onde os visitantes do site são provenientes. Com a miríade de plataformas de marketing disponíveis e tempo limitado para capitalizar todas elas, a métrica Traffic By Source é a única a ser observada. Use-o para determinar quais fontes são vencedoras e quais precisam de um pouco mais de atenção. Ou use-o para restringir onde você gastará seu tempo criando conteúdo. Aqui estão as quatro principais fontes de tráfego de sites rastreadas pelo Google Analytics: ● Pesquisa orgânica: esses usuários clicaram em um link em um resultado de mecanismo de pesquisa que os levou ao seu site. http://www.spell.org.br/documentos/ver/54188/metricas-de-marketing--big-data-e-o-papel-do-departamento-de-marketing http://www.spell.org.br/documentos/ver/54188/metricas-de-marketing--big-data-e-o-papel-do-departamento-de-marketing Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos ● Visitantes diretos: esses usuários digitaram seu URL diretamente na barra de pesquisa ou, talvez, tenham sido marcados como favoritos e retornados à visita. ● Referências: esses usuários foram enviados ao seu site quando clicaram em um link de outro site. ● Social: esses usuários acessaram seu site depois de encontrar seu perfil de mídia social ou postagens de conteúdo. Novos visitantes x visitantes recorrentes: essa métrica dupla ajuda a determinar a relevância do conteúdo do site ao longo do tempo. Várias visitas podem indicar que você está fornecendo informações que as pessoas consideram tão valiosas que continuam voltando. Ao liberar novo conteúdo regularmente, é possível revisar a métrica Novos vs. Visitantes recorrentes para ver o desempenho de uma determinada peça de conteúdo. Caso você queira saber mais sobre gestão de conteúdo de marketing, acesso em: <https://www.youtube.com/watch?v=c5DsYhyQHkk>. Simplificando, se a ideia é direcionar mais tráfego orgânico para o site, os novos visitantes podem ser importantes. Agora se o desejo for medir quantas pessoas voltam para procurar e consumir informações, é importante observar a métrica de tráfego do site de visitantes recorrentes. 4.3. Sessões As sessões referem-se ao número de visitas que os sites recebem. O Google contabiliza isso especificamente em incrementos de trinta minutos, o que significa que aciona essa métrica de tráfego do site apenas uma vez a cada meia hora para cada usuário individual. 4.4. Duração Média da Sessão Dependendo da função do site (informativo, comércio eletrônico etc.) ou do setor, o tempo no site pode variar em sua relevância para suas campanhas. A duração média da sessão é um indicador geral de quanto tempo os visitantes passam inteiramente no site. Isso ajuda a entender o desempenho do site do ponto de vista da experiência do usuário (UX) (na qual falaremos a frente). https://www.youtube.com/watch?v=c5DsYhyQHkk Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos É fácil navegar no seu site? Os usuários estão encontrando o que procuram rapidamente? O conteúdo é valioso e vale a pena analisar detalhadamente? A duração média da sessão (tempo no site) pode ajudar a responder a esse tipo de pergunta. 4.5. Visualizações de página Este é o número total de páginas visualizadas. Um usuário que visita repetidamente a mesma página aciona essa métrica; portanto, é a mais ampla de todas as medidas relacionadas à página para o sucesso do marketing digital. No entanto, é uma das métricas de tráfego do site mais importantes. É importante saber quantas páginas são visitadas no site em um determinado período. Isso ajuda a entender se todo o site tem valor ou se apenas algumas páginas são válidas. 4.6. Páginas mais visitadas Para determinar ainda quais áreas do site são mais valiosas, é importante verificar esta métrica. A métrica páginas mais visitadas descobre todos os tipos de informações sobre exatamente para onde os visitantes do site estão indo e por quanto tempo. Para uma análise mais profunda, consulte o fluxo de comportamento. 4.7. Taxa de Saída Aqui está uma métrica muito específica e que revela bastante sobre o design do site e a experiência do usuário. Se a campanha pretende direcionar novos usuários ao site para um esforço de branding mais geral, a métrica taxa de saída mostrará exatamente onde eles foram depois de revisar seu conteúdo. Diferentemente da taxa de rejeição, que é acionada quando alguém visualiza apenas uma página, a taxa de saída informa onde o usuário perdeu o interesse depois de passar algum tempo explorando. 4.8. Taxa de rejeição Diferente da taxa de saída, a métrica taxa de rejeição é a porcentagem de pessoas que saem (rejeitam) do seu site depois de visualizar apenas uma página. Essa métrica pode ajudar a revelar que os visitantes podem estar saindo porque: o site demora muito para carregar, eles não encontraram imediatamente o que Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos estavam procurando,eles encontraram conteúdo relevante, mas não foram obrigados a clicar mais ou uma página de erro está sendo carregada. A menos que seu site esteja configurado para enviar usuários a um URL separado para conversão, procure o número da taxa de rejeição para determinar se sua campanha é eficaz. 4.9. Taxa de Conversão O Google Analytics pode ajudar a avaliar o número de conversões feitas no site. No entanto, conversões podem significar coisas diferentes, dependendo da campanha. Por exemplo, eles podem ser: uma venda real, um assinante, um download concluído, uma entrada principal, entre outras coisas. Muitas vezes, os “trituradores” de números procuram apenas essa métrica de marketing digital para determinar se sua campanha é eficaz. No entanto, é apenas uma peça do quebra-cabeça e deve fazer parte de sua estratégia geral de marketing digital. 5. Métricas de UX Como falamos anteriormente é importante conhecermos as métricas para experiência do usuário (UX) geralmente essas envolvem aspectos tradicionais de usabilidade, como o sucesso da tarefa, mas também aspectos mentais, como interpretação e significado. A experiência real de um usuário também depende muito de características pessoais, como o contexto social e cultural (LACHNER; FINCKE e BUTZ, 2017) As métricas de UX são um conjunto de pontos de dados quantitativos usados para medir, comparar e rastrear a experiência do usuário de um site ou aplicativo ao longo do tempo. Eles são de vital importância para garantir que as decisões de design do UX sejam tomadas e avaliadas usando evidências e não opiniões. Os KPIs (principais indicadores de desempenho) refletem as metas gerais de seus negócios - como crescimento, retenção de receita ou aumento do número de usuários. Métricas são todas as medidas necessárias para quantificar esses objetivos mais altos. Se o desejo for avaliar o desempenho da postagem no blog: veja o tráfego, o tempo na página, observe quantas vezes foi compartilhado, avalie a quantidade Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos e a qualidade dos comentários. Se o desejo for avaliar os canais sociais: é importante observar quantos seguidores se tem. Existe crescimento? Eles são influentes em seu nicho? Eles comentam? Eles compartilham? Essas são algumas dos questionamentos necessários nesse assunto. Como já sabemos, os dados mostram apenas parte da história. O Google Analytics pode dizer o que está acontecendo, mas não o porquê . Se você está apenas analisando, você está essencialmente adivinhando. Claro, pode ser um palpite bem informado e educado - mas você não saberá exatamente por que as coisas estão acontecendo no site até observar as pessoas reais usando-o. Mas a medição de UX não precisa ser um mistério intangível. Existem muitas maneiras de provar o valor da pesquisa de UX. Se você quiser saber um pouco mais sobre a experiência do usuário (UX), acesso em: <http://www.revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/6378>. 5.1. Métricas comportamentais e atitudinais de UX Comportamento (o que eles fazem): No mundo da pesquisa de usuários, é essencial entender o que as pessoas estão fazendo e como estão usando seus produtos. O teste de usabilidade baseado em tarefas é um método padrão para reunir essas informações em todo o setor. Não estamos falando apenas de estudos de reflexão em laboratório, mas também de estudos moderados remotos, que ajudarão você a acessar tamanhos de amostra maiores de maneira eficiente. As métricas típicas que podemos capturar incluem as seguintes medidas comportamentais no nível da tarefa: Taxa de Abandono, Visualizações de página, Problemas e Frustrações, Sucesso da tarefa, Tempo da tarefa, Atitude (o que eles dizem). Como os usuários se sentem, o que dizem antes, durante ou depois de usar um produto e como isso afeta a percepção da marca. Para medir isso, convém capturar essas métricas de atitude: ● Lealdade (usando pontuações como SUS ou NPS); ● Usabilidade (ou facilidade de uso); ● Credibilidade (levando em consideração coisas como confiança, valor e consideração); ● Aparência; http://www.revistas.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/6378 Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Mas como você quantifica a opinião? Como transformar a opinião em uma pontuação simples que qualquer executivo possa entender? Vamos aprofundar essas métricas individuais e veremos como elas podem ajudar a formar uma imagem maior. Dentre as Métricas UX comportamentais, temos algumas essenciais que serão citadas logo abaixo: 5.1.1. Taxa de Abandono Simplesmente, quantas pessoas acessaram a loja on-line, colocaram um monte de produtos na cesta e depois saíram sem fazer check-out. A taxa de abandono é a proporção entre o número de carrinhos de compras abandonados e o número de transações iniciadas. 5.1.2. AOV (average order value) AOV significa valor médio do pedido, e essa é simplesmente a receita total / número de caixas. Esse é um "indicador direto do que está acontecendo na frente dos lucros". Se os esforços de UX se vincularem diretamente ao aumento da venda cruzada ou do upselling, o AOV poderá ser um indicador para observar se as coisas foram melhoradas ou não. 5.1.3. Conversões Útil se houver algo específico desencadeado por uma melhoria no UX. Digamos, por exemplo, um preenchimento de formulário da web, inscrição em boletim informativo ou alguma outra conclusão de tarefa. Se a alteração do site impactar diretamente na quantidade de pessoas que estão convertendo nessa tarefa específica, e houver a possibilidade de medir com precisão, poderemos estar confiantes de que a ação causou impacto. Lembre-se de que ter uma contagem de conversões mais alta também pode resultar de esforços de marketing. Portanto, avalie a taxa de conversão (normalmente número de vendas / número de visitas). A taxa de conversão mede o que acontece quando as pessoas estão no site. Portanto, é bastante impactado pelo design e é um parâmetro-chave a ser rastreado para avaliar se a estratégia de UX está funcionando. 5.1.4. Visualizações de página Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Visualizações de página e cliques em sites são uma métrica comum. Para aplicativos móveis, ou mesmo aplicativos da web é possível medir uma combinação de cliques, toques, número de telas ou etapas. 5.1.5. Problemas e Frustrações Estes podem ser medidos como Número de problemas únicos identificados e/ou Número (ou%) de participantes que encontram um determinado problema. Há uma forte recomendação para a realização de estudos para identificar problemas e, em seguida, quantificá-los por meio de um estudo de amostra grande para encontrar a % de problemas realmente encontrados por uma população grande (com intervalos de confiança). A maioria desses KPIs comportamentais é coletada "por tarefa" e, em seguida, agregada como média para um determinado estudo e / ou produto digital. Estes são então comparados ao longo de um período de tempo ou comparados com os produtos digitais dos concorrentes. 5.1.6. Sucesso da tarefa Normalmente, um grupo de usuários representativos recebe um conjunto de tarefas realistas com uma definição clara de sucesso da tarefa - exemplos de sucesso da tarefa podem ser: Atingiu uma página específica em um fluxo de check- out, encontrou a resposta certa em um site de marketing ou alcançou uma etapa no aplicativo para dispositivos móveis. Ter uma definição clara de sucesso e/ou falha é fundamental. Se oito em cada dez usuários concluírem a tarefa com êxito e dois falharem, o sucesso da tarefa será de 80%. Devido ao pequeno tamanho da amostra de 10, a margem de erro no nível de confiança de 90% seria de cerca de +/- 25. Isso significa que estamos 90% confiantes de que a taxa de sucesso da tarefa cai entre 55% e 100%. Mas se 80 de 100 usuários concluírem a tarefa especificada com êxito,a taxa de Sucesso da tarefa ainda seria de 80%, mas com uma margem de erro de cerca de 8%. De um modo geral, isso significa que estamos 90% confiantes de que a taxa de sucesso da tarefa cai entre 72% e 88%. Quanto maior o tamanho da amostra, menor a margem de erro. 5.1.7. Tempo da tarefa Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Geralmente um número absoluto. Para a maioria dos estudos baseados em tarefas, em que o objetivo do usuário é realizar algo da maneira mais eficiente possível, menores tempos de tarefa são melhores. Porém, existem exceções: se o objetivo é manter o usuário mais engajado, tempos de tarefa mais longos podem ser melhores. Realmente, depende de qual é a tarefa. Mesmo se o objetivo é encontrar um evento específico, um tempo de tarefa mais curto pode ser um resultado melhor. As organizações podem observar os tempos médios das tarefas apenas para aqueles que obtiveram êxito, ou os tempos médios das tarefas para todos os usuários. As Métricas atitudinais de UX são onde quantificamos os dados qualitativos, como aparência, lealdade, confiança e usabilidade. Existem muitas 'pontuações' diferentes no mercado que atribuirão um número aos dados atitudinais, usando vários métodos. Vamos dar uma olhada nos principais? 5.1.8. CSAT (Customer Satisfaction Index) Mede a satisfação do cliente, mas não possui os parâmetros estritos de limite de perguntas do NPS, pois é possível fazer qualquer coisa, de uma única pergunta a uma pesquisa completa. Os resultados são medidos como uma porcentagem. 5.1.9. NPS O Net Promoter Score (NPS) é uma pesquisa que pode ser incluída ao final de seus testes de experiência do usuário. O NPS ajuda a medir a lealdade com base em uma pergunta direta: Qual a probabilidade de você recomendar esta empresa / produto / serviço / experiência a um amigo ou colega? O NPS funciona da seguinte maneira: aqueles que respondem com uma pontuação de 9 ou 10 são chamados de 'promotores'. Entusiastas leais que recomendam seus serviços, produtos ou marca para outras pessoas e continuarão a comprar de você no futuro. Aqueles que respondem com uma pontuação de 7 ou 8 são chamados de 'passivos'. Eles estão satisfeitos com o seu serviço, mas não têm verdadeira lealdade a você, portanto, provavelmente se perderão. Finalmente, existem os “desqualificados”, clientes que responderam com uma pontuação de 0 a 6. São pessoas infelizes que não querem mais ver seu produto. Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos A pontuação final do NPS é calculada subtraindo a porcentagem de clientes que são detratores da porcentagem de clientes que são promotores. Promotores - Detratores = NPS. 5.1.10. SUPR-Q Questionário Padronizado de Classificação do Percentil da Experiência do Usuário. Este é um questionário de 8 itens para medir a qualidade da experiência do usuário do site, fornecendo medidas de usabilidade, credibilidade, lealdade e aparência. Acesse o link: www.suprq.com para saber mais a respeito. 5.1.11. SUS Escala de Usabilidade do Sistema. Para cada teste de usabilidade do site realizado, os usuários preenchem um pequeno questionário e uma pontuação é derivada disso. É em uma escala Likert, o que ajuda a atribuir um valor quantitativo a opiniões qualitativas. Figura 1 - Escala Likert. Fonte: UserZoom Estes são os tipos de perguntas que podem ser feitas, as quais são respondidas clicando em uma opção de concordo totalmente em discordo totalmente: ● Eu gostaria de usar este site frequentemente ● O site é desnecessariamente complexo ● Pensei que o site era fácil de usar http://www.suprq.com/ Métricas de Avaliação - Roteiro de estudos Os benefícios dessa medição é que é muito fácil de administrar, pode ser usado em um tamanho pequeno de amostra e pode indicar claramente se um recurso foi aprimorado ou não. No entanto, lembre-se de que o sistema de pontuação é incrivelmente complexo e não mostra o que há de errado com seu site - apenas classifica sua facilidade de uso. Conclusão Nesse Roteiro de Estudos você teve a possibilidade de entender a importância do gerenciamento de dados. Alguns conceitos como Big Data e as etapas do processo de análise de dados foram citados, bem como a importância da Big Data Analytics. Diferenciadas métricas de UX e Marketing foram apresentadas com uma ampla gama de medidas nas quais você poderá utilizar. Vale ressaltar que cada métrica deverá atender aos objetivos da empresa e dos resultados que as várias partes interessadas desejam ver. A chave do sucesso é: questionar sempre o que está sendo medido e o porquê. Bibliografia FARRIS, Paul W. et al. Marketing metrics: 50+ metrics every executive should master. Pearson Education, 2006. GUISSONI, Leandro Angotti; NEVES, Marcos Fava. Comunicação integrada de marketing baseada em valor. São Paulo: Atlas, v. 1, p. 237, 2011. LACHNER, Florian; FINCKE, Florian; BUTZ, Andreas. UX Metrics: Deriving Country- Specific Usage Patterns of a Website Plug-In from Web Analytics. In: IFIP Conference on Human-Computer Interaction. Springer, Cham, 2017. p. 142-159. PATTERSON, Laura. Taking on the metrics challenge. Journal of Targeting, Measurement and Analysis for Marketing, v. 15, n. 4, p. 270-276, 2007. Referências imagéticas: Figura 1 - USERZOOM. Escala Likert. Disponível em: <https://www.userzoom.com/blog/what-metrics-do-the-experts-use-to-measure- ux-effectiveness/>. Acesso em 18 out 2019. https://www.userzoom.com/blog/what-metrics-do-the-experts-use-to-measure-ux-effectiveness/ https://www.userzoom.com/blog/what-metrics-do-the-experts-use-to-measure-ux-effectiveness/
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