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Unidade 3 - Educação e Sexualidade

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EDUCAÇÃO E SEXUALIDADE
UNIDADE 3 – PROFISSÃO DOCENTE E OS 
ESTEREÓTIPOS DE GÊNERO NO AMBIENTE 
ESCOLAR
Autoria: Ravelli Henrique de Souza - Revisão técnica: Mariane Paludette 
Dorneles
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Introdução
Os discursos sobre as relações de gênero e as questões sobre a
educação sexual permeiam, no século 21, todas as instituições
disciplinares, principalmente a escola. Assim, professores
precisam investir na formação continuada e se especializarem
como profissionais qualificados a fim de entender as
subjetividades humanas para desconstruir os estereótipos de
gênero no ambiente educacional.
Dito isso, em tempos contemporâneos, esta unidade traz as
seguintes problematizações: Como pensar as relações de gênero e o papel dos(as) educadores(as) no ambiente
escolar? Quais as problemáticas de gênero na educação infantil em relação à profissão docente? Brinquedos e
cores têm gênero? Como desconstruir atividades generificadas na escola? Como efetivar a educação plural na
escola além das normalizações curriculares?
Com o objetivo de responder a essas problemáticas nos tópicos a seguir, desejo a você, estudante, bons estudos!
3.1 Relações de gênero e o papel dos(as) educadores(as) 
no ambiente escolar
Ao iniciar esta sessão, é importante ressaltar o pensamento de Furlani (2016) ao afirmar que as relações de
gênero e de sexualidade, assim como o desenvolvimento integral e psicossexual das crianças, devem ser olhadas
por um processo educativo contínuo, mas que sejam reconhecidas de forma diferenciada. Isso significa dizer que
se prezam as relações subjetivas e plurais, mas com objetivos específicos em relação ao ser e ao saber, além do
processo ensino-aprendizagem.
Ao ler essas informações, muitos profissionais em formação inicial ou em formação continuada perguntarão:
“Como devo iniciar a efetivação da educação plural diante das dificuldades contemporâneas que a escola
enfrenta?”
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Figura 1 - Representação de professores indagando como iniciar as discussões sobre a temática de 
representação de gênero e educação sexual no ambiente escolar
Fonte: Fizkes, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra algumas pessoas com um símbolo de interrogação diante do rosto, indagando
como iniciar a discussão sobre representação de gênero e educação sexual no ambiente escolar.
É fato que, para muitos professores, principalmente aqueles que não investiram em uma formação continuada de
qualidade, seja por meio de cursos de curta, média e longa duração, seja por meio de especializações latu ou
stricto sensu, é muito dificultoso tratar sobre educação sexual e identidade de gênero em sala de aula, pois, “[...]
quando se trata de dar início a uma prática docente de planejamento de implementação de atividades no campo
da educação sexual muitos/as educadores/as não sabem por onde começar” (FURLANI, 2016, p. 87).
Desse modo, é importante reforçar “[...] que trabalhar as relações de gênero na escola é uma atitude necessária
que precisa ser aprimorada a cada dia” (TEIXEIRA; MAGNABOSCO, 2010, p. 51). Segundo a autora, ao se referir
ao aprimoramento atitudinal, ela afirma que é preciso conceber práticas pedagógicas inovadoras, que partam de
um pensamento crítico e reflexivo, sem atribuir papéis sexuais ou de gênero às crianças colaborando com a
construção da autonomia e da emancipação humana dos alunos de maneira positiva e plural.
Nesse sentido de educação para as pluralidades, podemos exemplificar relatos sobre as questões de gênero
interligadas à tomada de decisão docente. Assim, em concordância com os estudos de Furlani (2016) e os de
Teixeira e Magnabosco (2010), é muito comum que, desde a educação infantil, a partir aproximadamente dos
seis anos de idade, meninos e meninas toquem seus corpos e o de seus colegas; tendam a se masturbar quando
sentem excitação sexual, sendo reprimidos por tal ato; brincam, com base em figuras simbólicas sobre a vida
adulta, de serem namorados, pois estão em pleno processo de desenvolvimento de sua sexualidade. Porém,
quando esses exemplos acontecem em sala de aula, é fidedigno afirmar que os(as) professores(as), ao verem tais
atos, “[...] muitas das vezes, [...] encaminham para a coordenação da escola e dizem não saber como agir diante
dessa situação” (TEIXEIRA; MAGNABOSCO, 2010, p. 51). As autoras ainda relatam que, na maioria das vezes, os
professores(as) ao acreditarem que a situação é inadequada, tendem a demonstrar sentimentos de raiva e
atitude disciplinadoras, colocando os alunos de castigo ou “[...] ensinando o modo correto de se comportar”
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atitude disciplinadoras, colocando os alunos de castigo ou “[...] ensinando o modo correto de se comportar”
perante a sociedade normativa.
É possível evidenciar que professores(as), ao atribuir o que meninas e meninos devem fazer, trabalham com
relações de gênero com papéis sexuais, fazendo com que a violência simbólica se efetive no ambiente escolar
desde a tenra idade. “Trata-se de uma forma de negar o corpo e a sexualidade da criança, com o suposto intuito
de preservar a infância. A sexualidade seria, desta perspectiva, um atributo dos adultos (TEIXEIRA;
MAGNABOSCO, 2010, apud BARROSO, 1980, p. 45). Cabe aqui ressaltar que os estudiosos, ao se referirem a um
estudo da década de 1980, mostram que a proliferação da repressão sexual continua a se proliferar nos dias de
hoje.
Para se iniciar uma educação plural, previamente, o profissional docente deve refletir sobre a sua prática
abrindo espaço para uma tomada de consciência e reflexão de que a sexualidade faz parte da vida e de que é
impossível não discuti-la nos ambientes educacionais, pois, de acordo com Teixeira e Magnabosco (2010), os(as)
professores(as), em seu âmbito profissional, são responsáveis pelas crianças; seres totais e que devem ser
trabalhados em totalidade, e jamais em sua fragmentação. Portanto, independentemente de idade, todos os seres
humanos são únicos e merecem ser tratados com direitos igualitários no que refere às suas subjetividades. Todo
ser humano é diferente, porém, total. Em suas singularidades, o ser humano é plural.
3.2 Como o(a) profissional docente deve iniciar a 
efetivação da educação plural na escola?
Para essa discussão, é necessário entender que, no contexto atual, existem duas realidades distintas para a
educação no Brasil sobre as relações de gênero e a educação sexual, que são a educação formal e a educação não
formal, possuintes de objetivos semelhantes, a saber:
A formação de sujeitos que, no processo de transformação promovido pela educação, sejam capazes
não apenas de executar tarefas técnicas, mas também de entender e defender seus direitos de
cidadania. (TORRES, 2013, p. 51)
No que tange à citação anterior, podemos compreender que a escola, além de produzir historicamente técnicas
de comportamento provenientes da disciplina, também deve questionar essas ideias que foram preconcebidas a
partir de um posicionamento crítico, ético e reflexivo. Pelo processo de experiência, permitimo-nos encontrar
nosso próprio lugar na sociedade por meio da vontade de ser e de saber sobre si e sobre o outro: a experiência
“[...] também ajuda o participante a aprender a importância da alteridade, do reconhecimento do outro como
alguém que pode ser diferente e que também é portador de direitos” (TORRES, 2013, p. 53).
Com atitude crítica, é possível elaborar atividades para o início de uma educação sexual plural de acordo com
Furlani (2016), que propõe estratégias com base em etapas didáticas de atividades planejadas para a efetivação
da educação sexual e as relações de gênero no contexto da escola contemporânea. Ainda segundo Furlani (2016),
essas etapas são apresentadas por uma sequência didática. Confira!
1
Que as crianças de todos os gêneros conheçam todas as partes de seus corpos.
2
Que as crianças aprendam as questões sobre higiene pessoal, privacidade e nudez.
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3
Que os professores, juntamente com os(as) estudantes no processo de ensino-aprendizagem, entendam sobre
pluralidade
4
Que problematizem a linguagemem relação aos nomes científicos que generalizam o pronome masculino, que
entendam e questionem sobre os aspectos da reprodução.
5
Que questionem as formas científicas e culturais de nomear as partes do corpo.
6
Que entendam sobre a questão das múltiplas configurações de ser família e a existência de famílias diferentes
daquelas demarcadas como o padrão social imposto (pai, mãe e dois filhos heterossexuais), a fim de entender as
questões sobre consanguinidade, laços afetivos e convivência mútua.
Na sequência, acompanhe um vídeo.
Furlani ainda reconhece que, com base nesses pressupostos, os educadores devem iniciar a educação sexual
proporcionando o entendimento de seus alunos sobre o conceito de diferença, sendo elas:
pessoais;
linguísticas e familiares em relação às diferenças de gênero e sexualidade;
raça;
etnia-religiosidade;
condição física;
Você quer ver?
A Prof. Drª. Luzia Batista de Oliveira Silva proferiu uma importante palestra em um
evento sobre educação plural para a efetivação dessa abordagem educacional na
escola. A pesquisadora ainda nos mostra dados atualizados sobre violência de gênero
e raça no Brasil e a questão dos abusos infantis. Confira no vídeo a seguir, a partir dos
15 minutos.
Acesse
https://www.youtube.com/watch?v=ow5uqWdzpVs&ab_channel=CRITinf%C3%A2nciaUEL
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classe
É preciso investir em uma formação continuada sobre a temática para apresentar a educação de meninas e de
meninos a datar das relações de gênero e discutir as questões sobre corporeidade e suas mudanças no decorrer
da vida.
Prosseguimos nossa discussão vendo como, além dos procedimentos teóricos e práticos, é possível aplicar
atividades no ambiente escolar voltadas à educação sexual.
Você quer ler?
Livro: Educação sexual na sala de aula: relações de gênero, orientação sexual e
.igualdade étnico-racial numa proposta de respeito às diferenças
Autora: Jimena Furlani
Editora: Autêntica
Ano: 2016
Comentário: A partir da página 88, a autora sugere atividades intencionalmente
planejadas para a efetivação da educação sexual que podem se integrar ao currículo
escolar permitindo o diálogo e reflexões sobre a temática proposta.
Acesse
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/36697/pdf/0?code=rINWZVcSCVfGnnCHIRbSPztx2cKz3D6fCfCCksba7RnMn5OcVpb91XMbUM3N88LU/B0G8EzqOZcROjNqU4tQaw==
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Figura 2 - Imagem de crianças brincando e tocando uma no corpo da outra com respeito e de forma consentida
Fonte: Monkey Business Images, Shuttersock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra seis crianças brincando com a corporeidade, e algumas estão sendo carregadas e
ou/abraçadas por outras de forma consentida e respeitosa, levando em consideração o caráter lúdico e o
conhecimento do corpo.
Assim, para iniciar a educação sexual na escola, além dos procedimentos teórico e práticos, é possível aplicar
algumas atividades. Conheça-as!
1
Os(As) estudantes identificam e nomeiam as partes do corpo.
2
Discussão dos nomes científicos das partes do corpo.
3
Os(As) estudantes interagem com a sua própria corporeidade e a questionem.
4
Os(As) discentes aprendem, por meio de brincadeiras, que seus corpos são um direito de si e que os outros não
podem violentá-los, por exemplo, fazendo a leitura crítica dos contos de fadas, questionando os papéis dos
príncipes e princesas.
5
Atividades que contextualizem a reprodução a partir de figuras com animais.
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Atividades que contextualizem a reprodução a partir de figuras com animais.
6
Atividades que não separem as crianças por gênero (menino-menina).
7
Atividades de pesquisa e colagem em relação às famílias diferentes.
Hora de testar seus conhecimentos!
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Agora, vamos conhecer a profissão docente e as problemáticas de gênero no contexto educacional.
3.3 Profissão docente e as problemáticas de gênero no 
contexto educacional
Uma das maiores problemáticas de gênero, desde a configuração da sociedade como patriarcal há três séculos, é
a não aceitação das diferenças, que são reprimidas pelo poder discursivo cristão sobre a sexualidade.
Torres (2013) salienta que o cristianismo, com o discurso religioso, atingiu o ambiente escolar perpetuando
distinções das sexualidades, caracterizadas como boas e más. Com essa afirmação, é possível afirmar que a
orientação sexual classificada como certa, ou seja, “a ideal” é a heterossexualidade, uma vez que todas as outras
orientações e identidades de gênero formuladas pelos movimentos sociais a favor da inclusão, representadas
pela sigla (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, , intersexuais, assexuais eLGBTQIA+ genderqueers
outros), devem ser proibidas e caracterizadas como pecaminosas.
Ao incitar a questão de como devemos iniciar uma educação sexual efetiva, damos continuidade ao diálogo de
que o preconceito deve ser visto como ausência e/ou falta de interesse no processo de experiência contra o
outro. Dessa maneira,
[o] preconceituoso atribui características às vítimas que podem ser inventadas ou alteradas, esse
ódio é a sua marca, mas nem sempre fica evidente, podendo ser demonstrado de formas inofensivas,
como o desprezo e a indiferença. É preciso entender o contexto histórico e compreender os
mecanismos psíquicos, para que esse ódio não fique sem referência conceitual. Desse modo, as
necessidades psíquicas das pessoas e os fatores da contradição social podem impedir a diminuição
do preconceito. (DE SOUZA; SANTOS; FURLAN; 2019, p. 6)
Portanto, para quebrar o tabu dessa problemática de gênero, é essencial o processo de autorreflexão como uma
maneira de (re)iniciar a prática docente visando ao processo de experiência.
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Ao continuar a discussão, Torres (2013) salienta que, por sermos acostumados a conviver em uma determinada
cultura, nós, seres humanos, pensamos de modos diferentes e reproduzimos conceitos preestabelecidos que nos
induzem a formar articulações sobre os sujeitos e suas sexualidades.
Você quer ler?
As questões sobre raça também são problemáticas de gênero, visto que os estudos e
perspectivas de "interseccionalidades”, propostos por Kimberlé Crenshaw (2002),
constituem uma ferramenta de problematizações nas flexões entre raça e classe
social, bem como nas dos estudos de gênero relacionados às opressões. Segundo a
autora, as interseccionalidades tratam especificamente da forma pela qual o racismo,
o patriarcalismo, a opressão de classe e outros sistemas discriminatórios criam
desigualdades básicas que estruturam as posições relativas de mulheres, raças, etnias,
classes e outras (p. 177). O conceito de interseccionalidades possibilita identificar
múltiplas diferenças entre as subjetividades humanas, pelas suas necessidades
individuais e coletivas, além de enxergar “[...] como as ações e políticas específicas
geram opressões que fluem ao longo de tais eixos, constituindo aspectos dinâmicos ou
ativos do desempoderamento” (CRENSHAW, 2002, p. 177).
Caso você queira saber mais sobre o assunto, confira!
Livro: Documento para o encontro de especialista em aspectos da discriminação
racial relativos ao gênero
Autora: Kimberlé Crenshaw
Ano: 2020
Acesse
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/36697/pdf/0?code=rINWZVcSCVfGnnCHIRbSPztx2cKz3D6fCfCCksba7RnMn5OcVpb91XMbUM3N88LU/B0G8EzqOZcROjNqU4tQaw==
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Figura 3 - Imagem de pessoas em uma manifestação a favor da igualdade racial #BlackLifesMatters 
#VidasNegrasImportam
Fonte: Drazen Zigic, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra duas pessoas negras em uma manifestação fazendo um gesto com os punhos
fechados como um ato de protesto. Uma outra pessoa atrás segura um cartaz escrito que, emBlacks Lives Matter
inglês, significa “Vida Negras Importam”.
Dessa forma, o processo de experiência se torna imprescindível, pois permite ao ser humano aprender sobre si e
sobre o outro, fazendo com que se torne possível o aceitamento das diversas identidades e sexualidades nos
ambientes sociais, principalmente no que tange à discussão na escola.
Você sabia?
NoBrasil, existe um estatuto que desenvolve projetos e programas educacionais
voltados ao enfrentamento da violência e dos abusos sexuais de crianças e
adolescentes com o objetivo de incluir todas as instâncias de poder (empresas, igrejas,
escolas), ou seja, a sociedade civil como um todo, nessa luta.
Para conhecer mais, acesse a página: https://www.childhood.org.br/#:~:text=A%
20Childhood%20Brasil%20atua%20para,no%20enfrentamento%20da%20viol%
C3%AAncia%20sexual.
https://www.childhood.org.br/%23:~:text=A%20Childhood%20Brasil%20atua%20para,no%20enfrentamento%20da%20viol%C3%AAncia%20sexual
https://www.childhood.org.br/%23:~:text=A%20Childhood%20Brasil%20atua%20para,no%20enfrentamento%20da%20viol%C3%AAncia%20sexual
https://www.childhood.org.br/%23:~:text=A%20Childhood%20Brasil%20atua%20para,no%20enfrentamento%20da%20viol%C3%AAncia%20sexual
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As maneiras de compreensão sobre as expressões corporais, identidades de gênero e sexualidades também são
partes de processos de aprendizagem. Por isso, cabe o entendimento desses termos para se iniciar uma educação
sexual que não julgue o outro por não ser igual a si. Dessa maneira, há de se concordar com Torres (2013) sobre
a importância do estado laico em relação à educação de nossas crianças, uma vez que as questões de gênero não
devem ser discutidas com discursos de caráter cristão, com o objetivo de oprimir as sexualidades. Pelo contrário,
a escola e os(as) profissionais docentes precisam assumir a linha de frente na luta contra o preconceito a fim de
solucionar essas problemáticas de gênero por meio da inclusão de uma educação não generificada.
3.4 Os brinquedos e as cores possuem gênero?
A construção de estereótipos relacionados à identidade de gênero inicia-se quando, em certo período de
gestação, ao ser revelado o sexo do bebê, em geral são utilizadas as cores azul, para a criança que será do gênero
masculino, e cor-de-rosa, caso a criança seja do gênero feminino. Quando é descoberto o sexo (macho ou fêmea)
do indivíduo que está em formação no ventre materno, a organização do ambiente e das escolhas de roupas para
as crianças está associada à cor e ao gênero, e os enxovais e as pinturas de quarto serão azuis para aqueles que
apresentam o sexo biológico macho, e tons rosa para aquelas de sexo biológico fêmea.
Figura 4 - Representação das cores rosa e azul em bebês
Fonte: Katrina Elena, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra dois bebês enrolados em lençóis. O bebê do sexo masculino está enlaçado no
lençol azul e a bebê do sexo feminino está com o lençol cor-de-rosa, representando os estereótipos de gênero
pelas cores.
Consequentemente, essas relações deixam marcas na maioria das vezes permanentes nas crianças, causando
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Consequentemente, essas relações deixam marcas na maioria das vezes permanentes nas crianças, causando
feminilidades e masculinidades a partir dos estereótipos e atribuições de papéis de gênero provenientes da
violência simbólica causada pela sociedade patriarcal.
O processo de atribuição de estereótipos de gênero e violência é efetivado em demasia no ambiente educacional,
visto que meninas são orientadas a brincarem de boneca ou brincadeiras relacionadas a trabalhos domésticos e
cuidados de beleza corporal, enquanto meninos são orientados a brincar de carrinho ou de super-heróis. Essa
atribuição causa violência simbólica referida ao processo de construção da identidade de gênero nos alunos, uma
vez que é comum, a partir da sociedade patriarcal, atribuir os papéis sociais do sujeito com base na época, em
que mulheres devem ser mães, cuidadoras do lar, enquanto os homens devem sair com seus carros para
trabalhar nas indústrias e proteger as esposas do perigo, sendo caracterizados como super-heróis, e as mulheres
como frágeis e submissas.
Portanto, as cores rosa e azul envolvem uma questão social que extrapola a questão ligada aos gostos pessoais.
Desde cedo e no decorrer da vida, as cores identificam os meninos e as meninas produzindo marcas identitárias
e estabelecendo um único modelo de ser homem e mulher, e do que se deve gostar, porque:
A história da cor rosa e de outros signos que colam significados a corpos masculinos e femininos são
exemplos de que o gênero, como propõe o movimento feminista desde o século XIX, é uma
identidade relacional, isto é, que se forma e se transforma nas interações com as diferenças. Contudo,
numa análise especificamente sobre masculinidades, ao contrário do que se poderia supor, as
diferenças não são integradas exclusivamente pelas identidades femininas, mas também pelos
homens que expressam masculinidades desiguais entre si. (BALISCEI; CALSA, 2019, p. 185)
Visto que gênero estabelece múltiplas relações entre os seres, fica claro, na citação dos autores, que a correlação
entre cores é um movimento retrógrado, imposto na história da sexualidade, uma vez que, no que concerne às
masculinidades, a cor rosa também pode ser utilizada, pois existem variadas formas de ser homem na sociedade;
logo, a norma sexual que impõe um único jeito de ser “macho” não é válida para o processo construtivo de
gênero (SOUZA, 2020).
Você sabia?
No atual cenário político do Brasil, desde 2018 propriamente dito, tem-se levantada a
bandeira dos “direitos humanos” no sentido de que isso seja garantido pela
normalização dos sexos das crianças desde pequenas. A ministra dos Direitos
Humanos e da Mulher, Damares Regina Alves, trouxe à tona uma grande polêmica ao
estabelecer como um dos objetivos a ser garantido pelos direitos humanos a seguinte
frase: “Menino veste azul, menina veste rosa”, sob a alegação de que o sexo
proveniente de um determinismo biológico é atribuído também por cores, sendo a cor
azul destinada aos meninos e a cor-de-rosa às meninas.
Veja a reportagem completa no link: https://oglobo.globo.com/sociedade/menino-
.veste-azul-menina-veste-rosa-diz-damares-alves-emvideo-23343024
https://oglobo.globo.com/sociedade/menino-veste-azul-menina-veste-rosa-diz-damares-alves-emvideo-23343024
https://oglobo.globo.com/sociedade/menino-veste-azul-menina-veste-rosa-diz-damares-alves-emvideo-23343024
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Desde cedo, as pessoas que cuidam dos pequenos designam atribuições de papéis e comportamentos sociais
para eles, diferenciando, com suas próprias convicções, o que é o universo masculino e o que é feminino, e, ao
mesmo tempo, coíbem o direito de escolha das crianças.
França e Calsa (2010), ao concluírem uma pesquisa de campo em uma instituição escolar, enfatizam que esse
processo de atribuição de papéis e comportamentos sociais faz com que muitos alunos cheguem às salas de aulas
com ideias preestabelecidas sobre o conceito de gênero, de forma que, pela lógica binária e reprodutiva, o pai
(homem) deve ser forte, enquanto a mãe (mulher) deve ser meiga e delicada.
Figura 5 - Representação de duas crianças, um menino e uma menina, brincando com os mesmos brinquedos
Fonte: FamVeld, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra duas crianças, uma menina e um menino, brincando com carrinhos para
representar que brinquedo não tem gênero e as crianças podem brincar do que quiserem.
Dessa maneira, “[...] as culturas, as realidades são diferentes e precisam ser consideradas dentro do contexto
escolar” (FRANÇA; CALSA, 2010, p. 27). Portanto, cabe ao professor intermediador desconstruir essas ideias
provenientes do patriarcado por meio de uma educação que trabalhe as relações e as representações sociais.
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No próximo tópico, vamos discutir como efetivar a educação plural na escola além das normalizações
curriculares.
3.5 Como efetivar a educação plural na escola além das 
normalizações curriculares?
De acordo com Souza e Araújo (2017), os documentos curriculares e educacionais, como o Plano Nacional de
Educação e a Base Nacional Comum Curricular, ao serem reconhecidos pelo MEC (Ministério da Educação) e pelo
Conselho Nacional de Educação, em 2014, solicitaram que:
[...] as escolas dos municípios e estados brasileiros elaborassem seus planos de educação nos quais a
palavra gênero deveriaser retirada. A defesa da retirada do termo gênero na escola foi justificada a
partir ideia de que com a exclusão da palavra seria promovida a superação das desigualdades
educacionais para promover a igualdade de gênero, raça, etnia e de orientação sexual, ou seja, retirar
o conceito “gênero” do contexto escolar provoca uma homogeneização das diferenças. Tal
homogeneização exclui todas as pessoas que não se identificam com o binarismo de gênero e priva o
ensino sobre educação sexual na escola. (SOUZA; ARAÚJO, 2017, p. 1)
Dessa maneira, após todo esse impacto sobre a homogeneização das diferenças, é necessária uma discussão
plural sobre o currículo escolar, já que o currículo escolar deve ser visto a partir das relações de poder, cultura e
permeação ideológica, pois ele é, de fato, um campo no qual a linguagem, em conjunção com a oralidade,
reproduz-se socialmente. Portanto, é digno afirmar que não se separa cultura de currículo, porque ele transmite
cultura de uma maneira institucionalizada por meio de relações de poder (SANTOS; CASALI, 2009).
Em concordância com os estudos de Santos e Casali (2009), na contemporaneidade são estabelecidos três níveis
de currículo:
currículo formal;
currículo real;
currículo oculto
Vamos Praticar!
Nessa atividade, você estudante, deve interagir com amigos, familiares, colegas ou
qualquer pessoa com condições de participar da atividade. A interação pode ser via
internet. Você irá escolher seis tipos de brinquedos, por exemplo: carrinho, boneca,
bicicleta, ursinho, super-heróis, ioiô, entre outros, e duas cores: rosa e azul. Depois,
você deve perguntar aos participantes se esses brinquedos são de menino, de menina
ou de ambos. Por fim, você deve comparar as respostas e debatê-las com o que foi
aprendido em nossa unidade. Ao final, compartilhe suas considerações no fórum com
seus(suas) colegas.
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currículo oculto
Os dois primeiros dizem respeito a normas, leis de diretrizes curriculares, planos de ensino e projetos político-
pedagógicos. No que concerne ao currículo oculto, como o próprio nome indica, ele não é visível, ou seja, não é
constituído no planejamento docente, mas pode acrescentar temáticas a serem discutidas em sala de aula.
Atualmente, a temática sobre educação sexual só é discutida no currículo oculto, quando é discutida.
É notório que a sociedade contemporânea, de modo geral, e, consequentemente, a educação estejam imersas em
um processo semiformativo que caminha progressivamente para a mais profunda barbárie. A semiformação, ao
contrário da formação – que pretende ser um processo de emancipação dos indivíduos –, produz a acomodação
desses sujeitos ao status quo, ou seja, semiformação não significa apenas uma formação pela metade, mas algo
que, para se tornar plena, basta ser completa por informações opressoras. Ela também é ausência de cultura ou
uma cultura danificada. Desse modo, percebemos que a universidade, na qualidade de lócus de formação, está
submersa nesse processo, na maioria das vezes, na medida em que concebe o ensino como mera mercadoria,
anulando o desenvolvimento da autorreflexão e da autonomia humana e/ou “adestrando” o pensamento dos
estudantes para a uniformidade de uma proposição teórica que não engloba direitos humanos igualitários.
Na visão de Adorno, o problema da deficiência da escolarização formal enfrentado atualmente seria solucionado
se a educação elementar produzisse pessoas verdadeiramente cultas com professores intelectualmente
preparados para assumir uma postura de superação dessa semiformação (ZUIN, 2001).
Em relação às concepções equivocadas sobre a educação sexual e as identidades plurais de gênero, é necessário
Caso
Caro(a) estudante, para esta atividade, você deve considerar que está realizando o estágio obrigatório
de sua graduação e se depara com a situação de Aline, uma criança de 6 anos, matriculada na Educação
Infantil que, em todas as aulas em que a professora da turma trabalha com questões corporais, a
criança se reprime, começa chorar ou alega não gostar desse tipo de brincadeira... A professora, sem
saber o que fazer, tenta incluir a menina de todas as formas na atividade, porém, quanto mais a
professora tenta, mais a menina chora. A professora, então, convocou os pais de Aline para uma
reunião e eles alegaram que não sabiam o motivo de tal crise, mas a situação continua e a professora
não tem ideia do que fazer. Desse modo, para solucionar o problema, a professora deve levar em
consideração os relatos, os desenhos e as mudanças de comportamento que a criança apresenta no
decorrer de suas aulas. Ao ter o conhecimento sobre as questões relacionadas à violência de gênero e
ao abuso infantil, é possível identificar que a criança está possivelmente enfrentando problemas
sexuais vindos de outrem. Ainda, é preciso indagar, de forma lúdica, à criança para checar se ela se cala
diante da situação ou se relata o abuso que sofre. Segundo o artigo 13 do Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA), o corpo docente da escola, em conjunto com a diretoria, ao identificar uma
confirmação ou suspeita de violação dos direitos humanos de adolescentes e crianças, incluindo
violência, exploração ou abuso sexual, deve fazer uma denúncia no Disque 100, Direitos Humanos, que
é uma ligação gratuita, anônima e com atendimento 24 horas, todos os dias da semana, ou acessar o
aplicativo Direitos Humanos BR, que é uma plataforma digital com os mesmos objetivos. O Disque
Direitos Humanos é seguro, protege a identidade de quem faz a denúncia e resolve o problema de
maneira ágil, sendo o caso encaminhado aos órgãos competentes na cidade de origem da criança ou do
adolescente. Diga não à violência infantil e denuncie.
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Em relação às concepções equivocadas sobre a educação sexual e as identidades plurais de gênero, é necessário
um currículo inclusivo, que incorpore diferentes grupos culturais e sociais, no sentido de contribuir para que os
indivíduos se apropriem do contexto de sua vida social com criticidade, ou seja, um currículo que conceba o
homem e o mundo de forma interativa, de modo que este sujeito se torne responsável pelo seu próprio destino.
Assim, ele é capaz de transformar a sociedade, refletindo sobre seu contexto social, cultural e histórico.
Paraíso (2016, p. 208) corrobora ao afirmar que essa discussão é necessária no currículo, visto que trata de “[...]
um importante espaço social, em que as normas reguladoras do gênero marcam sua presença para ensinar o
certo, o errado, o esperado, o adequado, o inadequado, o normal, o anormal, o estranho e o abjeto” em relação às
condutas de gênero.
Por meio de uma organização curricular pautada na formação crítica dos sujeitos, há a possibilidade de se pensar
em um processo de promoção que objetiva a intervenção consciente e libertadora sobre si e a realidade, de
modo a alterar a ordem social (SANTOS; CASALI, 2009). Por conseguinte, o indivíduo encontra-se confrontado e
desafiado diariamente ante os problemas que vivencia na realidade social. Essas relações sociais podem ser
reveladas por propostas formativas que vão além das “paredes da sala de aula”, instigando o respeito aos
sujeitos plurais e à própria diversidade humana. Com essa linha de reflexão, acredita-se que o indivíduo tem
capacidade de conduzir seus propósitos individuais em um contexto social de respeito e de valorização da
subjetividade humana.
Assim, torna-se necessária a inserção da educação sexual ou para as sexualidades nos três níveis de currículo, a
tratar de forma que o currículo seja “[...] um território de ensinar, aprender, transmitir conteúdos, saberes,
conhecimentos, conceitos, habilidades, culturas, valores, condutas, modo de ser, estar e viver já pensados e
aceitos” (PARAÍSO, 2016, p. 209-210).
É salientado por Louro (2000) um processo que, por meio das práticas de ensino escolares, a ação pedagógica
visa formar o ser civilizado para que se tornem homens e mulheres de “verdade”, valendo-se a escola de critérios
que se construíram no processo de padronização da normalidade,a fim de analisar as condutas adequadas de
meninos e de meninas, e de encontrar possíveis condutas indesejadas.
Deve-se realizar o movimento de estranhamento com o currículo, desconcertá-lo, a fim de ultrapassarmos os
limites normativos empregados nele. É imprescindível considerar que o currículo é tido como um corpo de
conhecimentos, logo, devemos enfrentar as condições arbitrárias em que se dá esse corpo de conhecimentos
(LOURO, 2018).
Figura 6 - Representação das diferenças sociais presentes na escola, simbolizadas por pinos coloridos, e uma 
professora acolhendo-os com as mãos
Fonte: Andrey Popov, Shutterstock, 2020.
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#PraCegoVer: a figura mostra uma pessoa representando uma professora com as mãos envolvendo variados
pinos de diversas cores, que representam pessoas diferentes, significando o movimento de inclusão das
diversidades no currículo escolar.
O currículo deve ser discutido com o conhecimento plural; os profissionais da educação têm o direito de
conhecer e de desconhecer determinados assuntos. Desse modo, não se pretende incorporar outros sujeitos no
currículo, mas, sim, pôr em questão “[...] a ideia de que se disponha de um corpo de conhecimentos mais ou
menos seguro que deva ser transmitido: além disso, pôr em questão a forma usual de conceber a relação
professor-estudante-texto” (LOURO, 2018, p. 60), tendo em vista que devemos ampliar essa relação a fim de
questionar as condições que permitem ou impedem a expansão do conhecimento para descontruir o currículo
tradicional, visto como um texto sexualizado que coloca alguns alunos na marginalidade (LOURO, 2018). Com
essa análise, é possível subverter a lógica curricular normativa e padronizada para abrir espaço para novas
ideias relacionadas à multiplicidade de gênero, à sexualidade e aos corpos subjetivos.
Por fim, defende-se que a escola, como formadora de cidadãos autônomos e plurais, deve elencar em seu
currículo a temática de gênero, educação sexual, sexualidades e diversidades, pois tais temáticas não têm sido
trabalhadas nos ambientes educacionais de maneira concreta e regularizada conforme uma área de
conhecimento e de ensino. Assim, poderemos discutir a educação sexual em relação à multiplicidade de gêneros
e abrir espaços para a diversidade no âmbito de ensino.
Teste seus conhecimentos
(Atividade não pontuada)
Chegamos ao fim de mais uma unidade. Até a próxima!
Conclusão
O que pretendemos como objetivo final desta unidade é que este estudo sirva como uma forma de reflexão sobre
as questões sociais enraizadas para que possibilite novas maneiras de se pensar a educação e as subjetividades
humanas a partir das experiências entre os sujeitos plurais.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• refletir sobre as relações de gênero e o papel dos(as) educadores(as) no ambiente escolar;
• compreender as problemáticas de gênero na educação infantil em relação à profissão docente;
• desconstruir atividades generificadas na escola em relação a brinquedos e cores;
• efetivar a educação plural na escola por meio de questionamentos contemporâneos sobre o currículo.
Referências
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	Introdução
	3.1 Relações de gênero e o papel dos(as) educadores(as) no ambiente escolar
	3.2 Como o(a) profissional docente deve iniciar a efetivação da educação plural na escola?
	Você quer ver?
	Você quer ler?
	Teste seus conhecimentos
	3.3 Profissão docente e as problemáticas de gênero no contexto educacional
	Você quer ler?
	Você sabia?
	3.4 Os brinquedos e as cores possuem gênero?
	Você sabia?
	Vamos Praticar!
	3.5 Como efetivar a educação plural na escola além das normalizações curriculares?
	Caso
	Teste seus conhecimentos
	Conclusão
	Referências

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