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35 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. ORGANIZAÇÃO É a etapa consecutiva ao planejamento, fundamental para que os objetivos possam ser atingidos, os planos executados e as pessoas possam trabalhar eficiente e eficazmente. Função administrativa de agrupamento de atividades necessárias para atingir os objetivos da organização (empresa), com a divisão do trabalho, com agrupamentos racionais e funcionais, nos quais o executivo de cada setor seja provido de autoridade e responsabilidade e capaz de atingir os objetivos. Agrupamento das atividades necessárias para realizar objetivos e planos, a atribuição dessas atividades a departamentos apropriados e os passos necessários para delegação e coordenação da autoridade. Estabelecimento da estrutura formal do órgão com definição de sua competência, atribuições por função e a especificação das relações entre chefes e subordinados e entre unidades, evitando conflitos de autoridade. Busca a funcionalidade. Ex: estruturação administrativa, distribuição e adequação dos recursos humanos e materiais; atividades de compras. As relações entre as pessoas ficam definidas e caracterizadas pela delegação de poderes que abrange a distribuição de encargos (planejamento e execução de atividades específicas), a delegação de autoridade (assumir compromissos, empregar recursos e praticar outros atos para cumprir tarefas) e a criação da responsabilidade. A delegação de poderes, como instrumento de organização, exige limites da autoridade pelas normas, políticas e programa da empresa. A assessoria é um instrumento de organização com cuidados na clareza do conceito de assessoria; seleção adequada do assessor; facilidade de acesso às informações necessárias; valorização do assessor e apoio ao seu trabalho. Busca da Funcionalidade A estrutura deve estar definida com os limites de cada administrador. (Abreu) Organizar consiste: Caracterizar as unidades operacionais primárias; Definir o fluxo de sequência de trabalho; Agrupar as unidades primárias para formular as complexas. Estabelecer a estrutura de autoridade; Sistematizar o trabalho. Abrangência da Organização: Nível Global – desenho organizacional Nível Departamental - desenho dos departamentos. Nível de tarefas e operações – desenho dos cargos e tarefas. Estrutura Organizacional É a base que permite à empresa organizar-se para atingir seus objetivos. É representada pelo conjunto de órgãos e suas relações de interdependência e via hierárquica. Órgão – unidade de trabalho que reúne um grupo de pessoas que planeja e/ou executa algumas atividades sob autoridade formal, ou seja, é a unidade funcional da empresa. A Estrutura tem como fundamento repartir racionalmente o trabalho, de acordo com as especializações necessárias para atingir seus objetivos, constituindo órgãos, estabelecendo suas atribuições, definindo seus níveis hierárquicos e linhas de autoridade e subordinação, a fim de obter um funcionamento harmonioso, evitando duplicidade, negligência das autoridades e improvisações com soluções eficientes para problemas complexos. Etapas da Estruturação 1. Definição e quantificação dos objetivos (meta) - desdobramento dos objetivos específicos para estabelecimento das metas a serem atingidas. 2. Integração das Unidades de Trabalho – verificação das atividades necessárias, sua compatibilização e similitude, afinidades ou não e agrupamento. Este agrupamento deve levar em conta a importância, a projeção hierárquica e a participação no processo operacional. Origina a departamentalização. Administração de Serviços de Alimentação – ASA II 36 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. 3. Definição de Autoridade e Subordinação – Divisão dos órgãos e estabelecimento das relações de comando e subordinação. Dependendo do tamanho da empresa, maior ou menor será o número de níveis da Empresa. 4. Definição de Funções e Atividades – uma vez criada a unidade de trabalho com a respectiva hierarquia e autoridade, é imprescindível definir suas funções e esboçar a respectiva microestrutura (órgãos operacionais). Deve ser considerada a consistência de afinidades, optando-se pelo melhor critério: semelhança, dependência ou apoio mútuo na sequência do fluxo. 5. Estabelecimento de Comunicações e Mecanismos de Controle – Atuação integrada que alimente o processo decisório com sistema de comunicação rápido e eficiente. As chefias precisam ter anotações das informações sistematizadas em formulário ou documentos de controle. Desenvolvimento da Estrutura Organizacional 1º passo: Definição do objetivo geral. 2º passo: Definição dos objetivos específicos. 3º passo: Atividades a serem desenvolvidas para atingir os objetivos. 4º passo: Agrupamento das atividades pela semelhança e importância para criação das Unidades de Trabalho. 5º passo: Definição das atribuições das respectivas Unidades com definição da delegação de autoridade. Representação da Estrutura Organizacional 1. Literal – São documentos que direcionam o funcionamento da entidade ou um de seus órgãos. Estatuto - Contrato Social que configura normas de uma empresa. Define a finalidade da mesma, a política administrativa e a responsabilidade do órgão normativo superior perante os atos praticados e os meios econômicos para o alcance dos objetivos. Regulamento - Ato normativo genérico de entidades autônomas que contém regras básicas da organização. Amplia o Estatuto. Regimento - Normas próprias e limitadas a cada órgão da estrutura, ou seja, do serviço ou setor aprovadas pelo diretor da instituição, e tem caráter flexível. Apresenta os objetivos, rotinas, roteiros e relatórios. É destinado àqueles que não gozam de autonomia administrativa ou financeira. (Mezomo) Regimento do Serviço (Hospital) Ato normativo aprovado pelo diretor do hospital, com caráter flexível e dispõe sobre objetivos, estrutura orgânica, as atribuições, a competência dos órgãos e dos cargos de direção, as normas técnicas de funcionamento, rotinas, roteiros e relatórios da produtividade de cada serviço do hospital. O regimento do serviço é tão importante quanto o estatuto social para a empresa e o regulamento para o hospital. Normas administrativas: Resoluções, ordens de serviço e orientações que emanam de uma autoridade administrativa. Normas Técnicas: Explicitam a forma como deve ser executada uma ação, tarefa ou atividade. Rotinas: Componente da organização do hospital. Necessária para execução das numerosas atividades que nele se desenvolvem a cada momento. 2. Gráfica Organograma – gráfico que retrata a organização formal, a estrutura que foi desenhada no regulamento configurando os órgãos, sua interdependência, linhas de autoridade e subordinação. (Mezomo) Gráfico organizacional deve representar a interação do agrupamento das atividades desenvolvidas. Deve representar a estrutura hierárquica, definindo os diversos níveis; os órgãos da estrutura organizacional e os canais de comunicação entre órgãos e setores. Relações de autoridade representadas no organograma: 1º nível – órgãos deliberativos que traçam as diretrizes 2º nível – órgãos executivos para cumprir o estabelecido. 3º nível – órgãos técnicos e subsidiários 4º nível – órgão operacional a) Organograma em Barras – os órgãos ou unidades administrativas são configurados por retângulos horizontais. O prolongamento maior (à direita) é que define maior hierarquia. Simples de montar, mas difícil de visualizar. 37 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. b) Organograma em Setores – os órgãos são representados por círculos concêntricos, representando os diversos níveis hierárquicos, que diminuem à medida que o órgão se aproxima da periferia. Difícil de montar e entender e impede a representação dos diversos tipos de autoridade. c) Organograma Clássico– mais utilizado e mais eficiente que pode representar estruturas complexas com grande número de órgãos e hierarquias. São representados por retângulos (unidades estruturais) e linhas que podem definir os níveis de autoridade. As linhas de ligação representam as relações de autoridade e os retângulos representam as funções. É o mais utilizado. d) Organograma circular: utilizado em empresas complexas, mas precisa ser completado pelo clássico. Funcionograma - documento que registra as atividades que justificam a existência do órgão nele retratado. 38 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Fluxograma – descreve o fluxo dos processos. Estrutura Organizacional (Mezomo) Aspecto Vertical: dimensão escalar ou hierarquização, que envolve os fluxos de decisão verticalmente, formando uma cadeia de comando, onde figuram os níveis hierárquicos e a amplitude administrativa em um processo harmonioso; Aspecto Horizontal: é paralelo funcional; fluxo de relações dentro da organização, envolvendo a departamentalização, divisão do trabalho, órgãos de linha e staff. O princípio escalar evidencia a cadeia de relações diretas e autoridade, ou seja, cada subordinado deve saber exatamente quem representa a autoridade. As funções de staff ou de assessoria estão mais ligadas aos objetivos sem, no entanto, agirem diretamente na linha de comando. Tipos de Estrutura Organizacional 1. Linear ou Autoridade de Linha- Caracterizada pela Unidade de Comando. A autoridade emana de um único chefe com favorecimento da disciplina e baixo custo administrativo. O poder é direto do chefe imediato em relação aos subordinados. Pode gerar autoritarismo e supervalorização do chefe. Ideal para pequenas empresas ou para empresas em evolução. ** ** Mais usada em U.A.N 2. Autoridade Funcional – Divisão do trabalho e desenvolvimento de especializações. O supervisor não dispõe de total autoridade sobre os subordinados; apenas decorrente de sua especialização sem ferir o princípio da Unidade de Comando. Ideal para empresas de grande porte. Permite a um cargo ou a um órgão atuar sobre outros não ligados diretamente a ele propondo alterações na autoridade de linha, mas sempre com aprovação do órgão superior. Vantagens: Manutenção da produtividade e do padrão de qualidade de produtos e serviços. Comunicações rápidas e menos distorcidas. Desvantagens: Duplicidade de comando e quebra da disciplina. Enfraquecimento da autoridade de linha 3. Autoridade de Assessoria (Mista ou Linha-staff) Combinação da autoridade de linha com a funcional, mantém o princípio da hierarquia, sem abrir mão da especialização. Embora haja unidade de comando, os órgãos são aconselhados por “Staff”, autoridade técnica de aconselhamento para pesquisas, levantamentos, trabalhos específicos de orientação técnica. Assessora o chefe e não interfere nem dá ordens a níveis inferiores. Recomendada para empresas médias e grandes, bem equipadas. Mantém a unidade de comando e a sequência de autoridade com ordem direta, com a conjugação de órgãos consultivos. 39 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Vantagens: O órgão aconselhador que limita a responsabilidade dos chefes facilitando as decisões. Parecer técnico dá maior credibilidade e confiabilidade às normas e determinações. Desvantagens: Dificuldade do equilíbrio entre linha e Staff Retarda o processo decisório. 4. Autoridade Tipo Comitê (Estrutura Comissional ou Colegiado) – autoridade exercida por um Conselho constituído de membros diretores com divisão das responsabilidades, honras e vantagens. Atende melhor às grandes empresas. Vantagens: Visão global das organizações Trabalho em equipe. Diminuição das responsabilidades individuais. Desvantagens: Demanda tempo para tomada de decisões. Equilíbrio nas diferentes opiniões. 5. Estrutura Mista ou Matricial - É um tipo de estrutura que surgiu com o advento da tecnologia espacial, a qual apresenta duas características básicas: Com relação à autoridade Existe uma autoridade hierárquica semelhante à da estrutura funcional e outra bem específica e direta, que é a da coordenação de cada projeto. Com relação à mobilidade dos funcionários Os funcionários são permanentemente vinculados à organização e alocados aos diversos projetos em execução. Concluído o projeto, eles retornam a seus órgãos de origem. Já utilizada na maioria dos hospitais, porém, desordenada e improdutiva. Coordenação formal e hierárquica vertical, própria da departamentalização, e outra horizontal, constituída pelo grupo humano responsável por determinado programa. Coexistem, portanto, uma chefia administrativa e o responsável (gerente) pelo programa a ser desenvolvido pela organização. Ex: enfermeiro nas unidades de internação, atuando em um programa conjunto de trabalho, e sendo obrigado a se reportar ao médico-chefe, no que se refere aos cuidados diretos ao paciente, embora se encontre hierarquicamente subordinado à chefia da enfermagem. Podem gerar atritos entre as duas chefias. 40 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Vantagens: As decisões devem ser em conjunto levando ao bem do departamento e não do setor. Desvantagens: Disputas excessivas no poder e equilíbrio de interesses. Confusão no comando, reuniões em excesso e muitas decisões em grupo. Departamentalização Forma de organizar as atividades da empresa para facilitar o alcance dos objetivos. Etapas da departamentalização Primeiramente, deve-se identificar as atividades da organização; em seguida, combinar e/ou agrupar essas atividades em departamentos específicos. Tipos de departamentalização: Tipo 1 (chamada de Gulick, MEZOMO 2002): departamentalização por objetivos; por processo; por clientela e por área geográfica. Tipo 2 (chamada de Newman, MEZOMO 2002): agrupamento por produto ou serviço; localização; período; clientes; processos e funções. Tipo 3 (chamada de Ernesto Dias, MEZOMO 2002): por funções; produtos; localização; clientes; processos; afinidade e ajustamento. Departamentalização de serviços hospitalares segundo o Ministério da Saúde: Serviços Assistenciais: serviços médicos; serviços complementares de diagnóstico e tratamento; serviços de enfermagem; serviço de alimentação e serviço social. Serviços de controle administrativo: setor de pessoal; serviço de prontuário de paciente; contabilidade e custos hospitalares; departamento de compras; tesouraria; secretaria; registro e biblioteca. Serviços de apoio: almoxarifado; lavanderia, rouparia e costura; limpeza; manutenção e transporte. 1. Vertical - quando há aumento de níveis hierárquicos para a melhoria da supervisão. Divisão de trabalho baseando-se em autoridade e responsabilidade. 2. Horizontal – chamada de setorial, usada quando se quer aumentar a eficiência e melhorar a qualidade do 41 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. trabalho. Significa divisão do trabalho conforme os tipos de tarefas. Agrupamentos possíveis (Mezomo): Por produtos e serviços; Por clientes; Por Funções; Por zona; Por período; Por processos (etapas). Critérios para departamentalização da Empresa: Normalmente as empresas trabalham com a conjugação de diversos critérios. Por objetivo ou propósito ou finalidade – tarefas agrupadas pela identificação dos mesmos propósitos. Por produto ou serviço - atividades agrupadas com relação ao mesmo produto ou serviço. Por clientela – atividades destinadas a um determinado grupo de pessoas ou clientes. Muito usado quando usa diferentes produtos ou serviços. Por área geográfica – atividades executadas por uma determinada região. Por processo ou técnica – atividades que utilizam o mesmo equipamento ou serviços. Formalização do funcionamentoÉ feita através de documentos legislativos que regulamentam as ações administrativas. 1. Manuais – objetivo de fornecer relato atualizado conciso e claro da intenção exata de cada fase das operações. Manual de Organização Manual de Diretrizes e Políticas Manual de Normas e Procedimentos Manual de Padrões Manual de Formulários 2. Rotina - descrição dos passos para a realização de uma atividade. 3. Fluxograma – representação gráfica das rotinas para evidenciar a sequência de um trabalho, possibilitar boa utilização dos recursos e simplificar o processo. Verticais - Rotinas simples, de fácil execução. 42 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Horizontal - Rotinas complexas com diversas unidades de trabalho. Diagonal - Fluxos complexos, rotinas mais extensas. Exige intelecto elevado Pictórico - Substituição de símbolos por figuras. Não se ajusta a trabalhos de natureza técnica. Fluxolocalgrama - layout + fluxograma. Identifica fluxos inadequados. ATIVIDADES ANTERIORES À PRODUÇÃO (UAN) À CURTO PRAZO Consideradas atividades de organização. 1. Elaboração dos cardápios do Período Programado Apoiado nos cardápios básicos, sazonalidade dos alimentos, grau de aceitação e evitando monotonia. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS OU LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS Objetiva a otimização do atendimento e redução de custos. Segundo Abreu, a logística e a administração de suprimentos se preocupam com o fluxo diário entre vendas e compras, bem como, a relação lógica desse fluxo. ISOSAKI, 2009 O Serviço de Nutrição Hospitalar tem como objetivo suprir adequadamente todas as necessidades de materiais, incluindo gêneros alimentícios, materiais descartáveis e de limpeza, equipamentos, utensílios e suprimentos diversos. Engloba os seguintes aspectos: Planejamento e previsão de materiais, Aquisição, recebimento e armazenamento Controle de estoques e consumo. Atribuições do serviço de nutrição: Pesquisa e captação de fornecedores, Descrição detalhada dos itens, Parecer técnico de aquisição, Controle qualidade no recebimento e de estoque Acompanhamento de relatórios gerenciais. 2. Previsão de Compras Relacionada com o tipo e imagem do estabelecimento, estilo de operação e sistema de serviço, os cardápios planejados, per capita bruto dos alimentos, disponibilidade financeira e política de suprimentos, número de refeições, frequência de utilização dos gêneros, sazonalidade, espaço físico para armazenamento, quantidade existente no estoque, características da matéria-prima. ISOSAKI, 2009 Compras no setor privado – prioriza resultados financeiros. Compras no setor público – tem o dever de pautar pela transparência e otimização dos recursos financeiros. São feitas através de licitação de acordo com a Lei 8.666 de 21/06/93. Principais modalidades: Bolsa Eletrônica de Compras (BEC) – compras de bens de entrega imediata em parcela única, com convite que dispensa licitação. A negociação é eletrônica com negociação de preço venda. Maior agilidade. Pregão presencial ou eletrônico – aquisição de materiais e serviços comuns, de qualquer valor. Propostas e lances sucessivos vencendo o menor preço. Pode gerar compras de baixa qualidade. 43 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Política de Compras: Relacionada à localização próxima a centros de abastecimento, facilidade de transporte, disponibilidade financeira e espaço físico. Perecíveis: podem ser entregues 2 a 3 vezes semana ou diariamente. Frutas: estabelecer padrões para tamanho, quantidade por caixa, peso ou unidades. Verduras: considerar a quantidade, fator de correção e a forma de preparo. Estocável - compra mensal com base nas preparações que serão usadas e frequência de utilização no período. Níveis de estoque - Por que manter estoques? Conveniência e disponibilidade Redução de custos pela compra em quantidades ótimas Proteção contra erros de previsão, registros e planejamento. Provisão para flutuações de vendas/produção Níveis de Estoque Estoque mínimo ou de segurança, proteção ou reserva – É a menor quantidade que deverá estar armazenada para prevenir eventualidade ou situação de emergência provocada pelo consumo anormal (maior que o previsto) ou pelo alongamento no tempo de espera (atraso na requisição ou no prazo de entrega). * número de dias para gêneros estocáveis e percentual (%) para perecíveis. OBS: Isosaki, 2009 chama de prazo de reposição de emergência de Intervalo de Ressuprimento Estoque médio 50% da quantidade a pedir + ES Estoque máximo - é a maior quantidade de material que deverá existir para garantir o consumo até o tempo de recebimento do próximo lote de reposição. Acima disso a empresa desperdiçará recursos. Os estoques máximo e mínimo no sistema de reposição por quantidade funcionam como níveis de alerta por serem elementos de controle da situação para que os estoques não sejam tão altos para não haver sobras, e nem tão baixos para não provocar “ruptura de estoque” (quando as requisições não podem ser atendidas por falta de material estocado). Gera custos adicionais por comunicações urgentes; transporte especial; compras em quantidades reduzidas a preços mais elevados e em condições desvantajosas; paralisação ou atraso de determinados serviços e envolvimento da administração. Previsão de Compras Ex: Arroz - per capita – 50 g Fator correção = 1 nº refeições – 500 Período abastecimento - 10 dias Estoque segurança - 2 dias Saldo estoque - 30 kg Cálculo: 50 g x 1 (FC) x 500 = 25 kg / dia x 10 = 250 kg Estoque mínimo - 25 kg x 2 = 50 kg Estoque médio – 250/2 + 50 = 175 kg Estoque máximo - 250 + 50 kg = 300 kg Previsão compras = 250 - 30 + 50 = 270 kg ISOSAKI, 2009 Elementos da política de estoques Consumo ou demanda – (estoque inicial + Entradas) – estoque final. Quantidade de ressuprimento (lote de compra) ou consumo de aquisição (Qr) – intervalo de ES = Consumo médio/dia x prazo reposição emergência* EM = consumo médio + estoque mínimo Per capita x fator correção x nº refeições x frequência utilização – quantidade eventual estoque + estoque mínimo. C = (Ei + E) - EF 44 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. suprimento (número de dias necessários entre a compra e a entrega do produto x o consumo. Nível de Ressuprimento (Nr) ou Ponto de Pedido (PP) - quando o estoque atingir o nível mínimo de segurança. Considera a quantidade de ressuprimento (compra e prazo para entrega) mais o estoque de segurança ou mínimo. Estoque máximo (Emax) - consumo mensal + estoque mínimo ou de segurança Exemplo: Óleo de milho Prazo de entrega = 5 dias Estoque mínimo = 3 dias Dias úteis = 30 dias Consumo mensal = 60 latas Consumo diário = 2 latas Resolvendo: Qr (quantidade de ressuprimento) = 5 dias x 2 latas = 10 latas Emin (estoque mínimo) = 3 dias x 2 latas = 6 latas Nr (nível ressuprimento) = 10 latas + 6 latas = 16 latas Emax (estoque máximo) = 60 latas + 6 latas = 66 latas Dias de Estoque Ex. Calcular os dias de estoque de: Dias úteis = 22 Consumo = R$ 75.337,50 Inventário = R$ 10.266,41 Resolução: Média consumo diário = R$ 75.337,50 = 3.424,43 22 Dias de estoque = 10.266,41 / 3.424,43 = 3 dias 3. Solicitação ao Fornecedor Feita após a previsão de compras. Mapa cotação e pedido de compras. Solicitação em formulário próprio com layout adequado para controle. Poderá ser mensal, quinzenal ou semanal com entrega única ou parcelada dependendo das particularidades. Feita diretamente pela UAN ou por setor compras. Especificações de forma simples. Fornecedor: condições do estabelecimento, idoneidade, capacidade real de fornecimento, localização em relação à UAN, prazos e pontualidade na entrega, quantidade e qualidade dos produtos, preço, transporte, acondicionamentomercadorias, dados cadastrais. Comprador: habilidades técnicas, organização administrativa e relacionamento ético. 4. Recepção e Armazenamento de Mercadorias As atividades devem estar em consonância com as normas do planejamento. Conferência da data de entrega, quantidade, padrão de qualidade das mercadorias. Registrar em formulário específico. Após a recepção, as mercadorias deverão ser limpas e higienizadas. Controle quantitativo: peso na nota fiscal e peso real. Controle qualitativo: embalagem, temperatura, características sensoriais, prazo de validade, carimbo de inspeção etc. Documentos: Pedido de compras, Nota fiscal, Fatura, Boleto, Duplicata, Registro de recebimento e Nota de devolução. Armazenamento adequado. Lançamento em fichas de estoque. Ficha de Estoque Registro de entrada, com quantidade e preço. Lay-out que permita levantar rapidamente a quantidade e valor das mercadorias que entram e são registradas para definição do custo. Produto, Fornecedor, Código, Unidade, Estoque máximo, Estoque segurança. Qr = C x Ir Nr = Qr + Emin Emax = Cmensal + Emin DE = inventário anterior (final mês) Média de consumo diário (conumo mês / dias trabalhados 45 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Sistema de Lançamento (Custeamento) de Estoque Sistema PEPS – Primeiro a entrar é o primeiro a sair. Não utiliza média dos custos. A saída é dada em lotes e custos separados. Sistema UEPS – Último preço é o que vigora. A mercadoria geralmente terá o maior preço gerando custo irreal e superestimado. Sistema Custo Médio (mais utilizado em UAN) – média ponderada dos preços e estoques. VSA - Valor saldo anterior (R$) VE - Valor das entradas (R$) EN - Estoque novo em kg (saldo anterior + entradas) Inventário perpétuo – registro contínuo de balanço de cada artigo do estoque. Informação imediata e atualizada. Feito através da ficha de estoque. Inventário periódico ou físico - registro de todos os itens ao finalizar o período de contabilidade. Identificação da mercadoria Nome do produto, inscrição estadual, municipal, CNPJ, Registro no órgão fiscalizador sanitário, data de fabricação ou processamento, data de validade, lista de ingredientes. Inclui produtos retirados da embalagem original. Produtos produzidos na UAN: identificação, data de produção e prazo de validade. Otimização do atendimento (Mezomo) Deve levar a determinação de níveis nem tão altos com sobra de material e nem tão baixos com falta de material (ruptura de estoque). Fatores de custos a) Aquisição de materiais: redução de custos por meio de descontos, bonificações e prazos de pagamento. Fretes e seguros de transporte aumentam o custo do material comprado. b) Manutenção de estoques: relacionado à juros de capital; seguros; depreciação de ativos fixos ou de materiais; mão de obra; riscos e despesas gerais (gás, luz, limpeza). Pode representar entre 17 a 24% do valor total do estoque. c) Custo de reposição: atividades envolvidas na compra desde a emissão do pedido até a entrega. d) Pedido por lote: indica a quantidade economicamente mais vantajosa e qual a periodicidade ideal. e) Padronização: reduzir a variedade de produtos aumentando a utilização do material para redução dos custos de reposição, dos custos administrativos, de manutenção, estocagem, etc. 5. Requisição à Despensa Processo administrativo interno. Instrumento para garantir adequação quantitativa da dieta ou do cardápio. Controla os gêneros da despensa e fornece dados para avaliação do consumo. Dever ser feita em formulário e número de vias que permitam o controle eficiente. Necessita do cardápio, per capita, número de refeições, fator de correção de cada gênero. Pode fornecer custo. 6. Curva ABC Ferramenta gerencial utilizada para controle de estoque fazendo com que o administrador conheça a CM = VSA (R$) + VE (R$) EN (quantidade) 46 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. contribuição de cada item no total produzido e no investimento. Itens A - Itens que possuem alto custo ou alto consumo – poucos itens, porém, vitais. Tratamento administrativo preferencial na política de controle de estoque e compras (maior rigor). Itens B - Custo ou consumo intermediário – gêneros de importância intermediária. Itens C – Custo ou consumo mensal baixo – mercadoria de uso trivial, investimento pequeno ou relativo. Tratamento administrativo mais simples. Fonte: Mezomo, 2015 (Mezomo) – Os itens A e B juntos representam 50% do nº itens e 90% do investimento. Investimento Classificação InvestimentoAbreu Invest. Mezomo Isosaki Kimura A 70% 60% 60% 75% B 20% 30% 30% 20% C 10% 10% 10% 5% Determinação da Curva ABC Levantamento do consumo médio mensal de cada gênero. Listagem dos gêneros em ordem decrescente de investimento mensal. 47 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. CUSTOS É necessário retorno financeiro que garanta a qualidade e a continuação do serviço prestado. Custos – consideram-se todos os elementos de despesas que entram na produção de bens e serviços. Custo da refeição - resultado da relação entre o total de despesas realizadas e o número de unidades produzidas. (Isosaki) Despesas – conjunto de gastos administrativos e não relacionados diretamente com a produção do bem ou do serviço. Natureza não fabril. Custos e despesas distinguem-se pela sua natureza, forma de alocação e finalidade proposta. KIMURA, 2003 Custos: é a soma dos valores de bens e serviços consumidos ou aplicados para a obtenção de novos bens e serviços. Podem ser chamados também de despesas, aplicações ou consumos. Processo de Custos: conjunto de atividades de acompanhamento, classificação, apropriação, análise e registro dos gastos incorridos direta ou indiretamente, na fabricação de bens ou prestação de serviços. 48 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Custos em Abreu 2016 Medidas monetárias dos sacrifícios com os quais uma organização tem de arcar a fim de atingir seus objetivos. Soma dos valores de bens e serviços consumidos para obtenção de novos bens ou serviços. Custos em UAN: soma dos gastos necessários à produção de alimentos e sua distribuição. Conhecimento de custos geram Informações para dois grupos de usuários: Razões da contabilidade de custos Classificação dos Custos: Sob aspectos econômicos ou de formação: fixos e variáveis Estão relacionados ao volume de produção. Fixos: não se alteram quando o volume de produção aumenta (seguros, aluguéis, despesas da administração, mão-de-obra, depreciação de equipamentos). Variáveis ou operacionais: variam com a quantidade produzida (matéria prima, gás, luz, água). Sob aspectos contábeis: diretos e indiretos Diretos ou Controláveis: apropriados diretamente ao produto ou serviço (mão-de-obra produção, gêneros alimentícios, limpeza e descartáveis). Indiretos: são apropriados através de rateio (aluguel, telefone, energia e água, Equipamentos de proteção individual, etc.). De origem Rateados: sempre indiretos, a divisão é proporcional de um montante global. Comum: quando uma fase de produção é comum a um ou mais produtos. Padrão: gerados pela própria produção, calculados com base em parâmetros operacionais. Quanto a natureza Produção: incluídos no setor industrial (gêneros). 49 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Comerciais: colocação do produto na praça (serviço terceirizado). Administrativo: inerentes à administração da Unidade. Controle de custos: comparar os custos obtidos com o curso orçado. Orçamento: quantifica e expressa um futuro planejado Preço: valor monetário estabelecido para que se possa vender determinado bem ou serviço. Fatores Intervenientes do custoda refeição Política de Compras – o sistema de compras interfere no preço dos gêneros, assim como a quantidade a ser comprada, as condições de pagamento, além da figura do atravessador. Método de Recepção e Armazenamento de Mercadorias – controle na recepção quanto a qualidade e quantidade. Cuidados na estocagem, controle de validade. Controle das operações durante o preparo – evitar perdas e desperdícios por despreparo da equipe, temperatura e tempo de cocção. Mão-de-obra - dimensionamento e treinamento da mão-de-obra. Componentes dos Custos (Teixeira) Custo Global: incluindo matéria-prima, mão de obra, energia elétrica, gás, água, material de higiene, depreciação dos equipamentos, descartáveis, material de escritório e demais gastos. * (ISOSAKI) - os descartáveis podem ter característica direta (copos, guardanapos, forros bandeja, talheres, pratos, etc) ou indireta (papel alumínio, luvas, etc). Mão de obra direta – envolvida diretamente na produção de um bem ou serviço. Mão de obra indireta – mais ligada a área de apoio, controle e supervisão. Custo com encargos sociais – considerados fixos tais quais: INSS, FGTS, Seguro Acidente de Trabalho, Salário Educação, INCRA, SENAC, SESC e SEBRAE que totalizam aproximadamente 36,3%. Incidem sobre o total de proventos (salário, horas extras, adicional noturno, periculosidade, insalubridade, descanso semanal remunerado – DSR, férias + abono de 1/3 e 13º salário. Encargo Alíquota INSS 20% FGTS 8% SAT 2% Salário Educação 2,5% INCRA 0,2% SENAC 1% SESC 1,5% SEBRAE 0,6% Total 36,3% Provisões – despesas que ainda não foram pagas mas que precisam ser provisionadas (13º, férias, adicional de tempo de serviço, turn-over e absenteísmo. Benefícios – Vantagem adicional à remuneração direta do trabalho. Podem ser por política de RH da empresa (auxílio escola, auxílio moradia, veículo), por Legislação Trabalhista (vale transporte) ou por convenção coletiva de trabalho = sindicato (cesta básica, assistência médica, etc) Custo total da mão de obra (ISOSAKI) Custos Diversos Equipamento de Proteção Individual (EPI), combustível (gás, álcool, diesel, etc), utensílios e material administrativo, leasing, locação e depreciação (seguir legislação da receita federal). Custo com Programas Legais e de Qualidade Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e Programa de Prevenção de Riscos e Acidentes (PPRA), MBP e POP’s, custos com análise microbiológica e físico-química da água e controle integrado de vetores e pragas. Outros tributos Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) – tributo estadual e com alíquotas diferentes para Total de proventos + Encargos sociais legais + Provisões + Benefícios 50 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. cada um. Já está incluso no preço da compra, assim como quando a mercadoria é vendida, deve estar incluído no preço. Imposto sobre serviços (ISS) – sobre a prestação de serviço e é de tributação municipal. Programa de Integração Social (PIS) - imposto de tributação federal que incide sobre as vendas e serviços. Alíquota de 0,65% sobre o faturamento. Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) - imposto de tributação federal que incide sobre as vendas e serviços. Alíquota de 3% sobre o faturamento. Custo Indireto de depreciação de equipamentos: Representa a perda de valor de um ativo pelo desgaste. Ela não é desembolsada mensalmente, mas é contabilizada. Portanto, deve ser apurada e para que seja lançada no custo e recuperada pela receita gerada pela unidade. Ex: Forno - Valor de compra - R$ 80.000,00 Valor residual - 20% valor da compra Vida útil – 10 anos Resolução: 80.000 – 16.000 (20% de 80.000) = 64.000 / 120 meses (10 anos) = 533,33 / mês. Parâmetros para Avaliação do Custo Realizado: Custo- Padrão É representado pelo custo médio dos cardápios padrões. Funciona como medida de eficiência do processo produtivo. Controle de custos Organização do espaço físico e determinação de fluxos de produção; Mão de obra adequada (quantidade, cargos, qualificação); Sistema de recrutamento, seleção, treinamento e motivação de pessoal; Planejamento de cardápios, compras e controle de estoque; Critérios técnicos na escolha, dimensionamento, compra e manutenção de equipamentos; Controle de recebimento, manipulação e distribuição de gêneros; Planejamento de produção e acompanhamento da aceitação de cardápios; Uso de receitas padrão e porcionamento adequado; Acompanhamento diário de custos. Custo Unitário (ISOSAKI) Custo Unitário = custo global Unidades produzidas Observações sobre o custo unitário: Os fixos têm volume variável decrescente por unidade quanto maior for a quantidade produzida. Os custos variáveis tem volume fixo por unidade para qualquer quantidade produzida. Previsão Orçamentária – planejar e depois analisar o realizado com o previsto O orçamento é a previsão de despesa e arrecadação por determinado período. Excelente instrumento de controle. Elaboração: Definir número de refeições no período Custo médio padrão para o serviço Previsão da receita (participação dos empregados – 20% pelo PAT) 51 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Destacar contabilmente os subtítulos por natureza das despesas de custeio. Previsão do faturamento da unidade Faturamento Bruto (nº refeições x preço unitário) – Impostos (ICMS+PIS+COFINS)= Faturamento líquido Impostos variam em torno de 7% Ideal Matéria prima - 48 a 50% do custo total Ideal Mão de obra – 25 a 40% do custo total Preço: valor estabelecido para que se possa vender um determinado bem ou serviço. Composição pode ser variável, mas basicamente é a soma dos custos de produção, administração e impostos. Custo e Produtividade do S.A (Mezomo) Aspectos financeiros diretos - dimensionamento físico, investimento em equipamentos e instalações, valores aplicados na operacionalização (formação de estoque e remuneração de pessoal). Aspectos financeiros indiretos – resultam da interligação do S.A. com os demais setores do hospital e sua aceitação pelos usuários. Providências para redução do custo e aumento da produtividade: Garantir localização adequada do S.A. Promover melhor aproveitamento do espaço físico. Adotar critérios técnicos para dimensionamento e compra de equipamentos. Implantar sistema de manutenção de equipamentos. Estabelecer critérios técnicos de requisição, compras e armazenamento de gêneros. Elaborar cardápio padronizado. Checagem de manipulação de alimentos e do sistema de distribuição. Acompanhamento de aceitação de cardápio. Comunicação com outros setores. Controle rigoroso do nº de refeições. Sistema rigoroso de custos. Contatos com serviços e outros hospitais. Observação e criatividade. Implantar sistema de recrutamento e seleção (diminuir turn-over). Implantar programa de treinamento e motivação. Custo da Qualidade Prevenção: evitar erros e garantir a execução correta do trabalho. Ex: ficha técnica, fluxograma, tarefas, etc. Avaliação: produto já acabado. Ex: controle custos, auditoria financeira, inspeção e certificações. Erros Anteriores: detectados antes de chegar ao consumidor (desperdícios, retrabalho). Erros Posteriores: produto insatisfatório. Ex: restos, reclamações. Custos de Equipamentos: más condições, subutilizados ou utilizado de forma inadequada. DIREÇÃO Para Fayol pode ser chamada de comando. Função administrativa que orienta e indica o comportamento dos indivíduos na direção dos objetivos a serem alcançados. É basicamente uma atividade de comunicação, motivação e liderança. Atividade inerente às chefias e se distribui pelos diversos chefes da empresa, cada um com responsabilidade sobre a unidade de trabalho respectiva. Gestão das atividades da Organização visando obter eficiênciae satisfação no esforço coordenado dos membros do grupo, a fim de melhor alcançar a realização dos objetivos fixados. (Teixeira) Dirigir o pessoal. Atividade contínua de tomar deliberações e incorporá-las em ordens e instruções gerais e específicas. Níveis de Abrangência (Abreu): Nível Global (direção), nível departamental (gerência) e nível operacional (supervisão). Preço Venda = custo total 1 – (taxa de impostos/100) Ex: Produto com custo de R$1.000 e 18% imposto; então: PV = (1- (18/100) = 0,82 PV= R$1.000/0,82 = R$ 1.219,51 52 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Princípios Gerais: unidade de comando, delegação, amplitude de controle, coordenação e relações funcionais. Funções Básicas da Direção: Liderança Característica imprescindível a todo chefe que tem a missão de fazer com que todos os funcionários se esforçem para atingir os mesmos objetivos, administrando conflitos sem atitudes opressoras. O exercício da Liderança contempla estabelecimento de disciplina com o real cumprimento de todas as condições formais estabelecidas (objetivos, estrutura organizacional, normas e diretrizes). Gerência (Abreu) Planeja, organiza, define, controla e avalia a equipe e as etapas do processo para alcançar os objetivos. Comunicação Independente do nível hierárquico, o administrador passa grande parte do tempo comunicando-se com supervisores, subordinados e outras unidades com ordens através de cartas, circulares, e-mails, normas, manuais, ou verbalmente por telefone ou reuniões. Sucesso na comunicação = conhecimento do significado da ordem expedida, o nível de perceptibilidade das pessoas. Requisitos durante a comunicação: Clareza Não usar expressões ambíguas e simultâneas. Modificações nas diretrizes devem ser justificadas. Adequação do tom de voz Tom de voz firme e natural. Cortesia Evitar tom imperativo “por favor”, “obrigado”. Etapas Processo de comunicação: Barreiras no processo de comunicação Comunicação eficaz = tarefa executada como planejado Motivação Impulso que leva as pessoas a agirem desta ou daquela forma, diante de um determinado fato ou estímulo para satisfação das necessidades da pessoa. Constitui um dos fundamentos para desencadear todas as ações que se pretende que sejam desenvolvidas no processo. É uma característica psicológica que deve estar presente em todas as etapas da vida do órgão e em todos os níveis de sua administração e funcionamento. Externos: referentes a fatores ambientais Internos: relativos às características psicológicas e intelectuais do indivíduo (personalidade, sistema cognitivo, processos de raciocínio). Os impulsos, em geral, correspondem à satisfação de algumas necessidades básicas (Maslow): Fisiológicas, de segurança, sociais e de auto-realização. À nível da empresa, o indivíduo precisa satisfazer necessidades sociais (sentir-se aceito, incluído nos grupos), de estima (reconhecimento de sua competência, reputação, saber que tem amigos), de autorealização (possibilidade de desenvolver suas aptidões e habilidades, seu potencial de trabalho. Outros fatores: melhor 53 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. remuneração, segurança, opinião no trabalho (ex: cozinheiro opinar no cardápio) Essas necessidades são classificadas segundo Maslow numa escala hierárquica e são fatores desencadeadores da motivação de qualquer ser humano. Conhecer os fatores que desencadeiam o comportamento humano, ou a motivação para as ações é vital para todos os administradores. Deve aproximar o máximo possível os interesses dos funcionários e os da empresa. Motivação = deve estar presente em todas as etapas da vida de uma empresa e em todos os níveis de sua administração. Para maior motivação em nível de Empresa: Necessidades Sociais Sentir-se aceito e incluído no grupo. Estima ou Status Reconhecimento de sua competência e de sua reputação. Auto-realização Desenvolvimento de aptidões e habilidades e seu potencial de trabalho. Melhor Remuneração Suficiente para suprir necessidades básicas e de outros desejos. Segurança Segurança econômica e confiança em relação ao emprego e domínio das atividades. Participar e Opinar nas discussões Reconhecimento da competência e do esforço. Trabalho interessante e atividade útil Mestre na sua especialidade. Se sentir importante. Tratamento Humano Respeito e atenção ao subordinado. Relação cordial no trabalho. COORDENAÇÃO Sincronização e unificação das atividades das pessoas. Para uma boa coordenação, o administrador deve garantir: organização simplificada; programa e diretrizes coerentes; sistemas adequados de comunicação; meios de promover a coordenação voluntária e coordenação por meio da supervisão. ATIVIDADES DA UAN DURANTE A PRODUÇÃO Estão relacionadas à função administrativa de Direção. 1. Fazer com que as atribuições e os roteiros de trabalho sejam cumpridos e o seu desempenho supervisionado. 2. A supervisão deve ser direcionada à higiene do pessoal, dos utensílios, das áreas, práticas de segurança do trabalho e às técnicas de manuseio dos alimentos para preservação dos nutrientes e das características organolépticas das preparações. 3. Exigir uso de uniforme com botas, gorros, aventais, máscaras, luvas, etc. e máscaras na distribuição. 4. Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). 5. Supervisão da utilização dos materiais de limpeza. 6. Implantação do sistema de qualidade com avaliação microbiológica. 7. Mapa de fator de correção e cocção. 8. Elaboração de roteiro para supervisão de pessoal. 9. Registro diário do número de refeições. 10. Supervisão durante a distribuição quanto a apresentação, higiene dos funcionários e seu relacionamento com a clientela. CONTROLE É a última função administrativa e mantém interligação com as demais funções, durante todo o processo administrativo e se faz presente desde o momento de planejamento. Consiste em controlar o trabalho, para certificar de que está sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. 54 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Além da verificação contínua das atividades, o controle tem como objetivo identificar obstáculos, corrigi-los, estabelecer padrões, reformular planos e fornecer dados e informações necessárias às futuras programações. Através dele é possível registrar falhas e erros em tempo útil e oportuno, a fim de repará-los, evitar sua repetição e aumentar a eficácia da ação. Aplicável em todas as operações empresariais e em todos os níveis da instituição. Sobre o pessoal: medindo comportamento, relacionamento, quantidade, qualidade, capacidade de desempenho, eficiência, etc. Sobre o material: quantidade, qualidade, níveis de estoque, características produtos e serviços, produtividade, custo parcial ou globalizado, etc. O controle se baseia no planejamento com a visão clara e objetiva dos resultados a serem alcançados. Padrões podem ser expressos em: dinheiro, tempo, unidades físicas, índices, desempenho técnico e orçamento, etc. Controlar = comparação entre a execução e o planejamento, os objetivos fixados e os resultados obtidos, apuração de distorções e correção do planejamento e/ou tomada de decisões. Fases do Controle Estabelecimento de padrões ou critérios Observação do desempenho Comparação do desempenho com o padrão estabelecido Ação corretiva para corrigir desvios e variações A ação de registro não significa o controle por completo, mas faz parte dele. Controlar consiste em comparar a execução com o planejamento; os objetivos fixados com os resultados obtidos. Princípios gerais aplicáveis ao controle: garantia do objetivo, definição dos padrões, execução. ATIVIDADES SUBSEQUENTES À PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE REFEIÇÕES Estão relacionadas a função administrativa de controle. O nutricionistadeverá se reportar ao planejamento para verificar se os objetivos definidos para a UAN estão sendo cumpridos. Envolvem análise e avaliação. Avaliação dos processos Há planejamento do cardápio? Existe receituário padrão na unidade? Controle de estoque manual ou informatizado? Controle de custo feito? Atingindo as metas? Requisição de materiais e alimentos. Há um planejamento? É realizada? Qual periodicidade? Fornecedores são cadastrados? Existe vistoria técnica? Há parceria? Ergonomia e salubridade dos funcionários. Há controle? Condições de trabalho e saúde são avaliadas? Há utilização de EPIs? Garantia da qualidade sanitária - Há critérios e controles de monitoramento? Padronização de produtos e procedimentos para a avaliação do processo. Atendimento ao requisito-conformidade: o quanto os serviços estão de acordo com os padrões técnicos desejáveis. Cliente: é toda pessoa que recebe um produto ou utiliza o serviço, podendo ser interno ou externo. Fornecedor: é toda pessoa que desenvolve ou realiza uma atividade para alguém. Especificações dos requisitos: definição clara do que e como se deseja receber o serviço do seu fornecedor. 1. Atendimento dos requisitos: quando o fornecedor atende plenamente os requisitos desejados com relação ao produto ou serviço. 2. Avaliação da Produção de Refeições Mede a eficiência da produção pela utilização do indicador e poderá ser feita por tipo de refeição e clientela atendida. Este indicador pode demonstrar uma necessidade de reavaliação das metas, política atendimento ou a parcela de participação do comensal no custo da refeição. 55 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Resultado ideal próximo de 1. Maior que 1 - nº refeições servidas menor que esperado. Menor que 1 - erro no porcionamento ou per capita. Variáveis: dia da semana, dia de pagamento, feiras, clima, restaurantes próximos. 3. Avaliação do Desperdício Em uma UAN o desperdício é sinônimo de falta de qualidade. Não se restringe apenas ao alimento, mas também à água, energia, materiais, higiene, telefone, tempo, excesso de mão de obra, entre outros. Fator de Correção – medir a qualidade dos gêneros, eficiência e treinamento da mão de obra, qualidade dos utensílios e equipamentos. Comparar resultados com dados da literatura e dados da própria UAN. Avaliação das Sobras: utilizada para medir a eficiência do planejamento e da produção. Não existe porcentagem ideal. Cada restaurante deverá medir durante algum tempo e definir o parâmetro próprio. Considerar a margem de segurança na análise: Pico máximo: dado pelos dias de maior movimento Pico mínimo: nº clientes nos dias de menor movimento Alto percentual de sobras indica falhas no planejamento do número de refeições, superdimensionamento de per capita, falhas no porcionamento, utensílios inadequados, preparações incompatíveis com padrão do cliente ou hábito alimentar. Não existe padrão ideal de sobras. Medir as sobras ao longo do tempo e estabelecer um padrão próprio. Índice de Restos (IR) - avalia o porcionamento e aceitação por parte da clientela. É a relação entre o resto devolvido nas bandejas e o total de alimentos preparados e servidos. Maior quantidade de sobras: hábitos do cliente, erros de cálculo, variáveis. Maior quantidade de restos: características sensoriais, erros de porcionamento, utensílios inadequados. Outros desperdícios Água - vazamentos de torneiras ou deixá-las abertas, descongelamento na água corrente, cuidado na limpeza da cozinha e dos equipamentos. Energia - uso de energias alternativas e mais econômicas, racionalização do uso de equipamentos, manutenção preventiva, deixar equipamentos ligados somente o tempo necessário. Materiais de higiene, descartáveis e escritório – armazenamento, uso correto (diluição). Cobertura em calorias e nutrientes – propicia dados para avaliar o cumprimento dos objetivos da UAN: oferecer alimentação adequada e equilibrada. UAN Hospitalares (Abreu) Valores acima de 20% em coletividades enfermas pressupõe-se inadequação no planejamento e na execução dos cardápios. Outros fatores para IR aumentado: 1. Falhas no porcionamento, 2. Preparações incompatíveis com o padrão/hábito de pacientes, 3. Má apresentação das preparações, 4. Preparação de dietas a pacientes em jejum ou que receberam alta, 5. Prescrições de dietas gerais a pacientes com problemas de dentição ou com níveis de consciência alterados, 6. Baixa assistência aos pacientes que não conseguem se alimentar direito. Atenção!! Mezomo 2002 continha essa referência que no Mezomo 2015 não tem mais: Até 10% coletividade sadia Até 20% coletividade enferma 56 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. 4. Avaliação de Custos – levantar o custo da refeição e verificar sua adequação em relação ao custo padrão. Levantar despesas com matéria prima, higiene e descartáveis através da ficha de estoque. Levantar despesas com mão de obra. Apurar despesas com energia, gás e água através de medidores exclusivos, consumo por equipamento, por rateio (por ex: área em m2) e o potencial das máquinas e equipamentos (Teixeira). 5. Avaliação Resultados Ambiente – conjunto humano e físico Serviço – deve ser eficiente, organizado e adequado ao conceito. Cardápio – corresponder à proposta do restaurante Custos – real x orçado (budget=orçamento) Lucro – ideal rentabilidade de pelo menos 8% do faturamento líquido. Unidades bem administradas chegam a 18% de lucro. Avaliação de desempenho de pessoal contínua. 6. Atendimento e Satisfação do cliente Estratégia de qualidade de atendimento – prontidão, cortesia, identificação do cliente, clareza na comunicação, objetividade, confirmação das necessidades do cliente, clima de presteza, cliente informado. Princípios para satisfação – Confiança, responsabilidade, competência, acessibilidade, cortesia, comunicação, credibilidade, segurança, entendimento consumidor, facilidades (cartão crédito, estacionamento). Método prático e simples (ISC): pesquisa contínua B= bom RE= regular RU = ruim Faixas= 0 a 3 (ruim), 3 a 7 (regular) e 7 a 10 (bom) Exemplo: 120 clientes Bom, 30 Regular, 2 Ruim Então: ISC = (10 x 120) + (5x30) + (1x2) = 8,9 152 Parâmetros: Faixas = 0 a 3 (ruim), 3 a 7 (regular) e 7 a 10 (bom) A UAN na Escola Privada Planejamento físico: na maioria das escolas os espaços são adaptados. Exige-se uma adequação de mobiliário, espaços, sistemas de distribuição. Cardápio: deve contemplar as diferentes faixas etárias, priorizando alimentos naturais ou com processamento mínimo, restrito em sódio, açucares e gorduras, preparações coloridas. Porcionamento: diferenças segundo faixa etária (empratado para os menores, self service para os maiores). Alimentos: preparações devem contemplar os variados grupos alimentares. Lanche da manhã: quantidade pequena para não inibir o apetite para o almoço: Suco ou preparação láctea; Pão de leite, mini pão ou biscoitos; Enriquecedores dos pães ou biscoitos: geleia, doce de leite, manteiga ou requeijão; Queijo; Fruta. Almoço: Uma preparação base: cereal e leguminosas (preferencialmente arroz e feijão) ou massa (preferência integral); Um prato proteico com variações; Uma guarnição variada (hortaliças, tubérculos ou cereais); Um ou dois tipos de saladas (para um tipo prever mais de um componente); Sobremesa de fruta; Suco natural. Lanche da tarde: necessariamente uma preparação láctea (leite e iogurte - cálcio). Além de: Pão, bolo ou biscoito; Custo = Despesas realizadas no período número refeições do período 57 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Enriquecedores dos pães ou biscoitos; Fruta; Queijo. Podem ser oferecidos: canjica, arroz doce, leite com achocolatado ou frutas. Recomendações: Alimentossem corantes e/ou conservantes; Evitar frituras (não mais que 1 vez /semana; Evitar alimentos com quantidades significativas de gorduras trans ou saturadas e/ou sódio; Evitar produtos ultraprocessados; A quantidade de requeijão não substitui a oferta de leite. Horários: a escola deve planejar os horários de refeições de modo a obter o maior espaçamento possível entre elas. As refeições devem ser acompanhadas por professores e auxiliares. Importante que a escola estimule o uso do garfo, faca e do guardanapo. Acompanhamento do consumo de alimentos: Importante para identificar se o planejamento está adequado em relação à faixa etária e o grau de aceitação das preparações. Atividades do nutricionista 1. Planejar, elaborar, acompanhar e avaliar o cardápio; Adequar os cardápios em quantidade e qualidade à faixa etária atendida; 2. Realizar o diagnóstico e o acompanhamento do estado nutricional da população atendida; 3. Propor e realizar ações de educação alimentar de acordo com o planejamento conjunto com a direção da escola e com a coordenação pedagógica; 4. Elaborar o receituário padrão das preparações a serem servidas na escola; 5. Observar o controle higiênico sanitário e a qualidade dos produtos e preparações em todas as etapas do processo; 6. Orientar e supervisionar todas as atividades de higienização em todas as etapas do processo; 7. Elaborar e implantar o Manual de Boas práticas. RECURSOS HUMANOS Uma UAN necessita contar com um quadro de pessoal adequado, do ponto de vista quantitativo e qualitativo para atender as diversas atividades. Do ponto de vista de Administração de Recursos Humanos, o trabalhador não representa apenas uma força de trabalho, mas uma matéria-prima de alta complexidade, cujo comportamento depende de uma diversidade de fatores extrínsecos e intrínsecos desde a ambiência no trabalho, política da organização, personalidade, aptidão, motivação, temperamento etc. Objetivo do RH da UAN - assegurar a existência de grupos de trabalho potencialmente capazes para produzir bens e/ou serviços com eficiência, eficácia e efetividade e com interação aos objetivos da organização. A administração de recursos humanos é um conjunto de normas e procedimentos de trabalho, que tem como objetivo suprir as empresas de mão-de-obra indispensável para seu bom funcionamento. O NUTRICIONISTA E A UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO Profissional responsável por gerenciar a UAN de modo a servir uma alimentação adequada do ponto de vista nutricional, higiênico sanitário e de acordo com os hábitos alimentares da clientela, seguindo os dez mandamentos de uma cozinha saudável: 1. Ter bons fornecedores. 2. Usar alimentos de qualidade. 3. Garantir condições adequadas de estoque. 4. Ter uma equipe bem treinada. 5. Garantir as condições higiênico sanitárias durante todo o processo produtivo. 6. Ter equipamentos adequados, suficientes e em bom estado de conservação, 7. Planejar cardápios adequados ás necessidades nutricionais e às atividades dos trabalhadores, 8. Restringir alimentos com alto conteúdo de sódio e orientar para o uso do sal com moderação. 9. Restringir a utilização de frituras e de gorduras saturadas. 10. Trabalhar com consciência ambiental, evitando desperdícios (energia, água etc) e com o gerenciamento sobre a produção e destinação de resíduos. 58 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Atividade Gestor de RH (Nutricionista) Planejamento, organização, acompanhamento e controle do pessoal. Definição do perfil exigido para o cargo, seleção, descrição das funções, aperfeiçoamento de pessoal. Responsabilidade na qualidade do desempenho da mão de obra. Determinação normas de segurança no trabalho. Fatores que interferem na qualidade do desempenho: Qualificação e requisito pessoal. Condição de trabalho. Não valorização da mão de obra disponível. Baixo salário. Perspectivas de ascensão funcional. Variáveis para RH em Hospitais (Mezomo) Tipo de Hospital Tipo de construção – área e layout Tipo de pacientes e número de refeições (pacientes, funcionários e acompanhantes) Padrão de atendimento ( tipo de cardápio, serviço) Sistema de distribuição (centralizado, descentralizado e misto) Quantidade e qualidade das instalações e equipamentos Qualificação do pessoal técnico e subalterno disponível. Jornada de Trabalho - máximo de 44 horas (2ª a 6ª feira – 8 horas / dia + sábado com 4 horas ou escala de 12/36 e 12/60 horas. 1. AQUISIÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Inclui atividades de planejamento, organização e controle. Fatores que interferem na qualidade e quantidade de RH: Extrínsecos – relação entre a oferta e procura no mercado, politica de RH de outras empresas. Intrínsecos - da própria organização, como resultados da avaliação de empregados, expansão e modernização, tipo de atividade. Análise e Descrição de Cargos Importante para definição dos critérios para os parâmetros da administração de RH. Conhecer o conteúdo do cargo Posição na Estrutura Organizacional Relações de Autoridade Requisitos e qualificação mínimos para a ocupação Principais atribuições e responsabilidades A coleta das informações para o cargo pode ser através de manuais e rotinas da UAN. Caso o serviço já esteja em funcionamento pode ser feito por observação. Observação direta Entrevista com a chefia Questionário Exemplo: Despenseiro Local de trabalho: Despensa, área recepção e armazenamento. Posição na hierarquia organizacional: subordinado à chefia da UAN. Resumo das atribuições: receber, conferir e registrar, armazenar e distribuir... Tarefa: Conferir a mercadoria recebida de acordo com o pedido, conferir temperatura e registrar... Responsabilidade: Controle do estoque Requisitos: Físicos (altura, idade) e intelectuais (nível de instrução, capacidade de cálculo, bom grau organização e compreensão. Condições de trabalho, higiene e segurança: temperatura ambiente e sob refrigeração com mudanças bruscas de temperatura. 2. RECRUTAMENTO Tem o objetivo de atrair o maior número de candidatos possível com as características exigidas para o cargo. (Mezomo) 1º passo: Descrição de cargos e funções: deverá ser enviada ao setor de recursos humanos. Informações: atribuições, deveres e tarefas da função. Requisitos: físicos, habilidade mental, qualificações específicas e conhecimentos especializados. 59 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Condições e riscos do trabalho: compensações como adicionais e gratificações. Responsabilidades e outros dados: grau de supervisão, decisões a tomar, consequências do mau desempenho, limite de idade, horas de trabalho, licenças e férias, requisitos legais etc. Viabiliza: recrutamento, seleção, treinamento, administração de salários, avaliação de desempenho, promoção, definição de linhas de autoridade e responsabilidades, fornecimento de higiene e segurança no trabalho, racionalização, ergonomia, formulários, normas e procedimentos. Tipos de Recrutamento INTERNO: ocorre por meio de promoção interna – deslocamento vertical. EXTERNO: pessoas que compõem o mercado de mão de obra. Tipos de Recrutamento (Teixeira) Tipo de Recrutamento Vantagens Desvantagens Interno - Valorização recíproca entre empregados e Organização - Fonte mais rápida e com menos custos - requer treinamento - necessidade avaliação criteriosa Externo Agregar novos conhecimentos e experiências Aumento do custo operacional (Mezomo) Interno Vantagens: dentro da empresa; fonte mais próxima, menos custosa e mais rápida; Já se conhece a pessoa; estimula-se a promoção; aumenta a moral interna; melhora as relações públicas internas e dá vazão a profissionais ambiciosos. Dificuldades: possibilidade de preencher a vaga; requer treinamento; chefes inseguros que não querem funcionários capacitados;necessidade de avaliação criteriosa e imparcial; lidar com os não promovidos e reduz a inovação no trabalho. Externo Deve ser feito depois de esgotados os recursos humanos da empresa; preferível para cargos auxiliares de níveis mais baixos, menos qualificados; Fontes: anúncios, sites, agências, universidades, sindicatos, cartazes, etc. Recrutamento (Abreu) Técnicas de recrutamento Interno: Divulgação da vaga em locais estratégicos – ofícios, circulares. Consulta ao cadastro e ficha de avaliação dos funcionários. Técnicas de recrutamento Externo: Divulgação das vagas em jornais, revistas, em sedes de entidades de classe, escolas profissionais, cursos de Nutrição e publicação de editais quando for para o Serviço Público. Divulgação da informação da vaga com o título do cargo, resumo das atribuições e responsabilidades, requisitos, condições de trabalho, horário, local, turno, ambiente e clientela, salário, benefícios, local e período de inscrição. Fases do Recrutamento: Identificação da necessidade de pessoal – por demissão, aposentadoria, desligamento, licenças, movimentação, ampliação atividades, aumento da 60 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. demanda, criação de novos cargos, implantação nova unidade organizacional. Faz-se a “Requisição de Empregados”. Análise da Requisição - utilizada por RH para definir o tipo de recrutamento e fazer a divulgação da vaga. Inscrição do Candidato ou Solicitação de Emprego (etapa final do recrutamento)- preenchimento pelo candidato com uma rápida entrevista. Dados Ficha Inscrição Dados pessoais: Nível de Instrução Experiências anteriores Habilidades mais expressivas Salário pretendido Referências pessoais e de trabalho Outro tipo de trabalho Atividade de lazer Cursos realizados Dificuldade no recrutamento no segmento de alimentação coletiva: •Problemas na adaptação ao trabalho; •Rejeição natural da profissão; •Baixa remuneração; •Oportunidade de carreira limitada; •Competição com setores de produção mais valorizados; •Falta de status; •Trabalho muitas vezes insalubre; •Horários impróprios. Vantagens oferecidas no recrutamento: •Oportunidade de emprego; •Alimentação gratuita; •Plano de carreira. 3. SELEÇÃO Escolha do candidato mais adequado ao cargo. Estão envolvidos: motivação, necessidades, aspirações, objetivos pessoais e organizacionais; escolaridade, tipo físico, facilidade de acesso ao serviço, disponibilidade para trabalhar em turnos. Análise da ficha de inscrição – se o candidato atende à descrição de cargo. Objetivos: Orientar o candidato quanto aos objetivos da empresa, seus direitos e deveres, salário e benefícios oferecidos, jornada, horário e tipo de trabalho a ser realizado. Analisar as condições Analisar condições físicas, psíquicas, higiene, aparência pessoal. Vantagens de uma boa seleção: satisfação pessoal, agilidade, ajuste ao emprego; melhoria do potencial humano; redução do turnover; maior rendimento e produtividade e melhoria das relações humanas. Testes Capacidade, conhecimento e habilidade - para avaliar se o candidato atende aos requisitos do cargo. Podem ser realizados de forma teórica ou prática. Teóricos - escritos ou orais Práticos – para verificação habilidade. Ex: cozinheiro (destreza, qualidade, segurança, higiene). Deve ter padrão de desempenho de qualidade e quantidade para poder diferenciar os candidatos e não permitir subjetividade. Exemplo: Ajudante de cozinha Tarefa: Descascar abacaxi Parâmetros - qualidade do produto sem pontos pretos e sem estar danificado, fator correção, tempo gasto, técnica correta com faca e corte, cuidados no manuseio. Psicométricos e de Personalidade Aplicados geralmente pela área de psicologia. 61 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Objetivo: analisar o grau de inteligência, aptidões, tipo de personalidade e emoções. Aptidões: relações sociais, resolução problemas, liderança. Temperamento: agressividade, interesse pelos outros, ansiedade e equilíbrio emocional. Entrevista É necessário planejar, conhecer a técnica, definir padrões de resposta, de comportamento e atitudes do candidato. Pré- Estruturada: perguntas já elaboradas (não considera muito a individualidade do candidato). Não-Estruturada: perguntas e respostas fluem no diálogo. Fatores importantes a se abstrair do candidato: Aparência geral – postura, cabelo, vestimenta etc. Sociabilização – atitudes, forma de falar, segurança, nervosismo etc. Vida comunitária- participa de clubes, associações, atividades de lazer etc. Experiência de empregos anteriores Conhecimentos técnicos Avaliação – pode ser feita por pontuação com escala de valores. Análise das Experiências anteriores - verificar se teve experiência no cargo almejado. Exames de Saúde – após aprovação nos testes e entrevista deverá fazer o exame de saúde. Caso não dê satisfatório deverá melhorar antes de ser admitido. Avaliação clínica (anamnese ocupacional e exame físico e mental) e exames complementares de acordo com o médico do PCMSO (NR 7). Exames usuais: hemograma, coprocultura, coproparasitológico. e VDRL. Seleção por competências (ISOSAKI) Conjunto de conhecimentos aplicados, habilidades e comportamentos observáveis que criam vantagens competitiva para uma organização (CHA – conhecimentos, habilidades e atitudes). 62 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. 4. ADMISSÃO Mediante contrato de trabalho entre a Organização e o empregado. Deve haver orientação do novo funcionário sobre a organização e o setor que irá trabalhar, capacitação inicial, atividades a executar, higiene e uso de EPI. Orientação ao novo funcionário Mostrar o contexto da organização Informar sobre funcionamento da empresa, contatos, normas e procedimentos, políticas de pessoal, programas de treinamento. Apresentar seu trabalho, EPIs. 5. EDUCAÇÃO EM SERVIÇO E TREINAMENTO (Mezomo) Objetivos Mostrar a organização para o empregado; Compreender a importância de seu desempenho; Dar ciência dos direitos e deveres; Desenvolvimento das habilidades no desempenho das tarefas; Familiarizar-se com o uso dos equipamentos disponíveis; Orientação sobre cordialidade com os clientes, colegas e superiores. TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO (Teixeira) Importância do treinamento – é um investimento no desenvolvimento do empregado e da Organização. Capacita os funcionários para o desempenho de suas tarefas com menor esforço, menor tempo e custo e com mais eficiência. Representa fator de motivação. Maior respeito pelos colegas, pela Organização e autoestima, maior segurança, melhoria das técnicas, dos padrões de execução, redução do absenteísmo, rotatividade e qualidade dos produtos, redução da frequência de danos e perdas do serviço. Capacitação de Pessoal (Abreu) O planejamento de programas de capacitação deve levar em consideração as qualidades individuais das pessoas. Deve ser planejado, além de contínuo e sistemático. A capacitação fornece ao empregado: possibilidade de aumento por mérito; maiores oportunidades de promoção; menor desgaste no desempenho das tarefas, satisfação pessoal. Fonte: Abreu, 2013 Fases: Diagnóstico da situação – levantamento das necessidades e prioridades de treinamento (mobilização da equipe, baixa produtividade, baixa qualidade do produto, conflitos, perdas, danos, falta de padrão, mudanças no serviço). Elaboração de um projeto de treinamento Implementação do treinamento – segue o programado no projeto. Acompanhamento e controle – ao longo de todo o processo, e pode ser feito por relatórios, reuniões, visitas, análise de cargos e verificação após o treinamento das mudanças efetivas (ex. melhoria fator correção). Programa de Treinamento – periódico (semestral, anual), planejadoou esporádico (contingencial). Plano- título, objetivos geral e específicos, justificativa, clientela-alvo, carga horária, períodos de duração, local, conteúdo programático, métodos didáticos, recursos audiovisuais, técnicas e critérios avaliação e responsável. Método didático – aulas expositivas, discussão em grupo, demonstração prática. Recursos – data show, textos, gêneros, etc. Técnicas de avaliação - perguntas orais com 80% apto. 63 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Classificação do treinamento Anterior à admissão - quando a empresa pretende aproveitar o candidato posteriormente. Treinamento após admissão - Indução para recém admitido e funcional utilizado para desenvolver a equipe, em serviço no próprio ambiente trabalho, externo ao serviço dentro ou fora da organização, geral quando tem interesse para todos os cargos, específico para um cargo, individual e coletivo. Segundo ISOSAKI - Tipos de Treinamento Integração funcionários recém-admitidos Período de experiência Em serviço – on the job Teórico Reciclagem Programas de desenvolvimento Avaliação do treinamento – reação (opiniões), aprendizagem do funcionário, comportamento no cargo e da organização. Programa – modelo (Mezomo) 1. Introdução a) Ao hospital (macroindução): objetivos e regulamentos do hospital; organização e funcionamento; b) Serviço de alimentação (microindução): objetivos e regimento interno do S.A, organização e funcionamento, relações interdepartamentais. 2. Orientações a) Ética profissional: conduta e atitude, apresentação pessoal, direitos e deveres, sigilo profissional. b) Educação sanitária: noções sobre microbiologia e parasitologia, assepsia, higiene e saúde. EDUCAÇÃO NA ÁREA DE ALIMENTAÇÃO COLETIVA (Aguiar, 2013) Capacitação ou Treinamento é a proposição de ações educativas para profissionais no desempenho de suas atividades (Chiavenato, 2004). Principais Teorias Educacionais 1. Teorias Não Críticas: integram um conjunto que compreende a educação como um instrumento de equalização, integração e coesão social. Pedagogia Tradicional: centrada no professor que repassa os conhecimentos estruturados e acumulados pela sociedade. Pedagogia Nova: centrada no aluno onde o professor é o mediador do processo de aprendizado. Os métodos valorizam a experiência, vivência em grupo, o debate. Pedagogia Tecnicista: foco é a formação de técnicos competentes usando conteúdos de maneira lógica e racional, com métodos adequados. 2. Teorias Crítico-Reprodutivistas: a educação é vista como instrumento de marginalização e manutenção da estrutura social e fortalece o binômio classe dominante/dominada. Teoria da Escola enquanto aparelho ideológico do Estado: ordem e força do estado e imposição de valores, conteúdos e ideias pela igreja, família, sindicatos, imprensa e escola. Teoria do Sistema enquanto violência simbólica: imposição de valores e ideias da classe dominante (religião, mídia). Teoria da Escola Dualista: co-existem a rede secundária- superior (burguesia) para postos intelectuais e primária- profissional (proletariado) para trabalho manual. 3. Teoria Crítica: centrada na relação professor / aluno. Os conhecimentos são oriundos do acervo do professor e do aluno na sua experiência de vida. Privilegia a troca de informações. AVALIAÇÃO DESEMPENHO (Abreu): Deve ser periódica e consiste no julgamento a respeito do desempenho do funcionário (só desempenho e não características pessoais), em todos os níveis, planejar o futuro, enfatizar o positivo, resultados esperados e alcançados. Resultado da combinação de várias forças: da própria pessoa, pessoas com as quais trabalha, do seu equipamento, do seu cliente, do seu administrador, da sua chefia e das condições ambientais (barulho, confusão e calor). 64 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Fatores necessários para uma boa avaliação: Baseada no desempenho e não nas características pessoais. Em todos os níveis, ter como objetivo planejar o futuro. Ser espaçada e com ênfase no sucesso Liderança que ajuda as pessoas. Avaliação mal feita: Aumentar a variação do desempenho entre as pessoas. Alimentar o medo ou trabalhar individualmente pelo seu progresso. Itens: assiduidade, disciplina, iniciativa, produtividade, responsabilidade, conhecimento trabalho, trabalho em equipe, higiene. Cabe ao empregador Selecionar e capacitar adequadamente; Dar condições satisfatórias de trabalho; Instituir a formação de liderança; Remunerar dentro de uma política comum a todos; Fazer reuniões periódicas; Fazer entrevista anual de avaliação. Motivação O empregado satisfeito com seu trabalho eleva sua produtividade em quantidade e qualidade. Ciclo Satisfação – Produtividade Planejamento adequado da seleção, orientação, capacitação e avaliação. NECESSIDADES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS (Aguiar, 2013) Novo modelo de trabalho – cooperação, valorização da equipe de trabalho, redução de níveis hierárquicos, delegação de tarefas, responsabilidade compartilhada e a transparência nas decisões. É necessário um elemento de identidade, elemento de natureza simbólica que una as pessoas, revelado nas normas, nos processos, nos objetivos, na situação em que os membros do grupo sejam percebidos como membros pelos demais. Vantagens de se trabalhar em equipe: •Agilidade na captação e no uso das informações; •Possibilita a produção de ideias mais ricas com diferentes visões; •Maior tendência de assumir os riscos pela responsabilidade compartilhada; •Maior responsabilidade e engajamento das pessoas. As dificuldades de se trabalhar em equipe permeiam a necessidade de lidar com as diferenças (pessoas com visão de mundo diferentes, culturas diferentes). Na área de alimentação coletiva um ponto crítico é a consolidação das equipes de trabalho pelo absenteísmo e rotatividade. A baixa qualificação e remuneração gera um cenário do qual os nutricionistas gestores possuem desafio de criar um ambiente para a integração das pessoas para alcançar resultados planejados. Habilidades: são mais relacionadas às carreiras operacionais. Competências: capacidade técnica adequada a um padrão preestabelecido. Conhecimentos técnicos, crenças, valores e características de personalidade. O desenvolvimento das competências é uma condição imprescindível para que se alcancem os resultados organizacionais. 6. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO (Mezomo) Melhorar o desempenho; desenvolver as pessoas; possibilitar o diagnóstico do baixo desempenho e condições para melhora; discrepâncias entre capacidade e desempenho; avaliar contrato de experiência; base para política salarial; melhorar relações humanas; ajudar nos critérios para recrutamento, seleção, treinamento, promoção, transferência e demissão; estimular o potencial; identificar necessidade de treinamento. A avaliação pode ser feita por uma escala de pontuação; entrevista, comparação entre empregados; avaliação por um grupo de supervisores; observação direta e autoavaliação. Avaliação do serviço: Reuniões periódicas para avaliação do serviço 65 Material didático elaborado por Marta Moeckel e Tânia Muzy 2016. Direitos autorais reservados. Frequência semanal ou quinzenal Discutir o andamento do serviço, alterações de rotinas, oferecer sugestões, trocar experiências. 7. CONTROLE E AVALIAÇÃO EM RECURSOS HUMANOS Indicadores criados a partir de padrões estabelecidos, que permitem avaliar e melhorar a qualidade dos produtos e serviços na área de alimentação, levando em consideração uma otimização da mão-de-obra. Taxa de Absenteísmo (TA) – taxa de ausência diária. Mede o comprometimento da equipe com o trabalho, senso equipe e motivação. Ausências não programadas geram transtornos como mudanças no cardápio, atrasos na distribuição, desgaste na equipe refletindo nos custos e qualidade do serviço.