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• Frequência maior de tumor de próstata – há aumento da incidência de tumor de próstata conforme a idade • 80% das pessoas com mais de 80 anos tem tumor de próstata • Câncer de pulmão: muito relacionado ao tabagismo • Ex: Paciente com segundo tumor pulmão, que nunca fumou – fumo passivo – familiares fumantes; ela teve adenocarcinoma (relacionado a não fumantes principalmente), e carcinoma epidermoide do pulmão • Tumor de colo e reto: hábitos alimentares/ genético o Síndrome de Lynch • Incidência de melanoma aumenta – relacionado principalmente a perda da camada de ozônio, exposição excessiva ao sol • Tumor de pulmão, apesar de ser menos frequente que o de próstata, mata mais • Esses dados demonstram progresso em certas áreas • Letalidade: câncer de pulmão está em primeiro, apesar de estar em segundo no número de casos novos • Casos novos: dobro de casos de câncer de mama contra o de pulmão • Outubro rosa: estímulo ao diagnóstico precoce, mamografia, ultrassonografia, autoexame • Tumor de mama aparece conforme a idade do paciente; tem muito tratando hoje – possibilidade de vida maior, mas por outro lado o diagnóstico muita das vezes é tardio • No Brasil há mortalidade maior e sobrevida menor do câncer de mama em relação aos EUA e países europeus • • Incidência de câncer de estomago no Ceará e Rio grande do sul é igual? Não, pois se relaciona com hábitos alimentares: no sul fazem ingesta de bebidas quentes, que queimam esôfago e favorecem câncer; carne seca • Incidência de câncer de estomago no Japão e China são muito altos • Nos EUA, comidas colocadas em refrigeradores = diminuição da incidência de câncer de estomago • Logo, endoscopia digestiva alta deve ser indicada mais precocemente no Brasil do que nos EUA; e não é incomum pessoas tratarem problemas digestivos com diagnóstico clinico apenas; endoscopia deve ser estimulada – diagnóstico precoce • Carcinoma da cavidade oral: alta incidência; relacionado com higiene; problema odontológico grande no Brasil, onde pessoas perdem dente com muita precocidade • Esôfago, principalmente no sul do país, onde usam chimarrão, consomem bebidas/ alimentos quentes • Câncer de bexiga: relacionado principalmente ao fumo • Tumor de colo de útero/ ovário – maior incidência no Brasil que EUA – epidemiologia distinta • Nenhuma pessoa com mais de 50 anos pode ficar sem colonoscopia • Exame de papa Nicolau/ colo do útero é importante, mas o exame do toque e o ultrassom transvaginal são fundamentais • Sobrevida dos pacientes com linfoma aumentou drasticamente a partir de investimentos no diagnóstico precoce/ tratamento Base do diagnóstico e tratamento • Anatomia • Fisiologia • Rastreamento o O preenchimento do atestado de óbito é fundamental o Anamnese + examinar paciente como um todo (gânglio axilar, fossa supraclavicular, toque retal, exame vaginal, ausculta, palpar abdômen) – auxiliam no diagnóstico precoce • Sintomas • Diagnóstico o Diagnóstico precoce de câncer = melhor tratamento, menos sofrimento, maior sobrevida, custos menores • Tratamento Tomada de decisão em relação a conduta • Pedir exames conforme história natural da doença e fazer indicação de tratamento Tumor de mama • Diagnóstico precoce • Tipos principais • Estadiamento • Tratamento • Prognóstico • Perspectivas Câncer de mama: • É o mais frequente tipo de câncer em mulheres. • A incidência aumenta drasticamente com a idade. • 5 por 100 mil aos 25 anos • 150 por 100 mil aos 50 anos • 200 por 100 mil aos 75 anos • Com o avançar da idade, aumenta a incidência • Mamografia essencial em pessoas com mais de 50 anos – quem tem história familiar começa a fazer mais cedo • Ex: não tem sentido fazer mamografia em menina de 18 anos, mas se ela tem um nódulo, que pode ser doença benigna, um fibroadenoma, que pode crescer e incomodar, eventualmente até malignizar • Ultrassom é fundamental para separar lesão cística de lesão sólida; exame de baixo custo, que não emite radiação; dependente de quem faz o exame e o aparelho o Ex: lesão sólida numa pessoa com história familiar forte – recomenda-se tirar a lesão; complementa com tomografia/ mamografia/ ressonância nuclear magnética o Mamografia – radiação o Operar lesão benigna de mama não tem nada de errado o Lesão cística pode ser puncionada • Microcalcificação isoladamente é o que mais contribui para o diagnóstico precoce de câncer de mama • Se a lesão é palpável – tem mais que 0,5 cm – 1 cm; lesões pequenas não são palpáveis • Mama muito densa/ dura – diferente da mama muito gordurosa • A incidência em homens é de menos de 1% de todos os casos – e é extremamente agressivo no homem o 2,5 por 100 mil. ➢ Diagnóstico • Diagnóstico precoce – exame clínico • Exame clinico o Pessoas devem se palpar antes de menstruar todo ciclo • Ultrassonografia • Mamografia o Microcalcificação e história familiar – paciente é atendida mais precocemente, e eventualmente indica cirurgia para retirar microcalcificação para se ter certeza que não é maligna • Ressonância Nuclear Magnética o Importância fundamental em mulheres com prótese mamária, pois dificulta muito a confecção de uma mamografia o Mais caro O método BI-RADS (Breast Imaging Reporting and Data System) • 0 – não consegue definir nada; exame precisa ser repetido • 1 – pequenas alterações e chance de câncer de mama é muito pequena • 2 - chance de câncer de mama pequena • 4 – provavelmente indica biópsia da doente • 3 – dependendo da história do doente/ aspecto, pede-se para que repita a mamografia (não em um ano, talvez em 6 meses), ou complementa com RNM • 5 – provavelmente paciente tem câncer de mama • 6 – câncer Tumor de mama – tipos principais • Adenocarcinoma ductal 78% (variação do grau de diferenciação) • Lobular 9% (maior incidência de bilateralidade) – dependendo da história familiar, indica-se mastectomia bilateral • Papilar, tubular, mucinoso 10% • Comedocarcinoma 5% • Carcinoma medular 4% • Carcinoma inflamatório 1% (pior prognóstico) o Pode ser confundido com mastite o Visto com certa frequência em jovens o Extremamente agressivo o Primeiro tratamento – quimioterapia • Doença de Paget (eczema do mamilo) o Normalmente relacionado a adenocarcinoma; normalmente de bom prognóstico • Obs.: examinar mama – palpar, olhar mamilo, espremer e ver se tem secreção (colher citologia – identificar presença de células malignas) • Quanto maior o numero de linfonodos, pior o prognóstico – probabilidade de metástase é alta • Retirada de linfonodo pode causar linfedema TNM – Tumor de Mama • • TNM clínico e um final patológico: pode-se avaliar paciente e achar que é T3, N1 e não tem metástase – ao operar descobre que é T4 (lesão grudada na musculatura, invadindo a parede torácica) – logo, diagnóstico clínico é em geral mostra doença menos avançada que o diagnóstico final/ patológico • Linfonodo aumentado de tamanho – não significa que seja patológico; mas se há cadeia de linfonodos palpáveis/ massa na axila/ supraclavicular por ex, pensa-se que seja patológico • N3 – linfonodo que vai para cadeia mamária • Tendencia normal dos linfonodos é drenar para a área próxima a lesão • Pode-se ter pacientes com metástases (M1), mas com prognósticos diferentes • É diferente ter 1 metástase, do que ter várias metástases – prognóstico pior conforme o número de metástases, mas continua sendo M1 • • T1a – tumor de 1 a 5 mm • T1b – tumor de 5-10 mm • T1c – 10 a 20 mm • T2 – 20-50 mm • T3: 50 mm • T4a: invade parede torácica • T4b: ulcera • T4c: ulcera e invade a parede torácica; faz-se terapia neoadjuvante • Importante saber disso antes de tratar doente – para fazer radioterapia pré operatória por ex ou quimioterapia pré operatória • Pacientes com invasão muscular – além de fazer tratamento pré operatório fazem radioterapia pós operatória senão for feito no pré operatório • • Linfonodos mamários que vão para a axila; tem linfonodos que podem ir par a cadeia mamária interna e supraclavicular • Nível 1 – próximo a axila; nível 2 – subclavicular; nível 3 – cervical • Linfonodo nos diferentes níveis – prognósticos diferentes • Antigamente, além de retirar linfonodos, retirava-se as cadeias envolvendo todos os níveis, e não tinha como a linfa drenar, causando um linfedema muito grande • Existem sarcomas induzidos por linfedema • Linfonodo positivo – chance do paciente ter doença na corrente sanguínea é grande – trata-se sistemicamente e não faz-se linfadenectomia tão extensa • • Ex: paciente com metástase 33 anos depois; ao checar a biópsia anterior, patologia, histologia não mudou; na época ela fez 1 ano de quimioterapia; se tivesse feito mais um ano de quimioterapia não teria benefício • Como explicar um paciente com o tumor presente por anos, sem se manifestar? • Paciente com câncer de mama jamais vai ter alta – tem que ser acompanhado sempre • Doente com câncer não tem alta – tem que ser acompanhado; pode ter segundo primário, e tem que ser acompanhado • Uso de imunobiológicos tem aumentado a sobrevida de pacientes com metástase – mais de 5 anos de sobrevida com doença metastática • No geral, o câncer de mama tem sobrevida longa – deve-se investir no paciente • Marcação da peça cirúrgica com cores diferentes: para saber a margem das bordas do tumor; pode dizer se tem margem comprometida ou não o Margem cirúrgica – tecido normal que se tem depois do tumor; toda cirurgia procura ter margem cirúrgica negativa Tumor de mama – pesquisa de linfonodo sentinela • • Linfonodo sentinela – primeiro linfonodo que recebe a drenagem • Para avaliar risco de que a doença tenha se espalhado ou tenha migrado para outros órgãos, é importante saber se alguma célula do tumor chegou aos linfonodos axilares • Na cirurgia, remove-se o tumor e os linfonodos sentinela – e com isso tem-se a informação se esses linfonodos estão comprometidos ou não – ajuda a definir o tratamento que vem a seguir e qual é o risco relacionado com o tumor de que alguma célula esteja circulando pelo organismo • Tratamento do câncer de mama: identificar linfonodo sentinela, retirar, examinar, avaliar – ajuda a definir o prognóstico do paciente • Pode-se injetar substancia radioativa no tumor, esperar algumas horas e ele vai drenar para o primeiro linfonodo/ sentinela • Se contraste (azul patente) for usado, não pode-se usar o probe • Normalmente utiliza-se substancia radioisótopa, com dose muito baixa, podendo tirar a lesão toda pois ela está com radiação alta, e depois que tira a lesão, passa o probe para ver se não ficou lesão, retira-se o linfonodo e manda para examinar o paciente • Pode-se fazer ressecção retirando quadrante da mama, ou pode-se tirar toda a mama – pode-se fazer cirurgia conservadora de mama • Mama muito pequena com tumor grande – esteticamente ruim; mas mama muito grande, pode-se retirar tumor pequeno preservando a mama • Substancia radioativa – mais custo efetivo; normalmente a injeção é periaureolar • Usa-se probe, que vê radiação, identifica lesão/ orienta para que possa ser feita incisão para retirada do tumor/ linfonodo que captam o radioisótopo • Depois de tirar os linfonodos, coloca-se o probe novamente para verificar se nenhum outro linfonodo está captando o contraste • Ou ao injetar o azul patente, o linfonodo fica azul e é retirado • Se radioisótopo for usado de tarde, tem-se que fazer a cirurgia no máximo na manhã seguinte – pois o radioisótopo vai ser eliminado se demorar mais • Ex: câncer de mama – espículas; linfonodo sentinela com aspecto normal e com tumor – ao usar o probe no linfonodo, a captação está mais de 5000 – logo é certo que retirou-se o linfonodo certo/ positivo; normalmente retira-se só o linfonodo e depois paciente vai para terapia sistêmica • Cada vez menos faz-se linfadenectomias extensas • Paciente pode ser tratado com tumorectomia, com margens negativas, sem doença residual ao método e depois irradiar o paciente Tumor de mama – tratamento • Mastectomia total – retirar toda a mama o Antigamente retirava-se a mama e a musculatura (pois acreditava-se que linfonodos passavam dentro do músculo) – não tinha quimioterapia/ radioterapia era rudimentar o Hoje em dia, retira-se só a mama, deixando a musculatura; • Mastectomia Parcial - não precisa retirar toda a mama em todos os casos; deixando tecido mamário • Reconstrução imediata – a mulher sai com o seio da cirurgia; se a cirurgia for incompleta, precisará complementar com radioterapia pós operatória e a prótese atrapalha • Reconstrução tardia • Radioterapia intraoperatório o Em alguns casos, pode-se fazer apenas tuborectomia e irradiar o leito da mama • Radioterapia pós-operatória o Praticamente obrigatória em casos de mastectomia parcial – pois podem ter lesões sincrônicas/ focos de lesões pequenos • Quimioterapia o Faz-se em casos com muitos linfonodos ou para tentar diminuir o tamanho do tumor • Hormonioterapia o Normalmente, mulheres tem hormônios estrogênio e progesterona, e paciente responde bem a anti-hormônio – bloqueia estímulo hormonal que faz tumor crescer; resultado tão bom quanto quimioterapia nas mulheres com receptores de estrogênio/ progesterona positivos o Mais frequente nas mulheres mais idosas o 20% das mulheres com receptor negativo podem responder a manuseio hormonal – mais simples e não impede que paciente faça quimioterapia • Agentes biológicos o Imunoterapia • Tumor ginecológico Anatomia pélvis feminina Tumor de colo de útero • Diagnóstico precoce o Papa Nicolau • Tipos principais • Estadiamento • Tratamento • Prognóstico • Perspectivas • • Lesão superficial pode ir aumentando/ invadindo estruturas adjacentes • Quanto maior o tumor, mais clínica o paciente tem • Achar doença bem localizada – cirurgia mais conservadora • Estágio T1A ou T1A2 – lesão de 3/5 mm; puramente localizado; citologia positiva, retira-se colo do útero ou faz biópsia • T1B1 – lesões maiores que 5 mm • T1B2 – distância lateral até 4 cm • T1B3 – distância lateral ultrapassa 4 cm • T2A1 e T2A2 – invasão da vagina – terço mais proximal/ distal • T2B – invade parte lateral do útero • T3A – invade até terço final da vagina • Invasão da parede pélvica ou linfonodos – estadiamento diferente • Estágio 4 – invade bexiga/ reto • T4A OU T4B – metástase a distância • Diferentes estágios – tratamento diferente • Paciente com tumor de colo de útero – lesão mais avançada – invade bexiga/ pode invadir reto – antes de operar vai ter que fazer cistoscopia para verificar se tem lesão da bexiga – se tiver, terá que retirar parte da bexiga além do útero; se tiver invasão do reto – terá que tirar reto também • As vezes primeiro sintoma de paciente com colo de útero é a hematúria • Lesão localizada – não precisa retirar todo o útero da mulher, principalmente se for jovem e quer engravidar; se for mulher mais idosa é melhor retirar todo o órgão – risco para a paciente Tumor de colo de útero – ressonância nuclear magnética • Paciente com tumor mais avançado, com invasão • Provavelmente inicialmente será feito radio/ e quimioterapia para diminuir • Eventualmente talvez nem se opere o paciente Tumor de Colo de útero – Tratamento Local • Conização – tirar um cone (fragmento do colo uterino) que manda-se examinar o Em primeiro lugar faz-se biópsia, e verifica se tem algum grau de invasão, e se tiver faz-se cone; e dependendo do grau de invasão nem cone vale a pena pois fica arriscado deixar a doença o Ou seja, se após fazer conização, patologista observa célula tumoral próximo a margem do cone, significa que pode haver doença em outro ponto – complementa essa cirurgia, aumentando o cone (mulher tem risco de abortar caso engravide) ou faz-sehisterectomia completa da doente • Laser • Crio cirurgia • Após conização, coloca-se banda para evitar que a mulher aborte caso ela deseje engravidar • Tumor de colo de útero se relaciona fortemente com HPV – deve-se considerar, dependendo da situação, fazer histerectomia profilática • Tratelectomia completa – retira todo o colo do útero • Procedimento é realizado por via transvaginal Tumor de colo de útero – tratamento radical • Histerectomia – mulher perde parte da vagina importante • Radioterapia pré-operatório – para lesões maiores; sempre associado a quimioterapia o Coloca-se probe dentro da vagina/ útero, com substancia radioativa, fazendo alta dose na região • Radioterapia pós-operatória – cirurgia com margem comprometida • Quimioterapia – normalmente associada • Exenteração pélvica – feita em lesões mais extensas; invasão da bexiga/ reto – além de retirar útero, faz-se colostomia definitiva e 2 ureteres numa alça de delgado (dupla derivação) • Quando opera-se câncer, tem-se que tirar paramétrio, e com certa frequência pode lesar inervação da bexiga – incontinência urinária – pode ser feita cirurgia aberta, por laparoscopia, cirurgia robótica • Histerectomia simples – deixa ovários; pacientes mais jovens; normalmente ovário não está comprometido • Histerectomia radical – retira-se paramétrio – pode fazer por laparoscopia Tumor de endométrio: • Diagnóstico precoce • Tipos principais • Estadiamento • Tratamento • Prognóstico • Perspectivas • Estágio 1 – restrito ao útero o Estágio 1A – menos da metade do miométrio o Estágio 1B – mais da metade do miométrio – geralmente radioterapia pré operatória é feita – mais comum em obesas e diabéticas • Estágio 2 – restrito ao útero, invade tecido conectivo do cérvix • Estagio 3 – invade além do útero e cérvix, mas não invade outras estruturas pélvicas – radioterapia pré operatória e histerectomia • Estágio 4 – invade outras estruturas pélvicas ou a distância ➢ Tratamento • Cirurgia • Radioterapia – pré operatório das lesões com mais invasão – ressonância nuclear magnética é padrão ouro – quem não consegue fazer, tomografia pode ajudar mas é menos sensível; ultrassom transvaginal ajuda bastante • Quimioterapia • Hormonioterapia • Terapia Alvo • Tumor de ovário • • Estágio 1: pega só um ovário • Estágio 2: disseminação loco-regional • Estagio 3: invasão maior • Estágio 4: doença a distancia • Diagnóstico precoce • Tipos principais • Estadiamento • Tratamento • Prognóstico • Perspectivas ➢ Tumores epiteliais • Cistoadenocarcinoma seroso 70% o Cisto de ovário e marcadores CEA/ CA 19-9/ CA 15-3/ 125 ajudam; se tiver marcador alto, e romper cisto = disseminação da doença – cuidado na cirurgia o Muitas vezes ele é confundido com apenas uma lesão cística – marcadores ajudam o Marcador alto pré operatório – marcador baixo pós operatório – marcador aumenta denovo (recidiva) (quimioterapia pós operatória) • Cistoadenocarcinoma mucoso 20% • Tumor de células claras 4% • Carcinoma indiferenciado 4% • Carcinoma endometrioide 2% • Tumor de Brenner – tumor raro; normalmente benigno mas pode ser maligno; comum em mulheres de maior idade ➢ Tumores de células germinativas • Disgerminoma • Tumor do seio endodermal • Carcinoma embrionário • Choriocarcinoma • Teratoma – mais frequente; pode ser benigno/ maligno • Mistos ➢ Tumores do estroma do cordão sexual • Tumor de célula de Sertoli-Leydig – principal; recidiva com muita frequência • Tumor da célula da granulosa – recidiva com muita frequência • Androblastoma • Não classificado Tumor de ovário – tumor de Krukenberg • Toda massa de ovário encontrada: deve-se fazer endoscopia digestiva alta e colonoscopia o Ex: tumor de cólon com metástase para ovário • Células em anel de sinete – mal prognóstico • Incidência 1% a 21%. • Estomago (70%), colo retal, mama, apêndice • Clinica igual a do tumor primário de ovário • Paciente mais jovens • Disseminação linfática (estomago) • Disseminação hematogênica (colo retal) • Disseminação transperitoneal – mais frequente; tumor invade serosa do estomago/ colo, e ovário começa a crescer – da grandes massas, geralmente são tumores mucinosos, relacionados a mau prognóstico • Tratamento: tirar o que for possível e colocar paciente em quimioterapia • Massa ovariana, paciente jovem – pede-se ultrassom, mas estimula a fazer endoscopia digestiva, e isso já ser metástase de um tumor principalmente do estômago ou colon Tumor de próstata • Diagnóstico precoce o PSA – a partir de 50 anos; mas se paciente tiver história familiar começa mais cedo o Não se pede PSA para pessoa com 80 anos de idade o Se paciente tem prognóstico de vida ruim, com 90 anos, doença cardiovascular grave... – não se pede PSA • Tipos principais o Adenocarcinoma; pode ser sarcoma • Estadiamento o Exame de imagem • Tratamento o Depende da localização, idade do paciente.. • Prognóstico • Perspectivas • Paciente com dificuldade para urinar – mais frequente estar com doença benigna de próstata • Obrigatório fazer toque retal em pessoas acima de 50 anos • A maioria dos tumores de próstata são periféricos, ficando na camada externa – possível identificar pelo toque retal Fatores de risco • Idade o Raro antes 40 anos o Maior incidência com maior idade • História Familiar o Pai ou irmão 50a. : 2x o 2 ou mais parentes com câncer: 7-8 x Rastreamento • O rastreamento tem sido tema controverso – mas deve ser feito • O rastreamento deve ser discutido a partir dos 50 anos em pacientes sem comorbidades. Histórico familiar de câncer de próstata, especialmente em parentes com idade inferior a 65 anos, e os homens com suspeita ou mutações BRCA1 ou BRCA2 iniciem o rastreamento aos 40 ou 45anos. o Mutação – pode propor cirurgia profilática – aumenta muito a sobrevida; familiar com chance maior de ter câncer • Paciente com prostatite – não faz-se biópsia antes de tratar primeiro a prostatite; • PSA aumenta andando de bicicleta; paciente tem que ter resguardo sexual alguns dias antes de colher PSA • Pode ser interrompida quando a expectativa de vida for menor que 10 anos. Rastreamento Toque retal • Nódulos, assimetria ou enduração. • O exame digital pode detectar tumores na região posterior e lateral da glândula, uma limitação inerente ao exame digital é que apenas 85% dos tumores surgem perifericamente, onde eles podem ser detectados com um exame dedo. • Toque retal negativo não exclui câncer de próstata • Por isso, é obrigatório em homens com mais de 50 anos principalmente, associar ultrassom (que não precisa ser obrigatoriamente transretal; feito suprapúbico é bom) • Ultrassom é operador dependente • Nenhum estudo controlado foi capaz de mostrar redução de morbidade ou mortalidade com o toque retal. Valor preditivo positivo de 28%. • A maior utilidade é quando combinado com PSA Rastreamento – ultrassom transretal • Não é recomendado como rastreamento • Baixo valor preditivo positivo e sensibilidade. Utilizado para orientar a biopsia. • Se PSA é anormal a biopsia é recomendada após a repetição do PSA semanas (3/4) após a dosagem alterada, principalmente com valores limítrofes (abaixo de 7ng/ml). o PSA normalmente é abaixo de 4/5 o Alguns casos indica biópsia mesmo que não aparece lesão/ nódulo • A biópsia transretal pode alcançar 10 a 20% de falsos negativos. • O aumento do número de fragmentos retirados aumentam a taxa de detecção do câncer • • Biópsia transretal: pelo reto; paciente tem que estar com o intestino limpo/ evacuado/ preparo de colo, faz embrocação com substancia antisséptica, e faz de rotina antibiótico pré biópsia e pós biópsia, pois uma das complicações é a infecção, podendo fazer prostatite/ abscesso prostático pós bióspsia; normalmente faz-seambulatorialmente • Biópsia transperineal: pelo períneo • Mandar fragmentos separados (lado direito/ esquerdo) – pois se o tumor é só de um lado da próstata, o prognóstico é melhor do que nos dois lados Câncer de próstata – tipos histológicos • Adenocarcinoma (a imensa maioria) • Sarcoma • Carcinoma de células transicionais • Carcinoma epidermoide Patologia – adenocarcinoma de próstata – escala de Gleason • • 1 – formação de ácinos • Grau 5 – anarquia celular • Ex: paciente tem 12 fragmentos, e em 5 deles há grande anarquia celular – prognóstico pior que aquele que fragmentos tem tecido representando o que é a próstata normal • Gleason 2-6: baixo risco – prognóstico bom • Gleason 7-10: alto risco; PSA elevado; chance do paciente ter lesão mais avançada é maior; pior prognóstico • • Score de Gleason menor que 6: metade das lâminas era gleason 3 e a outra metade 3 • Gleason 8 pode ser 4+4, mas também pode ser (3+5/ 5+3) • Se nas lâminas por ex predomina o 4 e há 5 – grau 5 – estágio mais avançado – chance de metástase ganglionar grande – pode ser que precise de tratamento pré operatório ou não opere • Grau 2 – 3 + 4; diferente do grau 3 – 4 + 3, que representa pior prognóstico, pois tem mais células com grau 4 do que com grau 3 • Ex: lado direito Gleason 3 + 4, e lado esquerdo Gleason 4 + 3 • Fazer decisão baseado no pior diagnóstico encontrado • Ex: paciente jovem, 49 anos, vida sexual ativa, com Gleason 6 (grau 1) – provavelmente não fará nada, só acompanhar; daqui a um ano repete e a histologia está igual; daqui a 5 anos repete e ele está com 55 anos, e está com Gleason 7 (3 + 4) – opera; a cirurgia não foi feita antes pois as consequências de impotência, incontinência urinária acontecem • Existe a possibilidade de um paciente com tumor de próstata não precisar operar – observa-o • Pacientes com muita idade/ comorbidade – pode ser tratado com bloqueio hormonal e não precisar operar • Operação – padrão ouro PET – CT (Positron Emission Tomography) • O exame de imagem conhecido como PET/CT foi introduzido no Brasil no ano de 2003. No PET/CT realiza-se a injeção venosa de substâncias marcadas, chamadas de radio fármacos, no paciente. A mais utilizada é a glicose marcada, fluoro-2- deoxi-glicose (FDG). • O FDG tem tendência a se concentrar nas áreas onde está o tumor. Após a injeção, é feito um rastreamento em todo o paciente, para localizar se o FDG se concentrou em algum local e onde isso aconteceu (locais onde pode ter tumor). • Atualmente o PET/CT é utilizado para avaliação pré e pós tratamento em uma série de tumores • Visualiza metástases PET – CT com PSMA • Contudo, no câncer de próstata, os resultados alcançados com o exame do PET/CT não eram muito animadores. Isso começa a mudar com o advento de um novo radio fármaco, o 68 GA-PSMA. • Esse novo radio fármaco se baseia na presença de uma proteína na superfície das células do câncer de próstata: o antígeno de membrana específico da próstata. Essa proteína é encontrada tanto no tumor localizado na próstata quanto nos focos de metástase. • Em 2015 foi publicado o primeiro estudo prospectivo avaliando o PSMA-PET/CT em pacientes com câncer de próstata que apresentaram recidiva bioquímica após o tratamento local. • Recidiva bioquímica é o termo utilizado pelos médicos quando ocorre elevação do PSA (exame de sangue) após o paciente com câncer de próstata ter sido submetido a cirurgia ou a radioterapia. Muitos dos pacientes com recidiva bioquímica após a cirurgia são tratados com radioterapia de resgate. • Paciente de mal prognóstico clínico – bom verificar se não tem doença a distancia antes de fazer cirurgia radical – se tiver, pode tratar com bloqueio hormonal e eventualmente até quimioterapia • Ressonância nuclear magnética também é muito boa Tratamento – cirúrgico – prostatectomia • Laparotomia • Laparoscopia • Robótica • Pior complicação - incontinência urinaria - existem esfíncteres artificiais –
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