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Marcos André 1 1. Dor torácica em repouso ou dispneia súbita 2. Supra de ST 3. Bloqueio de ramo esquerdo A principal manifestação clínica em um paciente com isquemia miocárdica é a dor torácica em região precordial ou retroesternal, de intensidade variável (geralmente forte) em pacientes com infarto agudo do miocárdio. A dor torácica pode ser caracterizada como aperto, peso, constrição, ardência ou queimação; em repouso, pode ter sido desencadeada por esforço físico ou estresse e vir acompanhada de fatores como náuseas, vômitos, sudorese ou palidez. O quadro clínico clássico de infarto agudo do miocárdio apresenta dor retroesternal, com irradiação para membros superiores, geralmente ambos os membros ou membro superior esquerdo, mandíbula, pescoço e/ou região dorsal. Muitas vezes, a irradiação para o braço esquerdo se caracteriza por dor ou formigamento no punho, na mão ou restrita à região ulnar e ao quinto dedo. Não infrequentemente, a dor se localiza na região do epigástrio, em queimação, irradiando-se para a face anterior do tórax, podendo ser confundida com manifestações clínicas de doenças do trato digestivo alto, como dispepsia, gastrite, colecistopatias ou úlcera péptica. Algumas vezes, a apresentação clínica é atípica, com ausência de sintomas ou presença de desconforto, peso ou mal- estar torácico indefinido, sudorese e fraqueza sem causa aparente. Os antecedentes pessoais e familiares, assim como o levantamento completo para a presença de fatores de risco para doença aterosclerótica podem contribuir para a valorização da dor torácica como manifestação de isquemia miocárdica na avaliação inicial. O diabete melito e a história de doença Marcos André 2 arterial coronariana prévia, particularmente, reforçam a possibilidade diagnóstica de evento isquêmico miocárdico agudo, bem como também o uso prévio de medicações anti-isquêmicas Outros fatores de risco, como hipertensão arterial, dislipidemia, tabagismo, sobrepeso e sedentarismo incrementam o risco e a probabilidade de evento coronário em pacientes que se apresentam com dor torácica ao pronto-socorro. O trombo se instala em cima da placa que se rompeu, com o trombo não passa O2, e irá faltar ATP, pouco ATP começa a romper as membranas e radicais livres, o que estava dentro começara a ser liberado na circulação - CKMB e troponina, além desses o K+ que estava dentro da célula também será liberado, depois de um tempo a reação inflamatória aumenta, ↑ histamina, NO e PGE2. O potássio liberado pode gerar arritmia e as prostaglandinas juntamente com o ácido lático causam inflamação e dor. Homem de 66 anos de idade procurou atendimento médico no hospital em razão de dor precordial intensa há 40 minutos. O paciente sabia ser portador de hipertensão arterial e era tabagista. Sem sentir nada antes, apresentou dor precordial intensa súbita, e após, o 3º episódio agora persistente associada a dispneia, sudorese e tontura, ele procura atendimento médico de emergência. O exame físico revelou: Frequência cardíaca de 95 batimentos por minuto e pressão arterial de 90/40 mmHg A semiologia pulmonar demonstrou crepitações em bases pulmonares O exame de coração revelou sopro sistólico em Foco mitral Enfermeira solicita seu parecer e atendimento OBS: 90% dos pacientes que possuem síndrome isquêmica aguda não tem história de angina de esforço -A elevação do segmento ST em presença de dor torácica identifica com alta probabilidade um infarto agudo do miocárdio. -As alterações eletrocardiográficas começam a aparecer minutos após a Marcos André 3 oclusão da artéria coronária, inicialmente com ondas T apiculadas seguidas do supra desnivelamento do segmento ST. Se a oclusão arterial persiste, a onda Q aparece em um período de 1 a 12 horas. -O supra desnivelamento de ST resolve em 3 a 15 dias em 95% dos infartos inferiores e 40% dos infartos anteriores. A persistência do supra desnivelamento após 2 semanas está relacionada a pior prognóstico, extensa área de necrose ou aneurisma de ventrículo esquerdo Neste eletro existe um supra de ST. Possui mais de duas derivações com supra e mais de 2 mm. -O grau de supra desnivelamento do segmento ST sugestivo de isquemia miocárdica foi redefinido. O supra desnivelamento do segmento ST novo em duas derivações contíguas: ≥ 2 mm em homens e ≥ 1,5 mm em mulheres, nas derivações V2 e V3 e ≥ 1 mm nas demais derivações, deve ser considerado isquemia miocárdica aguda Pede também a enzima cardíaca troponina para diagnostico, mas nesse caso do paciente isso não é necessário devido a sua situação e o resultados apresentados no eletrocardiograma. OBS: O infarto é uma situação de morte celular em que o processo de anaerobiose, para uma tentativa de manter a célula viva, pois estava faltando oxigênio, entretanto isso não pode ficar por muito tempo, caso não resolva a causa, o processo se torna irreversível, ocorrendo morte celular. OBS 2: Infarto é um dor prolongada, toda dor torácica em repouso por mais de 30 min, pensa em IAM. Evolução do supra Marcos André 4 OBS: Onda Q, é a onda de cicatriz do infarto, é a marca cicatricial, além disso a tendencia do supra é diminuir com a melhora. OBS 2:Em pacientes muito graves o supra tende a continuar mostrando que a necrose foi grave, e com isso mostra uma maior chance de o paciente apresentar IC. OBS 3: Quanto mais derivações supradas, maior o risco. Se mais de 40% do ventrículo esquerdo tiver em sofrimento o paciente pode entrar em choque cardiogênico. OBS 4: Bloqueio de ramo esquerdo: Olhar V1 e V2, e verificar quantas ondas para cima possuem (onda r) no de ramo esquerdo terá só uma ou nenhuma, já no ramo direito haverá 2 ou mais ondas r’s. Exemplo de eletro: 80 anos, dor torácica há 24 horas em aperto por 2 horas, no momento com dispneia leve e astenia. O eletro tem ausência de onda R, e tem supra com onda T negativa, isso mostra que ele já infartou, e já estão passando as alterações, provavelmente há mais de 12 horas, se ele continua com dor, isso quer dizer uma angina pós infarto. Marcos André 5 Importante tratar o mais rápido possível, pois quando mais tempo passa, maior a área da necrose e mais complicações consequentemente. O musculo necrosado, fica fraco, pode romper bem mais facilmente. Caso afete o musculo papilar da valva mitral por exemplo, o paciente terá um sopro da valva mitral, que estará crepitando e dispneico. Gerando assim uma insuficiência mitral aguda. 1. Complicações agudas: ##Arritmias- Fibrilação ventricular e extrassístoles. ##Complicações mecânicas- São as piores pois ocorre uma ruptura do musculo por necrose, o sangue vai vazar, entrar no pericárdio e causar tamponamento hemorrágico. MUITA CHANCE DE MORTE. ##Choque cardiogênico 2.. Complicações crônicas ##Arritmias ##ICC ##Trombo intramural ##Aneurisma de VE Marcos André 6 Os principais objetivos do tratamento da SCACSST são: aliviar os sintomas, reduzir o risco de morte e de complicações e limitar a extensão da lesão miocárdica. Para isso, é fundamental que o paciente com suspeita de SCACSST seja atendido o mais rapidamente possível A primeira medida medicamentosa a ser tomada é a administração de ácido acetilsalicílico (AAS) em dose de ataque, que pode anteceder inclusive ao eletrocardiograma. O paciente com suspeita de SCA deve ser conduzido à sala de emergência onde será monitorizado. Acesso venoso e oxigenioterapia, se necessária, devem ser prontamente instalados. O Marcos André 7 eletrocardiograma deve ser realizado em até 10 minutos. OBS: Das drogas o que não pode esquecer é: AAS, clopidogrel e heparina AAS- 200mg EVClopidogrel- 600mg EV Heparina- 5000 unidades EV Paciente com hemorragia gravíssima- neste caso da só o clopidrogrel e espera o cateterismo ou AAS e espera angioplastia ANALGESIA A morfina permanece como analgésico de escolha nos casos de infarto agudo do miocárdio porque, além de promover alívio da dor, reduz a ansiedade e promove vasodilatação arterial, diminuindo a liberação de catecolaminas e, consequentemente, reduzindo o consumo de oxigênio e da demanda metabólica Entretanto, observa-se em todo o mundo uma tendência à subutilização da morfina, em razão ao uso de baixas doses ou à opção por não fazer analgesia para ter o controle da dor como parâmetro de resposta à reperfusão coronária e aos medicamentos anti-isquêmicas. AGENTES ANTIPLAQUETÁRIOS Após a ruptura da placa aterosclerótica, ocorre uma sucessão de eventos que culminam na formação do trombo fibrinoplaquetário, responsável pela oclusão da artéria coronária. Um dos principais mecanismos dessa cascata de eventos é a agregação das plaquetas. O AAS bloqueia a enzima ciclo-oxigenase derivada do ácido araquidônico, causando imediata inibição de seus derivados, tromboxano A2 (vasoconstritor e pró- agregante) e prostaglandina (vasodilatador e antiagregante plaquetário). Após a alta hospitalar, o AAS deve ser mantido indefinidamente (dose de 81 a 125 mg/dia) para prevenção ou redução na incidência de novos eventos isquêmicos. Pode-se associar o clopidogrel, foi realizado um estudo e verificou-se que o grupo que recebeu clopidogrel apresentou redução de 36% % do risco do objetivo composto de oclusão da artéria coronária “culpada”, morte ou infarto do miocárdio. O clopidogrel, porém, apresenta algumas limitações, como início de ação lento e resistência genética. Devido isso começaram a estudar outras medicações e observaram que o Prasugrel, o qual mostrou-se superior ao clopidogrel na redução de infarto não fatal e no composto de morte por causas cardiovasculares, infarto agudo do miocárdio e AVE não fatais. Por outro Marcos André 8 lado, o prasugrel mostrou-se com taxas de sangramento maior mais elevadas. NITRATOS Os nitratos são ésteres sintéticos que promovem vasodilatação arterial e principalmente venosa. Como consequência, promovem redução da pré e da pós-carga, diminuindo o trabalho cardíaco e o consumo do oxigênio. Os dois maiores estudos que avaliaram os nitratos na era pós-fibrinolítica foram o GISSI-343 e o ISIS-4,44 e nenhum deles conseguiu demonstrar redução da mortalidade. Sendo assim, não existe unanimidade quanto ao uso rotineiro de nitratos em pacientes com SCACSST. As principais contraindicações aos nitratos são: infarto com comprometimento de ventrículo direito, uso de sildenafil e derivados nas últimas 24 horas, hipotensão arterial e frequência cardíaca inferior a 50 ou superior a 100 batimentos por minutos. Existem situações que os nitratos são muito importantes, na hipertensão e na congestão Ele possui o nitrato oral sublingual- Isordil, 3x a cada 5 min ou via EV o nitraprussiato de sódio e a nitroglicerina. o nitraprussiato de sódio é o mais forte de todos, porém é reservado para as síndromes hipertensivas não isquêmicas, na isquemia o mais indicado seria a nitroglicerina e fica medindo a pressão a cada 5 min. BETABLOQUEADORES Os betabloqueadores agem reduzindo a frequência cardíaca, a contratilidade miocárdica, o inotropismo e a pressão arterial, levando à diminuição do consumo de oxigênio no miocárdio, redução do tamanho do infarto, da frequência de arritmias ventriculares e da incidência de reinfarto nos pacientes submetidos à terapia trombolítica. Atualmente, a recomendação é utilizar betabloqueadores preferencialmente por via oral, iniciando nas primeiras 24 horas da admissão do paciente. Os efeitos colaterais mais comuns dos betabloqueadores são bradicardia excessiva, distúrbios da condução atrioventriculares, hipotensão arterial e broncoespasmo. São contraindicações ao seu uso: Marcos André 9 1. História de doença pulmonar obstrutiva crônica significativa e asma 2. Frequência cardíaca < 60 bpm, principalmente no infarto de parede inferior 3. Disfunção ventricular grave (porém, é uma forte indicação a introdução desse agente antes da alta hospitalar, após a estabilização do quadro) 4. Bloqueio atrioventricular de 2o ou 3o graus; 5. Pressão arterial sistólica < 90 mmHg ou queda de 30 mmHg em relação ao nível basal. INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DA ANGIOTENSINA (IECA) O tratamento com IECA deve ser iniciado com uma pequena dose, ajustada a cada 24 horas, desde que a condição clínica do paciente permita. A dose deve ser aumentada até que se atinja a dose alvo ou a maior dose tolerada. Levando-se em conta que a segurança e a eficácia dos IECA, estes permanecem como primeira opção na SCACSST, ficando o antagonista de receptor de angiotensina como alternativa para os pacientes intolerantes a esses agentes. ESTATINAS A recomendação atual é a de se manter, em longo prazo, LDL-c abaixo de 70 mg/dL em pacientes que sofreram infarto. Quando indicadas, as estatinas devem ser introduzidas antes da alta hospitalar, para garantir maior aderência ao tratamento HEPARINA ##Heparina de baixo peso molecular- Clexane ou fondaparinux: Clexane 1mg/kg de 12/12 horas. A HBPM apresenta perfil medicamentoso mais estável, meia-vida mais longa e dispensa o controle com TTPa por causa de sua ação preferencial sobre o fator Xa, tendo efeito mais previsível e sustentado. ##Heparina não fracionada: A HNF deve ser administrada por via IV na dose de 60 UI/kg, em bolo (máximo de 4.000 UI), seguido da infusão contínua inicial de 12 UI/kg/hora (máximo de 1.000 UI/hora), com o objetivo de manter o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) entre 50 e 70 segundos (1,5 a 2 vezes o valor de referência) Após o início da infusão, o TTPa deve ser avaliado no máximo de 4 a 6 horas. Enquanto o paciente estiver em uso de heparina, o hematócrito, a hemoglobina, as Marcos André 10 plaquetas e a creatinina devem ser monitorados. -O oxigênio só dar se tiver oxigenação muito baixa. -Morfina não pode caso esteja hipotenso, no idoso causa rebaixamento do nível de consciência e ela diminui ação do clopidogrel e AAS #### Para o tratamento em si do infarto, faz-se terapia de reperfusão mecânica- Angioplastia ou fibrinolíticos O aspecto mais importante no tratamento da SCACSST é a rapidez com que a perfusão miocárdica é reestabelecida, pois o salvamento do músculo depende essencialmente do tempo. Independentemente da estratégia de reperfusão a ser adotada, a precocidade da reperfusão se correlaciona diretamente com o prognóstico em curto e em longo prazos Casa não tenhas as opções de tratamento deve-se encaminhar com urgência, paciente é vaga ZERO. A angioplastia transluminal coronária (ATC) primária é a terapia de escolha, desde que seja respeitada a condição de ser realizada em até 90 minutos da admissão do paciente. 1. Vantagens sobre os tromboliticos 2. Patencia arterial precoce, superior a 90% 3. Melhor manutenção do fluxo coronariao pleno 4. Merolha função ventricular 5. Menor risco de sangramento e AVC 6. Redução nas taxas de reoclusão reinfarto e mortalidade hospitalar Terapia de reperfusão química – fibrinolíticos Marcos André 11 1. Melhora da dor 2. Redução do supra em 50% 3. Arritmias de reperfusão R.G, 53 anos, sexo masculino. QP: Dor retroesternal em aperto, irradiando para o pescoço e mandíbula a 40 min. Nega hipertensão, diabetes, obesidade pregressa. Tabagista e etilista Qual exame solicitar? ECG em 10 min. Marcos André 12 Possui um supra em D2, porém menor que 2 mm. Parece infarto, mas eletro não estrarmostrando, pensar em dissecação de aorta. Raio X normal Repete ECG em 20 minutos se dor persistente. Novo ECG: Deu infarto de parede inferior, verificar V3r e V4r para olhar parede de ventrículo direito. Qual o melhor remédio para um coração com uma artéria ocluída? -SANGUE Não precisa aguardar enzimas pois tem supra e dor. Tabela de medidas iniciais no atendimento da SCA: Históri a e exame fisico direcio nado caracte ristica da dor e fatores de risco Exame cardiac o e pulmo nar Pulsos periféri cos MOV: Monitor, oxigênio; veia (PA,ECG,SatO2) ECG DE 12 DERIVAÇÕES RADIOGRAFI A DE TÓRAX/ ECO MARCADOR ES DE NECROSE, COAGULAÇÃ O, HB E PLAQUETAS Oclusã o total do vaso Reconh ecimen to rapido dos sinais e sintom as Objetifi car terapia de reperfu são precoc e seja com trombo lítico ou interve nçãope rcutân ea Terapia adjuva ntes, antitro mboliti cos, betabl oquead ores, IECA.... Marcos André 13 Infarto de ventrículo direito: Incidência de 1/3 dos IAM inferiores, deve-se solicitar V3R e V4R. O que saber sobre ele: 1. Parede mais fina 2. Maior mortalidade 3. Observa-se mais frequentemente: hipotensão palidez, sudorese, redução da perfusão periférica, aumento da jugular sem estertores pulmonares 4. Evitar nitrato e morfina 5. Reperfusão rápida 6. Se hipotensão com ausculta pulmonar limpa fazer SF 250 ml e reavaliar
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