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Análise de empresas Fusão e

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Reflexo das operações de fusões e aquisições nos indicadores financeiros das empresas brasileiras de capital aberto
A globalização tem alterado o mundo dos negócios no qual as empresas disputam, nos últimos anos. No Brasil, algumas modificações no cenário econômico esquentaram o mercado financeiro, acontecimento que tem fortalecido os exercícios de fusões e aquisições. A presente pesquisa buscou traçar de início, um conteúdo preciso a respeito dos métodos de crescimento. Predominaram-se os conceitos próprios às ações de fusões e aquisições, como seus mais importantes mecanismos, motivações, barreiras a serem ultrapassadas e resultado de sucesso. Também foi realizada uma breve análise referente a avaliação de desempenho empresarial e seus mais importantes índices. Após a análise conceitual, foi sugerida uma conferência sobre a atitude de indicadores financeiros de organizações associaram-se de operações de Fusão e Aquisição. Por meio do confronto dos indicadores em variados episódios, foi capaz calcular o quanto esse tipo de mudança impacta uma organização financeiramente.
A evolução tecnológica, a internacionalização dos negócios, e o acréscimo da competitividade nas diversas áreas da economia, obrigam as organizações e os seus gestores a procurarem por métodos sagaz para alcançarem os melhores resultados. Com isso, o aumento da onda de fusões e aquisições se aponta como um efeito um tanto novo e que vem acontecendo em nível mundial. Essa ação traduz um dos exercícios organizacionais mais marcantes para a empresa e seus funcionários. Segundo ROSSETTI (2001), os processos de F&A se fortaleceram devido a diminuição dos obstáculos de entrada do capital externo, da inserção do Brasil no mercado global, do fim dos monopólios e das reservas de mercado, da modernização e de problemas em processos sucessórios nas empresas familiares. Esses fatores resultaram em um aquecimento da micro e da macroeconomia brasileira, além de uma maior estabilidade econômica. As organizações realizam as fusões e aquisições, pesquisando, o aumento forma mais rápida, a conquista de atuais mercados e os benefícios das sinergias criadas. Mesmo possuindo um ambiente econômico benéfico, a execução de uma F&A não deve ser apresentada como uma forma simples para problemas internos ou ameaças mercadológicas, referente ao alto grau de complexidade, risco e dúvidas que atravessam essas operações, e também ao afastamento de um consenso sobre lucro (sinergias) e criação de valor.
Processo esse, onde todos os níveis das empresas estão contidos e serão escolhidos os negócios em que a empresa está ou vai estar que possibilitem uma benefício sustentável de longo prazo em cada um dos negócios por meio de respostas adequadas às oportunidades e ameaças do ambiente; e aos pontos fortes e fracos da organização.
A continuidade das empresas é destacada pela habilidade de adaptação das próprias organizações no mundo de negócios e o talento de seus gestores de resolver as constantes mudanças. Essas modificações têm solicitado por parte das organizações a permanente criação de vantagens competitivas que proporcionem o crescimento e desenvolvimento de novos negócios, produtos, mercados ou serviços.
A estratégia é extensiva e não há um acordo entre os criados sobre sua explicação. HAX e MAJLUF (1991) apontam como um modelo compreensível, unificado e integrado de decisões, que estabelece e permitem os propósitos organizacionais em termos de seus objetivos de longo prazo, programas de ação e prioridades para alocação de recursos.
A partir dessas informações, duas dimensões básicas têm sido objeto de estudos. As estratégias de crescimento que observam a explicação do escopo de ação da empresa (seus negócios, produtos e mercados) as maneiras de conquistar seus resultados (desenvolvimento interno, aquisições e/ou fusões, e alianças estratégicas). A segunda proporção se refere as estratégias concorrentes, quais as opções para a organização atingir e garantir um benefício competitivo sustentável no mercado. As dimensões estão relacionadas, com isso a explicação do escopo de atuação prejudica a definição da estratégia competitiva.
Uma empresa pode crescer de três formas, segundo SHERMAN E HART (2006): crescimento orgânico, crescimento inorgânico e crescimento externo.
O crescimento orgânico se dá através da construção de novas plantas, desenvolvimento de novos mercados e/ou produtos e o aumento de funcionários. Essas competências têm que ser desenvolvidas com potencial da criação de valor no futuro, no qual, serão encarregados pelo auxílio dos resultados.
O crescimento inorgânico é representado por meio de fusões e aquisições junto a outras organizações, possibilitando de forma mais rápida a aproximação de uma nova linha de produtos e a entrada em novos mercados.
Já o crescimento externo, é explicado através de permissões ou acordos estratégicos entre organizações que agem em países variados, porém na mesma área de negócios; acontece pela venda de franquias, crescente dos lucros por royalties e pela maior projeção da marca da organização por meio de joint ventures.
Segundo SCOTT (2003), fusão é um acordo entre duas ou mais empresas na qual os ativos e passivos da empresa objeto da fusão (alvo) são puxados pela empresa sujeito (adquirente) da fusão. A imagem da organização compradora é conservada e a empresa absorvida deixa de ocorrer como entidade separada. “A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e obrigações” (art 228, lei 6.404). 
A nova sociedade é constituída pela inclusão dos procedimentos das organizações, que ao se juntarem podem formar uma vantagem concorrente mais forte.
A análise das demonstrações contábeis de uma empresa, com evidência para o balanço patrimonial (BP) e a demonstração do resultado do exercício (DRE), estabelece um dos estudos mais importantes da administração financeira, por tratar de uma considerável fonte de dados para a tomada de decisões em um ambiente organizacional cada vez mais competitivo.
As demonstrações financeiras apontam tanto a posicionamento de uma organização em um período específico, quanto suas ações no procedimento de algum tempo passado, além de conseguirem utilizar-se na previsão de lucros e dividendos futuros. Podemos através desses dados, planejar melhores ações para melhores desempenhos futuros da empresa.
“A análise das demonstrações financeiras tem o intuito básico de avaliação do desempenho da empresa, notadamente como forma de identificar os resultados (conseqüências) retrospectivos e prospectivos das diversas decisões financeiras tomadas. (ASSAF NETO 2003)”
O estudo de casos apresentado, teve como finalidade, conferir através dos modelos Fleuriet e DuPont e do Teste de Postos com Sinais de Wilcoxon para Pares Combinados, se existe desigualdade nos indicadores de liquidez, rentabilidade e alavancagem das demonstrações financeiras das organizações de capital aberto que realizaram operações de F&A de 2010 a 2014. 
As respostas mostraram desigualdade estatisticamente consideráveis entre os intervalos ex ante e ex post às operações de F&A, para as variantes de liquidez, sendo: NGG, T e T/RL. Nota-se que o crescimento da NGG superior ao acrescimento do CDG gerou agravamento na situação financeira, fazendo com que organizações deixassem a classificação de uma situação financeira sólida para uma fraca. Com isso, provocou uma desigualdade na capacidade de produzir meios para o financiamento de suas operações de curto prazo. 
Podemos observar que as operações de F&A podem causar uma desigualdade financeira de curto prazo, o que pode ser reparado pela sinergia operacional e administrativa, onde seus resultados procedentes em médio e longo prazo, aperfeiçoam a situação financeira da aquisição ou fusão. Se as mesmas não foram alcançadas, a situação financeira pode se degradar, atrapalhar a continuação das operações, ou a organização pode ainda retroceder através da cisão de parte dos negócios.

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