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16/12/2020 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/2063880/747c55fe-99a5-11e8-a84c-0242ac110039/ 1/8 Local: A300 - Presencial - Bloco A - 3º andar / Andar / Polo Tijuca / POLO UVA TIJUCA Acadêmico: EAD-IL70115-20191A Aluno: CAROLINA SILVA TAVARES Avaliação: A2- Matrícula: 20183302211 Data: 29 de Março de 2019 - 19:30 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 8,50/10,00 1 Código: 22997 - Enunciado: “A natureza quer que as crianças sejam crianças antes de serem homens. Se quisermos perturbar essa ordem, produziremos frutos precoces, que não terão maturação nem sabor e não tardarão em corromper-se; teremos jovens doutores e crianças velhas. A infância tem maneiras de ver, de pensar, de sentir que lhe são próprias.” ROUSSEAU, Jean-Jacques. Emílio ou a educação. São Paulo: Difel, 1968. Como foi ilustrado na citação, o iluminismo trouxe novas questões para o pensamento pedagógico. Considerando o texto de Rousseau, identifique uma das marcas do ineditismo do pensamento pedagógico iluminista: a) O tema da infância na educação como um tema importante, baseado na noção de indivíduo moderno e, por conseguinte, na consciência de si. b) O princípio educativo, norteado pela perspectiva política, que defende que o monarca deve concentrar todos os poderes, independente de outras instâncias. c) A formação dos adultos como uma única e exclusiva preocupação, baseada na ideia de consciência coletiva em detrimento da consciência individual. d) A política como um aspecto irrelevante para o processo pedagógico e, por conseguinte, social, sem interferência nas relações políticas absolutistas. e) A exclusividade de ensino para nobres e clérigos, considerados os eleitos por Deus para dirigir a sociedade, reforçando, assim, a hierarquia social do mundo medieval. Alternativa marcada: a) O tema da infância na educação como um tema importante, baseado na noção de indivíduo moderno e, por conseguinte, na consciência de si. Justificativa: Resposta correta: O tema da infância na educação como um tema importante, baseado na noção de indivíduo moderno e, por conseguinte, na consciência de si. Duas são as principais marcas de ineditismo do pensamento pedagógico iluminista: estabelece uma relação entre a educação e política e centraliza o tema da infância na educação. Distratores: A formação dos adultos como uma única e exclusiva preocupação, baseada na ideia de consciência coletiva em detrimento da consciência individual. Errado. O iluminismo traz a questão da infância para o centro das discussões pedagógicas. Até o advento do iluminismo, a criança era vista como a reprodução em miniatura de um adulto. Sua educação era baseada na reprodução dos modos de vida de pessoas maduras e já devidamente inseridas no meio social a que pertenciam. Por outro lado, um outro aspecto importante da perspectiva iluminista é a consciência de si, enquanto indivíduo, e não uma perspectiva coletivista. A política como um aspecto irrelevante para o processo pedagógico e, por conseguinte, social, sem interferência nas relações políticas absolutistas. / O princípio educativo norteado pela perspectiva política que defende que o monarca deve concentrar todos os poderes, independente de outras instâncias./ A exclusividade de ensino para nobres e clérigos, considerados os eleitos por Deus para dirigir a sociedade, reforçando, assim, a hierarquia social do mundo medieval. Erradas. A defesa irrestrita da racionalidade e o combate constante pela liberdade dos indivíduos (baseada na noção moderna de indivíduo, que tinha consciência de si), contrapondo-se às concepções obscurantistas da Igreja e à arrogância dos governantes absolutistas, eram os aspectos centrais que orientavam os iluministas, os quais defendiam o ensino para todos. 0,50/ 0,50 2 Código: 22991 - Enunciado: “Nas práticas humanas, quando não formulamos um sentido específico para a ação que vamos realizar, adotamos um sentido dominante que se faz presente na sociedade e na cultura em que vivemos. Assim, se não buscarmos o sentido e o significado crítico, consciente e explícito da ação docente, seguimos o sentido e significado dominante.” LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1994, p.97-98. Designe o conceito que o autor se refere: a) Educação popular. b) Senso crítico. c) Senso comum. d) Dualidade educacional. e) Pedagogia de problemas. Alternativa marcada: c) Senso comum. Justificativa: Resposta correta: Senso comum. É a adoção de valores, experiências, sentidos e significados, de forma acrítica ou inconsciente, na prática docente. Distratores: Senso crítico. Errada. Envolve a faculdade de apreciar e julgar com ponderação e discernimento. Envolve também reflexões ou questionamentos. Pedagogia de problemas. Errada. Essa vertende parte de problemas a serem resolvidos pelos alunos para a construção de conhecimentos, implicando a construção de um currículo baseado em problemas (no qual toda a trajetória formativa fosse centrada na resolução de problemas). Dualidade educacional. Errada. Esse conceito trata da dualidade estrutural do ensino, expressa em uma 0,50/ 0,50 16/12/2020 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/2063880/747c55fe-99a5-11e8-a84c-0242ac110039/ 2/8 fragmentação da escola, na qual se delineiam caminhos diferenciados segundo a classe social, ou seja, repartindo-se os indivíduos de acordo com a divisão social do trabalho. Educação popular. Errada. Essa concepção emerge a partir da luta das classes populares, ou dos trabalhadores mais pobres, na defesa de seus direitos, reivindicando a construção de uma ordem social mais justa ou, dependendo do contexto, até mesmo por uma nova ordem social. 3 Código: 22992 - Enunciado: De acordo com Alessando Horta, muitos recortes de informações que rodeiam variados grupos e que tem o objetivo de reforçar apenas uma perspectiva sobre algum assunto, se alimentam e disseminam conclusões radicais e alienações sobre o contraditório. Fonte: HORTA, A. M. Pós-verdade e negócios. O Globo, 5 maio 2017. O texto exposto aborda as consequências do que ficou conhecido como “pós-verdade”. Não se trata de algo novo, mas o Dicionário de Oxford elegeu o termo como a palavra do ano de 2016. Considerando as possíveis implicações da pós-verdade no processo de ensino-aprendizagem, relacione a qual tipo de conhecimento a pós-verdade pode ser associada, reforçando determinadas crenças e visões de mundo, sem que haja um questionamento sobre a ação pedagógica: a) Pensamento progressista libertário. b) Pensamento pedagógico socialista. c) Senso comum pedagógico. d) Pensamento crítico. e) Conhecimento filosófico. Alternativa marcada: c) Senso comum pedagógico. Justificativa: Resposta correta: Senso comum pedagógico. A “pós-verdade”, como definida no texto, reforça valores, conhecimentos e experiências, que muitas vezes são adquiridos de forma inconsciente ou acrítica. Sem haver uma reflexão, um questionamento sobre os saberes e as práticas que utilizamos em sala de aula, tendemos a reproduzir 'sensos comuns' e 'pós-verdades', possuindo implicações diretas na ação pedagógica. Ou seja, a 'pós-verdade' reforça o que chamamos de “senso comum” pedagógico. Distrator: As demais alternativas estão erradas, porque todas elas, cada uma a sua maneira, questionam a realidade, buscando o sentido e o significado crítico, consciente e explícito da ação pedagógica, quando associados a ela. 1,50/ 1,50 4 Código: 24360 - Enunciado: "Desejamos dar-lhe os seus cinco anos de curso. E desejamos dar-lhe seu programa completo de leitura, aritmética e escrita, e mais ciências físicas e sociais, e mais artes industriais, desenho, música, dança e educação física. Além disso, desejamos que a escola eduque, forme hábitos, forme atitudes, cultive aspirações, prepare, realmente, a criança para a sua civilização — esta civilização tão difícil por ser uma civilização técnica e industrial eainda mais difícil e complexa por estar em mutação permanente. E, além disso, desejamos que a escola dê saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vive [...] a escola primária será algo que lembra uma pequenina universidade infantil." TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971, p. 141-146. O texto exposto é de um dos representantes do pensamento pedagógico da escola nova. Diante isso, identifique o que Anísio Teixeira defende como papel da educação: a) A educação deveria possibilitar o desenvolvimento de competências dos alunos tendo como principais pilares a educação intelectual e moral do aluno, a hierarquia das matérias e a noção de coletivo sobrepondo-se ao indivíduo. b) A educação deveria possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos, tendo como fundamento a perspectiva de educação integral (intelectual, moral e física) e a educação ativa e prática a partir da experiência. c) A educação baseia-se, principalmente, na ideia de que o papel central da escola consiste na preparação dos alunos para ocupar um lugar no mercado de trabalho, constituindo-se no mesmo e único caminho para todos. d) A educação deveria defender o ponto de vista intelectualista no qual os conhecimentos devem ser transmitidos como verdades, sendo separados da experiência e da realidade do aluno. e) A educação deve se basear em perspectivas que possuam métodos de ensino fundamentados, principalmente, de um lado, na exposição verbal e demonstração do professor, e de outro, na memorização por parte do aluno. Alternativa marcada: b) A educação deveria possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos, tendo como fundamento a perspectiva de educação integral (intelectual, moral e física) e a educação ativa e prática a partir da experiência. Justificativa: Resposta correta: A educação deveria possibilitar o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos, tendo como fundamento a perspectiva de educação integral (intelectual, moral e física) e a educação ativa e prática a partir da experiência. Os escolanovistas compartilham perspectivas, que têm como eixo norteador o desenvolvimento das capacidades dos indivíduos, além de concepções e práticas, baseadas na educação integral (intelectual, moral e física), e a educação ativa e prática a partir da experiência. Distratores: A educação baseia-se, principalmente, na ideia de que o papel central da escola consiste na preparação dos alunos para ocupar um lugar no mercado de trabalho, constituindo-se no mesmo e único caminho para todos. Errada. Os escolanovistas opõem-se à perspectiva de que o papel central da escola consiste na preparação dos alunos para ocupar um lugar no mercado de trabalho. Além disso, eles negam a concepção de que todos os alunos devem seguir o mesmo caminho. A educação deveria defender o ponto de vista intelectualista no qual os conhecimentos devem ser transmitidos como verdades, sendo separados da experiência e da realidade do aluno. Errada. Os escolanovistas, ao contrário, não defendem o ponto de vista intelectualista, e sim valorizam a ideia de experiência e reconstrução da experiência. Ademais, não consideram que há uma única verdade ou verdades absolutas. A educação deve se basear em perspectivas que possuam métodos de ensino fundamentados, principalmente, de um lado, na exposição 0,50/ 0,50 16/12/2020 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/2063880/747c55fe-99a5-11e8-a84c-0242ac110039/ 3/8 verbal e demonstração do professor, e de outro, na memorização por parte do aluno. Errada. Os escolanovistas valorizam a ideia de experiência e reconstrução da experiência (e não de apenas a exposição verbal), além de defenderem as perspectivas de aprendizagem centradas nos alunos. A educação deveria possibilitar o desenvolvimento de competências dos alunos tendo como principais pilares a educação intelectual e moral do aluno, a hierarquia das matérias e a noção de coletivo sobrepondo-se ao indivíduo. Errada. Apesar de os escolanovistas defenderem o desenvolvimento dos alunos, esse deve se basear na educação integral (intelectual, moral e física). Além disso, para os escolanovistas, não deveria haver nem hierarquia das matérias nem uma sobreposição da ideia de coletivo ao indivíduo. 5 Código: 22994 - Enunciado: Observe as imagens a seguir: É sabido que a relação teoria e prática é um aspecto fundamental da educação e as imagens retratam isso. Levando isso em consideração, determine a alternativa com a interpretação correta sobre as Figuras A e B: a) Ambas as Figuras abordam a relação entre teoria e prática. A Figura A representa caminhos imbricados da teoria e da prática, enquanto a Figura B defende que, no processo de ensino-aprendizagem, a teoria sempre deve prevalecer sobre a prática. b) Ambas as Figuras abordam a relação entre teoria e prática. A Figura A representa a inter-relação entre teoria e prática no processo de aprendizagem e a B representa como muitas vezes a escola está distante do cotidiano e da experiência do aluno. c) As Figuras A e B mostram que teoria e prática são fundamentos opostos da aprendizagem, que devem ser tratados sempre de forma separada, tanto na formação docente como discente. d) As Figuras A e B tratam da relação entre teoria e prática. Ambas defendem que a prática deve prevalecer sobre a teoria, já que essa diz muito pouco sobre a realidade. Afinal, como diz o ditado: “na teoria é uma coisa, na prática é outra”. e) A Figura A não trata de questões relacionadas ao processo de aprendizagem e a figura B não possui nenhuma relação com a docência. Ambas, portanto, não abordam a relação entre teoria e prática. Alternativa marcada: b) Ambas as Figuras abordam a relação entre teoria e prática. A Figura A representa a inter-relação entre teoria e prática no processo de aprendizagem e a B representa como muitas vezes a escola está distante do cotidiano e da experiência do aluno. Justificativa: Resposta correta: Ambas as figuras abordam a relação entre teoria e prática. A Figura A representa a inter- relação entre teoria e prática no processo de aprendizagem e a B representa como muitas vezes a escola está distante do cotidiano e da experiência do aluno. Uma vez que ela explica por que as Figuras tratam da imbricada relação entre teoria e prática na aprendizagem (Figura A) e representam criticamente como o ensino pode estar distante da prática do aluno. Distratores: As Figuras A e B mostram que teoria e prática são fundamentos opostos da aprendizagem, que devem ser tratados sempre de forma separada, tanto na formação docente como discente / As Figuras A e B tratam da relação entre teoria e prática. Ambas defendem que a prática deve prevalecer sobre a teoria, já que esta diz muito pouco sobre a realidade. Afinal, como diz o ditado: “na teoria é uma coisa, na prática é outra”. Erradas. A perspectiva que defende a oposição entre teoria e prática parte de um pressuposto equivocado, no qual “teoria” e “prática” são coisas essencialmente distintas, autoexcludentes, reforçando uma visão maniqueísta e dicotômica dessa relação. Não devemos desprezar as teorias pedagógicas, nem as práticas discentes e docentes, mas pensar de forma dialética, que estabeleça a relação permanente entre “teoria” e “prática”. Ambas as Figuras abordam a relação entre teoria e prática. A Figura A representa caminhos imbricados da teoria e da prática, enquanto a Figura B defende que no processo de ensino-aprendizagem a teoria deve prevalecer sobre a prática. Errada. Ao compararmos as duas Figuras, percebemos que a Figura B não defende a prevalência da teoria sobre a prática. Ao contrário, ela, de forma irônica, faz uma crítica a maneira pela qual a escola se descola, separa, da realidade e do cotidiano do aluno. A Figura A não trata de questões relacionadas ao processo de aprendizagem e a figura B não possui nenhuma relação com a docência. Ambas, portanto, não abordama relação entre teoria e prática. Errada. As duas figuras (A e B) tratam da relação entre teoria e prática no aprendizado. 1,50/ 1,50 6 Código: 24355 - Enunciado: Texto 1 Nós temos que fixar a atenção primeiramente na criança para descobrir que tipo de experiência é apropriada para ela, em um período selecionado, para descobrir, se possível, o que constitui a característica especial da experiência da criança naquele período, e por que aquela experiência toma certa forma e não outra. Isso significa observar em detalhes que experiências são mais significativas e têm maior valor para a criança, e que atitude essa assume com respeito a elas. Nós procuramos pelo ponto ou foco de interesse nessas experiências. Fonte: DEWEY, John. Early essays. The Early Works of John Dewey. Volume 5, 1882 – 1898. EUA: Southern Illinois University Press, 1972, p. 172. Texto 2 Durante o tempo da visita, não falou Aristarco (o diretor da Escola) senão das suas lutas [...] "Um trabalho insano! Moderar, animar, corrigir esta massa de caracteres, onde começa a ferver o fermento das inclinações; encontrar e encaminhar a natureza na época dos violentos ímpetos; amordaçar excessivos ardores; retemperar o ânimo dos que se dão por vencidos precocemente; espreitar, adivinhar os temperamentos; prevenir a corrupção; desiludir as aparências sedutoras do mal; aproveitar os alvoroços do sangue para os nobres ensinamentos; prevenir a depravação dos inocentes; espiar os sítios obscuros; fiscalizar as amizades; desconfiar das hipocrisias; ser amoroso, ser violento, ser firme; triunfar dos sentimentos de compaixão para ser correto; [...] punir [...] Ah! meus amigos, conclui ofegante, não é o espírito que me custa, não é o estudo dos rapazes a minha preocupação... É o caráter! [...] é a imoralidade! [...] O (Colégio) Ateneu é um colégio moralizado! [...] Eu tenho um código..." Neste ponto, o diretor levantou-se de salto e mostrou um grande quadro à parede. “Aqui está o nosso código. Leiam! Todas as culpas são prevenidas, uma pena para cada hipótese [...] Se a desgraça ocorre, a justiça é o meu terror e a lei é o meu arbítrio!” Fonte: POMPÉIA, Raul. O ateneu. São Paulo: Ática, 2007, p. 28. Analise os textos expostos e os classifique de acordo com as suas respectivas filiações pedagógicas: 0,00/ 1,50 16/12/2020 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/2063880/747c55fe-99a5-11e8-a84c-0242ac110039/ 4/8 a) Pensamento pedagógico escolanovista (texto 1) e pensamento pedagógico positivista e funcionalista (texto 2). b) Ambos pertencem ao pensamento pedagógico socialista (textos 1 e 2). c) Ambos pertencessem ao pensamento escolanovista. d) Pensamento pedagógico funcionalista (texto1) e pensamento pedagógico escolanovista (texto 2). e) Pensamento pedagógico socialista (texto 1) e pensamento pedagógico escolanovista (texto 2). Alternativa marcada: c) Ambos pertencessem ao pensamento escolanovista. Justificativa: Resposta Correta: Pensamento pedagógico escolanovista (texto 1) e pensamento pedagógico positivista e funcionalista (texto 2). O texto 1 aborda questões centrais da Escola Nova. Dewey, o autor desse texto, trata tanto da criança como centro do processo de ensino-aprendizagem como também da importância da experiência nesse processo, contrapondo-se a uma tendência tradicional de ensino. O texto 2 — retirado da obra O Ateneu (1888), de Raul Pompéia — pode ser interpretado a partir de alguns traços positivistas e funcionalistas. Na medida em que, nessa perspectiva, vários elementos da sociedade são considerados interdependentes, as “partes” da sociedade (indivíduos, a escola) desempenham funções específicas que contribuem de forma interligada (orgânica) para a manutenção e a harmonia do “todo” (sistema social, a sociedade como um todo). A preocupação excessiva com as normas, as leis, a imoralidade, a punição, a vigilância, com o caráter etc. podem ser encarados como traços dessa perspectiva. Distratores: Ambos pertencem ao pensamento pedagógico socialista (textos 1 e 2). Errada. O pensamento pedagógico socialista não tinha como elemento central a questão da experiência, pelo menos não da forma como descrita no texto, e muito menos estava preocupado com a questão da ordem, harmonia e moral. Pensamento pedagógico funcionalista (texto1) e pensamento pedagógico escolanovista (texto 2). Errada. Nesse caso, houve uma inversão: o texto 1 é escolanovista e o texto 2 é funcionalista. Embora o pensamento funcionalista e positivista tivesse preocupação com a criança, sua perspectiva não era centrada na ideia de experiência, ao menos, da maneira como ela é concebida no texto. A Escola Nova, por sua vez, não possuía a perspectiva moralizante e de ordem como apontado no texto 2. Ambos pertencessem ao pensamento escolanovista. Errada. Apenas o texto 1 é pertencente à Escola Nova. O texto 2 aponta para uma perspectiva pedagógica diferente, uma vez a Escola Nova não possuía a perspectiva moralizante e de ordem como apontado no texto 2. Pensamento pedagógico socialista (texto 1) e pensamento pedagógico escolanovista (texto 2). Errada. O pensamento pedagógico socialista não tinha como elemento central a questão da experiência, pelo menos não da forma como descrita no texto. A Escola Nova, por sua vez, não possuía a perspectiva moralizante e de ordem como apontado no texto 2. 7 Código: 22995 - Enunciado: “A visão comum dos grandes professores é que eles nasceram desse jeito. Como a ex-oficial da marinha interpretada por Michelle Pfei�er no filme Mentes perigosas, o professor Jaime Escalante interpretado por Edward James Olmos em O preço do desafio e o 'carpe diem', de Robin Williams, entoado no filme Sociedade dos poetas mortos, professores lendários transformam bandidos em estudiosos, analfabetos em gênios e indolentes e preguiçosos em bardos através do carisma bruto. Ensinar é o seu chamado, sua vocação natural — não é uma questão de artesanato e treinamento, mas inspiração alquímica.” Texto traduzido e adaptado de: GREEN, Elisabeth. Building a better teacher: how teaching works (and how to teach it to everyone). Nova Iorque: W. W. Norton & Company, 2015. O texto exposto aborda uma perspectiva sobre a prática docente muitas vezes difundida em nossas sociedades. Cite as características do ofício e da formação docente que contrapõem essa visão. Resposta: Justificativa: Expectativa de resposta: Como o próprio texto destaca, muitas vezes somos levados a acreditar que a docência é apenas uma questão de “dom”, “talento” ou “vocação” natural para ensinar. Esquecemos de encarar a docência como a prática de um ofício. E como tal, ela é possui algumas características. A docência é construída também a partir de uma mistura de conhecimentos, valores e experiências que adquirimos ao longo das nossas vidas — tanto nos meios acadêmicos, como na escola, nos cursos, na universidade e professores que tivemos contato, quanto, também, fora deles, como a família, amigos etc. Isso significa que a trajetória e o passado do professor não apenas influenciam e afetam (seja de forma consciente ou não) suas concepções e práticas docentes atuais, como também definem e interferem na sua capacidade docente futura. Portanto, não se trata simples ou exclusivamente de 'dom', 'talento' ou 'vocação' natural, mas de um ofício que requer constante reflexão sobre a relação entre teoria, prática e experiência, envolvendo bastante, como o texto chama atenção, “artesanato e treinamento”. 1,50/ 1,50 8 Código: 23006 - Enunciado: (Tradução: Para uma seleção justa, todos terão que fazer o mesmo exame: por favor, subam naquela árvore.) Fonte: <https://marquetteeducator.wordpress.com/2012/07/12/climbthattree/ (https://marquetteeducator.wordpress.com/2012/07/12/climbthattree/)>. Acesso em: 14 ago. 2017. A figura exposta pode ser interpretada de diferentes maneiras. Explique por que ela pode ser aplicada ao pensamento pedagógico positivista e funcionalista. Resposta: Justificativa: Expectativa de resposta: A figura pode ser interpretadaa partir de três aspectos caros ao pensamento pedagógico positivista e funcionalista. Primeiro, porque ela se relaciona ao evolucionismo e seus desdobramentos: o desenvolvimento unilinear e progressivo da sociedade em direção aos estados mais complexos, nos quais toda a humanidade teria se desenvolvido, em estágios sucessivos e obrigatórios, em uma trajetória, basicamente, unilinear e ascendente. Não importa as diferenças e as condições variadas (elefantes, macacos, peixes etc.), todos teriam que passar pelos mesmos estágios (i.e. pelo mesmo exame). Segundo, porque a figura se associa ao cientificismo, o qual defende que a ciência só pode tratar de entidades observáveis — conhecidas apenas diretamente pela experiência — opondo-se, 2,50/ 2,50 https://marquetteeducator.wordpress.com/2012/07/12/climbthattree/ 16/12/2020 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/2063880/747c55fe-99a5-11e8-a84c-0242ac110039/ 5/8 portanto, às especulações que não possuem evidência concreta. Essa perspectiva objetiva a construção de leis gerais por meio da observação e da experimentação, sendo capaz de predizer qualquer fenômeno estudado. Ou seja, só é possível medir por intermédio de um teste observável (o exame). E terceiro, relacionado diretamente aos dois primeiros argumentos, porque as propostas positivistas e funcionalistas defendiam que a realidade era regida por leis de causa e efeito. De posse do conhecimento dessas leis, seria possível traçarmos um progresso cada vez mais melhorado da sociedade. Nesse contexto, a educação tinha um papel central, classificando os alunos em fases de aprendizagem absolutamente rígidas e orientadas pelo princípio de acúmulo de conhecimento e progresso racional. A pedagogia positivista e funcionalista via na escola a instituição mais adequada para impor um processo evolutivo da sociedade. Sendo ainda mais elitista que a proposta pedagógica iluminista, a pedagogia positivista e funcionalista agrava a segregação social ao classificar os alunos em aptos e não aptos, a partir de um padrão de normalidade preestabelecido.
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