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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

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Transtorno de Déficit de Atenção 
e Hiperatividade (TDAH) 
DEFINIÇÃO 
• O transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade é uma condição psiquiátrica 
que se inicia na idade pré-escolar e é 
caracterizada por sintomas de desatenção 
ou hiperatividade e impulsividade. 
• O transtorno de déficit de atenção e 
hiperatividade (TDAH) é identificado pelo 
Manual Diagnóstico e estatístico dos 
Transtornos Mentais (DSM 5) como um 
distúrbio do neurodesenvolvimento, 
definido por sintomas de desatenção, 
desorganização ou hiperatividade e 
impulsividade. 
• 2 componentes 
o A desatenção e desorganização 
estão relacionados com a dificuldade 
de permanecer em uma tarefa, 
perder objetos e não perceber um 
chamado em nível incoerente à 
idade. 
o Já a hiperatividade e impulsividade 
envolvem inquietação, interferência 
nas atividades de outras pessoas, 
incapacidade de aguardar sua vez ou 
de permanecer sentado, também de 
forma inadequada ao nível de 
desenvolvimento. 
• O que é atenção? → Manual de 
Psicopatologia, 5ª edição 
o Atenção é o processo pelo qual a 
consciência é direcionada para 
determinado estímulo (de origem 
externa ou interna), que pode ser 
uma imagem perceptiva ou 
representativa, um afeto ou um 
pensamento. 
o Há uma concentração da atividade 
mental sobre um objeto específico 
(ou poucos objetos) em detrimento 
dos demais. 
o O que é selecionado pela atividade 
da atenção adquire maior clareza e 
nitidez. 
o No TDAH ocorrem hipotenacidade e 
hipermobilidade da atenção. 
o O indivíduo é incapaz de manter por 
algum tempo sua atenção em um 
mesmo objeto. É a atenção 
espontânea que predomina. 
EPIDEMIOLOGIA 
• Calcula-se que este transtorno é um dos 
principais motivos de encaminhamento de 
pacientes nesta faixa etária para o serviço de 
saúde, porém os dados epidemiológicos 
sofrem grandes variações de um local para o 
outro. 
• A proporção meninos/meninas varia de 9:1 
a 2,5:1, todavia, vem sendo identificado 
aumento na incidência de casos de meninas. 
• A prevalência estimada na população geral 
para o TDAH é de 4 a 12%, na faixa etária de 
seis a 12 anos. 
• Provavelmente, a diferença entre essas 
proporções seja porque as meninas 
apresentam TDAH do tipo com predomínio 
de desatenção e com menos sintomas de 
conduta como comorbidade. 
o Isso faz com que a família e a escola 
observem com menos intensidade 
o impacto do TDAH, o que resulta 
em baixa taxa de encaminhamento 
para avaliação e tratamento. 
• Independentemente de intervenções e 
devido à melhora de alguns sintomas com a 
idade, entre 40 e 80% dos portadores de 
TDAH ainda preencherão os critérios 
diagnósticos na adolescência inicial e entre 
8 e 66% na adolescência tardia e na vida 
adulta. 
• Crianças e adolescentes com TDAH têm duas 
vezes mais chances de se tornar usuários de 
drogas do que a população geral. 
• O conhecimento do TDAH no Brasil ainda é 
insuficiente. 
o Na população geral apenas 9% 
disseram ter ouvido falar no 
distúrbio. 
o Entre profissionais, 59% dos 
educadores, 43% dos psicólogos, 
55% dos pediatras, 53% dos 
neurologistas e 42% dos psiquiatras 
acreditavam que o TDAH era 
devido a pais ausentes. (ARTIGO 
Rev Med Minas Gerais 2011). 
• Estudos realizados em famílias revelam alta 
incidência entre membros parentais de 
primeiro grau, com herdabilidade de 0,76%. 
ETIOLOGIA 
• Investigações quanto à origem do TDAH 
focam o envolvimento do sistema nervoso 
central, fatores genéticos e fatores 
ambientais. 
• Evidências na neuropsicologia, 
neuroimagem, neurofarmacologia e 
genética sugerem o envolvimento do 
circuito frontoestriatal dopaminérgico no 
cérebro. 
• Os fatores ambientais consistentemente 
associados ao TDAH incluem mãe fumante 
durante a gravidez, estresse emocional ou 
adversidade familiar durante a gravidez e 
início da vida, baixo peso ao nascimento 
(<1.500 g), hipoxemia, encefalite, trauma, 
exposição ao chumbo e injúrias cerebrais 
causadas por distúrbios metabólicos. 
• Genes 
o Pesquisas sugerem que genes 
codificadores dos componentes do 
sistema dopaminérgico, 
serotoninérgico e noradrenérgico 
estão envolvidos na sua 
fisiopatologia. 
o Polimorfismos no gene 
transportador de dopamina (DAT1), 
no gene do receptor D4 de dopamina 
(DRD4) e no gene do receptor 2A de 
serotonina (HTR2A) podem estar 
associados as manifestações clínicas 
do TDAH, mas não são fatores 
causais necessários. 
o Impulsividade → Estudos mais 
recentes sugerem que crianças com 
TDAH apresentam atividade 
reduzida, menor volume e uma 
lentificação na maturação do córtex 
pré-frontal, que entre outras coisas, 
está relacionado à capacidade de 
atenção e controle de impulsos. 
o Desatenção → A menor 
disponibilidade de receptores D2 e 
D3 de dopamina está associada a 
sintomas de desatenção. 
o Hiperatividade → A hiperatividade 
está mais ligada ao bloqueio de 
receptores α2 de serotonina. 
o ATENÇÃO! → A maturação e 
mielinização do encéfalo ocorre de 
maneira póstero-anterior, assim, 
seguindo a cronologia de 
desenvolvimento neurológico é 
considerado fisiológico algum nível 
de hiperatividade isolada em 
crianças sem acometimento até 
cerca de 4 anos de idade, pois a 
região pré-frontal (responsável pelo 
controle motor) só finaliza seu 
processo de mielinização nesse 
período. 
QUADRO CLÍNICO 
• Os sintomas envolvem a desatenção e a 
hiperatividade/impulsividade. 
• DESATENÇÃO 
o A desatenção é percebida pela 
distração durante as atividades, 
mudança constante de atividades, 
frequentes mudanças de assunto 
durante uma conversa e aversão a 
realização de atividades mais 
complexas que necessitam de 
organização. 
1. Frequentemente não presta atenção em detalhes 
ou comete erros por descuido em tarefas escolares, 
no trabalho ou durante outras atividades; 
2. Frequentemente tem dificuldade de manter a 
atenção em tarefas ou atividades lúdicas; 
3. Frequentemente parece não escutar quando 
alguém lhe dirige a palavra diretamente; 
4. Frequentemente não segue instruções até o fim e 
não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas 
ou deveres no local de trabalho; 
5. Frequentemente tem dificuldade para organizar 
tarefas e atividades; 
6. Frequentemente evita, não gosta ou reluta em se 
envolver em tarefas que exijam esforço mental 
prolongado; 
7. Frequentemente perde coisas necessárias para 
tarefas ou atividades; 
8. Com frequência é facilmente distraído por 
estímulos externos; 
9. Com frequência é esquecido em relação a 
atividades cotidianas 
• HIPERATIVIDADE/ IMPULSIVIDADE 
o São manifestadas dificuldade de ficar 
sentado, movimentação excessiva, 
agir sem pensar nas consequências e 
dificuldade em esperar sua vez. 
 
• Na idade pré-escolar, a principal 
manifestação é a hiperatividade. 
• Muitas vezes, os sintomas começam a ser 
percebidos pelos pais quando a criança 
começa a andar, porém nessa idade é muito 
difícil diferenciar o comportamento normal. 
• Os sintomas podem ficar menos 
perceptíveis se o paciente está sob 
supervisão de um adulto, está inserido em 
um contexto social novo, está recebendo 
estímulos externos, está envolvido em 
atividades de seu interesse ou está 
recebendo recompensas constantes por 
seguir determinado comportamento. do 
patológico devido a maturação do encéfalo 
só se completar aos 4 anos de idade. 
• TDAH é mais diagnosticado durante o ensino 
fundamental, principalmente quando o 
paciente apresenta desatenção, por ela ficar 
mais perceptível e prejudicial no ambiente 
escolar. 
• Durante a adolescência, o transtorno tende 
a melhorar e ficar mais estável, com 
sintomas de hiperatividade motora menos 
perceptíveis. 
o Porém, a desatenção, a 
impulsividade, a sensação de 
inquietude e os problemas de 
planejamento de tarefas tendem a 
continuar e permanecer durante a 
vida adulta. 
• Apesar da presença de sintomas de 
desatenção,o paciente com TDAH costuma 
apresentar o hiperfoco que é a capacidade 
de se manter concentrado em uma única 
tarefa por várias horas. 
o Normalmente a criança tem 
hiperfoco de forma inconsciente em 
atividades que considera prazerosa. 
• Os sintomas podem variar de acordo com o 
ambiente que a criança está e com o 
contexto a que está sendo submetido. 
• Os sintomas podem ficar menos 
perceptíveis se o paciente está sob 
supervisão de um adulto, está inserido em 
um contexto social novo, está recebendo 
estímulos externos, está envolvido em 
atividades de seu interesse ou está 
recebendo recompensas constantes por 
seguir determinado comportamento. 
• O TDAH não é considerado um transtorno de 
aprendizagem, mas seus sintomas podem 
gerar uma dificuldade de aprendizagem, 
resultando em um pior rendimento escolar 
e sucesso acadêmico e profissional reduzido. 
• Crianças com o diagnóstico tem risco maior 
do que a população geral de evoluir com 
transtorno de conduta na adolescência e 
transtorno de personalidade antissocial na 
vida adulta. 
• COMORBIDADES 
o Os sintomas de TDAH podem se 
sobrepor ou coexistir com outras 
doenças psiquiátricas, por exemplo, 
desordens de aprendizagem e 
linguagem, transtorno opositor 
desafiante, transtorno de conduta, 
distúrbios de ansiedade e depressão, 
transtornos de adaptação e 
distúrbios de sono. 
o A comorbidade é significativa (chega 
a 93%) em pacientes com TDAH e 
sugere a necessidade de entrevistas 
diagnósticas que abordem outros 
sintomas psíquicos e 
comportamentais além daqueles 
específicos do TDAH. 
1. Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os 
pés ou se contorce na cadeira. 
2. Frequentemente levanta da cadeira em situações 
em que se espera que permaneça sentado; 
3. Frequentemente corre ou sobe nas coisas em 
situações em que isso é inapropriado; 
4. Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver 
em atividades de lazer calmamente; 
5. Com frequência “não para”, agindo como se 
estivesse “com o motor ligado”; 
6. Frequentemente fala demais; 
7. Frequentemente deixa escapar uma resposta antes 
que a pergunta tenha sido concluída; 
8. Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua 
vez; 
9. Frequentemente interrompe ou se intromete; 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• O diagnóstico do TDAH é muito 
complexo existe uma grande dificuldade 
de estabelecer um diagnóstico preciso, 
pois muitas vezes é confundido com TOC 
(transtorno obsessivo compulsivo), 
Dislexia, são condições que levam a 
deficiências atencionais. 
• Se há suspeitas de outros transtornos, 
comorbidades, é necessário que se faça 
uma avalição mais detalhada. 
• Deve-se ter muito cuidado com as 
comorbidades, porque as vezes pode se 
tratar de um outro transtorno, ou 
situações pontuais que possam 
desencadear sintomas muito 
semelhantes ao do TDAH. 
• TRANSTORNO OBCESSIVO 
COMPLUSIVO (TOC): 
o O transtorno obsessivo-
compulsivo (TOC) tem uma 
prevalência-ponto estimada em 
aproximadamente 1% e de 2% a 
2,5% na vida, em diferentes 
populações. 
o Em média, o transtorno 
obsessivo-compulsivo (TOC) tem 
início entre os 19 e 20 anos de 
idade, porém, aproximadamente 
25% dos casos começam antes 
dos 14 anos de idade. O 
transtorno frequentemente 
diminui depois que a criança 
alcança a idade adulta. 
o Tem geralmente um quadro de 
início precoce, curso crônico e 
flutuante, e com alta 
comorbidade com outros 
transtornos ansiosos e 
depressivos (Torres e Smaira, 
2001), além de uma grande 
diversidade fenomenológica, ou 
seja, diversos subtipos de 
apresentações clínicas. 
• AUTISMO: 
o O autismo e a síndrome de 
Asperger são os mais conhecidos 
entre os transtornos invasivos do 
desenvolvimento (TID), uma 
família de condições marcada 
pelo início precoce de atrasos e 
desvios no desenvolvimento das 
habilidades sociais, 
comunicativas e demais 
habilidades. 
o O início do autismo é sempre 
antes dos três anos de idade. 
o De 20 a 30% dos indivíduos com 
autismo nunca falam. 
o Crianças com autismo 
frequentemente possuem 
dificuldade em tolerar alterações 
e variações na rotina. 
o 60 a 70% dos indivíduos com 
autismo possuem retardo mental 
e cerca de metade deles 
enquadra-se na faixa de retardo 
mental leve e os demais na faixa 
de retardo mental de moderado 
a profundo. 
o 10% dos indivíduos com autismo 
exibam uma forma de 
habilidades “savant” – i.e. 
desempenho alto, às vezes 
prodigioso em uma habilidade 
específica na presença de 
retardo mental leve ou 
moderado. 
• TRANSTORNO DESAFIADOR DE 
OPOSIÇÃO (TOD): 
o Transtorno de conduta, 
manifestando-se habitualmente 
em crianças jovens, 
caracterizado essencialmente 
por um comportamento 
provocador, desobediente ou 
perturbador e não acompanhado 
de comportamentos delituosos 
ou de condutas agressivas ou 
dissociais graves. 
o A apresentação dos sintomas, 
segundo o DSM-5, manifesta-se 
geralmente em casa, limitando-
se a apenas um ambiente, sendo 
que, em casos mais graves, os 
sintomas podem se apresentar 
em ambientes diversos. 
o Frequentemente apresentam 
baixa autoestima, baixa 
tolerância às frustrações, humor 
deprimido, comportamento 
impulsivo, agressividade, 
inclusive em relação aos colegas, 
o que frequentemente tem como 
consequência a sua rejeição por 
grupo ou pares. 
o Excesso de atividade, dificuldade 
para se acalmar e uma 
reatividade extrema durante os 
anos pré-escolares. 
o O TDAH e o Transtorno de 
Comportamento (TC) são duas 
condições que, geralmente, 
ocorrem concomitantemente 
com o TDO, que frequentemente 
precede o TC em crianças no 
início da infância. 
o Há também um risco aumentado 
para os indivíduos com TOD de 
apresentarem transtornos de 
ansiedade e transtorno 
depressivo maior, geralmente 
indicados pela presença do 
humor raivoso e irritável. 
o A alta comorbidade do TOD com 
o TDAH, situando-a na faixa dos 
50%. 
DIAGNÓSTICO 
• É feito seguindo principalmente o Manual 
Diagnóstico e estatístico dos Transtornos 
Mentais (DSM 5). 
• Para realizar o diagnóstico de desatenção 
pelo DSM 5, o paciente precisa preencher 
pelo menos 6 dos critérios listados 
anteriormente no quadrinho. 
• Para diagnóstico de hiperatividade e 
impulsividade pelo DSM 5, o paciente 
precisa preencher pelo menos 6 dos critérios 
listados anteriormente no quadrinho. 
• Para fechar o diagnóstico, os sintomas 
precisam ser constantes e persistentes por 
um período mínimo de 6 meses e terem um 
grau incoerente com a idade e o nível de 
desenvolvimento da criança. 
• Devem ter surgido antes dos 12 anos de 
idade e influenciarem negativamente a 
funcionalidade das atividades sociais, 
diminuindo a qualidade das tarefas 
exercidas, estando presente em pelo menos 
2 ambientes (como casa, escola, com 
amigos). 
• Os sintomas não são mais bem explicados 
por outro transtorno mental como 
esquizofrenia ou outro transtorno psicótico, 
transtorno de ansiedade, transtorno. 
• É muito importante que se faça o 
diagnóstico por uma equipe Multidisciplinar, 
o ideal é que se tenha uma avaliação de um 
Médico Pediatra, da Psicóloga de uma 
Psicopedagoga, do neurologista, e ainda se 
necessário de um fonoaudiólogo. do humor, 
transtorno da personalidade, intoxicação ou 
abstinência de substância. 
• Por ser um transtorno dinâmico e 
possivelmente transitório, com 
possibilidade de melhora clínica conforme o 
desenvolvimento e a maturação 
neurológica, o paciente deve ser reavaliado 
e o diagnóstico precisar ser revisado a cada 
6 meses. 
TDAH NOS ADULTOS 
• Uma vez que, por definição, o TDAH no 
adulto decorre da persistência de 
sintomas que começaram na infância, o 
diagnóstico requer uma cuidadosa 
anamnese da história de TDAH na 
infância. 
• O diagnóstico de TDAH é 
eminentemente clínico e requer 
avaliação detalhada dos sintomas atuais 
e dos antecedentes pessoais e 
familiares, alémdo diagnóstico 
diferencial e das comorbidades. 
• Avaliação diagnóstica de TDAH no 
adulto: 
• Escala ASRS de avaliação de TDAH em 
adultos: 
o Com que frequência você 
comete erros por falta de 
atenção quando tem de 
trabalhar num projeto chato ou 
difícil? 
o Com que frequência você tem 
dificuldade para fazer um 
trabalho que exige organização? 
o Com que frequência você se 
levanta da cadeira em reuniões 
ou em outras situações em que 
deveria ficar sentado(a)? 
o Com que frequência você tem 
dificuldade para esperar, nas 
situações em que cada um tem a 
sua vez? 
• Os sintomas não ocorrem 
exclusivamente durante o curso de um 
Transtorno Invasivo de 
Desenvolvimento, Esquizofrenia ou 
outro Transtorno Psicótico e não são 
mais bem explicados por outro 
transtorno mental (p. ex., transtorno do 
humor, transtorno de ansiedade, 
transtorno dissociativo ou transtorno da 
personalidade). 
• Uma importante comorbidade do TDAH 
é o transtorno bipolar. Nos adultos, o 
próprio diagnóstico diferencial é muitas 
vezes difícil pela sobreposição de 
sintomas de ambos os transtornos; a 
presença de sintomas afetivos (elação 
do humor), grandiosidade e fuga de 
ideias podem auxiliar no diagnóstico 
diferencial. 
TRATAMENTO 
• O tratamento do TDAH é multiprofissional e 
engloba intervenções psicossociais e 
farmacológicas para atingir um bom 
resultado. 
→ Farmacoterapia 
• Os agentes farmacológicos para o TDAH são 
os estimulantes do SNC, principalmente. 
• Dextroanfetamina: Para crianças com 3 anos 
ou mais. 
• Metilfenidato 
o Para crianças com 6 anos ou mais. 
o Altamente eficaz em até 3/4 dos 
pacientes com TDAH e com pouco 
efeitos colaterais. 
o É de curta duração e normalmente, é 
utilizado com o intuito de agir 
durante as horas da escola. 
o Age inibindo a recaptação da 
dopamina e pode ser administrado 
na dose inicial de 10 mg/Kg a cada 4 
horas. 
o Efeitos colaterais mais comuns: 
Cefaleias, Dores abdominais, 
Náuseas, Vômitos. 
o Algumas crianças apresentam efeito 
rebote após retirada do 
medicamento → Tornam-se 
levemente irritáveis e hiperativas 
por um breve período. 
o Melhora significativamente (em 
cerca de 75% dos pacientes) a 
capacidade de concentração e 
atenção, melhorando assim o 
desempenho escolar da criança. 
• Atomecina 
o Fármaco não estimulante. 
o Vantagem de não inibir o 
crescimento como os estimulantes o 
fazem. 
o Inibe seletivamente noradrenalina e 
está liberada para uso em maiores de 
6 anos pode ser prescrita, em dose 
de 0,3 mg/Kg, uma vez ao dia. 
1. Avalie os sintomas atuais (>6 meses) de TDAH 
2. Estabeleça história de TDAH na infância 
3. Avalie prejuízo funcional nos vários ambientes (casa, 
trabalho, estudo, lazer, relacionamentos) 
4. Obtenha história do desenvolvimento (pré-natal, 
infância, escola) 
5. Obtenha história médica e psiquiátrica (diagnóstico 
diferencial e co-morbidades) 
6. Obtenha história familiar 
7. Faça avaliação física para exclusão de causas clínicas dos 
sintomas (p.ex., TCE, epilepsia) e contra-indicações para o 
tratamento (p.ex., cardiovasculares) 
• Antidepressivos (Têm sido usados com 
algum sucesso) 
o Ex.: Imipramina, desipramina e 
nortriptilina. 
o Utilizados em crianças com 
transtornos co-morbidos de 
ansiedade ou depressão e em 
crianças nas quais os transtornos de 
tiques impedem o uso de 
estimulantes. 
o OBS: Exigem atento monitoramento 
da função cardíaca. 
o Diversos estudos relataram MSC em 
crianças com TDAH que estavam 
sendo tratamento com desipramida. 
• Clonidina 
o Agonista alfa-2-adrenérgico 
o Especialmente útil em casos nos 
quais os pacientes também têm 
transtornos de tique. 
 
 
 → Psicoterapia 
• O uso de medicamentos isoladamente 
poucas vezes satisfaz as necessidades 
terapêuticas das crianças com TDH, e em 
geral, é somente uma das facetas de um 
regime multimodal. 
• Psicoterapia individual, modificações do 
comportamento, aconselhamento 
parental e tratamento de distúrbio 
específico do desenvolvimento 
podem ser necessários. 
• Ao receberem medicamentos as 
crianças com TDH devem ter a 
oportunidade de explorar o 
significado da medicação para elas 
(ajudando a dissipar os conceitos 
errôneos tais como "estou louco") em 
razão do uso de drogas, tornando 
claro que são apenas coadjuvantes no 
tratamento essas crianças precisam 
compreender que nem sempre 
precisam ser perfeitos. 
• Quando as crianças com TDAH 
recebem não apenas permissão, mas 
também auxílio para estruturar seu 
ambiente, sua ansiedade diminui. 
Portanto seus pais e professores 
devem estabelecer uma estrutura 
previsível de recompensas e 
punições, usando o modelo de 
terapia comportamental e aplicando-o 
ao ambiente físico, temporal e 
interpessoal. 
REFERÊNCIAS 
• Compêndio de clínica psiquiátrica, USP, 
2012; 
• Compêndio de Psiquiatria, Kaplan, 2017; 
• Sanarflix

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