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20 de fevereiro de 2013


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20 de fevereiro de 2013
2ª aula de Cirurgia de Grandes
Profº Juracy
(continuação da 1ª aula (ferida))
4 – Tratamento da ferida
	Obs.: sulfa + trimetopin é um antibiótico muito bom para alcançar localizações de difíceis acesso, porém, a sulfa usada para equinos, costuma ocorrer reações alérgicas, causando uma espécie de cordão subcutâneo no pescoço (musculatura faz uma espécie de calcificação irreversível), efeito colateral no TGI (qualquer sulfa pode causar uma colite como efeito colateral), e pode causar até mesmo a morte dos animais (mesmo sendo indicado para equinos pelo laboratório do fármaco). Uma sulfa mais segura para equino é o borgal pela via intravenosa, diluída no soro em gotejamento lento(podendo ser usado por até 6 dias seguidos, ou em dias alternados). Procurar fazer uso da sulfa por via oral (antidiarréico da valeé, por exemplo). Outra coisa para se tomar cuidado, é que a sulfa (usada de forma indiscriminada) faz enterite, colite secundária. Portanto, em resumo, a sulfa é um ótimo antibiótico para tecido conjuntivo profundo.
	
O antibiótico não consegue combater a capsula de um abcesso. O que o antibiótico faz na verdade é evitar que o microorganismo chegue a outros locais. O que se deve fazer é abrir o abcesso, fazendo, se possível uma técnica cirúrgica chamada de marsupiação (é feito quando queremos abrir um abcesso e evitar a contaminação para o tecido conjuntivo), onde deve-se abrir a pele, sutura-se a parte fibrosa da capsula desse abcesso em volta da pele e então abre-se a capsula do abcesso (formando uma camada protetora)a, evitando que ocorra entrada desse pus em local sadio.
Dependendo do tipo de bactérias, esse abcesso será caseoso, de aspecto semelhante a areia, com predominância de macrófitos.
Toda vez que temos uma resposta inflamatório muito grande, é necessário diminuir essa inflamação antes de obter uma biópsia, para que não tenhamos um resultado falso.
	Algumas vezes, quando o abcesso está fazendo grande compressão (muito volume/ muita pressão dentro dessa cápsula), deve-se primeiro fazer uso de antiinflamatório.
	
Histórico –
Exploração –
Avaliar dano tecidual, fazendo uma espécie de exame clínico dessa ferida. Ex.: tem tecido de necrose? Existe massa interna palpável? Dói? Há pontos de drenagem? 
	Identificar tecidos necróticos e desvitalizados;
	Identificar fundos de saco;
	Avaliar complicações.
Controle da hemorragia.
Podem ser controladas por pressão (por 10-15 min sem intervalos), ou por bandagem de compressão, quando pequenas hemorragias. Quando grandes hemorragias, deve-se fazer hemostasia do vaso com pinça hemostática e ligadura desse vaso. Atenção!!!: tomar muito cuidado para não fazer compressão do nervo que estará próximo desse vaso.
Limpeza
Água potável; soro fisiológico; ringer lactato; ringer simples.
Analgesia local
Só será feita quando extremamente necessária, pois devemos identificar/ter parâmetros da sensibilidade e lesão tecidual. 
Evitar danos maiores e contaminação
Fazer uso de soro estéril...
Debridamento da ferida
Pode ser feito por método físico por fricção (gaze, escovinha);método cirúrgico; método químico (albocresil, água oxigenada a 10 volumes, permagamato de potássio – quando usado imediamente após o preparo-, líquido de Dakin – hipoclorito de sódio -> pega-se 1 litro de água sanitária para 9 litros de água ou soro). Quando mistura-se o líquido de Dakin (hipoclorito de sódio) a água oxigenada tem-se um resultado muito bom.
Exemplos com imagens:
 Laceração de membro anterior esquerdo na altura do carpo para baixo. Obs.: se conseguir fazer boa justaposição das bordas, ela poderá ser classificada como uma ferida incisa. Como proceder: fazer uso de soro fisiológico sobre pressão, antibiótico IV. Pode-se fazer uma cobertura com a própia pele que sofreu laceração, e dentro de 5 a 7 dias vai haver descência de sutura e por baixo dessa proteção haverá um tecido de granulação agindo na cicatrização.
Laceração profunda de membro anterior face palmar localizado nos carpos. Foi feita lavagem por pressão com soro fisiológico, e bandagem com soro fisiológico e açúcar. Quando o tecido granular muito, ficando de coloração amarelada e ultrapassando a altura do epitélio, deve-se fazer uso albocresil, por exemplo.
Fechamento da ferida
Primeira intenção (sutura) – só pode ser utilizada quando não existe sujidades ou objetos e quando existe a posição correta das bordas, sem fundos de saco, etc.
 Quando isso não é possível (ferida suja, com corpo estranho, etc), faz-se a primeira intenção com retardo, aguardando primeiro vir o tecido de granulação, fazendo com que haja expulsamento de possíveis sujidades e corpos estranho, depois faz-se uma incisão cirúrgica da ferida granulada, retirando uma margem de 1 a 2 cm do epitélio sadio, fazer debridamento e suturar.
Obs.: o uso de açúcar promove aceleração da cicatrização, evita a proliferação bacteriana.
	- Ferida recente, limpa e livre de corpos estranhos;
	- Sem infecção;
	- Aposição correta dos lados da ferida;
	- Complicações
 Administração de antiinflamatórios e antibióticos;
Lavagens das feridas
- água; soro fisiológico; iodo povidona (1%); clorexidine (dar a preferencia a esse; peróxido de hidrogênio; solução de antibiótico .Antibiótico regional -> Para fazer o garrote no membro de equino, deve-se primeiro fazer uma liga (2 voltas) de atadura, pois os tendões são sensíveis. Faz-se o garrote por cima dessa atadura com o auxílio de uma tira de câmara de bicicleta. Retira-se um pouco de sangue da jugular, adiciona-se o antibiótico a seringa e faz-se aplicação desse antibiótico no local bem lentamente. Tendo uma resposta desejável, não é necessário repetir esse procedimento. Se for necessário repetir, aguarda-se 7 dias e repete-se o procedimento.
Antibiótico parenteral ->
Drenos 
Não pode permanecer mais do que 24 hs no local, pois ocorre deposição de fibrina e/ou reação de corpo estranho a esse dreno artificial. Se for realmente necessário colocar dreno, procurar fazer uso do dreno natural. Dreno possui um grande risco de contaminação, pois não só o microorganismo pode sair, como também pode entrar por este acesso.
Curativos e bandagens
Deve-se fazer uso do algodão inteiro na bandagem, para que este faça absorção do exsudato, diminuindo a inflamação. É melhor usar o algodão inteiro, do que a gaze, pois na hora de retirar, a gaze adere muito na ferida e acaba por retirar fibroblastos responsáveis pela cicatrização.
A bandagem/curativo limita o movimento (bom), protege a ferida contra impactos, aumenta a tensão de gás carbônico...
5- Fatores que afetam a cicatrização de ferida
	Idade do paciente;
	Irrigação sanguínea e O2;
	Infecção e/ou infestação;
	Deficiência nutricional (o veterinária deverá estar atento a dieta, devendo se necessário prescrever a dieta ideal).;
	Antiinflamatórios;
	Trauma e movimento (se necessário deixar o cavalo em pé (estaqueado) cabresteado por até 3 dias). Foi operada uma égua de carroceiro que ficou por um mês estaqueada;
	Hematomas, seroma, edema, tecido necrosado e corpo estranho;
	Mudanças de pH – alterações bruscas de pH constantemente dificultam a cicatrização;
	Genéticos;
	Iatrogênicos – as vezes fazemos o protocolo perfeito, porém, o tratador não cumpre corretamente e/ou modifica o protocolo;
	Antissépticos.
6- Enxerto
	Pode-se coletar o enxerto na profundidade adequada através do uso do pushing, e o momento ideal é colocaro mesmo quando a ferida está começando a granular. É melhor fazer vários enxertos pequenos do que um único grande. Depois fazer bandagem. Deve-se retirar da região do peito ou abdome, pois nesses locais ocorre rápida repitalização. 
	
Vetaglós,açúcar e glicerina é ótimo para cicatrização da ferida.
Existe no mercado de medicamento humano, alguns produtos a base de carboidrato e cana de açúcar que são muito bons!!!