Buscar

Classificação das Fotodermatoses

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

classificação das 
Fotodermatoses 
 As chamadas Fotodermatoses 
constituem um grupo heterogêneo de 
doenças, que compartilham a 
característica de serem 
desencadeadas ou agravadas em 
resposta à exposição à radiação 
ultravioleta. Elas podem ser 
classificadas em: 
1. toxicas primárias 
(ocorrendo em todas as pessoas 
saudáveis), como: queimadura 
solar, envelhecimento cutâneo 
etc. 
2. induzidas por 
substancias químicas 
diversas (remédios, inseticidas, 
sabões etc.), e, nesse caso, as 
reações fotoquímicas podem ser 
imunológicas ou não, 
caracterizando as reações de 
fotoalergia e de fototoxicidade, 
respectivamente; 
3. idiopáticas 
ou seja, por sensibilidade 
exagerada a determinadas 
radiações, em algumas pessoas 
aparentemente normais; 
4. Miscelanea 
grupo no qual se encaixam 
dermatoses nitidamente 
produzidas pelas radiações 
solares, mas que não têm um 
mecanismo conhecido e não se 
incluem nos parâmetros 
estabelecidos para as demais 
classificações; e 
5. doencas precipitadas ou 
agravadas pela radiacão 
solar que podem ser de 
natureza genética ou adquirida. 
Um número muito maior de 
dermatoses poderia ser incluído 
no grupo IV, como líquen plano 
actínico, poroceratose actínica, 
púrpura solar etc. 
 
Fotodermatoses toxicas 
primárias. 
Os aspectos precoces das 
fotodermatoses tóxicas primárias são 
eritema e queimadura 
espessamento da epiderme 
hiperpigmentacão, no contexto dos 
efeitos imediatos da radiação 
ultravioleta (UV) sobre a pele. 
manifestações tardias dessas 
fotodermatoses, além do cancer de 
pele, envelhecimento da pele A pele 
torna-se atrófica, apergaminhada, 
com sulcaturas pronunciadas, 
mosqueada de pigmentacões (melanose 
senil). Ao mesmo tempo, pode-se ver 
uma série de alterações morfológicas, 
essas alterações correspondem a um 
efeito fotobiológico cumulativo em 
função de décadas e cujo aparecimento 
é mais frequente quanto mais clara for 
a pele e maior a exposição solar. Nos 
tipos I a III, aparecem em torno das 4ª 
5 décadas de vida e, nos demais tipos, 
depois da 6 década; nos negros 
(fototipo VI), essa distrofia involutiva 
cutânea é mitigada e bem mais 
tardia. Ocorre também variação de 
fotodano em relação à raça. Na pele 
negra a quantidade de UVB que atinge 
a derme é de 6% comparada a 30% na 
raca branca e, em relacão ao UVA, 
aproximadamente 18% e 55%, 
respectivamente. As alterações 
morfológicas encontradas podem ser 
resumidas nos aspectos definidos a 
seguir. 
• Elastoidose cística e comedônica 
(Favre-Racouchot). Caracteriza-se 
por cistos e grandes comedões 
implantados em pele amarelada, ao 
redor dos olhos e nas regiões 
temporais . 
 
 
• Lagos venosos. São ectasias 
venosas que se apresentam como 
pápulas violáceas ou azul-escuras, 
compressíveis, localizadas em 
áreas de exposição solar como as 
hélices das orelhas, as pálpebras, a 
região malar e, caracteristicamente, 
o lábio inferior. Tende a ocorrer em 
idosos, e em princípio, desenvolve-
se a partir do dano solar sobre a 
adventícia vascular e o tecido 
elástico dérmico. A histopatologia 
revela vênulas dilatadas 
constituídas por uma camada fina 
de células endoteliais ancoradas 
por tecido fibroso na derme 
superior. 
• Pele romboidal (cutis romboidalis, 
Jadassohn). A pele apresenta-se 
com aspectos losângicos 
delimitados por sulcaturas 
relativamente profundas; sua 
localização típica é na nuca, 
podendo, entretanto, ocorrer em 
outras áreas (face e antebraços). É 
mais prevalente nos homens por 
não terem, em geral, a proteção 
dos cabelos longos. 
 
 
• Dermatoses pré-cancerosas e câncer 
cutâneo 
• Pele citreína 
• Nódulos elastóticos das orelhas 
(Carter). São pequenas formações 
nodulares que se localizam na anti-
hélicen . 
 
Histopatologia das 
fotodermatoses tóxicas 
primárias 
Em praticamente todas essas 
distintas apresentações do fotodano, 
ressalta-se um aspecto 
histopatológico característico, a 
chamada elastose solar, ou seja, faixas 
ou nódulos de degeneração basofílica 
de colágeno, quando em sua plenitude 
(coloração acizentada no HE), 
orceína-positiva (material elastótico 
composto por fibras elásticas 
grosseiras) que faz perder a estrutura 
fibrilar do colágeno. Essa faixa 
localiza-se na derme superior, porém 
está separada da epiderme, que pode 
estar atrófica, por faixa estreita de 
colágeno normal (zona Grenz) 
 
Fotodermatoses induzidas 
por substancias químicas 
recapitulando: No grupo anterior de 
fotodermatoses, todos os indivíduos 
acometidos apresentam o mesmo 
padrão de reac ̧ão, e a intensidade do 
processo depende apenas do fototipo 
de pele. (I a VI). já neste , apenas 
algumas pessoas reagem de maneira 
anômala, e o fato independe do 
fototipo da pele, mas depende de 
alterações moleculares induzidas por 
substância química, em conjunção 
com fótons. O espectro de ação mais 
frequentemente envolvido está entre 
320 e 425 nm, e, portanto, na área de 
acão do UVA e da luz visível. destacam-
se dois tipos diferentes de reação: 
fototóxica e fotoalérgica. Na reação 
fototóxica, não há fenomeno 
imunitário, enquanto na fotoalérgica, 
sim. 
Na reação fototóxica, o que ocorre é 
uma ativação de determinada 
molécula do organismo, passando aos 
estados singleto e tripleto com 
transferência de energia e 
provocando, consequentemente, 
alterações patológicas nas 
membranas celular e/ou nuclear. A 
amiodarona causa fototoxicidade em 
30 a 57% dos seus usuários e, após uso 
por muitos meses. 
Na fotoalergia, a substância química 
introduzida sob a ação da radiação 
modifica uma molécula celular que, 
em geral, é o DNA, que, quando 
alterado (DNA-UV), passa a funcionar 
como hapteno, e une-se a uma 
proteína; esse composto antigênico é 
inicialmente processado pelas células 
de Langerhans, sensibilizando, em 
seguida, o linfócito T. É, pois, o 
mecanismo IV de Gell e Coombs, ou 
seja, o da imunidade mediada por 
células. 
As substâncias químicas são 
apresentadas à pele de fora para 
dentro (contatantes externos, como 
cosméticos, plantas, inseticidas etc.) 
ou de dentro para fora (contatantes 
internos, como remédios, alimentos 
etc.); por fim na fotoalergia reproduz-
se um fotoeczema de contato. 
 
Manifestacões clínicas e 
patológicas 
Na fototoxicidade, ocorre 
basicamente uma aceleração da 
resposta eritrogênica. Após a ingestão 
ou aplicação da substância, o paciente 
começa a sentir prurido, sensação de 
queimadura e eritema; em torno de 2 a 
6 h (reação imediata), o eritema já é 
bastante acentuado e acompanha-se 
de edema; em 12 a 24 h, podem surgir 
bolhas; nos dias subsequentes, há 
regressão dessas lesões, com 
instalac ̧ão de pigmentac ̧ão residual 
que persiste por várias semanas. 
Praticamente todas as áreas expostas 
(face, colo, antebrac ̧o etc.) são 
difusamente atingidas. Esse tipo 
imediato de fototoxicidade ocorre com 
mais frequência após ingestão de 
sulfas, tetraciclinas, griseofulvina, 
hipoglicemiantes, fenotiazinas, 
tiazídicos, quinolonas, retinoides e 
sulfonilureia. 
 fototoxicidade tardia 
 o início das manifestações ocorre em 
6 a 12 h, atingindo o seu máximo em 48 
h; esse subtipo tardio é o que ocorre 
com as furocumarinas existentes em 
determinadas plantas das famílias 
Rutaceae e Umbilliferae, bem como o 
óleo essencial de bergamota (perfumes) 
e os produtos sintéticos psorale ̂nicos 
(usados na PUVA- terapia). As lesões 
também são eritematoedematosas, 
com ou sem bolhas (depende da 
intensidade do processo, que por sua 
vez é dependente do tempo de 
exposição e da concentração da 
substância), seguidas de pigmentação. 
As duas principais variáveis para que 
ocorra uma reacão fototóxica são a 
concentracão/quantidade da 
substancia química e 
tempo/quantidade da radiacão 
lumínica. 
 
 fotoalergia 
As manifestações clínicas da 
fotoalergia são basicamente as de um 
eczema (eritema com vesiculação e 
prurido), sendo, em última análise, umfotoeczema. Surgem 24 a 48 h após a 
exposição solar, diferindo, portanto, 
da fototoxicidade. 
O contatante pode ser: 
 Exógeno 
sabonetes antissépticos à base de 
triclosan, tópicos com sulfas, 
substâncias anti-histamínicas, 
protetores solares tipo benzofenonas, 
substâncias antimicóticas, 
inseticida.) 
 Endógeno 
sulfas, losartana, tranquilizantes tipo 
clorpromazina, quinolonas, 
anticonceptivos . 
A reação independe da quantidade da 
substância química desencadeadora, 
bastando, pois, quantidades mínimas 
dela, há necessidade de exposição 
previa. 
 
Fotodermatoses idiopáticas 
São, por assim dizer, determinadas 
pessoas que apresentam uma 
verdadeira predisposição pessoal às 
radiações ultravioletas. Neste grupo 
estão incluídas: 
 
Erupcão lumínica polimórfica 
É a mais frequente fotodermatose 
idiopática. Trata-se de uma erupção 
de morfologia variada, porém de 
localização exclusiva nas áreas 
expostas ao sol, e sem interferencia de 
qualquer outro fator (imunológico, 
substancias, metabolismo etc.) que não 
seja a radiacão. 
A patogênese parece relacionar-se 
com uma falha na imunossupressão 
normalmente induzida pela radiação 
UV que resulta em reatividade 
aumentada a fotoalérgenos presentes 
na pele, o que equivale dizer que a luz 
fluorescente também pode produzir 
e/ou agravar a doença. As 
manifestações surgem algumas horas 
a poucos dias após a exposição. Inicia-
se e/ou piora no verão, e aparece em 
surtos na dependência da exposição. 
Ocorre com maior frequência em 
mulheres: é mais comum na 1 década 
de vida, e menos na 2 e 3 décadas; 
é excepcional em idade avançada. Em 
geral, há diminuição da 
sintomatologia após muitos surtos 
em virtude da pigmentação 
secundária e do espessamento da pele 
provocados pelas radiações. 
 
 tratamento 
é realizado com antimaláricos. 
 A fotoproteção adequada, 
idealmente, deve ser efetiva contra a 
radiação capaz de desencadear o 
quadro. O emprego oral do Polypodium 
leucotomos ( protetor solar oral) 
 
 Urticária solar 
urticária, que se inicia após minutos 
de exposição solar e continua 
atingindo o pico em torno de 30 e 60 
min. É como uma urticária 
colinérgica, apresentando, às vezes, 
sintomatologia geral (mal-estar e 
cefaleia). Depois de várias exposições, 
pode haver certa tolerância 
(taquifilaxia). É mais comum na 3 
década, com preponderância 
feminina. 
 prevencão e o tratamento 
 são realizados, primordialmente, com 
anti-histamínicos e fotoproteção, 
incluindo roupas e chapéu. 
 
Hidroa vaciniforme (de 
Bazin) 
Caracteriza-se por erupção de lesões 
papulovesiculosas com umbilicação 
central (varioliforme) e discreta 
necrose com involução cicatricial em 
áreas fotoexpostas. É doença rara. 
Aparece na 1 década da vida, 
predomina em meninos e, geralmente, 
desaparece na idade adulta; em alguns 
casos, há conjuntivite e ceratite. 
Atualmente sabe-se que a etiologia se 
relaciona ao vírus Epstein-Barr. 
O diagnóstico diferencial inclui as 
porfirias eritropoiética congênita e 
cutânea tarda, erupção lumínica 
polimórfica e prurigo actínico. 
 
Fotodermatoses do grupo 
miscelanea 
• Poiquilodermia de Riehl-Civatte 
• Lentigo actínico (lentigo solar) 
• Miliaria solar 
 
 Diagnóstico 
o diagnóstico clínico das 
fotodermatoses é concebido, 
basicamente, em três parâmetros: 
• história de coincidência 
frequente de instalação do 
quadro após exposição solar 
• morfotopografia das lesões 
relacionada com as áreas de 
fotoexposição. 
• prevenção, melhoria e/ou 
desaparecimento do quadro 
clínico pela não exposição (uso 
de roupas adequadas e/ou 
fotoprotetores). 
 
 terapêutica 
• Prevenção e eliminação da 
exposição solar de possíveis 
substâncias indutoras 
 
 Prevencão 
A prevenção para as fotodermatoses 
deve ser feita com a não exposição 
solar. O uso de vestimentas e de 
fotoprotetores adequados é indicado; 
é muito importante usar um 
fotoprotetor que elimine 
especificamente o espectro de ondas 
na entidade particular ou que seja de 
amplo espectro.

Outros materiais