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21 de fevereiro de 2013. IA em ruminantes

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21 de fevereiro de 2013 
3ª aula de Biotecnologia da Reprodução
Profº Pedro Afonso
	INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL EM RUMINANTES
Vantagens da IA:
- Melhoramento genético do rebanho em menor tempo e a baixo custo (utilizando sêmen de reprodutores comprovadamente superiores para a produção de leite e de carne); 
- Controle da sanidade (pois na monta natural, o touro pode fornecer enfermidades para a vaca, ou esta para o touro);
- Também permite que o criador faça cruzamentos de animais zebuínos com taurinos, o que muitas vezes é dificultado na monta natural pela menor resistência dos touros europeus ao nosso clima tropical;
- Possibilita a utilização de touros incapacitados para a monta, porém de valor genético de grande importância;
- Inseminar animais que estão distantes;
- Utilização do sêmen, mesmo após a morte do animal;
- Prevenção de acidentes (coices...);
- Pode-se produzir mais de 100 mil bezerros por mês, contra os 120-400 bezerros durante sua vida útil.
Desvantagens da IA: homem (dificuldade de precisar o cio, manejo de botijão, ser bom inseminador, etc).
Procedimentos para a colheita do sêmen:
Antes de entrar para a colheita de sêmen, o reprodutor fica isolado por um período mínimo de 5 semanas, momento em que será submetido por exames andrológicos. Só serão aptos os touros que passarem no exame andrológico e que apresentarem os espermatozoides com bons índices de motilidade, sanidade em dia (exame de brucelose, sem ectoparasitas, etc)
A colheita é feita no intervalo de 2 dias úteis.
Antes da colheita os reprodutores passam por uma assepsia prepucial.
A colheita é realizada através do uso de uma vagina artificial, que deverá ser preparada momentos antes de ser utilizada: primeiro coloca-se água aquecida... geralmente são realizadas de 1 a 2 falsas montas, para que o touro faça um ejaculado mais limpo e concentrado.
Feita a colheita, retira-se o tubo de ensaio da vagina artificial e leva-se ao laboratório, onde será realizado a avaliação da sua qualidade.
Qualidade do sêmen:
No laboratório calcula-se o volume do ejaculado em balança digital. Em seguida avalia-se a a concentração do ejaculado, calculando-se a quantidade de doses produzidas por colheita. Adiciona-se antibióticos e em seguida o diluidor é adicionado ao sêmen (e não ao contrário) em 2 etapas 
Quando colhemos o sêmen ele está na temperatura de 37° c, devemos acostumar o sêmen a baixar a temperatura. Primeiro abaixamos de 37 para 4° (levando 2h), quando alcançar os 4°, vamos adicionar a outra metade do diluidor e aguarda-se 4h nessa temperatura. Abaixa-se novamente para -70° e aguarda-se nessa temperatura por 15 min (nesse momento ele está no vapor de nitrogênio), e então abaixa-se novamente, chegando ao -196° (nitrogênio líquido). Antes de chegar ao comércio, os espermatozoides passam por diversos testes, como motilidade, vigor, acrossoma, concentração espermática, entre outros.
Segundo o Ministério da Agricultura, o sêmen deverá apresentar os seguintes padrões: concentração de pelo menos 10 milhões de espermatozoides independente do tamanho da paleta (essa concentração poderá ser reduzida se o sêmen apresentar menos de 10% de defeitos totais), 30% de motilidade (quando congelamos, devemos ter pelo menos 60% dos sptz vivos, pois a metade normalmente morre nesse processo), o vigor também deverá ser considerado. Feita todas essas avaliações, a paleta com o sêmen do touro deverá ser identificada com o nome e raça do mesmo.
Para descongelar, deve-se faze-lo rápido, pois na temperatura entre -15 e -5, deve-se passar muito rápido, pois os cristais podem cortar a membrana (então, retiramos do nitrogênio e jogamos logo no banho Maria,na temperatura de 34-35°.
Obs.: ver se existe site da ASBÍA (Associação Brasileira de Inseminação Artificial).
WWW.asbia.com.br -> manual do inseminador
	Descongelando o sêmen: 30 seg em água a 37° C (banho Maria, com o lado lacrado para cima.
Materiais necessários para a IA (além do sêmen, logicamente):
- botijão com nitrogênio líquido;
- luvas descartáveis;
- bainha;
- água quente (37° c) – através de garrafa térmica, fogão, rabo quente);
- pinça;
- aplicador (preferencialmente o aplicador universal, que serve tanto para paletas médias, como para as finas);
- isopor;
- inseminador;
- caixa de inseminação (simples caixa de ferramentas);
- cortador de paletas ou lâmina de barbear;
- papel toalha ou higiênico;
- garrafa térmica;
- recipiente para o descongelamento térmico ou descongelador eletrônico (com termostato);
Inseminador - > pessoa responsável para aquela função 
. O ideal é que tenha no mínimo 2 inseminadores. O treinamento deste deverá ser feito em curso! A escolha deverá ser feita por pessoas calmas, atenciosas, que gostem dos animais, com bons hábitos de higiene.
Embalagens:
No Brasil, as embalagens mais utilizadas são as paletas médias com capacidade de 0,54 ml, e as paletas finas de 0,25 ml. É importante ressaltar que a quantidade de espermatozoides nos dois tipos de paletas é a mesma, variando apenas a concentração de diluidor.
Cuidados com o botijão:
O botijão é um recipiente isotérmico com isolamento à vácuo, utilizado para conservação e transporte do sêmen. Para isso, utiliza-se nitrogênio líquido, que mantém o sêmen congelado a -196°C.
As partes do botijão são: tampa, canecos, camada isolante de alumínio, racks de alumínio, paletas e sêmen.
Para evitar danos ao sêmen, o botijão deverá ter seu nível de hidrogênio medido regularmente (com régua preta apropriada), onde deverá ter uma altura mínima de 15 cm; manter o botijão em ambiente ventilado ao abrigo da luz solar; nunca vede a tampa; nunca dê batidas ou pancadas no botijão; transporte o botijão em caixa de madeira própia, ou o mais contido possível.
Instalações necessárias para o bom desempenho da IA:
- Tronco ou brete apropriado, para evitar sol e chuva que podem ser prejudicias para os sptz;
- Fonte de água (para limpeza da vulva, quando necessário);
- Armário.
- iluminação (para a noite pode ser necessário a utilização de uma lanterna acoplada a cabeça do inseminador);
- bancada para colocar material;
- local próprio para guardar o botijão
Obs.: em vacas leiteiras mais dóceis, é possível realizar a IA fora do tronco, sendo contidas apenas com peias.
Obs2.: programa rio genética!
Sucesso na IA:
Para que se tenha sucesso, alguns fatores são essenciais: manejo adequado; sanidade; inseminador eficiente; qualidade genética.
Manejo da propriedade:
-Oferecer alimentação adequada;
- fazer ficha zootécnica (anotar distúrbios reprodutivos); 
- pode-se fazer uso de software responsável de organizar todo o manejo nutricional e reprodutivo na propriedade; 
- descarte de animais inferiores, aumentando a produtividade da fazenda; 
- os animais devem ser separados de acordo com a sua condição/fase de vida (por exemplo:- lotes de bezerro, novilhas, garrotes, bois, vacas vazias, vacas prenhas, vacas mojadas, vacas paridas);
- a secagem das vacas deverá ser feita 60 dias antes do parto; 
- identificação dos animais (brinco, marcação a fogo/nitrogênio, tatuagem, chip subcutâneo);
- planilha de controle (datas de cio, de IA, confirmação de prenhez, parições).
Detecção do cio:
Antes de se realizar a IA propiamente dita, o inseminador deverá fazer o reconhecimento do cio da vaca. Uma correta observação do cio é fundamental para uma boa inseminação. Em geral, recomenda-se 2 ou mais observações diárias (uma no início da manhã, e outra no final da tarde), com no mínimo de 60 minutos cada. As vacas que estiverem no cio, devem ser separadas para posterior inseminação. O cio é o período em que a fêmea fica parada enquanto que outro animal salta sobre ela. Outros sinais são percebidos durante o cio, como inquietação, mugir mais que o normal, diminui a produção leiteira, monta (essa pode estar no cio ou não. A vaca dominante tem o costume de montar nas outras) e se deixa montar, cauda erguida, vulva inchada e brilhante, muco cristalíneo e transparente, perda do apetite, entre outros.
O cio da vaca tem uma duração de 10 a 18 horas, tendo um ciclomédio de21 dias. O pré-cio dura de 4 a 10 horas e nesse período ela da todos os sinais do cio, com a exceção de aceitar a monta.
	Pré-cio (proestro)					cio(estro)	 metaestro
___________I________________________________________I____________________________I______I_I_
	4-10 h							10				18h 4 8
	 I________________________________________I					 I__I
			Se deixa montar mais								depois do 
													Término
													Do cio
												 I________I
Momento ideal para inseminar
No final do metaestro ela irá ovular – fazer uso de rufião com desvio cirúrgico do pênis a 45°.
 Para melhor detecção de cio, pode-se usar o rufião com ou sem buçal marcador (bucal de tinta preso ao pescoço do rufião). Pode-se utilizar dois tipos de rufião, os machos e as fêmeas androgenizadas. Os rufiões machos passam por uma cirurgia (desvio de pênis, etc) para evitar a penetração e ejaculação intra vaginal. Já as vacas androgenizadas é feito um tratamento hormonal com testosterona, onde geralmente escolhem-se novilhas mais masculinizadas. Esta fêmea terá um comportamento semelhante aos machos.
Outra forma de detecção de cio é a utilização do podômetro, uma espécie de pulseira que fica na pata da vaca que identifica quanto que essa vaca caminhou.
Obs.: o sptz precisa de um período de maturação de 2h!
			12-18h
		 I-------------I
			I
			2h
A proporção de rufiões utilizados é em média de 1 animal para cada 40 vacas.
	Em 1948, Trimberger palpava os ovários para estudar o momento que a vaca ovulava. Deduzindo que, se a vaca apresentou cio pela manhã, faz-se a IA pela tarde. Se a vaca apresentou cio pela tarde, faz-se a IA pela manhã do dia seguinte.
	Para garantir o aproveitamento do cio, pode-se fazer 2 ou 3 IA quando não se sabe há quanto tempo ela entrou no cio.
Sincronização do cio
Algumas propriedades utilizam-se do protocolo de sincronizaçãode cio, com o objetivo de facilitar o manejo e diminuir o intervalo entre partos, concentrar as parições e o desmame.
Existem inúmeros tipos de protocolos, como exemplo temos aplicação de hormônio (como prostaglandia, GNRH, progesterona, estradiol), protocolos mistos com aplicação de 2 ou mais hormônios
O custo da sincronização de cio é elevado e deve ser feito de acordo com a indicação do médico veterinário.
Horário da inseminação:
O ideal é inseminar no final do cio, quando a probabilidade de fecundação é maior, aumentando a fertilidade da vaca. O método de Trimberger é omais utilizado, onde faz-se a IA 12h após a detecção do cio.
Problemas de cio
Hemorragia de metaestro – ocorre de 3 a 4 dias após o cio, independente da vaca ter sido inseminada ou não. 
Inseminação artificial propriamente dita:
	° c
37 _
	 4 _
	 -5 _
	 -15 _
	-70 _
 -196 _
		2h	 6h 6:20 h			tempo
		 I_______I I__I
		 + 4 h +20min
Não pode:
	
Pode:
 
Quando descongela deverá ter:
- Motilidade mínima de 30%;
- Concentração mínima de 10 milhões (se houver defeitos totais de 20%).
 Uma vaca Em 1950 produzia em média 3000L de leite/ano.
Em 2000, uma vaca produzia em média 8000L de leite/ano.
Esse aumento da produção se deve a sanidade, manejo e alimentação.
Obs.: melhoramento genético é feito através do macho!!!! Controle de população é feito através da fêmea.
No Brasil, 7-10% das vacas são inseminadas. O rebanho brasileiro possui 200 milhões de bovinos, onde 30% são fêmeas reprodutoras.

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