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Doença Renal Crônica

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É a presença de alteração funcional e/ou 
estrutural de um ou ambos rins que 
perdura por 3 meses ou mais, com ou 
sem redução da taxa de filtração 
glomerular. 
Os rins possuem função de filtração e 
excreção de produtos do metabolismo, 
reabsorção de substâncias importantes, 
equilíbrio hídrico e eletrolítico, equilíbrio 
ácido-base, controle da pressão arterial, 
produção de eritropoetina e ativação da 
vitamina D. 
Algumas disfunções estão associadas à 
doença renal crônica (DRC) como 
diminuição da reabsorção e excreção de 
substâncias (azotemia-uremia), 
incapacidade de manter o balanço correto 
de água e eletrólitos (desidratação-
desequilíbrio eletrolítico), incapacidade 
controlar a pressão arterial (hipertensão 
sistêmica), incapacidade de manter 
equilíbrio ácido-base (acidemia-acidose 
metabólica) e diminuição da síntese de 
hormônios (anemia, HPTR). 
Os sinais clínicos de maneira geral em 
cães e gatos são a poliuria e polidipsia, 
desidratação, anorexia, emagrecimento, 
vômitos devido a ureia aumentada, 
hipertensão devido o aumento de sódio no 
organismo, hálito urêmico e ulceras orais. 
De modo mais especifico os cães 
possuem poliuria e polidipsia, gastrite 
ulcerativa, diarreia e melena, já os gatos 
possuem poliuria e polidipsia variável e 
ventroflexão. 
A DRC atinge o trato gastrointestinal 
causando disorexia, anorexia devido o 
apetite perverso, vômito, hematêmese, 
diarreia, melena, hematoquezia, hálito 
urêmico, boca seca, úlceras orais e até 
necrose de língua. 
Durante o exame físico observamos cães 
e gatos magros e desidratados e nos 
felinos conseguimos palpar os rins e 
observar um pelame mal cuidado. 
Diagnóstico é importante realizar 
ultrassonografia no qual pode observar 
hiperecogenicidade cortical, perda da 
diferenciação corticomedular, bodós 
irregulares, atrofia, cuidando para não 
confundir o acumulo de gordura com 
lesão. Exames laboratoriais indicados são 
urinálise no qual observa-se a densidade 
urinária mais abaixo (cães <1030 e gatos 
<1040), avaliação bioquímica fosfatase, 
ALT, ureia, creatinina e hemogasometria, 
porém nem todo paciente estará 
hipocalêmico, se tiver o gato irá 
apresentar ventroflexão. 
Hipertensão arterial sistêmica é 
importante diagnosticar pois ela piora a 
progressão da DRC, o método correto de 
diagnostico é realizar média de 5 a 7 
aferições durante um dia e 2 aferições 
sequenciais em intervalos de 7 dias. 
A anemia não regenerativa pode ocorrer 
em decorrência das toxinas urêmicas, 
excesso de PTH, déficit de EPO, perdas 
GI e deficiência de FE, caso identificada 
no paciente dosar a eritropoietina para 
MO produzir reticulócitos. Nem 50% dos 
gatos com IRC tem deficiência de 
eritropoetina. 
O desequilíbrio do metabolismo de cálcio 
e de fósforo ocorre como consequência 
da gradativa perda da capacidade 
funcional dos rins, o que promove 
estímulo da paratireoide e aumento da 
secreção de paratormônio (PTH), na 
tentativa de manutenção da homeostase 
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do cálcio. O PTH promove 
desmineralização óssea e calcificação dos 
tecidos moles, incluindo deposição de 
cálcio no parênquima renal, o que 
contribui para a perda de mais nefrons. A 
excessiva quantidade de PTH circulante 
resulta também na diminuição da 
eritropoiese. 
Hiperfosfatemia – HPTS 
IRIS II 2,5 – 4,5 mg/dL 
IRIS III 2,5 – 5 mg/dL 
IRIS IV 2,5 – 6 mg/dL 
Em caso de IRIS III e IV utilizar 
quelante de fósforo. 
Sistema de Subclassificação da DCR pela 
Proteinúria e Hipertensão, IRIS 
 
Sub estadiamento da DRC 
- Relação proteína: creatinina urinária 
(RPC) – determinação RPC, estima a 
excreção de proteína urinária em 24hrs e 
em busca de proteinúria renal patológica. 
 
- Pressão arterial sistêmica: descartar 
hipertensão situacional e necessita ser 
confirmada. 
 
 
Marcador Sanguíneo – Diagnóstico DRC 
- Creatinina: avalia a função excretória 
dos rins (TFG), sofre influencia da massa 
muscular e dever ser avaliado em jejum 
alimentar e em pelo menos 2 ocasiões 
com animal estável. 
- SDMA: 
Marcador Urinário – Diagnóstico DRC 
- Densidade: isostenúria, hipostenúria 
(diabetes insipidus nefrogênico 
secundário a DCR), usar refratômetro. 
- Proteína: fita reagente, sedimento 
inativo, excluir causas pré e pós-renais, 
confirmar para saber se é persistente 
(renal patológica) e determinar RPC. 
 
Marcador de Imagem – Diagnóstico DRC 
- Ultrassom abdominal: avaliação 
morfológica dos rins, demonstra alteração 
estrutural, sinais de cronicidade – rins 
diminuídos, contornos irregulares, perda 
da definição corticomedular e 
ecogenicidade elevada região cortical. 
Tratamento 
Possui o objetivo de equilíbrio ácido-base, 
equilíbrio hídrico e eletrolítico, correção 
da hiperfosfatemia, correção da anemia, 
prevenção ITU, HAS, proteinúria 
(suplementar com ômega -3), protetores 
de mucosa gástrica e nutrição adequada 
e hemodiálise. 
Tratamento Nutricional 
Alimentos comerciais disponíveis que 
contem proteína de alta qualidade, mas 
em quantidade reduzida como: Hill’s 
Prescription Diet, Purina NF-fórmula Diets 
e Royal Canin. 
 
@vettstudy.g 
- Receita Caseira Cães: 
 113g de carne moída 
 2 xicaras de arroz branco cozido sem 
 sal 
 1 ovo cozido duro 
 3 fatias de pão branco 
 1 colher de sopa de carbonato de cálcio 
 Suplemento balanceado de vitaminas 
- Receita Caseira Gatos: 
 113g de carne moída 
 2 xicaras de arroz branco cozido sem 
 sal 
 1 ovo cozido duro 
 1 colher de sopa de óleo vegetal 
 1 colher de sopa de carbonato de sódio 
 ¼ de colher de sopa de cloreto de 
 potássio 
 Suplemento balanceado de vitaminas 
Pode possui agentes nefrotóxicos 
(terapêuticos, metais pesados, compostos 
orgânicos, quimioterápicos): perturbam as 
vias metabólicas que geram ATP – bomba 
sódio-potássio falha, causando edema e 
morte celular. Causas potenciais de 
isquemia (desidratação, hemorragia, 
hipovolemia, sepse, queimaduras, 
administração de AINE) que reduz as 
reservas de ATP bomba sódio-potássio 
falha, causando edema e morte celular. 
Os achados clínicos são letargia, 
depressão, anorexia, vômito, diarreia, 
desidratação e pode haver hálito urêmico 
ou úlceras bucais. 
Diagnostico é realizado por azotemia e 
isostenúria ou urina concentrada. 
 
 
@vettstudy.g

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