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Urgências e emergências na odontologia (resumo)

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P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urgência odontológica x urgência 
médica: 
Nas urgências odontológicas, como os traumatismos dentários 
acidentais, as pulpites ou os abscessos, apesar da necessidade de 
medidas de pronto atendimento, há tempo para o profissional se 
planejar. Enquanto o instrumental e os materiais necessários são 
providenciados para a execução do procedimento, ou enquanto 
eventualmente se aguarda a obtenção de níveis plasmáticos de um 
medicamento, ele pode relembrar o protocolo indicado para aquela 
situação. 
As emergências médicas configuram uma situação ou condição em 
que há risco de morte e, portanto, não pode haver protelação do 
atendimento, ou seja, os primeiros socorros devem ser imediatos. 
Embora possam ocorrer com qualquer pessoa, a qualquer hora e 
lugar, o consultório odontológico propicia situações inesperadas, por 
ser um ambiente no qual o estresse está muitas vezes associado 
e no qual o cirurgião-dentista faz uso de fármacos que podem ter 
um efeito colateral danoso no paciente. 
Sendo a emergência um evento imprevisível e que requer ação 
imediata, o profissional não pode incorrer em omissão de socorro. 
Pelo contrário, legalmente ele responde pela vida do paciente, como 
descrito claramente na lei 5081/66: “compete ao cirurgião-
dentista prescrever e aplicar medicação de urgência no caso de 
acidentes graves que comprometam a vida e a saúde do paciente”. 
• O treinamento em suporte Básico de Vida (BLS, na sigla 
em inglês) é uma realidade nas escolas da maioria dos 
países de Primeiro Mundo. Mas o quadro é diferente no 
Brasil. Faltam condições técnicas e científicas que 
capacitem os cirurgiões-dentistas para atuar nesses 
casos, em face da ausência de disciplinas específicas nas 
grades curriculares dos cursos nacionais de Odontologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• As emergências médicas mais comuns nos consultórios 
odontológicos estão ligadas à ansiedade e ao medo que o 
paciente pode ter no momento do atendimento, assim 
como ao fato de por si só ser um ambiente de estresse. 
Diversidade do paciente: 
O avanço da medicina propiciou uma maior longevidade às pessoas, 
bem como uma melhora na qualidade de vida de pacientes que 
apresentam enfermidades sistêmicas importantes. 
Consequentemente, nota-se um aumento na diversidade de perfis 
que procuram um atendimento odontológico. Soma-se a isso o fato 
de que as pessoas estão cada vez mais conscientes da necessidade 
de manutenção da saúde bucal como parte integrante da saúde 
integral. 
Ou seja, o cirurgião-dentista, além de problemas inerentes ao 
sistema estomatognático, precisa lidar, cada vez mais, com 
situações, por vezes, desconhecidas, que o tornam vulnerável as 
armadilhas do êxito letal. 
Como enfrentar uma situação 
adversa? 
• Primeiramente: manter a calma! 
• Fazer a suspensão de qualquer procedimento 
imediatamente. 
• Tomada de medidas que preservem a vida do paciente e 
evite sequelas em suas funções vitais. 
• Realizar protocolo de primeiros socorros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Urgências e emergências: 
 
na odontologia 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Como encarar uma situação de 
risco? 
No caso de uma ocorrência, o cirurgião-dentista deve acionar um 
sistema de emergência (ligar para 192 ou 193) e efetuar os 
primeiros socorros. Também lembrar que todo consultório 
odontológico deve ter um Suporte de Atendimento Básico de 
Emergência. Entre os equipamentos e drogas que compõem o kit 
estão: ambu (respirador manual), estetooscópio e 
esfignomanômetro, cilindro de oxigênio, cânula de Guedel, que pode 
vir a substituir a traqueotomia, seringa de insulina, bisturi, oxímetro, 
adrenalina, anti-histamínicos, Captopril 12,5 mg, Hidroclorotiazida 
25 mg, Dramin B6, soro fisiológico, AAS infantil, Isordil e sachê de 
leite condensado ou glicose 50% (para casos de hipoglicemia). 
Protocolo de primeiros socorros: 
Algorritimo de Suporte Básico de Vida (SBV) adulto para 
profissionais de saúde: 
• Paciente consciente: interrompa o que está fazendo e 
questione o que está ocorrendo, batendo as mãos nos 
dois ombros do paciente. Se houver resposta, pergunte: 
S – O que está sentindo? 
A – Tem alergia a alguma coisa? 
M – Toma alguma medicação? 
P – Está em tratamento médico? 
L – Quando foi a última refeição e o que comeu? 
E – Eventos ocorridos relacionados ao incidente. 
 
Muitas destas questões, em realidade, devem ser 
exploradas na anmnese inicial como os ítens A-M-P. Em 
seguida administre oxigênio 12/15L/min, afira os sinais 
vitais (frequência cardíaca e respiratória, pressão 
arterial, temperatura), e verifique as pupilas e a força 
muscular bilateral. 
• Paciente inconsciente: acione o sistema de emergência 
(192 ou 193) e inicie as manobras visando a manutenção 
da vida do paciente e verifique o pulso carotídeo (por no 
máximo 10 segundos). Caso o paciente tenha pulso, 
aplique ventilação mecânica a cada cinco a seis segundos 
e cheque o pulso a cada dois minutos; se não tiver pulso, 
inicie ciclo de 30 compressões torácicas e duas 
ventilações (compressões: ritmo mínimo de 100/min, e 
cinco cm de profundidade) e os repita até a chegada do 
socorro ou desfibrilador se houver pulso chocável. 
 
É mandatório o atendimento complementar do Resgate 
e/ou SAMU e /o encaminhamento a um Centro 
Hospitalar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
As caixas em bordas em linhas tracejadas são executadas por 
profissionais de saúde, e não por socorrista leigo. 
Retome a RCP imediatamente por 2 minutos. Verifique o ritmo a 
cada 2 minutos; continue até que os prestadores de SAV assumam 
ou que a vítima comece a se mover. 
 
 
 
 
 
 
 
Os socorristas devem Os socorristas não devem 
Realizar compressões 
torácicas a uma frequência 
de 100 a 120/min. 
Comprimir a uma frequência 
inferior a 100/min ou 
superior a 120/min. 
Comprimir a uma 
profundidade de pelo menos 
2 polegadas (5 cm). 
Comprimir a uma 
profundidade inferior a 2 
polegadas (5 cm) ou superior 
a 2,4 polegadas (6 cm). 
Permitir o retorno total do 
tórax após cada compressão. 
Apoiar-se sobre o tórax 
entre compressões. 
Minimizar as interrupções 
nas compressões. 
Interromper as compressões 
por mais de 10 segundos. 
Ventilar adequadamente (2 
respirações após 30 
compressões, cada 
respiração administrada em 1 
segundo, provocando a 
elevação do tórax). 
Aplicar ventilação excessiva 
(ou seja, uma quantidade 
excessiva de respirações ou 
respirações com força 
excessiva). 
 
 
RCP de alta qualidade: 
- Frequência mínima de 100/min. 
- Profundidade de compreensão mínima de 5 cm. 
- Permita o retorno total do tórax após cada 
compreensão. 
- Minimize interrupções nas compressões torácicas. 
- Evite ventilação excessiva. 
Legenda: 
- DEA: Desfibrilador Externo Automático (sigla inglês). 
- DAE: Desfibrilador Automático Externo. 
- RCP: Chamada Remota de Procedimento (sigla inglês). 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Componente Adultos e adolescentes Crianças (1 ano de idade à 
puberdade) 
Bebês (menos de 1 ano de idade, 
excluindo recém-nascido). 
Segurança de local Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítima. 
 
 
Reconhecimento de PCR 
Verifique se a vítima responde 
Ausência de respiração ou apenas gasping (ou seja, sem respiração normal) 
Nenhum pulso definido sentido em 10 segundos 
(A verificação da respiração e do pulso pode ser feita simultaneamente, em menos de 10 segundos) 
 
 
 
 
Acionamento de serviço médico 
de emergência 
Se estiver sozinho, sem 
acesso a um telefone, deixe 
a vítima e acione o serviço de 
médico de emergência e 
obtenha um DEA, antes de 
iniciar a RCP. 
Do contrário, peça que 
alguém acione o serviço e 
inicie a RCP imediatamente; 
use o DEA assim que ele 
estiver disponível. 
Colapso presenciado: 
Siga as etapas utilizadas em adultos e adolescentes,mostradas à 
esquerda. 
 
Colapso não presenciado: 
Deixe a vítima para acionar o serviço médico de emergência e 
buscar o DEA. 
Retome à criança ou ao bebê e reinicie a RCP; use o DEA assim que 
ele estiver disponível. 
Relação compressão-ventilação 
sem via aérea avançada. 
 
1 ou 2 socorristas 
30:2 
1 socorrista 
30:2 
2 ou mais socorristas 
15:2 
Relação compressão-ventilação 
com via aérea avançada 
Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120/min 
Frequência de compressão 100 a 120/min 
 
Profundidade da compressão 
No mínimo, 2 polegadas (5 
cm) 
Pelo menos um terço do 
diâmetro AP do tórax 
Cerca de 2 polegadas (5 cm) 
Pelo menos um terço do diâmetro 
AP do tórax 
Cerca de 11/2 polegada (4cm) 
 
 
 
Posicionamento das mãos 
 
 
2 mãos sobre a metade 
inferior do esterno 
 
2 mãos ou 1 mão (opcional 
para crianças muito 
pequenas) sobre a metade 
inferior do esterno 
1 socorrista 
2 dedos no centro do tórax, logo 
abaixo da linha mamilar 
2 ou mais socorristas 
Técnica dos dois polegares no 
centro do tórax, logo abaixo da 
linha mamilar 
Retorno do tórax Espere o retorno total do tórax após cada compressão; não se apoie sobre o tórax após cada 
compressão 
Minimizar interrupções Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 segundos 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Classificação das emergências 
médicas: 
• Complicações associadas a uma desordem no estado 
geral de saúde do paciente. 
• Complicações independentes de doenças preexistentes. 
 
1. Alterações ou perda da consciência 
Lipotímia e síncope 
Hipoglicemia aguda 
Hipotensão ortostática 
Acidente vascular e encefálico 
Insuficiência adrenal aguda 
2. Dificuldade respiratória 
Síndrome de hiperventilação 
Crise aguda de asma 
Edema pulmonar agudo 
Obstrução aguda das vias aéreas por corpos estranhos 
3. Dor no peito 
Angina de peito 
Infarto agudo do miocárdio 
4. Arritmias cardíacas 
Batimentos ectópicos isolados 
Bradicardias 
Taquicardias 
5. Crise hipertensiva arterial 
6. Reações alérgicas 
Reações cutâneas 
Reações respiratórias 
Choque anafilático 
7. Reações á superdosagem das soluções anestésicas locais 
Superdosagem do sal anestésico 
Superdosagem do vasoconstritor 
Metemoglobinemia 
8. Convulsões 
9. Intoxicação acidental aguda pela ingestão de flúor 
Situações emergenciais mais 
frequentes: 
“ Para todos eles, o cirurgião-dentista, como profissional da saúde, 
tem por obrigação estar preparado para agir”. 
Lipotímia: 
• Definição: desfalecimento sem perda de consciência, 
também conhecido como distúrbio neuro-vegetativo 
(DNV). 
 
 
Acompanhado da abolição das funções motrizes e/ou 
motoras, que lembram efeito extra-piramidal, com 
integral conservação das funções respiratória e 
cardíaca. 
• Sinais e sintomas: palidez, suores frios, vertigens, 
zumbidos e sensação de desmaio. 
• Conduta: posicionar o paciente em posição supina ou 
pressionar a sua cabeça em direção às pernas na 
posição sentado, de forma a restabelecer o fluxo 
sanguíneo ao cérebro e a sua correta oxigenação. Se 
necessário, administrar oxigênio 12/15L/min. 
Síncope ou desmaio: 
• Definição: perda súbita e transitória de consciência 
e, consequentemente, da postura, devido a 
esquemia cerebral transitória generalizada (redução 
da irrigação de sangue para o cérebro). A síncope, 
por si só, é um sintoma, causado por uma grande 
diversidade de doenças. 
• Conduta: manter o paciente em posição supina; 
aferir sinais vitais e, se necessário, administrar 
oxigênio 12/15 L/min. 
Convulsão: 
• Definição: é uma manifestação de um fenômeno 
eletrofisiológico anormal temporário que ocorre no 
cérebro (descarga bio-energética) e resulta numa 
sincronização anormal da atividade elétrica neuronal. Pode 
ser desencadeada por mal uso do foco odontológico, 
focado nos olhos do paciente. Essas alterações podem 
ser refletidas em nível de tonicidade muscular, 
alterações do estado mental ou outros sintomas 
psíquicos. Dá-se o nome de epilepsia à síndrome médica 
na qual existem convulsões recorrentes e involuntárias, 
embora possam ocorrer convulsões em pessoas que não 
sofrem desta condição médica. 
• Sinais e sintomas: contrações involuntárias da 
musculatura, movimentos desordenados, desvio dos olhos 
e tremores. 
• Conduta: a primeira coisa que se deve ter em mente é 
que a maioria das crises dura menos de cinco minutos e 
que a mortalidade durante o ocorrido é baixa. Assim, 
deve-se manter a calma para que se possa ajudar a 
pessoa. Entre as medidas protetoras que devem ser 
tomadas no momento da crise estão: 
▪ Posicionar o paciente em posição supina (caso 
ele esteja de pé ou sentado), evitando quedas 
e traumas; 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
▪ Remover objetos (tanto da pessoa quanto do 
chão), para evitar traumas; 
▪ Afrouxar roupas apertadas; 
▪ Proteger a cabeça do paciente com a mão, 
roupa, travesseiro; 
▪ Lateralizar a cabeça para que a saliva escorra 
(evitando aspiração); 
▪ Limpar as secreções salivares, com um pano 
ou papel, para facilitar a respiração; 
▪ Observar se a pessoa consegue respirar; 
▪ Afastar os curiosos, dando espaço para a 
pessoa; 
▪ Reduzir estimulação sensorial (diminuir a luz, 
evitar barulho); 
▪ Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo 
durma após a crise; 
▪ Após a crise posicionar o paciente na posição 
de recuperação: decúbito lateral, com uma das 
pernas flexionada e a outra estendida. 
É mandatório que o paciente seja conduzido a um Centro Hospitalar, 
onde deverá ficar em observação, no mínimo, de 8 a 12 horas, 
uma vez que crise sobrevem crise. 
Recomendações básicas nas 
situações de emergência: 
1. Manter a calma- Nos serviços públicos de saúde ou 
clínicas privadas, o cirurgião-dentista é responsável por 
tudo o que acontecer durante o atendimento a seus 
pacientes. Na vigência de uma emergência, cabe a ele 
assumir o comando da situação e tentar mantê-la sob 
controle, transmitindo segurança à equipe. 
2. Saber quando e quem pedir socorro – Nem todas as 
ocorrências de caráter emergencial na clínica 
odontológica exigem o acionamento de um serviço médico 
de urgência. A lipotímia e a síncope, por exemplo, mais 
comuns, são controladas por meio de simples manobras, 
sem necessidade da presença de pessoal da área médica. 
Ao contrário, quadros como acidente vascular encefálico, 
edema pulmonar agudo, reações alérgicas graves etc., 
certamente exigem o Suporte Avançado de Vida, sob 
orientação médica. 
3. Estar treinado para executar as manobras de Suporte 
Básico de Vida e de Ressuscitação Cardiopulmonar – Hoje 
em dia, os cursos de emergências médicas são cada vez 
mais oferecidos, incluindo o treinamento de manobras de 
SBV e RCP, executadas em manequins apropriados para 
tal fim. 
 
 
 
4. Saber lidar com o equipamento de emergência – Como 
será discutido mais adiante, o Suporte Básico de Vida 
inclui manobras que não dependem de qualquer tipo de 
acessório ou da adiministração de fármacos. Apesar 
disso, seria desejável que o cirurgião-dentista montasse 
seu estojo de emergência e adquirisse determinados 
aparelhos, os quais facilitariam sobremaneira sua 
atuação em episódios emergenciais de prática 
odontológica. 
Classificação do paciente: 
• ASA 1: Paciente saudável, de acordo com a história 
médica, não apresenta nenhuma anormalidade. Mostra 
pouca ou nenhuma ansiedade, sendo capaz de tolerar 
muito bem o estresse ao tratamento dental, com um 
risco mínimo de complicações. Excluídos pacientes muito 
jovens ou muito idosos. 
• ASA 2: Paciente portador de doença sistêmica moderada 
ou de menor tolerância que o ASA I, por apresentar 
maior grau de ansiedade ou medo ao tratamento 
odontológico. 
Pode exigir certas modificações no plano de tratamento, 
de acordo com cada caso particular (p. ex., troca de 
informações com o médico, menor duração das sessões 
de atendimento, cuidados no posicionamento na cadeira 
odontológica, protocolo de sedaçãomínima, menores 
volumes de soluções anestésicas, etc.). Apesar da 
necessidade de certas precauções, o paciente ASA II 
também apresenta risco mínimo de complicações 
durante o atendimento. 
• ASA 3: 
 Paciente portador de doença sistêmica severa, que 
limita suas atividades. Geralmente exige algumas 
modificações no plano de tratamento, sendo 
imprescindível a troca de informações com o médico. 
• Obesidade mórbida. 
• Último trimestre da gestação (> de 6 meses). 
• Diabético tipo I (que faz uso de insulina), com a doença 
controlada. 
• Hipertensão arterial na faixa de 160-194 a 95- 99 
mmHg. 
• História de episódios frequentes de angina do peito (dor 
no peito), apresentando sintomas após exercícios leves. 
• Insuficiência cardíaca congestiva, com inchaço dos 
tornozelos. 
• Doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema ou 
bronquite crônica). 
• Episódios frequentes de convulsão ou crise asmática. 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Paciente sob quimioterapia. 
• Hemofilia. 
• História de infarto do miocárdio, ocorrido há mais de 6 
meses, mas ainda com sintomas (p. ex., dor no peito ou 
falta de ar). 
 
• ASA 4: Paciente acometido de doença sistêmica severa, 
que está sob constante risco de morte, ou seja, 
apresenta problemas médicos de grande importância 
para o planejamento do tratamento odontológico. Quando 
possível, os procedimentos dentais eletivos devem ser 
postergados até que a condição médica do paciente 
permita enquadrá-lo na categoria ASA III. As urgências 
odontológicas, como dor e infecção, devem ser tratadas 
da maneira mais conservadora que a situação permita. 
Quando houver indicação inequívoca de pulpectomia ou 
exodontia, a intervenção deve ser efetuada em ambiente 
hospitalar, que dispõe de unidade de emergência e 
supervisão médica adequada. 
 
São classificados nesta categoria os pacientes: 
• Pacientes com dor no peito ou falta de ar, enquanto 
sentados, sem atividade. 
• Incapazes de andar ou subir escadas. 
• Pacientes que acordam durante a noite com dor no peito 
ou falta de ar. 
• Pacientes com angina que estão piorando, mesmo com a 
medicação. 
• História de infarto do miocárdio ou de acidente vascular 
encefálico, no período dos últimos 6 meses, com pressão 
arterial > 200/100 mmHg 
• Pacientes que necessitam da administração suplementar 
de oxigênio, de forma contínua (Oxigenioterapia). 
 
• ASA 5: Paciente em fase terminal, quase sempre 
hospitalizado, cuja expectativa de vida não é maior do que 
24 h, com ou sem cirurgia planejada. Nesta classe de 
pacientes, os procedimentos odontológicos eletivos estão 
contraindicados; as urgências odontológicas podem 
receber tratamento paliativo, para alívio da dor (dor-
analgesia). 
 
Pertencem à essa categoria: 
• Pacientes com doença renal, hepática ou infecciosa em 
estágio final. 
• Pacientes com câncer terminal. 
 
 
 
 
 
• ASA 6: Paciente com morte cerebral declarada, cujos 
órgãos serão removidos com propósito de doação. Não 
há indicação para tratamento odontológico de qualquer 
espécie. 
 
Referências: 
Aula teórica de Práticas Pré-Clínicas. Faculdade 
Maurício de Nassau, Odontologia, 2020.

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