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Não neoplásicos - Fibroma de irritação; hiperplasia fibrosa inflamatória, hiperplasia papilomatosa inflamatória; hiperplasias gengivais; granuloma piogênico; fibroma ossificante periférico; lesão periférica de células gigantes; neuroma traumático. O QUE É PPNN? São hiperplasias reacionais do tecido mole. Lesões reatival causadas por traumas, acúmulo de biofilme e outras causas, diferente de neoplasias. Fibroma de irritação É super comum na cavidade oral. Apresenta-se como fibroma traumático, nódulo fibroso. Pode ocorrer em qualquer local da boca, mas sua localização comum é a mucosa jugal ao longo da linha de oclusão, conseqüência do trauma da mordida na bochecha. Mucosa labial, língua e gengiva são locais comuns. Em negros esse aumento de volume pode ser cinza-castanho. Em alguns casos a superfície pode ser branca em decorrência da hiperqueratose, muitos são sésseis, mas pode ser pediculado, liso. A maioria dos fibromas tem 1,5cm, mas podem varias de mm à cm. A lesão não costuma produzir sintomas, a menos que tenha ulcerações. Ocorre mais entre 40-60 anos, mais em mulheres. Histopatologia: aumento de volume nodular de tecido conjuntivo fibroso recoberto por epitélio pavimentoso estratificado. O TC é denso, colagenizado (colágenos em forma irradiada, circular ou aleatório. O epitélio geralemnte demonstra atrofia das cristas epiteliais devido ao aumento de volume do tecido subjacente. Superfície pode exibir hiperqueratose secundária a trauma. Podemos observar inflamação difusa, abaixo do epitélio, principalmente linfócitos e plasmócitos (infl. Crônica). Tratamento: excisão cirúrgica conservadora, recidiva rara, o tecido deve ser encaminhado para exame microscópico. Hiperplasia fibrosa inflamatória É uma hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso, semelhante a neoplasia, se desenvolve em associação às bordas de próteses mal adaptadas. Clinicamente temos uma ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar, o tecido redundante é fibroso e firme, algumas lesões se apresentam eritematosas e ulceradas parecidas com granuloma piogênico. A lesão varia de menor de 1cm a grandes lesões. Pode ocorrer em maxila e mandíbula, predileção pelo gênero feminino. Exemplo: câmara à vácuo nas próteses antigas. Histopatologia: hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso , múltiplas pregas e sulcos ocorrem no local da lesão onde a prótese traumatiza o tecido. O epitélio costuma ser hiperparaqueratinizado, e em alguns casos o epitélio exibe hiperplasia papilomatosa inflamatória. Pode ter áreas focais de ulceração, especialmente na base das fissuras entre as pregas. Temos infiltrado crônico variável, e podemos ter eosinófilos. Raras vezes ocorre formação de tecido osteoide ou condróide chamado metaplasia óssea e condromatosa, causado pela irritação crônica da rprotese ao tecido (pode ser confundido com sarcoma se o osso estiver irregular). O pólipo fibroepitelial associado à dentadura apresenta estreito núcleo de tecido conjuntivo, revestido por epitélio pavimentoso estratificado. O epitélio pode estar hiperplásico. Tratamento: remoção cirúrgica com exame microscópico do tecido removido, prótese deve ser refeita. Hiperplasia papilomatosa inflamatória É um crescimento de tecido reacional que usualmente desenvolve-se abaixo da dentadura. Patogênese desconhecida mas tem relação com: próteses mal adaptadas, ma higiene da prótese removível, uso por 24h da prótese. Geralmente ocorre no palato duro abaixo da base da dentadura. As lesões podem envolver somente a abóboda palatina ou toda superfície do palato. A hiperplasia associada à cândida tem sido relatada em pacientes com HIV. Raras ocasiões se desenvolvem em indivíduos que não usam prótese e são respiradores bucais. Ela é assintomática, a mucosa eritematosa parece “pedregosa”. Histopatologia: hiperplasia papilosa inflamatória exibe numerosos crescimentos papilares na superfície que são recobertos por epitélio pavimentoso estratificado hiperplásico. Em casos avançados a hiperplasia tem aparência pseudoepiteliomatosa, podendo ser confundida com carcinoma epidermoide. O TC pode ser frouxo ou edematoso ou densamente colagenizado. Vemos infiltrado inflamatório crônico, linfonócitos e plasmócitos, menos freqüente vemos leucócitos polimorfonucleares. Tratamento: remoção da dentadura pode permitir remissão do eritema e edema e os tecidos retornarem próximo do normal. Se usar terapia antifúngica ode melhorar. Em casos avançados, clínicos preferem excisar o tecido hiperplásico antes de fazer nova dentarura (excisão cirúrgica, curetagem, cirurgia a laser, eletrocirurgia). Fibromatose Gengival Aumento gengival de progressão lenta ocasionado por um crescimento colagenoso excessivo do tecido conjuntivo fibroso gengival, é uma condição rara prevalência de 1:750000. Pode ser familiar ou idiopática. Pode ter associação com hipertricose, surdez, hipotireoidismo, periodontite agressiva... na maioria dos casos tem padrão de herança autossômica dominante ou recessivos. Pode ocorrer por causas hereditárias, hormonais, medicações. Na maioria dos casos começa antes dos 20 anos, correlacionado com a erupção de dentes decíduos ou permanentes. Acredita-se que é necessário a presença de dentes para que ocorra a condição. Tecido conjuntivo pode cobrir coroa. Essas alterações podem ser localizadas ou generalizadas. Maxila é mais afetada. A gengiva é firme, cor normal. Prejudica estética, oclusão, fechamento de lábio, comer e falar. Histopatologia: tecido denso hipocelular, hipovascular e colagenoso, que forma feixer entrelaçados dispostos paralelamente. Epitélio costuma ser acantótico/aumentado com cristas epiteiais longas e finas. Inflamação branda ou ausente, podemos ver ilhas de epitélio odontogênico, focos de calcificação ou áreas de metaplasia óssea. Tratamento: casos brandos: raspagem e alisamento radicular, acompanhamento. Avançadi: remoção cirúrgica conservadora. Os bens psicológicos superam a taxa de recorrência, o que justifica remoção precoce. Higiene oral rigorosa desacelera o retorno do crescimento. Casos graves: extração de dentes e gengivectomia. Granuloma Piogênico/gravídico É um crescimento nodular da cavidadeoral que acredita-se que ele não esteja relacionado com infecções vindas de organismos piogênicos. Ele representa uma resposta tecidual a uma irritação local ou trauma, apesar de seu nome, não é um granuloma verdadeiro. Ele é um aumento de volume, superfície lisa ou lobulada, normalmente pediculado, mas pode ser séssil, a superfície ulcerada varia do rosa, vermelhou ou roxo, depende do tempo da lesão. Os granulomas jovens tem bastante vascularização, e as antigas tem mais colágeno e são rosa. O tamanho pode ser de mm a cm, o crescimento é indolor, embora sangre facilmente devido à vascularização. O crescimento pode ser rápido, o que alarma o paciente e o clínico, com pensamento de lesão maligna. Tem maior prevalência pela gengiva 75-85%. Em muitos pacientes a irritação e inflamação gengivais resultantes da má higiene oral podem ser fatores preciptantes. Lábios, língua e mucosa jugal são outras regiões mais comuns. GENGIVA SUPERIOR mais comum, na face vestibular. É mais comum em crianças e adultos jovens, predileção sexo feminino.acomete bastante mulheres grávidas, recebe o nome de granuloma gravídico. Se desenvolvem durante o primeiro trimestre, e aincidência aumenta após o 7º mês de gravidez, após a gravidez alguns regridem ou sofrem maturação ficando semelhante a um fibroma. Histopatologia: microscopicamente vemos uma proliferação vascular semelhante ao tecido de granulação, numerosos canais delimitados por endotélio e obliterados por hemácias. Algumas vezes esses vasos são organizados em agregados lobulares (hemangioma capilar lobular). A superficie ulcerada é sisbtituida por fina camada fibrinopurulenta, infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, plasmócitos e linfócitos. Tratamento: excisão cirúrgica conservadora, é curativa. Levado ao microscópio para excluir possibilidades de lesões mais graves. Nas regiões gengivais os dentes devem ser raspados. Lesão periférica de células gigantes (epúlide de células g.) Crescimento semelhante nodular comum na cavidade oral, uma lesão reacional causada por irritação local ou trauma. Ocorre exclusivamente na gengiva ou no rebordo alveolar edêntulo, aumento nodular vemelho, azul avermelhado, sendo que a maiorida mede menos de 2cm de diâmetro, mas é possiver vermos lesões grandes. Pode ser séssil ou pediculada, ulcerada ou não ulcerada. Parece um granuloma piogênico da gengiva, porem essa é mais roxa-azulada. Pode aparecer em qualquer idade, principalmente até os 60 anos ou idade media (30-46). Metade dos casos ocorre em mulheres, pode se desenvolver anterior ou posterior da gengiva, ou do rebordo alveolar, sendo mandíbula mais afetada que maxila. Embora se desenvolva dentro dos tecidos moles, algumas vezes observa-se reabsorção em forma de “taça” do osso alveolar. Histopatologia: microscopicamente a lesão mostra proliferação de células gigantes multinucleadas, permeadas por células mesenquimais volumosas, ovóides e fusiformes. Células gigantes podem conter poucos ou dúzias de núcleos, sendo que alguns podem ser grandes e vesiculosos, e outras pequenos e picnóticos. Mitoses são bastante comuns nas células mesenquimais. Observa uma hemorragia abundante em toda lesão, resultando em deposito de pigmento de hemossiderina, principalmente na periferia. A superfície da mucosa encontra-se ulcerada em 50% dos casos. Geralemnte TC denso separa a proliferação de células gigantes da mucosa. Estão presentes células inflamatórias agudas e crônicas. Podemos ver ate mesmo osso reacional ou calcificações distróficas. Tratamento: excisão cirúrgica local, abaixo do osso subjacente. Os dentes devem ser raspados para remover a fonte de irritação e diminuir chances de recidiva. Fibroma Ossificante Periférico É um crescimento gengival comum considerado uma lesão reacional. Patogênese incerta, clinicamente e histopatologicamente são parecidos com granuma piogênico, então alguns pesquisadores acreditam que ele possa se iniciar do granuloma que sofrem maturação fibrosa e calcificação. Mas nem todos se desenvolvem assim. O produto mineralizado se origina do periósteo ou LP. Ele ocorre explicamente na gengiva, um nódulo séssil ou pediculado, originado na papila interdental, cor varia do vermelho ao rosa, as vezes a superfície apresenta úlcera. Medem menos de 2cm, mas pode ser grande, ficam presentes por semanas ou meses até que o disgnóstico seja feito. Acontece mais em adolescentes e adultos jovens 10-19 anos. Mais em mulheres, mais na maxila do que na mandíbula, 50% ocorre na região de incisivos e caninos, dentes não são afetados. Histopatologia: proliferação de fibroblastos associada a formação de material mineralizado, se houver ulcera no epitélio, a superfície é coberta por uma membrana fibrinopurulenta com zona de tecido de granulação subjacente. O componente fibroblástico profundos geralmente é celular, principalmente em áreas de mineralização. Podem ser semelhantes ao granuloma piogênico, porem com mineralização. A mineralização pode ser osso, material cementoide ou calcificação distrófica, ou uma mistura deles. O osso geralmente é imatura e trabecular, mas lesões antigas podem apresentar osso lamelar maduro. As calcificações distróficas são mais comuns em lesões iniciais ulceradas. Podemos ver tbm células gigantes multinucleadas em associação ao material mineralizado. Tratamento: excisão cirúrgica local, com envio do material para exame. Deve ser eito excisão subperiosticamente, já que as recidivas sçao comuns se a base da lesão permanecer. Os dentes adjacentes devem ser raspados. Neuroma traumático É uma proliferação reacional do tecido neural após uma transecção ou dano ao feixe nervoso. Após o dano sofrido pelo nervo, ele tende a se regenerar e restabelecer inervação distal pelo crescimento de axônios, se encontra, tecido cicatricial ou ñ puderem restabelecer a inervação, ocorre um aumento de volume nesse local. Se apresentam como nódulos não ulcerados de superfície lisa em qualquer região, sendo mais comum em rigião do forame mentoniano, língua e lábio inferior. Pode se desenvolver tbm após exodontias. É uma proliferação nodular irregular. Ocorrem em qualquer idade, mais em adultos de meia-idade, mais comum em mulheres. Pode ser anestesia até dor. ¼ é doloroso (pode ser dor constante, queimada, leve sensibilidade, irradiada e forte). Histopatologia: proliferação aleatória de feixes nervosos maduros, mielinizados e não mielinizados, dentro de TC colagenizado ou mixomatoso. Infiltrado inflamatório crônico pode estar presente, quando há inflamação costumam ser dolorosos. Tratamento: excisão cirúrgica incluindo pequena porção do feixe nervoso envolvido. A maioria não sofre recidiva, mas em alguns casos a dor persiste ou retorno.
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