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Doenças Parasitárias de cães e gatos Angelica Araújo, Anna Carolina Paulino, Lívia Garcia e Walker Rangel Toxocaríase Agente etiológico o Toxocara canis e T. cati o Obs: Toxocaris leonina tem como hospedeiro os felinos silvestres Local de parasitismo o Parasito localizado no intestino delgado Hospedeiros o Cães e gatos (DEMINICIS et al 2013) TOXOCARA CANIS TOXOCARA CATI Toxocaríase Transmissão o Transmissão: Ingestão do ovo embrionado (contendo L3), transplacentária, via mamária, percutânea e via hospedeiro paratênico Ciclo hepatotraqueal (DEMINICIS et al 2013) Toxocaríase Sinais clínicos o Principais manifestações: Diarreia, desidratação, o Distensão abdominal e em casos graves pode ter obstrução intestinal o Obstrução intestinal o “Barriga de verme” (DEMINICIS et al 2013) Toxocaríase Epidemiologia o Risco zoonótico, portanto, nos humanos pode fazer um ciclo errado e a larva migra para regiões como o olho → Larvas migrans visceral o Causar lesão ocular Lesão ocular causada por T. canis Diagnóstico o Coproparasitológico: exame parasitológico de fezes (DEMINICIS et al 2013) Toxocaríase Tratamento o Os fármacos de escolha são: ivermectina, febantel e pamoato de pirantel. Profilaxia o Manejo ambiental é de extrema importância. (DEMINICIS et al 2013) Ancilostomíase Agente etiológico o Ancylostoma caninum e Ancylostoma tubaeforme Local de parasitismo o Parasito localizado no intestino delgado o Hospedeiros o A. caninum→ Cães o A. tubaeforme → Gatos Morfologia do A. caninum Ancilostomíase Via oral TransmamáriaVia percutânea Formas de transmissão Ancilostomíase Ciclo biológico Esquema representando a A. caninum nas vilosidades do intestino delgado Ancilostomíase Epidemiologia o Ancylostoma caninum é bastante patogênico, especialmente para filhotes. o Existe a A. braziliense que parasita o intestino delgado de carnívoros e que apresenta alto risco zoonótico. o Esta espécie faz um ciclo erradico, acarreta a larva migrans cutânea → bicho geográfico. Ancilostomíase Sinais clínicos o Principais manifestações: hemorragia associada a anemia (mucosa pálida) o Muito patogênico para os filhotes o Pode causar sintomas pulmonares Mucosa pálida decorrente da anemia intensa Diagnóstico o Exame coproparasitológico (Ex: direto, flutuação e sedimentação) Ancilostomíase Tratamento o Alta eficiência da ivermectina, administrada por via oral, no controle de Toxocara spp. e Ancylostoma spp. em cães e gatos (Kirkpatrick e Megella 1987; Nolam et al. 1992). Profilaxia o Instalações e limpeza sanitárias adequadas Babesiose em cães Agente etiológico Babesia canis o B. canis canis – Europa o B. canis vogeli o B. canis rossi B. gibsoni Local de parasitismo o Parasito localizado no interior de hemácias. Hospedeiros o Rhipicephalus sanguíneos – HI o Cães - HD o Nos quais ocorrem a fase assexuada (esporulação) (PINTO, R.L., 2009) Babesiose em cães Presença de merozoítos de B. canis em hemácias em um esfregaço sanguíneo de cão (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) Babesiose em cães Epidemiologia o A Babesiose é uma zoonose, então pode acometer os seres humanos causando infecções mais assintomáticas, entretanto infecções graves podem acontecer. o No Brasil a mais comum é a B. canis vogeli (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) Distribuição mundial o B. canis é amplamente distribuída em regiões tropicais e subtripicais (América do Sul) o B. gibsoni é mais encontrada na Ásia Babesiose em cães o Transmitido por carrapato do gênero Rhipicephalus sanguíneos o A saliva do carrapato transmite a Babesia durante o repasto sanguíneo o A babesia se adere as hemácias dos hospedeiros definitivos, onde se reproduzem por fissão binária → rompimento do eritrócito o No carrapato, onde ocorre as fases de gametogonia e esporogonia, pode ocorrer a transmissão transovariana e transestadial. Transmissão (PINTO, R.L., 2009) Babesiose em cães Esquema representativo do ciclo da B. canis (Adaptado de VIDOTTO e TRAPP) Babesiose em cães o Apresenta infeções subclínicas: superaguda, agudas, crônicas ou atípicas (variam de acordo com a espécie da Babesia) (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) o A forma hiperaguda, menos comum, é caracterizada pela presença de choque hipotensivo, hipóxia, lesão tecidual e estase vascular. Em filhotes infectados são mais vistos estes sinais. (PINTO, R.L., 2009) Sinais clínicos Babesiose em cães o Forma aguda é a mais comum. Vê presença de anemia, trombocitopenia e esplenomegalia. o Infecções crônicas são caracterizadas por febre intermitente, diminuição do apetite, lesão tecidual e estase vascular. → Babesia gibsoni o Infecções atípicas foram descritos sinais clínicos como edema, ascite, alterações de trato respiratório. (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) Sinais clínicos (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) Babesiose em cães Imunidade Diagnóstico e identificação o Fagocitose de hemácias parasitadas→ baço e fígado o Macrófagos o Anticorpos são detectados de 5 a 12 dias após a infecção o Esfregaço sanguíneo o Técnica ELISA o Difícil detecção do parasito→ redução do estado febril (PINTO, R.L., 2009) (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) Tratamento e profilaxia Controle do ambiente Aceturato de diminazeno Diproprionato de imidocarb Controle de carrapatos (VIDOTTO, D., TRAPP, S. M., 2004) (PINTO, R.L., 2009) *Vacina Babesiose em felinos Agente etiológico o Babesia felis Local de parasitismo o Parasito localizado em hemácias. Hospedeiros o Felinos (gato) o A transmissão parasitária pode ocorrer pela picada de carrapatos, transfusão ou inoculação sanguínea (ABCD, Babesiosis in cats) Babesiose em felinos Sinais clínicos o Principais manifestações: Perda de peso, anemia, palidez das mucosas e febre o Os sinais clínicos em jovens e adultos são mais comuns e incluem perda de peso, anemia, edema, hemoglobinúria, hepatomegalia e dificuldades locomotoras. (ABCD, Babesiosis in cats) Babesiose em felinos Sinais clínicos o Complicações do SNC o Apesar da trombocitopenia ser frequentemente vista na babesiose canina, não é frequente nos casos de babesiose felina. (SCHOEMAN, 2005) Babesiose em felinos Epidemiologia o A B. felis tem sido reportado na França, Alemanha e Tailândia, mas sinais clínicos foram vistos especialmente na África do sul. o A Apesar de poder acometer felinos de várias idades, são mais comuns nos animais mais jovens. (KUMAR et al., 2008) Babesiose em felinos Patologia o A Babesiose felina envolve danos aos eritrócitos e causam anemia hemolítica o Hiperglobulinemia, pode ser vista, por produção de proteínas que são produzidas pelo organismo em resposta aos antígenos da B. felis. o Edema pulmonar o Hepatopatias (ABCD, Babesiosis in cats) Babesiose em felinos Diagnostico o Esfregaço sanguíneo o E o diagnóstico clínico deve sempre ser associado ao diagnóstico epidemiológico e laboratorial para chegar a um diagnóstico assertivo e fiável Imagem representando a B. felis dentro das hemácias → formato de cruz de malta. (ABCD, Babesiosis in cats) Babesiose em felinos Tratamento o Antimalárico fosfato de primaquina o Como terapia de suporte destacam-se suplementos vitaminas/minerais, fluidoterapia, corticoterapia, suporte hepático e transfusões de sangue Profilaxia o Manejo ambiental Referências o ABCD. (2016). n Blood smear of a cat with Babesia spp. in erythrocytes. n Characteristic “Maltese cross” tetrad formation in infected erythrocyte. o José, D., Farraia, A., Meireles, S., Isabel, D., Soares, M., Da, P., Ana, D., Simões, I., Duarte, P., Maria, D., & Basso, A. C. (2015). Faculdade de Medicina Veterinária POR TÉCNICAS PARASITOLÓGICAS DIRETAS E SEROLÓGICAS NO CONCELHO DE ALCOCHETE MARIA JOÃO NOBRE DA VEIGA CARVALHO TEIVES CONSTITUIÇÃO DO JÚRI ORIENTADOR. o Kumar, M., Shekhar, P., Haque, S., & Mahto, D. (2008). Feline Babesiosis. In Veterinary World (Vol. 1, Issue 4). o Pinto,R. L. (2009). UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÀRIDO BABESIOSE CANINA-RELATO DE CASO. o Vidotto, O., & Trapp, S. M. (2004). BABESIOSE CANINA. In Rev. Bras. Parasitol.Vet., v (Vol. 13, Issue 1). OBRIGADO (a)! Angelica Araújo, Anna Carolina Paulino, Lívia Garcia e Walker Rangel
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