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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS GABRIELLE ANDRADE DE LIMA MARIA EDUARDA BORBA DOS SANTOS MYLENA MARIA SALGUEIRO DE LIMA ORIFÍCIOS E BOCAIS LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA Maceió 2021 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS GABRIELLE ANDRADDE DE LIMA MARIA EDUARDA BORBA DOS SANTOS MYLENA MARIA SALGUEIRO DE LIMA ORIFÍCIOS E BOCAIS LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA Maceió 2021 Relatório de prática experimental ministrada na matéria de laboratório de hidráulica pelo professor Vladimir Caramori. Sumário 1. Introdução __________________________________________________4 2. Objetivo ____________________________________________________4 3. Material utilizado _____________________________________________4 4. Procedimento experimental ____________________________________ 5 5. Análise de resultados e discussões ______________________________5 6.Conclusão __________________________________________________9 7. Anexos ___________________________________________________ 10 8. Referências ________________________________________________11 4 1 Introdução Na Hidráulica os orifícios e bocais têm funções atreladas basicamente aos dispositivos de descarga e também controle de vazões. Os orifícios são aberturas, de forma geométrica definida e perímetro fechado, feita na parede de um recipiente de onde escoa o fluido contido. Já os bocais são peças tubulares adaptadas que direcionam o jato do fluido, é geralmente utilizado para controlar vazão, irrigação, drenagem, combate a incêndios, projetos hidrelétricos, entre outros. Por meio deste experimento, pode-se notar como se comportam os corpos d’água em diferentes orifícios e bocais. A medição do volume e tempo foi feita em 24 diferentes níveis de água no recipiente, para cada nível leu-se os valores de X enquanto Y estava fixo. Com esses dados calculou-se a vazão, a velocidade e os seguintes coeficientes corretivos. 2 Objetivo Determinar os coeficientes de contração, velocidade e vazão, respectivamente Cc, Cv, Cq, para orifícios circulares de parede delgada e/ou para bocais cilíndricos externos, em função da carga hidráulica sobre os mesmos. 3 Material utilizado ● Reservatório de nível constante ou variável; ● Bomba hidráulica; ● Piezômetro; ● Orifícios e/ou bocais; ● Cronômetro; ● Recipiente para medição de volume. 5 4 Procedimento experimental 1) Registrar as medidas fixas do experimento: ● Diâmetro dos orifícios utilizados (Di); ● Distância vertical do centro do orifício ao nível de medição do jato (Y); 2) Encher o reservatório até o nível desejado para a primeira medição. Os extravasores laterais servem para manter nível constante; 3) Abrir o registro do orifício; 4) Regular registro de entrada para manter nível constante; 5) Medir alcance do jato (Xi e Yi) e carga hidráulica sobre o orifício (hi); 6) Medir a vazão do jato (volume e tempo); 7) Repetir procedimentos 2 a 6 para diferentes cargas hidráulicas (nível). 5 Análise dos resultados e discussões Após os registros do volume (∆𝑣) e do tempo (∆𝑡) medidos, foram calculados os valores da vazão real e vazão teórica, de acordo com as equações 1 e 2, respectivamente 𝑉𝑟 = 𝑥0 ∙ √ 𝑔 2 ∙𝑦0 (Equação 1) 𝑉𝑡 = √2 ∙ 𝑔 ∙ 𝐻 (Equação 2) Em seguida, calculado o Coeficiente de Velocidade (Cv), que é a razão entre a velocidade real e teórica, como demonstrado na Equação 3. 𝐶𝑣 = 𝑉𝑟 𝑉𝑡 (Equação 3) Os determinados valores foram especificados na Tabela 2. 6 No gráfico abaixo, podemos ver a relação entre as velocidades: Gráfico 1 – Relação Velocidade Real x Velocidade Teórica Pela análise da Tabela 1 e do Gráfico 1, percebe-se que os valores do Coeficiente de Velocidade tem média de 0,95. Agora, analisando a relação entre o nível da água e a velocidade teórica temos gráfico: Gráfico 2 – Relação Nível da água x Velocidade Teórica 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 V el o ci d ad e T eó ri ca ( V t) Nível da água Nível água (h) X Velocidade Teórica (Vt) 7 Gráfico 3 – Relação Nível da água x Velocidade Real Os gráficos 2 e 3 apresentam comportamento linear, conforme esperado na aplicação dsa equações 3 e 2, respectivamente. Aqui tem-se a relação entre ambas as velocidades e o nível da água: Gráfico 4 – Relação Nível da água x Velocidade Real e Velocidade Teórica 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 V el o ci d ad e R ea l ( V r) Nível da água Nível água (h) X Velocidade Real (Vr) 8 Prosseguiu-se para o cálculo da vazão real (Qr), vazão teórica (Qt) e Coeficiente de Vazão, utilizando, respectivamente, as equações 4, 5 e 6. 𝑄𝑟 = ∆𝑉 ∆𝑡 (Equação 5) 𝑄𝑡 = 𝐴 ∙ 𝑉𝑡 = 𝐴 ∙ √2𝑔ℎ (Equação 6) 𝐶𝑄 = ∆𝑉 ∆𝑡 (Equação 4) Os determinados valores foram especificados na Tabela 2. No gráfico 5, demonstra-se a relação entre os valores da vazão real e vazão teórica: Gráfico 5 – Relação Vazão Real x Vazão Teórica Pela análise da Tabela 1 e do Gráfico 5, percebe-se que os valores do Coeficiente de Vazão tem média de 0,75. 9 Agora, pode-se observar no fráfico abaixo a relação entre a vazão teórica e a vazão real de acordo com o nível da água: Gráfico 6 – Nível da água x Vazão Teórica e Vazão Real O Coeficiente de Concretação foi calculo pela razão do Coeficiente de Velociade e o Coeficente de Vazão, que coresponde à razão entre a área do jato e a área do orifício. 𝐶𝐶 = 𝐶𝑄 𝐶𝑉 (Equação 7) A média do Coeficiente de Contração é 0,79. O valor médio do Coeficiente de Velocidade, pela literatura, é 0,985, sendo assim o valor obtido por este experimento está dentro dos limites aceitáveis. O Coeficiente de Vazão, também referido como Coeficiente de Vazão em alguns livros, tem como valor médio 0,61, porém em algumas referências literárias afirmam que a média pode variar para velocidades média baixas, atingindo maiores valores em condições favoráveis, como é o caso deste experimento. Adota-se como média para o Coeficiente de Contração 0,62, mas com a variação do Coeficiente de Vazão, percebe-se que ele se altera também. 6 Conclusão Dessa maneira, a análise da parte prática dos fenômenos que envolvem a teoria de Orifícios e Bocais foi relevante na fixação dos conhecimentos e desenvolvimento de senso de métodos experimentais. Pode-se observar as diferenças existentes entre os valores calculados de velocidades teóricas e 10 reais, coeficientes de velocidade (Cv), vazão ou descarga (Cq) e contração (Cc), das vazões teóricas e reais, obtidos através dos dados experimentais, e os valores fornecidos na literatura. Os valores de erros percentuais obtidos demonstram as consequências dos métodos utilizados durante a prática laboratorial, como os erros decorrentes da aparelhagem usada e também as falhas nas leituras e medições, uma vez que os equipamentos não possuem uma alta precisão. 7 Anexos Tabela 1: Dados fixos do experimento Dados fixos Diâmetro orifício 8,1 mm Y 22,8 cm ho 5 cm xo 4,0 cm Tabela 2: Leituras do experimento e coeficientes de velocidade, vazão e contração para cada carga do orifício. 11 8 Referências ALMEIDA, Antonia Samylla Oliveira etal. Determinação do coeficiente de descarga para orifícios de parede delgada considerando números de Reynolds reduzidos. Artigo Técnico. Revista DAE, núm. 210, vol. 66. Abril a junho de 2018. VIANNA, M. R., CASTRO, L. V. de. Estudo hidráulico dos orifícios dos floculadores de bandejas perfuradas superpostas de estações de tratamento de água. Construindo, Belo Horizonte, Jan/Jun. 2014. AZEVEDO NETTO, J. M.; FERNÁNDEZ Y FERNÁNDEZ, M. Manual de hidráulica. 9º ed. São Paulo: Blucher, 2015.
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