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Dinâmica de transmissão e distribuição da doença

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1 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED 103-C Epidemiologia 
 
INTRODUÇÃO 
As doenças humanas são resultado de uma 
interação entre hospedeiro, agente e meio 
ambiente, embora existam algumas que se-
jam de origem amplamente genética e sua 
interação com o meio ambiente e os fatores 
de determinação social. 
A dinâmica de transmissão é claramente 
demostrado utilizando doenças transmissí-
veis como modelo mas os conceitos discu-
tidos podem ser extrapolados para doenças 
não infecciosas e outros agravos à saúde. 
As doenças podem ser transmitidas de 
forma direta (indivíduo para indivíduo) ou 
indireta (veículo comum ou por meio de um 
vetor). Assim, os microrganismos dissemi-
nam-se de maneiras variadas e seu poten-
cial em espalhar-se e produzirem surtos va-
riam de acordo com suas características es-
pecíficas. 
As principais variáveis que servem de pila-
res para epidemiologia descritiva são : 
tempo, espaço e pessoa. 
A evolução temporal de uma doença, antes 
e depois de alguma intervenção proposta, é 
considerada uma boa ferramenta dentro da 
vigilância epidemiológica, pois pode mos-
trar a efetividade de uma medida de con-
trole. 
Quando a variação de uma determinada do-
ença está dentro do esperado (regulares em 
se tratando de tempo espaço e população) 
pode ser considerada uma endemia - padrão 
de ocorrência endêmico. 
Caso exista uma variação irregular supe-
rando a frequência esperada, pode ser cha-
mado de epidemia. 
 
FATORES DE DETERMINAÇÃO 
EM SAÚDE 
 
O estado de saúde envolve vários fatores, 
tem a ver com a biologia humana, caracteres 
hereditários, o envelhecimento (transição 
demográfica que traz por consequência uma 
transição epidemiológica), serviços de sa-
úde. o estilo de vida, os riscos ocupacionais 
(por isso a importância da vigilância voltada 
a saúde do trabalhador, lazer, hábitos, con-
vívio, etc. 
 
MODELO BIOPSICOSSOCIAL 
• Visão integral do ser e do adoecer- 
dimensões físicas, psicológicas e so-
ciais 
• Formação do profissional 
• Habilidade técnica/ estabelecimento 
de vínculo adequado/ comunicação 
efetiva 
• É o modelo atual 
 
Dinâmica de transmissão e distribuição da doença 
no tempo e no espaço 
 
 
2 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED 103-C Epidemiologia 
 
RACIOCÍNIO EPIDEMIOLOGICO 
DE SNOW 
• Descrição do comportamento da có-
lera segundo atributos do tempo, es-
paço e pessoa 
• Busca de associações causais entre a 
doença e determinados fatores (exa-
mes e hipóteses) 
• Epidemiologia de Snow: estudo dos 
fatores que determinam a ocorrência 
e a distribuição da doença na popula-
ção 
• John snow foi o pai da epidemiologia 
ele buscou uma relação de causa e 
efeito sobre as doenças. 
 
VARIÁVEIS 
TEMPO, PESSOA, ESPAÇO 
1. Regular e, portanto, previsível, como 
é o caso da tendência secular, varia-
ção sazonal e variação cíclica = com-
portamento das frequências 
Irregular, característica das epide-
mias 
2. Fatores demográficos, estilo de vida 
3. Distribuição geográfica 
OBS.: precisamos sempre definir e consi-
derar essas variáveis principais e devemos 
eliminar possíveis vieses. As variáveis de-
pendentes são o desfecho, a doença, a 
morte. As variáveis independestes são os fa-
tores que podem levar aquele desfecho. Es-
sas variáveis também podem ser regulares 
(previsíveis) que é o comportamento das 
frequências (que significa incidência + pre-
valência), também podem ser irregulares, 
como é o caso de uma epidemia, pode ser 
em relação a fatores demográficos ou distri-
buição demográfica. 
 
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO 
Devemos fazer as seguintes perguntas: 
 
 
Quem adoeceu? 
• Analisa caracteristicas da pessoa: 
sexo, idade, raça, ocupação, hábitos 
alimentares, culturais etc 
Onde a doença ocorreu? 
• Analisa a ocorrência de algum padrão 
espacial da doença 
• Áreas especificas? Ex: diarreia infec-
ciosa mais comum em áreas sem sa-
neamento 
Quando a doença aconteceu? 
• Avalia as tendências e o período de 
maior ocorrência da doença 
• Velocidade da ocorrência 
• Ex: dengue mais comum no verão 
 
DINÂMICA DE TRANSMISSÃO 
TRIADE EPIDEMIOLOGICA 
• Características do hospedeira (idade, 
sexo, raça, religião, costumes, ocupa-
ção, estado civil, doenças anteriores, 
estado imunológico, antecedentes fa-
miliares, perfil genético) 
• Tipos de agentes (biológicos/ quími-
cos/ físicos/ nutricionais) 
• Fatores ambientais (temp., umidade, 
altitude, aglomeração, moradia, vizi-
nhança, água, radiação, poluição, ru-
ídos) 
 
TENDÊNCIA SECULAR 
São as variações na incidência/prevalência 
ou mortalidade/letalidade de doenças obser-
vadas por um longo período de tempo, ge-
ralmente dez anos ou mais. 
Avaliação de impacto 
Ela nos mostra o impacto daquela ação. 
 
 
3 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED 103-C Epidemiologia 
 
VARIAÇÃO 
SAZONAL 
Ocorre quando a incidência das doenças au-
menta sempre, periodicamente, em algumas 
épocas ou estações do ano, meses do ano, 
dias da semana, ou em horas do dia. Os au-
tores mais clássicos usam esse termo para 
estações do ano, mas também serve para 
dias da semana ou horas do dia. Geralmente 
está dentro do intervalo de 1 ano. 
Cíclica 
São variações com ciclos periódicos e regu-
lares. É usada para intervalos de mais de 1 
ano. 
O comportamento cíclico das doenças re-
sulta de recorrências nas suas incidências, 
que podem ser anuais ou de periodicidade 
mensal ou semanal. 
Na variação cíclica, portanto, um dado pa-
drão é repetido de intervalo em intervalo. 
 
Irregulares 
• Epidemia 
• Endemia 
• Pandemia 
Fogem ao padrão de ciclicidade. 
ENDEMIA 
“Ocorrência de determinada doença, que no 
decorrer de um largo período histórico, aco-
metendo sistematicamente grupos humanos 
distribuídos em espaços delimitados e ca-
racterizados, mantém a sua incidência cons-
tante, permitindo as flutuações de valores, 
tais como as variações sazonais”. 
...Doença habitualmente presente em uma 
população definida 
• É o numero de casos esperados pelas 
pesquisas de determinada doença em 
determinado local é período. 
Faixa endêmica 
É o espaço nos limites do qual as medidas 
de incidência podem flutuar sem que delas 
se possa inferir ter havido qualquer altera-
ção sistêmica na estrutura epidemiológica 
condicionante do processo saúde doença 
considerado. 
 
Monitoramento e Controle 
• Detectar precocemente mudanças na 
frequência das doenças; 
• Métodos estatísticos de análise de sé-
ries temporais 
• Diagrama de controle (baseado na 
distribuição normal ou em quartis) -
frequentemente utilizado 
 
4 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED 103-C Epidemiologia 
 
 
Construção do diagrama de 
controle 
Distribuição normal (95% dos valores estão 
entre a média e 1,96 X desvios padrão) 
1. Calcular a incidência mensal média 
2. Calcular o desvio padrão (dp) para cada 
incidência mensal média 
3. Limite superior: média + 1,96 x dp 
4. Limite inferior: média - 1,96 x dp 
Desvio padrão 
Desvio padrão: raiz quadrada da variância 
Variância: somatório do quadrado da dife-
rença entre cada observação e a média divi-
dido pelo número de observações - 1 
 
OBS.: Não vai cobrar o cálculo, mas vai co-
brar o conhecimento do diagrama (limite 
superior endêmico, limite inferior endê-
mico, desvio padrão, variância). 
EPIDEMIA 
Elevação brusca, temporária e acima do es-
perado para a incidência de uma determi-
nada doença. 
Doenças erradicadas ou inexistentes→¨ co-
eficiente de incidência que fixa o limiar epi-
dêmico é igual a zero. Nesta situação apenas 
um caso poderá ser considerado uma ocor-
rência epidêmica pois muda a estrutura epi-
demiológica relacionada à doença. 
• OBS.: o surto epidêmico está locali-
zado num espaço geográfico pequeno 
e a fonte é comum. Ex.: surto num 
quartel bebendo água contaminada 
da caixa d’água gerando Hepatite A. 
• Quanto ao conceito de epidemiaé um 
aumento brusco acima do esperado 
em determinado local e tempo. A 
PANDEMIA é quando envolve os 
continentes. 
 
 
mecanismo de formação 
• Aumento inesperado da virulência de 
um agente; 
• Aumento da susceptibilidade (baixa 
cobertura vacinal); 
• Importação de casos alóctones em 
população com grande número de 
susceptíveis; 
• Contato acidental com agentes infec-
ciosos, produto físico ou químico; 
• Modificação da estrutura epidemio-
lógica (ex: febre amarela urbana/sil-
vestre) (alterações no meio ambiente) 
 
5 
 
Luiza Lyrio e Agatha Carvalho MED 103-C Epidemiologia 
 
 
 
 
 
Surto epidêmico 
Restrito no tempo e espaço. Todos os casos 
estão relacionados entre si. 
Ex: infecção alimentar em uma creche de-
vido a contaminação da caixa d’água; 
 
PANDEMIA 
Processo epidêmico caracterizado por uma 
ampla distribuição espacial da doença, atin-
gindo diversas nações ou continentes

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