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Febre Pós-Operatória

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Febre Pós-Operatória 1
Febre Pós-Operatória
Considerações iniciais
Temperatura normal do corpo: 36,1 – 37,5°C.
Agentes responsáveis pela produção de calor: músculo, fígado, cérebro, coração
Agentes responsáveis pela dissipação calor: pele e pulmão
Conservação de calor: vasoconstrição
Centro regulador da temperatura: hipotálamo anterior. Aumenta ou diminui a 
temperatura de forma proporcional aos estímulos recebidos
Pirógenos: induzem a produção de calor
Fatores endógenos: monócitos, macrófagos, células endoteliais, IL-1, IL-6, 
TNF-alfa e INF-gama
Fatores exógenos: bactérias e toxinas, reações imunes, tecido necrótico, 
sangue extracelular.
Estimula os fatores pirógenos endógenos; células de 
defesa se deslocal ao local da infecção, liberam fatores 
pirógenos endógenos; a morte celular resultante no 
processo ocasiona ruptura dos fosfolipídios da membrana 
celular, que estimula a produção de metabólitos do ácido 
araquidônico, como a prostaglandina E2, que por sua vez 
induzem formação de monoaminas, noradrenalina e 5-
hidroxitriptamina
Resposta Febril Alterada
Criança: tem febre alta por situações relativamente inofensivas – a pequena massa 
e superfície corporal são capazes de eliminar o aumento desproporcional de calor 
produzido
Idoso: possuem dificuldade em fazer febre; tem diminuição da resposta T às 
infecções por alteração das defesas e diminuição de pirógenos leucocitários; tem 
diminuição da sensibilidade do centro termorregulador do hipotálamo
Febre Pós-Operatória 2
💡 Atenção: Idosos podem ter uma invasão bacteriana e infecção grave 
e não conseguir aumentar a temperatura na mesma proporção
Drogas: antiinflamatórios e salicilatos (inibem a liberação de PGE2); corticóides 
(inibem a produção de pirógenos leucocitários)
💡 Salicilatos: possuem ácido salicílico e são utilizados na inflamação, 
antipirese, analgesia e artrite reumatoide. Exemplo: Aspirina
Trauma: TCE pode inativar o mecanismo termorregulador do hipotálamo
Imunossupressão: inibe a produção de pirógenos leucocitários; exemplo: 
pacientes transplantados que utilizam medicamentos imunossupressores
Considerações sobre a febre pós operatória
Febre acima de 38ºC é comum nos primeiros dias após cirurgias de grande porte
Pode ser resultado de: 
→ estímulo inflamatório normal da cirurgia: trauma tecidual
→ estímulo infeccioso: como uma infecção pós operatória (toxinas bacterianas)
Padrão da febre pós operatória
Intermitente
Temperatura se eleva em picos (estímulo agressor não é constante); volta ao 
normal pelo menos uma vez a cada 24 horas; Primeira coisa a pensar é em 
abscesso (ferida operatória ou cavidade)
Contínua
Acima do normal, mas com variações mínimas; estímulo constante; exemplos: 
pneumonia, infecção urinária, flebite
Pico febril isolado
Ocorre por introdução de algum objeto/fluido externo que causa reação pirogênica, 
também ocasiona calafrios: drogas, soros, sangue, sonda vesical
Dúvida: reação transfusional imediata pode ser considerada uma causa de pico 
febril isolado?
Tempo da febre
Febre Pós-Operatória 3
Imediato: trans-operatório (na sala de cirurgia) até horas depois
Agudo: até 3º dia
Subagudo: do 4º até a 4ª semana
Tardio: após 30 dias
Febre Imediata
→ Inflamação relacionada à cirurgia - dano tecidual com liberação de 
interleucinas, interferon gama e fator de necrose tumoral 
→ Trauma ou queimadura – inflamação 
→ Reação imune a medicamentos ou sangue/derivados (comum rash cutâneo e 
hipotensão arterial associados) 
→ Hipertermia maligna (alteração genética em receptores de músculos 
esqueléticos que causa rigidez muscular e hipermetabolismo ao uso de certos 
indutores anestésicos)
💡 Hipertermia maligna NÃO é febre pós-operatória e sim resposta 
HIPERMETABÓLICA após a exposição a um anestésico inalatório ou 
a um determinado relaxante muscular (succinilcolina).
→ Infecção pré-operatória
→ Reabsorção de hematomas
→ Anormalidades metabólicas: como crise tireotóxica e insuficiência supra-renal 
podem causar febre nas primeiras 6 horas
Febre Aguda
→ Inflamação relacionada à cirurgia - dano tecidual com liberação de 
interleucinas, interferon gama e fator de necrose tumoral
→ Trauma ou queimadura – inflamação
→ Infecção pré-existente
→ IAM – importante complicação, pericardite pode causar febre
→ Infecção FO precoce (Streptococos A, Clostridium perfringes)
→ Atelectasia: principalmente após 24-48h, respiração superficial por dor leva a 
formação de secreções pulmonares que podem obstruir as vias aéreas 
→ Pneumonia
Febre Pós-Operatória 4
→ Flebite (causa febre a partir do 3º dia)
→ ITU – relacionada ao sondas vesical infectadas (febre 3º a 4º dia pós cirurgia)
→ Outras causas não infecciosas – TVP, pancreatite aguda, tireotoxicose
Febre Subaguda
→ Infecção cirúrgica – ferida operatória (febre a partir do 5º dia); cavidade 
abdominal/abscesso
→ Deiscência de anastomose (febre a partir do 5º dia) e fístulas
→ Reação medicamentosa – ATB (ex: penicilina), sulfa, bloqueador H2, fenitoína, 
heparina são mais comuns
→ Outras infecções: cateter vesical, catarer intravascular (acesso central), 
colecistite acalculosa, colite pseudomembranosa, TVP e TEP
Febre Tardia
→ Infecção da FO com próteses: tela polipropileno nas cirurgias de hérnia, 
próteses ortopédicas
→ Fístulas tardias
→ Endocardite bacteriana por bacteremia perioperatória
Abordagem do paciente com febre pós operatória
Geral: avaliar o padrão da febre, acessos venosos, sonda vesical
Pulmão: sempre auscultar o pulmão. Verificar: estertores, murmúrio vesicular, sopro 
tubário, movimento respiratório
Abdome: se há aumento da sensibilidade e se tem dor. A dor pode ser causada por 
uma peritonite.
Ferida operatória: (observar não importa o tamanho da incisão) se há a presença 
de abscessos e celulite. Observar vermelhidão e aumento de sensibilidade.
Membros inferiores: verificar se há a presença de trombose venosa profunda 
através de manobras como: 
sinal de BANDEIRA (baixa mobilidade na panturrilha)
sinal de HOLMANS (dor na panturrilha à dorsiflexão)
sinal de NEUHOFF (empastamento da panturrilha) 
sinal de PRATT (dilatação das veias superficiais)
Febre Pós-Operatória 5
Drogas: checar a medicação do paciente, uso pré e pós operatório existe a 
possibilidade de ser a medicação? Foram introduzidas novas medicações? Verificar 
histórico de alergias e reações
Exames complementares: hemograma, hemocultura, TSH, enzimas pancreáticas, 
urina (parcial e cultura), imagem (RX Tórax, USG, TC)
💡 Esses exames NÃO são indicados para todos os pacientes com 
febre pós-operatória. A necessidade depende dos achados da 
história e do exame físico.
5 W's
WIND: verificar as causas pulmonares: presença de atelectasia, embolia 
pulmonar, pneumonia.
WATER: verificar se há a presença de infecção no trato urinário.
WOUND: verificar se há a presença de infecção no sítio cirúrgico: ferida operatória 
e nas cavidades.
WALKING limited: verificar se há a presença de TVP e embolia pulmonar. 
Principalmente em paciente acamado (maior risco)
WONDER DRUG: verificar as medicações utilizadas, presença de cateteres 
intravasculares e uretrais, se o paciente recebeu transfusões
Adicionados posteriormente mais dois W
WAVES: IAM
WASTES: Insuficiência renal
Nathália Farias
@medicinathy

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