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Artigo TCC - BILINGUISMO SIMULTANEO

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BILINGUISMO SIMULTANEO:
REAÇÕES E BENEFÍCIOS PARA AS CRIANÇAS E ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PELOS PAIS
Louzada Franco Eler, Mayara[footnoteRef:1] [1: Aluna Concludente do curso de Letras (Inglês) Formação Pedagógica da Universidade Estácio de Sá.] 
Ederson Murbach Escobar[footnoteRef:2] [2: Professor Orientador do Trabalho de Conclusão de Curso da Universidade Estácio de Sá.] 
Novembro de 2021
RESUMO
O intuito deste estudo é refletir sobre o bilinguismo infantil simultâneo, aquele aprendido desde bebê geralmente em casa pelos pais. Através de revisão bibliográfica, considerando contribuições de autores como Bialystok (2008), Flory (2008), Baker (2014), Rodrigues & Gomes (2018), dentre outros, buscou-se entender as reações que as crianças podem ter diante da criação bilingue, benefícios que essa educação pode trazer para o desenvolvimento cognitivo e futuro da criança e, por fim, o estudo sugere estratégias para os pais que gostariam de criar seus filhos dessa forma. A pesquisa é de grande relevância para o meio acadêmico, empresarial, governamental e familiar, visto que o bilinguismo simultâneo é um tema atual diante da necessidade de se ter indivíduos bilíngües na presente sociedade globalizada. 
Palavras-chave: Bilinguismo simultâneo. Reações. Benefícios. Estratégias.
1 INTRODUÇÃO 
Genesee (2004), diz que hoje em dia, vive-se uma internacionalização sem precedentes, impulsionada pela globalização e o aumento de indústrias, comércios, evolução na comunicação mundial, migrações voluntarias que acontecem a todo o momento e por um movimento de revitalização de línguas minoritárias. O autor dá exemplo de indústrias com sede em um país, clientes em outros países e produção sendo feita ainda em outros países.	
Este ambiente veio com exposição muito forte na sociedade a outros idiomas e viu-se a necessidade de aprendê-los. Esta exposição também acontece com as crianças ao pegarem um celular, por exemplo, e conseguirem ver vídeos em várias línguas, contemplando várias culturas de forma precoce. 
A necessidade de se dominar diferentes idiomas é um fenômeno crescente no mundo todo. Europa, Canadá e EUA, por exemplo, vivem uma situação na qual a diversidade cultural, étnica e linguística é uma realidade a ser administrada no dia-a-dia. No Brasil, segundo o IPOL (Instituto de Investigação e Desenvolvimento em Política Linguística), o Brasil tem 220 línguas diferentes, das quais 180 são indígenas, 30 são línguas de emigração e duas, línguas de sinais (Flory, 2008, pag. 11 e 12). 
	Por mais que o Brasil seja enorme em território e possuidor de variadas culturas em que somos descendentes, ele é considerado uma nação monolíngue, onde o português é o idioma principal. Este cenário pode ser mudado com o tempo, devido ao grande avanço de relações entre outros países, os brasileiros devem estar preparados para uma futura mudança. É importante que os pais já comecem a pensar na necessidade dos filhos em saberem outra língua, além do português. 
	Hoje, o inglês é considerado a língua global, defende Crystal (2002), mesmo com o mandarim sendo o idioma mais falado do mundo. Os grandes jornais e revistas tem o inglês como a língua de maior influência política, econômica e acadêmica. 
	A aquisição de uma segunda língua, sendo o inglês ou não, pode ser uma ponte para novos horizontes e oportunidades. Comunicar-se em outro idioma é uma competência de grande relevância para vida pessoal, social e profissional do indivíduo e, o contato a uma segunda língua desde a infância facilitaria para o futuro. 
	O bilinguismo infantil simultâneo, que é quando a criança adquire as duas línguas desde cedo geralmente em casa através dos pais, pode ser a solução para o desafio e necessidade de ser bilingue. Para Rodrigues & Gomes (2008), com o bilinguismo simultâneo, “o tempo de aprendizagem poderia ser otimizado, o idioma praticado diariamente, o investimento minimizado e mais brasileiros alcançariam a fluência do idioma.”. 
Ainda existe uma crença popular, que surgiu através de estudiosos no passado, de que crianças criadas em contexto bilingue poderiam ser prejudicadas e ficarem confusas e retraídas diante de determinadas situações. “Nesses estudos, discutia-se até mesmo, que essa confusão ocasionada pelo ensino precoce de mais de uma língua, poderia ser responsável pela mudança de personalidade em crianças na idade de alfabetização” (ERVIN, 1964 apud Barbora, 2020). 
	O presente trabalho visa apresentar uma revisão bibliográfica para desmistificar esta ideia apresentando opiniões de vários autores a favor dos benefícios adquiridos ao aprender dois idiomas simultaneamente. Além de ter o propósito de entender as reações das crianças diante do bilinguismo e propor estratégias que podem facilitar aos pais na criação de seus filhos utilizando o bilinguismo simultâneo.
	Uma vez que existe a necessidade educativa do bilinguismo infantil, o presente estudo é de grande relevância para o meio acadêmico, empresarial e familiar. O bilinguismo simultâneo é um tema atual que precisa ser aprofundado e estudado, de suma importância também para o governo brasileiro, diante da grande necessidade no futuro de cidadãos bilingues.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 BILINGUISMO SIMULTÂNEO
O bilinguismo está presente na sociedade desde o início da história da linguagem humana. Este fenômeno é basicamente a habilidade de um indivíduo de se comunicar em duas línguas. Para Bola (2019), uma pessoa é considerada bilingue quando tem segurança em se expressar em duas línguas em diferentes contextos e ambientes. É ter capacidade de falar, ler, escrever e compreender com eficiência. 
Flory (2008) defende que: 
“Bilinguismo” representa uma infinidade de quadros diferentes, os quais remetem à esfera social, política, econômica, individual, à aceitação e valorização de cada uma das línguas faladas e das culturas com as quais se relacionam, à exposição e experiência com a língua, entre outros fatores. São inúmeras as configurações que levam ao “mesmo” ponto: “Bilinguismo”. 
O Bilinguismo, para Butler & Hakuta (2004), é um fenômeno multidimensional e pode-se considerar uma pessoa bilingue a partir de quatro dimensões gerais onde se podem definir critérios: a linguística, a cognitiva, a desenvolvimental e a social. Definem-se seis critérios:
· Critério: Proficiência em cada língua
· Critério: idade de aquisição
· Critério: organização dos códigos linguísticos
· Critério: status social de cada língua em dada sociedade
· Critério: manutenção da língua materna
· Critério: identidade cultural do indivíduo bilingue 
Como se pode ver na Tabela 1, devido a várias dimensões e definições, Harmers & Blanc (2000) classifica dezenove denominações para o bilinguismo. Dentro no bilinguismo infantil, quando a segunda língua (L2) é adquirida antes dos 10/11 anos se tem o bilinguismo simultâneo e o bilinguismo consecutivo. Conforme Wei (2000), no bilinguismo simultâneo, a criança é exposta e adquire as duas línguas ao mesmo tempo desde o nascimento. Quanto ao bilinguismo consecutivo (sequencial), após já ter adquirido as bases linguísticas da primeira língua (L1), após aproximadamente cinco anos, a criança tem contato e adquire a L2. 
Já para Boccazio (2019), o bilinguismo simultâneo ocorre até meados de três anos de idade, quanto que o sequencial, ocorre após os três anos, normalmente em um contexto de uma escola considerada bilingue. 
Flory (2008) sugere exemplificação da seguinte forma: Pode ser classificado bilinguismo precoce, simultâneo e ativo quando, por exemplo, uma criança cuja mãe é brasileira e pai inglês, que em casa fale com os dois em português e inglês respectivamente, onde as duas culturas são valorizadas e que tenha boa proficiência. Em contrapartida, uma criança brasileira que emigre com a família brasileira para o EUA aos cinco anos de idade e comece a frequentar uma escola monolíngue onde todos no ambiente falam somente em inglês; neste exemplo temos o bilinguismo precoce, sequencial, subtrativo. 
	É importante frisar que o bilinguismo simultâneo só é adquirido em casa,no início da vida da criança, desde bebê, e isso irá depender majoritariamente dos pais para ensinar ao mesmo tempo os dois idiomas. Mais adiante é possível que a criança tenha preferência por falar uma das línguas, porém terá proficiência na outra por influência dos pais em sua criação. Essa criação bilingue deve ser algo contínuo o que exige bastante paciência e persistência dos pais.
	Sanders (2009) defende que a aquisição do bilinguismo simultâneo deve ocorrer de forma igualitária e ao mesmo tempo. E para que se tenha sucesso, é necessário que ambos os pais sejam bilingues e que falem com a criança nos dois idiomas. 
Tabela 1 - Dimensões de bilinguismo
	DIMENSÕES
	DENOMINAÇÃO
	DEFINIÇÃO
	Competência Relativa
	Bilinguismo Balanceado
	L1=L2
	
	Bilinguismo Dominante
	L1˃L2 ou L1˂L2
	Organização Cognitiva
	Bilinguismo Completo
	1 representação para 2 traduções
	
	Bilinguismo Coordenado
	2 representações para 2 traduções
	Idade de Aquisição
	Bilinguismo Infantil:
	L2 adquirida antes dos 10/11 anos
L1 e L2 adquiridas ao mesmo tempo
L2 adquirida posteriormente a L1
	
	Simultâneo
	
	
	Consecutivo
	
	
	Bilinguismo Adolescente
	L2 adquirida entre 11 e 17 anos
	
	Bilinguismo Adulto
	L2 adquirida após 17 anos
	Presença da L2
	Bilinguismo Endógeno
	Presença de L2 na comunidade
	
	Bilinguismo Exógeno
	Ausência de L2 na comunidade
	Status das Línguas
	Bilinguismo Aditivo
	Perda ou prejuízo da L1
	
	Bilinguismo Subtrativo
	Não há perda ou prejuízo da L1
	Idade Cultural
	Bilinguismo Bicultural
	Identificação positiva com os dois grupos
	
	Bilinguismo Monocultural
	Identidade cultural referente apenas a L2
	
	Bilinguismo Acultural
	Identidade cultural referente apenas a L2
	
	Bilinguismo Descultural
	Sem identidade cultural
Fonte: Harmers (2000)
	Alguns pais ou até mesmo familiares e amigos da família, podem achar que a aquisição e prática de duas línguas desde bebe, podem deixar a criança confusa e prejudicar no desenvolvimento em geral. Porém, Ramos (2004), baseada nas defesas de De Houwer (1997), afirma: 
Em primeiro lugar, cabe desfazer a ideia errônea de que a aquisição de duas línguas é prejudicial desde o nascimento [...] crianças com desenvolvimento normal não são prejudicadas pela aquisição simultânea de duas línguas. Ao contrário, quanto mais cedo esse processo acontecer, melhor, pois maior é a plasticidade cerebral e melhores são os resultados, sobretudo para a aquisição fonológica perfeita, sem sotaques.
Rodrigues & Gomes (2018) afirmam que no Brasil não é comum de se ver famílias em que os filhos aprendem ou aprenderam duas línguas simultaneamente em casa através do ensino pelos pais, visto que o Brasil não é um país bilingue. O que torna o estudo do bilinguismo simultâneo mais complexo e desafiante. “No caso de casais brasileiros, o fato de não termos muito contato com a língua inglesa no dia-a-dia pode, justamente, trazer alguns obstáculos na comunicação da criança bilíngue pela falta de estímulo externo”. 
Como a globalização e necessidade de se obter a proficiência em uma segunda língua, segundo Flory (2008), no contexto brasileiro atualmente, têm crescido o número de pais brasileiros que estão procurando a educação bilingue para os filhos (bilinguismo sequencial). E surgem cada vez mais escolas de imersão, preferencialmente em inglês, com intuito de que mesmo não falando o segundo idioma em casa, a criança cresça bilingue.
2.2 REAÇÕES AO APRENDIZADO SIMULTÂNEO DE DOIS IDIOMAS EM CRIANÇAS DE ATÉ CINCO ANOS
Desde a primeira infância, é necessário que os pais estimulem na criança a comunicação, a linguagem e o saber se comunicar. A criança precisa demonstrar o que necessita criando assim conexões com o ambiente em sua volta. E é através da língua e do falar que a criança conseguirá se expressar de forma eficaz com o mundo ao seu redor (Rodrigues & Gomes, 2018). 
	Existem muitas dúvidas quando tratamos do bilinguismo simultâneo: É possível que a criança realmente consiga de comunicar e expressar em duas línguas? A criança consegue diferenciar as duas línguas? Qual é a capacidade cognitiva desta criança? Ela será prejudicada em algum âmbito social? Qual é a reação da criança diante dos dois idiomas e duas culturas? O bilinguismo simultâneo não é confuso? 
	No passado acreditava-se que o bilinguismo simultâneo era prejudicial ao desenvolvimento da fala nas crianças. Baker (2011) lembra também que antigamente tinha-se uma visão errônea do assunto, onde se pregava que na prática as crianças faziam misturas das línguas e que atrasaria o desenvolvimento da fala de um ou dos dois idiomas. Porém, o mesmo autor afirma que os bebês possuem capacidade de distinguir dois idiomas desde o estágio fetal, na barriga da mãe, reagindo diferentemente ao ouvirem os dois idiomas ou outro diferente.
Bialystok (2003) defende que a pesquisa feita por Peal & Lambert em 1962 foi o ponto de virada para os estudiosos do bilinguismo, pois viram efeitos positivos em crianças bilingues. Na época, Peal & Lambert pressupunham na pesquisa que monolíngues e bilingues teriam o mesmo desempenho em testes de inteligência não verbal e que crianças monolíngues teriam um desempenho melhor nos testes de inteligência verbal. Para surpresa de todos, os resultados foram opostos. Os testes foram feitos em crianças de dez anos em seis contextos socioculturais diferentes e mostraram que as bilingues tiveram desempenho melhor em quase todos os testes de inteligência verbal e não verbal comparando as crianças monolíngues. Ainda para Bialystok (2003), este estudo foi um marco e mudou as expectativas dos pesquisadores quanto aos resultados. 
Ainda nesta defesa, Bialystok (2003) diz que segundo a ciência popular, as crianças têm capacidade privilegiada de aprender uma segunda língua. Chama-se esta capacidade de “dom natural” ou “talento natural”. Segundo Baker (2011) apud Rodrigues & Gomes (2018), alguns estudiosos da área realmente acreditam que desde bebês, as crianças são preparadas biologicamente para adquirir, armazenar e diferenciar dois ou mais idiomas. O autor ainda defende que o aprendizado de duas línguas trás benefícios para seu desenvolvimento cognitivo, cultural e comunicativo.
O processo de aprendizagem na infância funciona como uma cadeia, uma sequência de fatores, pois ao se aprender dois idiomas ao mesmo tempo, por exemplo, outros benefícios são alcançados como o desenvolvimento cognitivo, cultural e comunicativo da criança (Rodrigues & Gomes, 2018).
Por mais que a criança tenha facilidade de aprender, Vygotsky (1991) defende que a criança não pode ser considerada como uma máquina vazia, preparada para receber informações que serão repedidas. A criança constrói a língua e conquistam valores sociais, na troca de experiências, especialmente, na interação com as pessoas (OCHS, SCHIEFFELIN, 1999). 
[...] a aquisição da linguagem pela criança requer muito mais assistência das pessoas que delas cuidam, assim como interação com eles [...]. A linguagem é adquirida não no papel de espectador, mas através do uso. [...] A criança não está aprendendo simplesmente o que dizer, mas como, onde, para quem e sob que circunstâncias. (BRUNER, 1997, p.67). 
O desenvolvimento cognitivo de uma criança bilingue é muito mais flexível e enriquecido comparando a uma criança bilingue, defendem Hamers & Blanc (2000), isso devido ao estímulo recebido pela criança o tempo inteiro ao aprender dois idiomas simultaneamente.
	Grosjean (1997) diz que as crianças bilingues passam por três estágios em sua comunicação, são eles:
1- Devido aos participantes, ou para não causar mal entendido, a criança produz apenas uma das línguas mesmo reconhecendo as duas;
2- Quando a criança utiliza a forma “code-switching” ao falar (a mistura das duas línguas), sem se preocupar muito com a língua que está sendo falada.
3- O último estágio é quando a criança conscientemente reconhece e produz ambas as línguas, escolhendo quando utilizar dependendo do ambiente de interação. 
De Houwer (1990) entende que ao misturarem os idiomas, as crianças estão cometendoerros sociolinguísticos na escolha da linguagem, mas não estão cometendo erros psicolinguísticos. Essa mistura pode acontecer quando uma das línguas é dominante, defende Meisel (1989), considera-se normal as elocuções mistas, visto que as crianças em algum nível estão cientes do contexto que permite a comunicação combinada.
Dependendo do meio em que a criança vive, terá dificuldades de se comunicar e se relacionar. Rodrigues & Gomes (2018), relata que alguns autores entendem que o fato de ser bilingue, pode gerar atraso sociocultural se a língua materna for desprezada no ambiente em que a criança frequenta.
		Kyl (2014) defende que a aquisição da linguagem ocorre de acordo as seguintes etapas:
· 0-1 ano, o bebê balbucia, exposto às primeiras palavras de seus pais;
· Aos 2 anos, a criança é capaz de produzir cerca de 50 palavras;
· Aos 2 anos e meio, a criança adquire uma dúzia de palavras por dia. É nesta fase que inicia a construção de frases simples de duas palavras, por exemplo, “sapatos mamãe” para “Mamãe eu quero que os meus sapatos.
· Aos 4 anos, a sintaxe é adquirida.
· Após 7 anos, o cérebro da criança atinge tal nível de maturidade que não permite que ela aprenda uma língua de forma intuitiva. Ele não vai aprender um idioma, mas a linguagem. E após essa idade, as crianças não adquirem uma segunda língua como língua materna.
Acredita-se que cada criança irá se desenvolver e responder ao bilinguismo simultâneo em tempo diferente e de forma diferente. É importante que os pais estejam atentos para que possam agir no tempo certo e procurarem ajuda se virem necessário diante de alguma dificuldade maior da criança ao longo do processo de desenvolvimento.
2.3 BENEFICIOS DO BILINGUISMO SIMULTANEO PARA A CRIANÇA NO CONTEXTO COGNITIVO
Atualmente, com a globalização é importante que se saiba falar além da língua materna, pelo menos o inglês que é uma língua conhecida mundialmente. Dessa forma, além do benefício de ser fluente em um segundo idioma, alguns autores defendem que o bilinguismo trás benefícios para o cérebro. Leite (2019) diz que “a atenção e a dedicação exigidas para usar dois idiomas diferentes são um estímulo para se lidar com foco, solução de problemas e realização de mais de uma tarefa ao mesmo tempo”. Kyl (2014) defende que “crianças que aprendem uma segunda língua cedo têm uma sensibilidade comunicativa maior, conseguem resolver problemas e arquitetar soluções mais rápido”.
Grant et. al. (2014) apresentam estudos de Luk et al. (2011) que comprovam alterações cerebrais benéficas nos cérebros de bilingues quando comparados aos monolíngues. Quando um indivíduo está aprendendo um segundo idioma, as conexões entre diferentes áreas do cérebro são estimuladas.
Figura 1- Uma ilustração do envelhecimento do cérebro monolíngue versus bilingue
Fonte: Grant et. al. (2014)
Grant at. al. (2014), explica a figura 1:
Em monolíngues, o envelhecimento está associado a uma maior dependência das regiões frontais, de acordo com a hipótese PASA. Em bilíngues, o envelhecimento do cérebro mostra preservação das regiões posteriores (incluindo córtex temporal e parietal), bem como aumento da conectividade entre as áreas frontal e posterior, levando à reserva cognitiva.
Muitos são os benefícios e alguns autores ao longo dos séculos têm pesquisado e encontrado algumas vantagens cognitivas entre crianças bilingues e monolíngues. Bialystok (2003), por exemplo, entende que o bilinguismo desenvolve a função cognitiva geral em relação à atenção e inibição. Ao examinar pesquisas realizadas, concluiu que crianças bilingues possuem significativa habilidade em prestar atenção seletiva a informações importantes em contextos de distrações. 
Dias & Klinger (1991/2000, p 182/184) apresentam o que chamam de “sumário de conclusões confiáveis”, as quais se podem chegar por meio das pesquisas sobre bilinguismo precoce e desenvolvimento cognitivo:
1 – Em tarefas que envolvem habilidades verbais e não verbais, as crianças bilingues mostram vantagens consistentes;
2 – Crianças bilingues apresentam habilidades metalinguísticas avançadas, considerando seu controle sobre o processamento da língua;
3 – As habilidades cognitiva e metalinguística se revelam em situações bilingues que envolvem o uso sistemático dos dois idiomas, como na aquisição simultâneo ou na educação bilingue; e
4 – Logo cedo no processo da aprendizagem, os efeitos do bilinguismo já aparecem e não requerem alto nível de proficiência.
Ao pesquisar relações entre língua(s) e memória em crianças cujo bilinguismo era simultâneo, Haritos (2005) entendeu que os bilingues saíram a frente em habilidades comunicativas e conceituais e em competências metalinguísticas. Para o pesquisador, a memória da criança bilingue é um mosaico dinâmico de relações mútuas entre fatores individuais, cognitivos, sociais, contextuais e comportamentais. 
Baker & Prys-Jones (1998), avaliaram pesquisas sobre pensamento criativo ou divergente realizadas em países como Irlanda, Canadá, Singapura, México e EUA. Para medir esse pensamento, fazem-se perguntas as crianças como “Em quantos usos você pode pensar para um tijolo?”. São avaliadas as respostas segundo critérios como fluência, flexibilidade, originalidade e elaboração da resposta. Segundo os autores, os bilingues se sobressaíram aos monolíngues nos testes. 
Além dos benefícios citados acima pelos autores estudados no âmbito cognitivos, existem também os benefícios para o futuro da criança. Na área profissional, esta criança pode ter mais oportunidade de estudo em outros países e mais oportunidades de trabalho no país onde vive ou em outro. Na área pessoal, a aquisição de outro idioma trás oportunidades de comunicação e conhecimento de pessoas de outros países e culturas, podendo proporcionar maiores possibilidades de socialização e novas experiencias de vida. 
Entende-se que muito ainda deve ser estudado e analisado quando se avalia crianças bilingues. Temos um mundo com várias línguas e culturas, crianças bilingues vivem em diversas partes do mundo em conceitos diferentes. Para Dehaene (2009), a neurociência e a tecnologia são grandes aliadas nas pesquisas com o bilinguismo, e devem ser exploradas para contribuir com os testes mostrando dados mais específicos. 
[...] cada criança é única [...] mas quando se trata de leitura, todos têm aproximadamente o mesmo cérebro que impõe os mesmos constrangimentos e a mesma sequência de aprendizado. Assim, não podemos evitar um exame cuidadoso das conclusões - e não das prescrições - que a neurociência cognitiva pode trazer para o campo da educação... (DEHAENE, 2009, p. 218.).
2.4 ESTRATÉGIAS QUE PAIS PODEM UTILIZAR AO APLICAR O BILINGUISMO SIMULTÂNEO AOS FILHOS
Quando se pode perceber que o esforço dos pais ao ensinar o bilinguismo simultâneo está dando certo? Quando o bebê começa a balbuciar. Bee (2003) afirma que o balbucio é a preparação para a linguagem falada; o bebê começa a adquirir o padrão de entonação dos idiomas que escuta (BATES e tal, 1987, apud BEE, 2003). 
As primeiras palavras de um filho são muito esperadas pelos pais e familiares, ainda mais quando essas palavras começam a serem ditas em idiomas diferentes. É nessa hora que os pais entendem que todo planejamento, estratégia e esforço estão dando certo, pois criar um filho bilingue é uma tarefa desafiadora. 
Muitos podem pensar que é só conversar com a criança em dois idiomas que a língua vem de forma natural, porém a criação através do bilinguismo simultâneo antes de tudo precisa de planejamento. Para Baker (2014), um plano de ação é essencial para pais que querem criar seus filhos bilingues; este plano deve ser definido antes do nascimento ou assim que ele ocorre e durante todo o desenvolvimento da criança. O autor defende, por exemplo, que em casos em que a criança tem pouco contato com o segundo idioma, uma hora e meia de contato diário é insuficiente para que adquira a fluência. É importante que seja exposta a livros, áudios, visitas ao parque, zoológico e outros, a fim de alcançar sucesso com o bilinguismo simultâneo.Ramos (2004) entende que no processo de aquisição de um segundo idioma, deve-se levar em consideração a qualidade das interações feitas, pois a criança adquire a linguagem a partir de uma situação naturalística e de atividades com diálogos, de forma alguma com tarefas de memorização de vocabulário.
Rodrigues & Gomes (2018) afirmam que há formas eficazes para criação de crianças bilingues, mas ao mesmo tempo há muitas variáveis. Por exemplo, pode ocorrer em momentos em que a criança e/ou adolescente não queira falar em um dos idiomas, neste caso os pais precisam saber lidar com a situação e serem persistentes e consistentes no ensino das duas línguas. É preciso lembrar que todo esforço irá valer a pena visto que somente a prática da leitura já trás benefícios consistentes no desenvolvimento cognitivo, afetivo e social dos filhos.
Para Ueno (2011), é muito importante o incentivo dado pelos pais na criação bilingue, a autora entende que com o elogio e adequada motivação a criança se desenvolve com mais facilidade. Com o tempo, a criança vai tomando consciência de partes da gramática, diferenças de pronúncia e entonação que existem em cada língua. 
É necessário manter o desenvolvimento da linguagem de forma ativa, viva e valorizada, afirma Baker (2014), isso é possível com brincadeiras lúdicas como brincar de médico e enfermeiro, marionetes, polícia e ladrão, usar músicas infantis, rimas e outros. Outra forma é pedir que as crianças recontem pequenas estórias, encorajando-a a falar e ter os pais como ouvintes. 
A pedagogia bilingue através de jogos e brincadeiras desempenha um papel fundamental na educação da criança, é um motor de interações ao grupo e por meio deste motor é que se desenvolve o sentido (HAGÈGE, 1996).
A leitura para os filhos, músicas e vídeos são ótimos como input, porém nas brincadeiras temos o input e o output juntos. É necessário que sejam desenvolvidas brincadeiras de interação que façam com que as crianças falem e expressam se estão entendendo ou não o que está sendo ensinado. Brincadeiras como jogo da memória com animais, brincar de cozinhar conhecendo frutas e legumes, com bonecas contanto histórias, brincar de coreografias e cirandas com músicas, jogos online, colorir jogos de sete erros, amarelinha interativa, e outras, são essenciais para o desenvolvimento do aprendizado. 
Um exemplo é a brincadeira do jogo da velha (Figura 2) onde se podem ensinar cores, números, formas geométricas e outros objetos dependendo das peças utilizadas. Além do vocabulário, através do jogo, o raciocínio da criança é desenvolvido no intuito de vencer e também de saber lidar com frustrações ao perder o jogo. 
O planejamento de brincadeiras demanda tempo, pois os pais precisam pesquisar e estudar para desenvolver tarefas e brincadeiras de forma criativa e que sejam divertidas para que seus filhos aprendam os dois idiomas de forma lúdica e natural sem qualquer obrigação. Para facilitar, os pais podem encontrar bastantes materiais e ideias na internet que podem ser utilizadas e adaptas. 
Figura 2 - Jogo da Velha Educativo
Fonte Própria (2021)
Ueno (2011) entende que:
[...] a inserção de um outro idioma, seja qual for, deve ser feito o quanto antes, aproveitando-se a fase em que a criança está mais apta a assimilar naturalmente novas línguas, desde que seja de forma lúdica, na oralidade, prazerosa, sem cobranças, sem forçá-la, e, menos ainda, apenas para satisfazer uma vontade dos pais ou por modismo, e, sobretudo, sempre observando e respeitando a criança. Com exceção dos casos de crianças monolíngues que apresentam problemas na percepção auditiva já na aquisição da primeira língua, acredita-se que não há malefícios no fato de a criança adquirir uma segunda língua. A chave da questão está na forma e no contexto nos quais ocorre tal aquisição.
É interessante destacar que os esforços de interação para ensinar os dois idiomas não são importantes somente para as crianças, mas também para os pais. É através deste contato que se ensina não somente a linguagem, mas as crenças, princípios, valores e cultura dos pais.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo do bilinguismo tem sido cada vez mais necessário e relevante nos dias de hoje. Diante disto, ao logo deste trabalho procurou-se conceituar o que é o bilinguismo infantil simultâneo buscando entender as reações das crianças e os benefícios no desenvolvimento cognitivo e cerebral das crianças.
Para melhor entendimento do assunto, o presente artigo trouxe estudos e perspectivas de autores diferentes como Bialystok (2008), Flory (2008), Baker (2014), Rodrigues & Gomes (2018), entre outros.
A comunicação em outras línguas é relevante em diversos aspectos, como no nível pessoal, possibilitando a integração entre pessoas, países e culturas, como também no nível profissional, proporcionando oportunidades de estudo e trabalho no país de origem ou não. O contato com outro idioma amplia a forma do indivíduo de ver o mundo, proporcionando novas experiências.
Rodrigues & Gomes (2018) entende que “estimular uma criança para que a mesma tenha um bom desenvolvimento na linguagem é algo que trará benefícios no curto, médio e longo prazo, trazendo oportunidades importantes em um mundo cada vez mais globalizado e multilíngue”.
No passado, entendia-se que expor a criança ao bilinguismo era prejudicial ao seu desenvolvimento, porém essa ideia foi combatida durante os últimos anos através de estudos realizados por alguns pesquisadores. Durante o texto, foi explanado que a criança está preparada para receber e aprender duas ou até mais línguas desde bebê. Pode ser que façam misturas entre as línguas ou que respondam uma pergunta feita em uma língua na outra língua, porém isso é natural e com o tempo ela vai entendendo a diferença e assimilando os momentos adequados para se comunicar no idioma correto.
Foram expostos também benefícios do bilinguismo simultâneo nas crianças, como melhor desenvolvimento cognitivo, atenção, memorização, solução de problemas, foco, facilidade de comunicação e outros. É importante dizer que cada criança reage de forma diferente ao bilinguismo em seu tempo, por isso não podemos generalizar, pois muito ainda deve ser estudado.
O trabalho também trouxe propostas de estratégias que pais podem utilizar para facilitar na criação de filhos bilingues. Persistência, consistência, planejamento, leitura, músicas, brincadeiras, são as palavras chaves expostas no texto. Vendo assim, parece que o bilinguismo simultâneo é cheio de regras e procedimentos, mas na verdade depende muito da força de vontade dos pais, porém a criança precisa conviver com o bilinguismo de forma natural e brincando para que se desenvolva com sucesso.
Com o encontro de etnias e culturas, aumentou-se casos de crianças vivendo entre duas línguas em casa. Aumentou-se também a procura de pais por escolas bilingues diante da necessidade de se adquirir uma segunda língua no futuro. Em geral, encontram-se mais correlações positivas do que negativas quando pesquisamos sobre o bilinguismo infantil, porém são necessários mais estudos na área por ser um tema complexo e tão atual. 
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