Buscar

Tumor de mama, ginecológico e próstata

Prévia do material em texto

• Frequência maior de tumor de próstata – há aumento da incidência de tumor de próstata conforme a idade 
• 80% das pessoas com mais de 80 anos tem tumor de próstata 
• Câncer de pulmão: muito relacionado ao tabagismo 
• Ex: Paciente com segundo tumor pulmão, que nunca fumou – fumo passivo – familiares fumantes; ela teve adenocarcinoma 
(relacionado a não fumantes principalmente), e carcinoma epidermoide do pulmão 
• Tumor de colo e reto: hábitos alimentares/ genético 
o Síndrome de Lynch 
• Incidência de melanoma aumenta – relacionado principalmente a perda da camada de ozônio, exposição excessiva ao sol 
• Tumor de pulmão, apesar de ser menos frequente que o de próstata, mata mais 
• Esses dados demonstram progresso em certas áreas 
 
• Letalidade: câncer de pulmão está em primeiro, apesar de estar em segundo no número de casos novos 
• Casos novos: dobro de casos de câncer de mama contra o de pulmão 
• Outubro rosa: estímulo ao diagnóstico precoce, mamografia, ultrassonografia, autoexame 
• Tumor de mama aparece conforme a idade do paciente; tem muito tratando hoje – possibilidade de vida maior, mas por 
outro lado o diagnóstico muita das vezes é tardio 
• No Brasil há mortalidade maior e sobrevida menor do câncer de mama em relação aos EUA e países europeus 
• 
• Incidência de câncer de estomago no Ceará e Rio grande do sul é igual? Não, pois se relaciona com hábitos alimentares: no 
sul fazem ingesta de bebidas quentes, que queimam esôfago e favorecem câncer; carne seca 
• Incidência de câncer de estomago no Japão e China são muito altos 
• Nos EUA, comidas colocadas em refrigeradores = diminuição da incidência de câncer de estomago 
• Logo, endoscopia digestiva alta deve ser indicada mais precocemente no Brasil do que nos EUA; e não é incomum pessoas 
tratarem problemas digestivos com diagnóstico clinico apenas; endoscopia deve ser estimulada – diagnóstico precoce 
• Carcinoma da cavidade oral: alta incidência; relacionado com higiene; problema odontológico grande no Brasil, onde pessoas 
perdem dente com muita precocidade 
• Esôfago, principalmente no sul do país, onde usam chimarrão, consomem bebidas/ alimentos quentes 
• Câncer de bexiga: relacionado principalmente ao fumo 
• Tumor de colo de útero/ ovário – maior incidência no Brasil que EUA – epidemiologia distinta 
• Nenhuma pessoa com mais de 50 anos pode ficar sem colonoscopia 
• Exame de papa Nicolau/ colo do útero é importante, mas o exame do toque e o ultrassom transvaginal são fundamentais 
• Sobrevida dos pacientes com linfoma aumentou drasticamente a partir de investimentos no diagnóstico precoce/ tratamento 
Base do diagnóstico e tratamento 
• Anatomia 
• Fisiologia 
• Rastreamento 
o O preenchimento do atestado de óbito é fundamental 
o Anamnese + examinar paciente como um todo (gânglio axilar, fossa supraclavicular, toque retal, exame vaginal, 
ausculta, palpar abdômen) – auxiliam no diagnóstico precoce 
• Sintomas 
• Diagnóstico 
o Diagnóstico precoce de câncer = melhor tratamento, menos sofrimento, maior sobrevida, custos menores 
• Tratamento 
Tomada de decisão em relação a conduta 
 
• Pedir exames conforme história natural da doença e fazer indicação de tratamento 
Tumor de mama 
• Diagnóstico precoce 
• Tipos principais 
• Estadiamento 
• Tratamento 
• Prognóstico 
• Perspectivas 
Câncer de mama: 
• É o mais frequente tipo de câncer em mulheres. 
• A incidência aumenta drasticamente com a idade. 
• 5 por 100 mil aos 25 anos 
• 150 por 100 mil aos 50 anos 
• 200 por 100 mil aos 75 anos 
• Com o avançar da idade, aumenta a incidência 
• Mamografia essencial em pessoas com mais de 50 anos – quem tem história familiar começa a fazer mais cedo 
• Ex: não tem sentido fazer mamografia em menina de 18 anos, mas se ela tem um nódulo, que pode ser doença benigna, um 
fibroadenoma, que pode crescer e incomodar, eventualmente até malignizar 
• Ultrassom é fundamental para separar lesão cística de lesão sólida; exame de baixo custo, que não emite radiação; 
dependente de quem faz o exame e o aparelho 
o Ex: lesão sólida numa pessoa com história familiar forte – recomenda-se tirar a lesão; complementa com tomografia/ 
mamografia/ ressonância nuclear magnética 
o Mamografia – radiação 
o Operar lesão benigna de mama não tem nada de errado 
o Lesão cística pode ser puncionada 
• Microcalcificação isoladamente é o que mais contribui para o diagnóstico precoce de câncer de mama 
• Se a lesão é palpável – tem mais que 0,5 cm – 1 cm; lesões pequenas não são palpáveis 
• Mama muito densa/ dura – diferente da mama muito gordurosa 
• A incidência em homens é de menos de 1% de todos os casos – e é extremamente agressivo no homem 
o 2,5 por 100 mil. 
 
➢ Diagnóstico 
• Diagnóstico precoce – exame clínico 
• Exame clinico 
o Pessoas devem se palpar antes de menstruar todo ciclo 
• Ultrassonografia 
• Mamografia 
o Microcalcificação e história familiar – paciente é atendida mais precocemente, e eventualmente indica cirurgia para 
retirar microcalcificação para se ter certeza que não é maligna 
• Ressonância Nuclear Magnética 
o Importância fundamental em mulheres com prótese mamária, pois dificulta muito a confecção de uma mamografia 
o Mais caro 
O método BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) 
 
• 0 – não consegue definir nada; exame precisa ser repetido 
• 1 – pequenas alterações e chance de câncer de mama é muito pequena 
• 2 - chance de câncer de mama pequena 
• 4 – provavelmente indica biópsia da doente 
• 3 – dependendo da história do doente/ aspecto, pede-se para que repita a mamografia (não em um ano, talvez em 6 meses), 
ou complementa com RNM 
• 5 – provavelmente paciente tem câncer de mama 
• 6 – câncer 
Tumor de mama – tipos principais 
• Adenocarcinoma ductal 78% (variação do grau de diferenciação) 
• Lobular 9% (maior incidência de bilateralidade) – dependendo da história familiar, indica-se mastectomia bilateral 
• Papilar, tubular, mucinoso 10% 
• Comedocarcinoma 5% 
• Carcinoma medular 4% 
• Carcinoma inflamatório 1% (pior prognóstico) 
o Pode ser confundido com mastite 
o Visto com certa frequência em jovens 
o Extremamente agressivo 
o Primeiro tratamento – quimioterapia 
• Doença de Paget (eczema do mamilo) 
o Normalmente relacionado a adenocarcinoma; normalmente de bom prognóstico 
• Obs.: examinar mama – palpar, olhar mamilo, espremer e ver se tem secreção (colher citologia – identificar presença de 
células malignas) 
 
• Quanto maior o numero de linfonodos, pior o prognóstico – probabilidade de metástase é alta 
• Retirada de linfonodo pode causar linfedema 
TNM – Tumor de Mama 
• 
• TNM clínico e um final patológico: pode-se avaliar paciente e achar que é T3, N1 e não tem metástase – ao operar descobre 
que é T4 (lesão grudada na musculatura, invadindo a parede torácica) – logo, diagnóstico clínico é em geral mostra doença 
menos avançada que o diagnóstico final/ patológico 
• Linfonodo aumentado de tamanho – não significa que seja patológico; mas se há cadeia de linfonodos palpáveis/ massa na 
axila/ supraclavicular por ex, pensa-se que seja patológico 
• N3 – linfonodo que vai para cadeia mamária 
• Tendencia normal dos linfonodos é drenar para a área próxima a lesão 
• Pode-se ter pacientes com metástases (M1), mas com prognósticos diferentes 
• É diferente ter 1 metástase, do que ter várias metástases – prognóstico pior conforme o número de metástases, mas 
continua sendo M1 
• 
• T1a – tumor de 1 a 5 mm 
• T1b – tumor de 5-10 mm 
• T1c – 10 a 20 mm 
• T2 – 20-50 mm 
• T3: 50 mm 
• T4a: invade parede torácica 
• T4b: ulcera 
• T4c: ulcera e invade a parede torácica; faz-se terapia neoadjuvante 
• Importante saber disso antes de tratar doente – para fazer radioterapia pré operatória por ex ou quimioterapia pré operatória 
• Pacientes com invasão muscular – além de fazer tratamento pré operatório fazem radioterapia pós operatória senão for feito 
no pré operatório 
• 
• Linfonodos mamários que vão para a axila; tem linfonodos que podem ir par a cadeia mamária interna e supraclavicular 
• Nível 1 – próximo a axila; nível 2 – subclavicular; nível 3 – cervical 
• Linfonodo nos diferentes níveis – prognósticos diferentes 
• Antigamente, além de retirar linfonodos, retirava-se as cadeias envolvendo todos os níveis, e não tinha como a linfa drenar, 
causando um linfedema muito grande 
• Existem sarcomas induzidos por linfedema 
• Linfonodo positivo – chance do paciente ter doença na corrente sanguínea é grande – trata-se sistemicamente e não faz-se 
linfadenectomia tão extensa 
• 
• Ex: paciente com metástase 33 anos depois; ao checar a biópsia anterior, patologia, histologia não mudou; na época ela fez 1 
ano de quimioterapia; se tivesse feito mais um ano de quimioterapia não teria benefício 
• Como explicar um paciente com o tumor presente por anos, sem se manifestar? 
• Paciente com câncer de mama jamais vai ter alta – tem que ser acompanhado sempre 
• Doente com câncer não tem alta – tem que ser acompanhado; pode ter segundo primário, e tem que ser acompanhado 
• Uso de imunobiológicos tem aumentado a sobrevida de pacientes com metástase – mais de 5 anos de sobrevida com doença 
metastática 
• No geral, o câncer de mama tem sobrevida longa – deve-se investir no paciente 
• Marcação da peça cirúrgica com cores diferentes: para saber a margem das bordas do tumor; pode dizer se tem margem 
comprometida ou não 
o Margem cirúrgica – tecido normal que se tem depois do tumor; toda cirurgia procura ter margem cirúrgica negativa 
Tumor de mama – pesquisa de linfonodo sentinela 
• 
• Linfonodo sentinela – primeiro linfonodo que recebe a drenagem 
• Para avaliar risco de que a doença tenha se espalhado ou tenha migrado para outros órgãos, é importante saber se alguma 
célula do tumor chegou aos linfonodos axilares 
• Na cirurgia, remove-se o tumor e os linfonodos sentinela – e com isso tem-se a informação se esses linfonodos estão 
comprometidos ou não – ajuda a definir o tratamento que vem a seguir e qual é o risco relacionado com o tumor de que 
alguma célula esteja circulando pelo organismo 
• Tratamento do câncer de mama: identificar linfonodo sentinela, retirar, examinar, avaliar – ajuda a definir o prognóstico do 
paciente 
• Pode-se injetar substancia radioativa no tumor, esperar algumas horas e ele vai drenar para o primeiro linfonodo/ sentinela 
• Se contraste (azul patente) for usado, não pode-se usar o probe 
• Normalmente utiliza-se substancia radioisótopa, com dose muito baixa, podendo tirar a lesão toda pois ela está com radiação 
alta, e depois que tira a lesão, passa o probe para ver se não ficou lesão, retira-se o linfonodo e manda para examinar o 
paciente 
• Pode-se fazer ressecção retirando quadrante da mama, ou pode-se tirar toda a mama – pode-se fazer cirurgia conservadora 
de mama 
• Mama muito pequena com tumor grande – esteticamente ruim; mas mama muito grande, pode-se retirar tumor pequeno 
preservando a mama 
 
• Substancia radioativa – mais custo efetivo; normalmente a injeção é periaureolar 
• Usa-se probe, que vê radiação, identifica lesão/ orienta para que possa ser feita incisão para retirada do tumor/ linfonodo que 
captam o radioisótopo 
• Depois de tirar os linfonodos, coloca-se o probe novamente para verificar se nenhum outro linfonodo está captando o 
contraste 
• Ou ao injetar o azul patente, o linfonodo fica azul e é retirado 
• Se radioisótopo for usado de tarde, tem-se que fazer a cirurgia no máximo na manhã seguinte – pois o radioisótopo vai ser 
eliminado se demorar mais 
• Ex: câncer de mama – espículas; linfonodo sentinela com aspecto normal e com tumor – ao usar o probe no linfonodo, a 
captação está mais de 5000 – logo é certo que retirou-se o linfonodo certo/ positivo; normalmente retira-se só o linfonodo e 
depois paciente vai para terapia sistêmica 
• Cada vez menos faz-se linfadenectomias extensas 
• Paciente pode ser tratado com tumorectomia, com margens negativas, sem doença residual ao método e depois irradiar o 
paciente 
Tumor de mama – tratamento 
• Mastectomia total – retirar toda a mama 
o Antigamente retirava-se a mama e a musculatura (pois acreditava-se que linfonodos passavam dentro do músculo) – 
não tinha quimioterapia/ radioterapia era rudimentar 
o Hoje em dia, retira-se só a mama, deixando a musculatura; 
• Mastectomia Parcial - não precisa retirar toda a mama em todos os casos; deixando tecido mamário 
• Reconstrução imediata – a mulher sai com o seio da cirurgia; se a cirurgia for incompleta, precisará complementar com 
radioterapia pós operatória e a prótese atrapalha 
• Reconstrução tardia 
• Radioterapia intraoperatório 
o Em alguns casos, pode-se fazer apenas tuborectomia e irradiar o leito da mama 
• Radioterapia pós-operatória 
o Praticamente obrigatória em casos de mastectomia parcial – pois podem ter lesões sincrônicas/ focos de lesões 
pequenos 
• Quimioterapia 
o Faz-se em casos com muitos linfonodos ou para tentar diminuir o tamanho do tumor 
• Hormonioterapia 
o Normalmente, mulheres tem hormônios estrogênio e progesterona, e paciente responde bem a anti-hormônio – 
bloqueia estímulo hormonal que faz tumor crescer; resultado tão bom quanto quimioterapia nas mulheres com 
receptores de estrogênio/ progesterona positivos 
o Mais frequente nas mulheres mais idosas 
o 20% das mulheres com receptor negativo podem responder a manuseio hormonal – mais simples e não impede 
que paciente faça quimioterapia 
• Agentes biológicos 
o Imunoterapia 
• Tumor ginecológico 
Anatomia pélvis feminina 
 
Tumor de colo de útero 
• Diagnóstico precoce 
o Papa Nicolau 
• Tipos principais 
• Estadiamento 
• Tratamento 
• Prognóstico 
• Perspectivas 
• 
• Lesão superficial pode ir aumentando/ invadindo estruturas adjacentes 
• Quanto maior o tumor, mais clínica o paciente tem 
• Achar doença bem localizada – cirurgia mais conservadora 
 
• Estágio T1A ou T1A2 – lesão de 3/5 mm; puramente localizado; citologia positiva, retira-se colo do útero ou faz biópsia 
• T1B1 – lesões maiores que 5 mm 
• T1B2 – distância lateral até 4 cm 
• T1B3 – distância lateral ultrapassa 4 cm 
• T2A1 e T2A2 – invasão da vagina – terço mais proximal/ distal 
• T2B – invade parte lateral do útero 
• T3A – invade até terço final da vagina 
• Invasão da parede pélvica ou linfonodos – estadiamento diferente 
• Estágio 4 – invade bexiga/ reto 
• T4A OU T4B – metástase a distância 
• Diferentes estágios – tratamento diferente 
• Paciente com tumor de colo de útero – lesão mais avançada – invade bexiga/ pode invadir reto – antes de operar vai ter que 
fazer cistoscopia para verificar se tem lesão da bexiga – se tiver, terá que retirar parte da bexiga além do útero; se tiver 
invasão do reto – terá que tirar reto também 
• As vezes primeiro sintoma de paciente com colo de útero é a hematúria 
• Lesão localizada – não precisa retirar todo o útero da mulher, principalmente se for jovem e quer engravidar; se for mulher 
mais idosa é melhor retirar todo o órgão – risco para a paciente 
Tumor de colo de útero – ressonância nuclear magnética 
 
• Paciente com tumor mais avançado, com invasão 
• Provavelmente inicialmente será feito radio/ e quimioterapia para diminuir 
• Eventualmente talvez nem se opere o paciente 
Tumor de Colo de útero – Tratamento Local 
• Conização – tirar um cone (fragmento do colo uterino) que manda-se examinar 
o Em primeiro lugar faz-se biópsia, e verifica se tem algum grau de invasão, e se tiver faz-se cone; e dependendo do 
grau de invasão nem cone vale a pena pois fica arriscado deixar a doença 
o Ou seja, se após fazer conização, patologista observa célula tumoral próximo a margem do cone, significa que pode 
haver doença em outro ponto – complementa essa cirurgia, aumentando o cone (mulher tem risco de abortar caso 
engravide) ou faz-sehisterectomia completa da doente 
• Laser 
• Crio cirurgia 
 
• Após conização, coloca-se banda para evitar que a mulher aborte caso ela deseje engravidar 
• Tumor de colo de útero se relaciona fortemente com HPV – deve-se considerar, dependendo da situação, fazer 
histerectomia profilática 
• Tratelectomia completa – retira todo o colo do útero 
• Procedimento é realizado por via transvaginal 
Tumor de colo de útero – tratamento radical 
• Histerectomia – mulher perde parte da vagina importante 
• Radioterapia pré-operatório – para lesões maiores; sempre associado a quimioterapia 
o Coloca-se probe dentro da vagina/ útero, com substancia radioativa, fazendo alta dose na região 
• Radioterapia pós-operatória – cirurgia com margem comprometida 
• Quimioterapia – normalmente associada 
• Exenteração pélvica – feita em lesões mais extensas; invasão da bexiga/ reto – além de retirar útero, faz-se colostomia 
definitiva e 2 ureteres numa alça de delgado (dupla derivação) 
• Quando opera-se câncer, tem-se 
que tirar paramétrio, e com certa 
frequência pode lesar inervação da 
bexiga – incontinência urinária – pode 
ser feita cirurgia aberta, por 
laparoscopia, cirurgia robótica 
• Histerectomia simples – deixa 
ovários; pacientes mais jovens; 
normalmente ovário não está 
comprometido 
• Histerectomia radical – retira-se 
paramétrio – pode fazer por 
laparoscopia 
Tumor de endométrio: 
• Diagnóstico precoce 
• Tipos principais 
• Estadiamento 
• Tratamento 
• Prognóstico 
• Perspectivas 
 
• Estágio 1 – restrito ao útero 
o Estágio 1A – menos da metade do miométrio 
o Estágio 1B – mais da metade do miométrio – geralmente radioterapia pré operatória é feita – mais comum em 
obesas e diabéticas 
• Estágio 2 – restrito ao útero, invade tecido conectivo do cérvix 
• Estagio 3 – invade além do útero e cérvix, mas não invade outras estruturas pélvicas – radioterapia pré operatória e 
histerectomia 
• Estágio 4 – invade outras estruturas pélvicas ou a distância 
 
➢ Tratamento 
• Cirurgia 
• Radioterapia – pré operatório das lesões com mais invasão – ressonância nuclear magnética é padrão ouro – quem não 
consegue fazer, tomografia pode ajudar mas é menos sensível; ultrassom transvaginal ajuda bastante 
• Quimioterapia 
• Hormonioterapia 
• Terapia Alvo 
• 
Tumor de ovário 
• 
• Estágio 1: pega só um ovário 
• Estágio 2: disseminação loco-regional 
• Estagio 3: invasão maior 
• Estágio 4: doença a distancia 
 
• Diagnóstico precoce 
• Tipos principais 
• Estadiamento 
• Tratamento 
• Prognóstico 
• Perspectivas 
 
➢ Tumores epiteliais 
• Cistoadenocarcinoma seroso 70% 
o Cisto de ovário e marcadores CEA/ CA 19-9/ CA 15-3/ 125 ajudam; se tiver marcador alto, e romper cisto = 
disseminação da doença – cuidado na cirurgia 
o Muitas vezes ele é confundido com apenas uma lesão cística – marcadores ajudam 
o Marcador alto pré operatório – marcador baixo pós operatório – marcador aumenta denovo (recidiva) (quimioterapia 
pós operatória) 
• Cistoadenocarcinoma mucoso 20% 
• Tumor de células claras 4% 
• Carcinoma indiferenciado 4% 
• Carcinoma endometrioide 2% 
• Tumor de Brenner – tumor raro; normalmente benigno mas pode ser maligno; comum em mulheres de maior idade 
 
➢ Tumores de células germinativas 
• Disgerminoma 
• Tumor do seio endodermal 
• Carcinoma embrionário 
• Choriocarcinoma 
• Teratoma – mais frequente; pode ser benigno/ maligno 
• Mistos 
 
➢ Tumores do estroma do cordão sexual 
• Tumor de célula de Sertoli-Leydig – principal; recidiva com muita frequência 
• Tumor da célula da granulosa – recidiva com muita frequência 
• Androblastoma 
• Não classificado 
Tumor de ovário – tumor de Krukenberg 
• Toda massa de ovário encontrada: deve-se fazer endoscopia digestiva alta e colonoscopia 
o Ex: tumor de cólon com metástase para ovário 
• Células em anel de sinete – mal prognóstico 
• Incidência 1% a 21%. 
• Estomago (70%), colo retal, mama, apêndice 
• Clinica igual a do tumor primário de ovário 
• Paciente mais jovens 
• Disseminação linfática (estomago) 
• Disseminação hematogênica (colo retal) 
• Disseminação transperitoneal – mais frequente; tumor invade serosa do estomago/ colo, e ovário começa a crescer – da 
grandes massas, geralmente são tumores mucinosos, relacionados a mau prognóstico 
• Tratamento: tirar o que for possível e colocar paciente em quimioterapia 
• Massa ovariana, paciente jovem – pede-se ultrassom, mas estimula a fazer endoscopia digestiva, e isso já ser metástase de 
um tumor principalmente do estômago ou colon 
Tumor de próstata 
• Diagnóstico precoce 
o PSA – a partir de 50 anos; mas se paciente tiver história familiar começa mais cedo 
o Não se pede PSA para pessoa com 80 anos de idade 
o Se paciente tem prognóstico de vida ruim, com 90 anos, doença cardiovascular grave... – não se pede PSA 
• Tipos principais 
o Adenocarcinoma; pode ser sarcoma 
• Estadiamento 
o Exame de imagem 
• Tratamento 
o Depende da localização, idade do paciente.. 
• Prognóstico 
• Perspectivas 
 
• Paciente com dificuldade para urinar – mais frequente estar com doença benigna de próstata 
• Obrigatório fazer toque retal em pessoas acima de 50 anos 
• A maioria dos tumores de próstata são periféricos, ficando na camada externa – possível identificar pelo toque retal 
Fatores de risco 
• Idade 
o Raro antes 40 anos 
o Maior incidência com maior idade 
• História Familiar 
o Pai ou irmão 50a. : 2x 
o 2 ou mais parentes com câncer: 7-8 x 
Rastreamento 
• O rastreamento tem sido tema controverso – mas deve ser feito 
• O rastreamento deve ser discutido a partir dos 50 anos em pacientes sem comorbidades. Histórico familiar de câncer de 
próstata, especialmente em parentes com idade inferior a 65 anos, e os homens com suspeita ou mutações BRCA1 ou BRCA2 
iniciem o rastreamento aos 40 ou 45anos. 
o Mutação – pode propor cirurgia profilática – aumenta muito a sobrevida; familiar com chance maior de ter câncer 
• Paciente com prostatite – não faz-se biópsia antes de tratar primeiro a prostatite; 
• PSA aumenta andando de bicicleta; paciente tem que ter resguardo sexual alguns dias antes de colher PSA 
• Pode ser interrompida quando a expectativa de vida for menor que 10 anos. 
Rastreamento Toque retal 
• Nódulos, assimetria ou enduração. 
• O exame digital pode detectar tumores na região posterior e lateral da glândula, uma limitação inerente ao exame digital é que 
apenas 85% dos tumores surgem perifericamente, onde eles podem ser detectados com um exame dedo. 
• Toque retal negativo não exclui câncer de próstata 
• Por isso, é obrigatório em homens com mais de 50 anos principalmente, associar ultrassom (que não precisa ser 
obrigatoriamente transretal; feito suprapúbico é bom) 
• Ultrassom é operador dependente 
• Nenhum estudo controlado foi capaz de mostrar redução de morbidade ou mortalidade com o toque retal. Valor preditivo 
positivo de 28%. 
• A maior utilidade é quando combinado com PSA 
Rastreamento – ultrassom transretal 
• Não é recomendado como rastreamento 
• Baixo valor preditivo positivo e sensibilidade. Utilizado para orientar a biopsia. 
• Se PSA é anormal a biopsia é recomendada após a repetição do PSA semanas (3/4) após a dosagem alterada, principalmente 
com valores limítrofes (abaixo de 7ng/ml). 
o PSA normalmente é abaixo de 4/5 
o Alguns casos indica biópsia mesmo que não aparece lesão/ nódulo 
• A biópsia transretal pode alcançar 10 a 20% de falsos negativos. 
• O aumento do número de fragmentos retirados aumentam a taxa de detecção do câncer 
• 
• Biópsia transretal: pelo reto; paciente tem que estar com o intestino limpo/ evacuado/ preparo de colo, faz embrocação com 
substancia antisséptica, e faz de rotina antibiótico pré biópsia e pós biópsia, pois uma das complicações é a infecção, podendo 
fazer prostatite/ abscesso prostático pós bióspsia; normalmente faz-seambulatorialmente 
• Biópsia transperineal: pelo períneo 
• Mandar fragmentos separados (lado direito/ esquerdo) – pois se o tumor é só de um lado da próstata, o prognóstico é melhor 
do que nos dois lados 
Câncer de próstata – tipos histológicos 
• Adenocarcinoma (a imensa maioria) 
• Sarcoma 
• Carcinoma de células transicionais 
• Carcinoma epidermoide 
Patologia – adenocarcinoma de próstata – escala de Gleason 
• 
• 1 – formação de ácinos 
• Grau 5 – anarquia celular 
• Ex: paciente tem 12 fragmentos, e em 5 deles há grande anarquia celular – prognóstico pior que aquele que fragmentos tem 
tecido representando o que é a próstata normal 
• Gleason 2-6: baixo risco – prognóstico bom 
• Gleason 7-10: alto risco; PSA elevado; chance do paciente ter lesão mais avançada é maior; pior prognóstico 
• 
• Score de Gleason menor que 6: metade das lâminas era gleason 3 e a outra metade 3 
• Gleason 8 pode ser 4+4, mas também pode ser (3+5/ 5+3) 
• Se nas lâminas por ex predomina o 4 e há 5 – grau 5 – estágio mais avançado – chance de metástase ganglionar grande – 
pode ser que precise de tratamento pré operatório ou não opere 
• Grau 2 – 3 + 4; diferente do grau 3 – 4 + 3, que representa pior prognóstico, pois tem mais células com grau 4 do que 
com grau 3 
• Ex: lado direito Gleason 3 + 4, e lado esquerdo Gleason 4 + 3 
• Fazer decisão baseado no pior diagnóstico encontrado 
• Ex: paciente jovem, 49 anos, vida sexual ativa, com Gleason 6 (grau 1) – provavelmente não fará nada, só acompanhar; daqui 
a um ano repete e a histologia está igual; daqui a 5 anos repete e ele está com 55 anos, e está com Gleason 7 (3 + 4) – 
opera; a cirurgia não foi feita antes pois as consequências de impotência, incontinência urinária acontecem 
• Existe a possibilidade de um paciente com tumor de próstata não precisar operar – observa-o 
• Pacientes com muita idade/ comorbidade – pode ser tratado com bloqueio hormonal e não precisar operar 
• Operação – padrão ouro 
PET – CT (Positron Emission Tomography) 
• O exame de imagem conhecido como PET/CT foi introduzido no Brasil no ano de 2003. No PET/CT realiza-se a injeção 
venosa de substâncias marcadas, chamadas de radio fármacos, no paciente. A mais utilizada é a glicose marcada, fluoro-2-
deoxi-glicose (FDG). 
• O FDG tem tendência a se concentrar nas áreas onde está o tumor. Após a injeção, é feito um rastreamento em todo o 
paciente, para localizar se o FDG se concentrou em algum local e onde isso aconteceu (locais onde pode ter tumor). 
• Atualmente o PET/CT é utilizado para avaliação pré e pós tratamento em uma série de tumores 
• Visualiza metástases 
PET – CT com PSMA 
• Contudo, no câncer de próstata, os resultados alcançados com o exame do PET/CT não eram muito animadores. Isso 
começa a mudar com o advento de um novo radio fármaco, o 68 GA-PSMA. 
• Esse novo radio fármaco se baseia na presença de uma proteína na superfície das células do câncer de próstata: o antígeno 
de membrana específico da próstata. Essa proteína é encontrada tanto no tumor localizado na próstata quanto nos focos de 
metástase. 
• Em 2015 foi publicado o primeiro estudo prospectivo avaliando o PSMA-PET/CT em pacientes com câncer de próstata que 
apresentaram recidiva bioquímica após o tratamento local. 
• Recidiva bioquímica é o termo utilizado pelos médicos quando ocorre elevação do PSA (exame de sangue) após o paciente 
com câncer de próstata ter sido submetido a cirurgia ou a radioterapia. Muitos dos pacientes com recidiva bioquímica após a 
cirurgia são tratados com radioterapia de resgate. 
• Paciente de mal prognóstico clínico – bom verificar se não tem doença a distancia antes de fazer cirurgia radical – se tiver, 
pode tratar com bloqueio hormonal e eventualmente até quimioterapia 
• Ressonância nuclear magnética também é muito boa 
Tratamento – cirúrgico – prostatectomia 
• Laparotomia 
• Laparoscopia 
• Robótica 
• Pior complicação - incontinência urinaria - existem esfíncteres artificiais 
–

Continue navegando