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ok epizootiologia 09.11.11

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Alexandra Woods
Epizootiologia das Parasitoses
09/11/2011
Teníases e cisticercose 
Taenia solium
Taenia saginata
Echinococcus granulous
Diphylobotrium latum 
Hospedeiros
BIOAGENTE
- INFECTIVIDADE
* COMPLEXO
- PATOGENICIDADE
* MORFOLOGIA DO AGENTE
* FISIOLOGIA DO AGENTE
- IMUNOGENICIDADE
* TAMANHO E LOCALIZAÇÃO
- RESISTÊNCIA
* COMPLEXO
AMBIENTE
Essa parte embora envolva tanto pequenos animais e a parte de grandes animais, a importância do complexo que vai ser falado hoje está muito relacionada com o aspecto social e com o papel do veterinário que não é teoricamente de dar assistência ao animal e sim de favorecer na qualidade do produto animal.
Teníases e cisticercose 	
Recebe o nome complexo, com isso muitas pessoas por conta desse termo “complexo” confundem a cadeia epizootiológica desse complexo. Não é raro vcs encontrarem profissionais que não conseguem definir adequadamente como o homem pode se infectar. Quando ele associa que o complexo é uma coisa única (teníase e cisticercose) ele entende que o ser humano vai se infectar ingerindo a carne contendo cisticercus. Pensam que a cisticercose é quando ingiro cisticercus, quando na verdade isso é uma idéia equivocada. 
A cisticercose é a forma patológica do parasita no corpo do hospedeiro intermediário, no corpo do hospedeiro que mantém apenas a forma imatura. Então cisticercose quem tem no ciclo natural são os animais. O nosso poder de detecção é exatamente na observação desses animais.
Embora, a cisticercose também possa acontecer no ser humano, mas vamos entender que ele está assumindo papel de hospedeiro intermediário, então como a infecção dele deve ser: a forma dele se infectar deve ser aquela que o bovino ou que o suíno também se infectam. 
É nessa visão equivocada que vamos ver muito profissionais condenando o consumo da carne suína mal cozida e acabam condenando as idéias. É importante porque é um complexo. Enquanto eu tenho indivíduos que portam a cisticercose, se esses indivíduos servem como fonte de infecção para alguém eu vou continuar tendo teníase, porque um depende do outro.
Temos a possibilidade do homem como hospedeiro infectado transmitir, participar dessa cadeia de transmissão como fonte pro animal. 
E temos no complexo o animal servindo como fonte de infecção para o ser humano. Por isso acontece. É impossível vc estudar cisticercose e não estudar teníase.
Hospedeiro infectado: homem, suíno, bovino.
O termo teníase é dado para quem porta a taenia. E a cisticercose é aquela doença para quem porta a forma imatura que agente chama de cisticercus. 
Vamos entender que para esse grupo de parasitas, outras espécies também são importantes, como é o caso do Echinococcus granulous que também é um cestosa, e como é o caso do Diphylobotrium latum que também é um cestoda.
Coloquei o Echinococcus granulous e o Diphylobotrium latum aqui em conjunto com a teníase (taenia) porque essas 2 patologias, esses 2 agentes passaram a ser muito mais freqüentes. Não tínhamos tantas infecções provocadas pelo Echinococcus e pelo Diphylobotruim. Porque: o termo de equinococose e a diphylobotriose são doenças era conhecida de quem tem a equinococose tem a forma adulta, e quem tem a diphylobotriose tem a forma adulta, é igual para teníase.
A forma imatura, embora tenha um nome diferente (Cisticercus celulose ou Cisticercus bovis) agente dá um nome diferente só para representar que é a forma imatura, mas o que é esse agente: é a forma imatura de Taenia solium ou a forma imatura da Taenia saginatum.
Isso hoje é crescente. Crescente porque: quando coloquei aquele ciclo ali, que é um complexo porque não dá para estudar um sem o outro, coloquei pra vcs aqui a questão cultural como importante, que é fundamental para o estudo. Temos o cultura de consumo de carne crua que teoricamente não era o nosso costume, os ocidentais não tem esse costume. Na mudança dessa cultura trouxemos o risco para essa população e essa população se tornou uma população de risco.
Hoje nós temos casos de Diphylobotriose mencionados no Brasil, principalmente em São Paulo onde temos o maior numero de casos registrados em humanos. É a cidade com maior numero de casos porque tem a cultura japonesa, o imigrante japonês para a cidade de SP e conseqüentemente ele trouxe a cultura da alimentação dele. Começou a ter esse aspecto em São Paulo, mas em pouco tempo essa cultura do consumo de carne crua passou a ser uma cultura comum nas outras grandes cidades (RJ, MG, RS), onde vc vai no Brasil vc tem restaurantes que servem a comida japonesa. E as pessoas vão em busca do peixe cru. Se estudássemos essa dinâmica dessa introdução dessa cultura no Brasil veríamos exatamente isso, então os casos ficaram tipicamente onde houve o primeiro acesso (que é a cidade de SP) e posteriormente as outras cidades começaram a desenvolver o costume. 
Então vamos começar a perceber que os casos começaram a ser registrados em SP, esses casos foram aumentando em outras cidades grandes, e ai onde se constituiu o restaurante de culinária japonesa, e agora temos essa dispersão um pouco maior porque não são apenas os restaurantes típicos de comida japonesa que servem esse tipo de prato, tem outros estabelecimentos que também servem.
Associado a isso, vamos entender passou a ser hoje, considerado uma zoonose emergente no Brasil: Diphylobotrium latum. Era algo que não existia, mas que pela mudança de cultura, temos em grande volume.
	Temos esse aumento considerável no numero de casos por conta dessa cultura, aumentou-se volume na comercialização desse tipo de culinária mas a evolução não foi tão rápida no diagnóstico. Então hoje agente observa que temos muitos casos relatados mas que não são todos, existe uma falha nesse mecanismo diagnóstico, a falha no preparo do profissional para poder tentar identificar. O profissional medico porque ele está atendendo esse paciente com uma sintomatologia gastro intestinal, então para ele teria necessidade de diagnosticar se essa pessoa está com Diphylobotrium, porque o que se desenvolve no humano é a forma adulta.
Não tenho o profissional medico preparado por isso, e por contra partida, o profissional veterinário que não está assumindo a qualidade desse produto no processo de infecção, ou seja, eu tenho que ter atenção nesses produtos que são comercializados em restaurantes, peixe que é comercializado, para saber se esse peixe realmente é de boa qualidade. Antigamente se importava o peixe e com isso o preço caiu muito pois hoje temos criações de peixe de forma de produção para poder servir. E um dos maiores produtores para comercio aqui no Brasil é o Chile que tem produção apícola para isso, e faz exportação para o mundo inteiro, com isso ninguém importa do Japão por ser muito longe (encarecendo o produto). Como o comercio no Chile aumentou (aumentou a exportação), o numero de restaurantes aumentou no sul-sudeste, com isso observamos essa zoonose mais voltado nessas regiões, mas com esse comercio crescente, daqui há um tempo se instalar esses restaurantes no norte, etc. vamos começar a observar casos nessas regiões também. 
Temos que entender que isso hoje é crescente. Não vamos encontrar isso em livros porque em livro eles citam que é acidental no Brasil mas era acidental na década de 60, e hoje não é mais acidental porque hoje esse consumo de peixe cru é muito maior.
Econômico: tem todo um envolvimento econômico a esse tipo de cultura que acabou favorecendo. 
Coloquei aqui pra vcs também o Echinococcus granulosus porque também está aumentando, porque da mesma forma que agente pensa na questão da alimentação no caso de diphylobotriose, a echinococcose não é pela alimentação, o ser humano não se infecta pelo equinococcus por consumir carne ou víscera mal cozida do ovino, que é dentro da cadeia epizootiológica o hospedeiro natural. 
O cão e o ovino, na cadeia epizotiológica natural do equinococcus é assim que acontece: 
O cão defeca, elimina a forma infectante para o ovino, o ovino ingere, e o ovino tem o que agente chama de idatidose ou cisto idático. O ser humano tambémpode desenvolver a idatidose ou cisto idático, só que o ser humano não se infecta consumindo a carne ovina. Isso não acontece só no sul (onde tem maior consumo de carne ovina do país), isso acontece em todo território brasileiro, porque o ser humano se infecta da mesma forma que o ovino, ou seja, com contato com as fezes do cão que porta (pela ingestão do ovo).
Da mesma forma que agente pode desenvolver cisticercose, agente também pode desenvolver idatidose, e é o mesmo processo: ingestão do ovo que é eliminado pela forma adulta. Onde está essa forma adulta: cão. 
Porque isso é tão comum: contato maior com esses animais, temos um volume de canino no país enorme (estimado que para humano tem 2 cães). Agente começa a ver essa proximidade com o animal. O animal quando está na rua ele revira lixo, etc, e isso é um problema considerado zoonose emergente.
(Considerado zoonoses emergente no Brasil: Echinococcus granulosus e Diphylobotrium latum)
Cabra e ovelha: a cabra, se vcs forem nas comunidades carentes, teve uma época que foi feito um projeto, que o governo deu uma cabra para cada família carente para ela conseguir extrair da cabra o leite. Com isso, agora temos um volume muito grande de cabras nas ruas porque as pessoas não tinham como cuidar e abandonavam na rua (com o pensamento de que eles pastam e com isso viveriam em qualquer lugar), mesmo em ambiente urbano. O hábito do cão é predar, e no ato de predar uma cabra ou ovelha ele vai se infectar.
Mas a partir do momento que tivemos um caso de idatidose humana identificado, hoje temos um volume muito maior. E o que explica isso é que temos um volume muito maior de cães, volume muito maior de cães abandonados, que convivem num sistema, num ambiente urbano que é um ambiente propicio. 
Considerados zoonoses emergente no Brasil: Echinococcus granulosus e Diphylobotrium latum. Emergente: é quando aumenta-se o numero de casos.
O plexo que envolve a teníase e a cisticercose estão sendo consideradas zoonoses re-emergentes. Re-emergente: Algo que já esteve no inicio fora de controle, que por um determinado momento foi controlado por um sistema e que hoje voltou.
O que justifica o fato pra vcs de ainda hoje ter situações que a cisticercose e mesmo a teníase é presente na população humana? 
Abate clandestino. Se eu ainda tenho um sistema que permite, aquele que é controlado, ou seja, aquele onde o veterinário está atuando como inspetor, ele está controlando. Só que boa parte daquilo que não é selecionado também é comercializado. 
	A teníase é uma infecção que ocorre através do ser humano que elimina o ovo, que não tem o sistema de saneamento adequado e um animal que não é fiscalizado. O que eu preciso fazer: cortar essa cadeia, eu corto com uma ação conjunta de pessoas na parte de saneamento e uma ação conjunta na inspeção. Todo animal de produção que é encaminhado para o sistema de abate é inspecionado. O que aconteceu com a doença: diminuiu. Mas comecei a ter casos dentro do esperado, dentro da questão de endemicidade (dentro do esperado), eu tenho esses casos porque eu não consigo erradicar, e assim ficou por muito tempo. O que começou a acontecer: comercio clandestino muito maior. Com isso volta-se a cultura da pessoa (que a pessoa acha que é uma carne boa, porque o animal que é produzido de maneira industrial é um animal que recebe hormônio, etc. é essa cultura que se passa as pessoas, a mídia passa isso todo o tempo. Com isso eles pegam uma carne que é natural, que foi criada, e que está vendendo na feira, “carne fresca, abateu ontem”, mas essa carne não é fiscalizada) essa cultura da população acabou estimulando esse tipo de comercio. O que aconteceu na parte de fiscalização: toda vez que esse animal é criado de forma inadequada que chega com cisticercose pro abate, o abate notifica a propriedade, e se a propriedade não regularizar (papel do fiscal sanitário), ele não compra mais o animal para poder ser abatido, e com isso o cara que gastou com esse animal (para engordar) que não se preocupou na parte de saneamento na propriedade, ele vai arranjar um jeito de vender a carne (para não ficar no prejuízo), então abre açougue. Com isso os açougues também não são muito confiáveis, podendo ser um local que a pessoa produz a carne para poder estar comercializando. Com isso essa carne acaba sendo mais barata também, e as pessoas tendem a comprar a carne mais barata, o lado econômico fala mais alto. 
Deveria ter profissionais assistindo, acompanhando e orientando essa propriedade.
Há a necessidade de se pensar em projeto (medico veterinário que tem que fazer) para essas pessoas, sem projeto não vai funcionar. Porque só detectar na região os casos já não é importante, o importante é solucionar, não deixar que aconteça, controlar. E para isso, quem vai detectar que a pessoa tem a teníase é o médico, então tenho que ter em conjunto o medico e o medico veterinário porque isso está acontecendo. O ser humano só pode ser medicado pelo médico e eu como veterinário posso falar das medidas preventivas todas, posso orientar a construir uma fossa adequada, eu posso passar esse tipo de orientação para ele, mas medicar eu não posso. 
Diphylidium 
	Não foi colocado aqui porque nesse caso eu só coloquei cadeia epidemiológica que tem animais vertebrados. Mas ainda tem a dipilidiose que é uma cestodiose comum pro cão. 
A dipilidiose é uma cestidiose que na cadeia de transmissão existe a participação de um hospedeiro invertebrado, ou seja, a pulga funciona como um hospedeiro sensível pro cão que tem o diphylidium. A pulga é um hospedeiro sensível, ela adquire a forma forma imatura, ele tem a cisticercoidose. A pulga participa no complexo como hospedeiro e não como vetora, porque ela não tira a forma de um animal e infecta o outro. Toma cuidado que os hospedeiros aqui são diferentes.
(Hospedeiro vertebrado que possui a forma adulta, a taenia)
Tem a forma do cestoda adulta dentro do organismo, entao ele tem dipilidiose, que é a forma adulta. 
Esse hospedeiro sensível, pra cadeia da doença é uma pulga que tem dentro do seu organismo a forma de cisticercoide que é a forma imatura. Se eu tivesse que nominar a doença para pulga: cisticercoidose. Eu não vou nomear porque ninguém vai tratar a pulga, mas na cadeia ela vai ser o hospedeiro sensível. E a pulga participa como fonte de infecção pro cão quando ele for sensível. 
O Diphylidium no ser humano tem como infectar sim. O papel que o humano vai assumir é o mesmo papel que o cão assume, ou seja, pode ser o sensível se ingerir a pulga. Mas o cão não passa para o humano, porque o cão e o humano tem o mesmo papel epidemiológico.
A infecção para acontecer no ser humano: necessidade que ele faça ingestão da pulga. Não é difícil que isso vá começar a surgir com certa freqüência pela proximidade do animal e principalmente pelo ambiente que ele está vivendo, porque o humano não precisa do cachorro para engolir a pulga (até porque se o cão está com pulga, no ato de coçar ele acaba ingerindo a pulga, não infectando o homem, mas infectando o cão), mas o espaço, no ambiente o humano não precisa do cão, ele precisa do ambiente com a pulga. Ex: Posso ter uma pessoa que morou numa casa que tinha cão e pulga, que ficou 1 ano fechada, e quando eu entrei na casa acabei ingerindo uma pulga de forma acidental. É comum isso acontecer porque um ambiente infestado de pulga é assustador, ai tem criança brincando no chão, aquele chão de taco, ai acaba ingerindo. Isso acontece, e pode se tornar uma coisa mais comum, talvez não comum ainda, e é o que acontece na equinococose, o ser humano vai desenvolver a forma adulta, e a forma adulta fica no intestino, provocando dor de barriga. Vc tem dificuldade no diagnóstico e com isso contribui para o numero de casos ser pequeno, a partir do momento que vc explicar para todo mundo, vão começar a avaliar se acriança não tem nas fezes a presença de proglote de Dipilydium, com isso caracteriza uma zoonose de caráter emergente (antes não era porque o diagnóstico não era realizado).
Temos o modelo de transmissãodesse complexo.
Deve existir um hospedeiro infectado, um hospedeiro sensível e o contato entre eles é feito através de um veículo.
É um jogo pra vcs de quem deve ser o hospedeiro infectado e quem deve ser o hospedeiro sensível na cadeia da doença que vcs estão estudando:
Teníase, o que é: é a doença provocada pela forma aguda da Taenia saginata ou da Taenia solum.
Quem está infectado é quem tem a teníase (portador de teníase): hospedeiro infectado
Esse portador de teníase tem a forma aguda de Taenia saginata ou de Taenia solum. 
É um cestoda, o cestoda não tem dimorfismo sexual, o macho e fêmea são fundidos num mesmo indivíduo, elas são hermafroditas. Eles não tem uma peça bucal definida, ele tem um escólex que não é a peça bucal, o escólex é apenas uma região de fixação, ele usa aquilo só para fixar, não tem uma boca, e todo o processo de absorção dele é pela cutícula, então ele faz isso ao longo de toda a zona de crescimento, que é onde estão os proglotes, processo reprodutivo e processo de eliminação.
Se eu tenho teníase eu tenho esse cestoda comigo, ele está no meu organismo dessa maneira.
Como vou eliminar o cestoda, qual a forma de eliminação desse cestoda: eliminação desses proglotes e sempre os últimos que são os que contem os ovos. Essa eliminação vai acontecendo ao longo do tempo da infecção e a pessoa vai eliminando junto com o dejeto (já que ele está no intestino) ele elimina os proglotes no ambiente
O processo de desenvolvimento, ele acontece todo dentro desse hospedeiro infectado. Então não preciso de nada no ambiente para poder facilitar o desenvolvimento, então se tem chuva, se não tem chuva, se tem calor ou não, nada disso interfere. 
Quando vc tem o ambiente te favorecendo nisso vc tem como pensar que existe diferença, e nesse caso aqui não, o ambiente não serve para nada a não ser para facilitar o contato com o hospedeiro sensível.
Isso significa dizer que se eu tiver o contato direto com uma pessoa infectada.
Ex. a pessoa foi no banheiro, se limpou mas não lavou a mão. Ela foi, pegou na mão da criança, e a criança colocou a mão na boca;
Ex: ou até com a própria manipulação de uma pessoa infectada ela vai preparar o alimento, eu não preciso do saneamento, eu não preciso única e exclusivamente do esgoto para favorecer essa dispersão. A própria manipulação de uma pessoa infectada facilita a dispersão. Ela preparando o alimento, começa a dispersar isso pela mão também. Pega com a mão suja o dinheiro, e vc pega no dinheiro que ela colocou a mão suja, vc agora sujou a sua mão com o dinheiro que ela sujou com a mão suja.
Não é por conta do saneamento ser inadequado, é por conta da manipulação do portador. O fato de realizar esse tipo de atividade (manipulação do alimento) já está dispersando. 
Ex. alface no início de promoção quando o supermercado abria e no final quando o supermercado ia fechar, recolhia aquele que ninguém pegou. Há diferença marcante. O processo de contaminação aconteceu na comercialização. Ninguém iria ficar lavando a mão com álcool para pegar nessa alface.
Dispersar: não preciso de nada no ambiente que favoreça o desenvolvimento do agente, simplesmente pra dispersar (a manipulação).
Pro ambiente: agora vamos falar do saneamento: 
(já não é a mão dele que não lavou). Agora ele deixou o dejeto, e pelo esgoto sanitário, o dejeto chegou no ambiente. No meio rural é fácil de entender, porque o sistema de saneamento deles é um sistema precário. Ele tem uma fossa seca, que ele constrói de forma que não tem orientação para isso, num lugar bem longe, perto do chiqueiro, etc. eu tenho o suíno aqui participando. O que ele fez: Colocou a casinha do chiqueiro. Ele fez o que precisava para que chegasse ate a criação.
A freqüência de taenia solum são diferentes, eles tem um volume maior de taenia solum e de taenia saginata, por conta do suíno ser criado dessa maneira facilita muito a vida da taenia solium quando comparado com a taenia saginata, mas isso não significa que não tem. Quando for comparar em volume, aonde se faz abate de suíno vcs vão ver que o caso é muito maior de cisticercose provocada pela taenia solum quando comparada com a saginada.
E para o bovino? 
	É um sistema de saneamento que chega no córrego, no rio, e quando chove muito transborda, e o bovino vai pastejar na área que foi inundada, e ai nesse contato o bovino vai ingerir.
O veiculo vai servir como a rede de esgoto, e ai o próprio pasto, o animal vai fazer esse tipo de pastejo, vai beber água do rio, etc. o cara usa a água do rio para beber, ele faz um poço do lado da fossa, então quando ele defeca na fossa, depois ele pega a água da fossa para beber. É um ciclo difícil de controlar se vc não pensar nesse tipo de projeto e orientar para o cara não fazer isso.
	Ele é um criador bem artesanal. E ele tem uma horta. As vezes ele nem cria bovino e suíno, mas ele tem uma horta. O que ele faz para irrigar a horta: usa aquela água, com isso ele acaba contribuindo para essa dispersão.
O nosso hospedeiro sensível deve ingerir os ovos. Ele pode ingerir o proglote? Pode, pois se ingerir o proglote quando passar pelo tubo digestivo, vai digerir a cutícula do proglote e os ovos vão ser liberados naturalmente.
Cisticercose
Agora eu tenho a cisticercose.
Quem porta a forma imatura de Taenia solium e Taenia saginata
No caso da Taenia solium : Suíno, ele porta a forma imatura, ele tem cisticercose
O bovino que desenvolve a forma imatura de Taenia saginata. Ele também porta a cisticercose.
Os 2 portam a cisticercose. O bovino não passa a cisticercose para o outro.
Como acontece essa transmissão: 
Ele vai servir agora como o veículo de infecção através do consumo. O meu hospedeiro sensível se infecta quando consumir. 
Nesse caso o meu hospedeiro infectado (suíno e bovino) e o nosso hospedeiro sensível (ser humano.)
A Taenia solium e a Taenia saginata são do ser humano. 
A forma imatura de Taenia solium se desenvolve em suíno. 
A forma imatura de Taenia saginata se desenvolve no bovino. 
Se eu pensar na cisticercose: esse individuo aqui vai desenvolver (suíno e bovino), ele é o hospedeiro infectado, ele tem a cisticercose, ele tem a forma de cisticerco, e ele passa para esse hospedeiro sensível que é o ser humano.
O ser humano pode desenvolver cisticercose, desde que ele assuma o papel do bovino e do suíno, ou seja, ingerindo os ovos. Quando ele ingerir o ovo ele está se colocando nessa condição.
Qual é o risco de adquirir cisticercose: consumindo carne ou consumindo salada? O risco maior é quando vc consome a salada. Para vc desenvolver a cisticercose ingerindo a carne vc não se infecta. Esse é a grande conclusão. 
Se vc ingerir carne contendo cisticerco vc vai ser portador da Taeniase. Se eu tenho alguém com teníase eu tenho o risco de cisticercose.
Existe um processo no caso da teníase que um portador da teníase pode portar a cisticercose por um processo chamado de retro infecção. Ou seja, como o parasita é muito grande, a Taenia pode chegar a ter 20 metros, 30 metros, e ela se desprende dessa maneira no trato digestivo, ela se alonga e volta, porque como ela não tem boca a alimentação dela é feita pela cutícula, então ela tem que manter a cutícula sempre esticada para poder aumentar a área de absorção. Uma pessoa que tem retro infecção, o proglote gravídico (que é o ultimo) ao invés de ser liberado pelas fezes ele tem acesso ao estomago. Algumas pessoas quando tem o aumento do movimento peristáltico, se ela é portadora de teníase ela corre o risco desse aumento do processo peristáltico, esse proglote vir pro estomago. Se ele vier para o estomago, o entendimento do estomago é que ele ingeriu ovo e se ele ingeriu ovo, ele desenvolve a cisticercose. Existe estudos que fazem essa diferença da infecção que acontece por retro infecção, pessoas que portaram teníase e que por conta de portar a teníase não precisou de outra tipo infecção a não ser a dela mesma por esse tipo de processo.
Foi provado que não só a Taenia solum como a Taenia saginata pode provocar esse processo de cisticercose.
Ai a preocupaçãoé um pouco maior, porque na região sudeste o consumo de carne bovina é maior. Então a produção bovina é maior quando comparada com as outras profissões. Se formos avaliarmos os abatedouros oficiais o volume maior é de abate para bovino. Como existe esse risco, eu posso ter muitos animais portando a cisticercose e nesses focos encontrar a pessoa desenvolvendo a cisticercose por conta da Taenia saginata e não por conta da Taenia solum. 
Então o risco é o mesmo. Risco para desenvolver teníase. O consumo da carne: risco da ao indivíduo o risco de desenvolver teníase. Porque é a continuidade do ciclo, pois quando vc ingere a carne vc está ingerindo a larva da Taenia, e com isso vc dá continuidade.
	Se vc ingerir o ovo vc vai dar continuidade para a larva.
Se vc analisar em outro aspecto: se a carne te da condição de teníase, e os alimentos contendo os ovos dão a vcs o risco da cisticercose. Qual é o risco maior na atualidade? O risco maior é da cisticercose, porque as pessoas comem na rua, as pessoas comem em locais que não sabe da higiene e ai volta na qualidade do alimento para diphylobotriose. Há necessidade do profissional orientar o manipulador, explicar o motivo de usar a luva, lavar as mãos, etc. 
Se eu for até a feira, comer um cozido, qual vai ser o risco de vc se infectar com o cozido com a teníase? Existe o risco. Se não foi bem cozido, vc consumindo a carne contendo o cisticerco, o risco de ter teníase é alta (pelo cozido).
E o risco de ter cisticercose pelo cozido? Pelo alimento não. Só a teníase.
Posso ter cisticercose por “apertar” a mão de alguém que não lavou a mão e eu levei a mão na boca e ingeri os ovos. 
Se vc pensar na verdura é crua, então tem risco de vc ingerir os ovos.
Se sofrer algum tipo de cozimento o ovo fica inviável, porque ele é externo. A carne não porque ela é interna. A temperatura elevada inviabiliza o ovo. E o cozimento de 60° no interior da carne (ai inviabilizaria a cisticercose, forma imatura).
 
Se a carne estiver mal passada, ingere a cisticercose: risco de teníase
Infecção do cisticercose humana só pode acontecer do homem pra homem, e não do animal pro homem.
Equinococcus
A doença equinococose é representada pelo cão que desenvolve a forma adulta do equinococcus. 
Quem tem a equinococose? O cão.
Esse cão infectado com o equinococcus elimina ovos. 
Mesmo tipo de critério: para ter contato com os pequenos ruminantes (ovino e caprino), no ciclo natural. Então esse hospedeiro sensível vai desenvolver a forma imatura, ele desenvolve a doença chamada de: Idastidose ou também chamado de cistos idáticos.
As lesões são observadas no fígado, pulmão, coração e cérebro.
O cão porta a equinococose, então o cão elimina ovos do parasita.
Ovino e caprino quando possuem Idatidose, possuem a forma imatura.
O agudo é no intestino, quem tem equinococose tem a forma aguda no intestino. Quem tem a idatidose (ovinos e caprinos).
O homem vai desenvolver a mesma forma que o ovino e o caprino, ou seja, também vai desenvolver cistos idáticos no fígado, coração, pulmão e cérebro. Só que vcs vão entender que a infecção pro homem acontece igual acontece no pequeno ruminante, eu preciso do cão. O homem quando tem,ele tem o cisto idático ou a idatidose. A carne de cabra (ou órgãos), de pequenos ruminantes não são fonte de infecção, é o contato com os ovos que são eliminados pelo cão.
 O homem não desenvolve a equinococose. Só quem tem equinococose (forma adulta) é o cão. Ou seja, quem tem equinococose: Cão.
O homem e os pequenmos rum tem o cisto idatico ou idatidose.
O nome cisto idático ou idatidose é porque a larva fica embebida dentro de uma vesícula rica em secreção, e toda vez que vc tem um animal que porta a idatidose, quando vc for fazer a inspeção das vísceras do animal e vc cortar o fígado vc sente a faca cortar como se estivesse cortando areia. 
O equívoco é quando pensa que o humano se infecta quando ingere a ovelha ou a cabra. E não é, o humano se infecta da mesma forma que a ovelha e a cabra, que é ingerindo algo que contenha ovos eliminados pelo cão.
(O homem para continuar o ciclo deveria comer a carne do cão.)?
O ovino está com o cisto idático, o cão vai e come as vísceras, e ai o cão é o hospedeiro sensível. 
Vc muda a posição do hospedeiro vc muda a posição da doença.
Tem que prestar atenção nisso, as pessoas não costumam trocar a posição, elas acham que a doença é a mesma.
O cão para desenvolver a equinococose ele precisa do cisto idático, ou seja, ele precisa ingerir as vísceras dos pequenos ruminantes contendo o cisto idático.
O cão não desenvolve o cisto idático quando faz coprofagia!
Pra equinococose, o cão é hospedeiro sensível, o hospedeiro infectado vai ser um portador de idatidose.
Ex. tenho muitos cães. Fui passear com os cães e levei para um bosque, e no meio da diversão eles mataram a cabra e comeram e com isso ingeriu toda aquela víscera de uma cabra que tinha cisto idático. O que esse cão desenvolveu: ele desenvolveu a equinococose.
Agora vamos pensar ao contrário: eu levei meu cachorro e não sabia que ele tinha equinococose, e levei ele para uma propriedade onde tinham cabras. Lá o cão defecou no pasto. As cabras começaram a fazer o pastejo e ingeriram os ovos dos meus cães que defecaram, com isso as cabras vão desenvolver o cisto idático.
Diphylobotum
Diphylobotum vamos pensar da mesma maneira porque é o mesmo processo.
Só que no ciclo natural, O Diphylobotum tem os ursos na forma natural, os ursos eram os hospedeiros definitivos e conseqüentemente o processo natural da doença começou assim: o urso consumia salmão e o ciclo se fechava. 
Esse ciclo foi modificado do ciclo original, e agora temos o ser humano funcionando como urso, ou seja, desenvolvendo a forma aguda de Diphylobotum no intestino. As pessoas eliminam os ovos no ambiente, e os peixes numa lista de salmonídeos (truta, salmão, etc.) passaram a desenvolver o papel de hospedeiros intermediários, eles mantém a forma imatura que é chamada de “Esparganus” 
O ser humano agora é o hospedeiro definitivo do Diphylobotum, então ele vai desenvolver a forma adulta, vai desenvolver o cestoda no intestino. A forma que ele tem de eliminar o agente é através do dejeto, então ele elimina os ovos do parasito com o dejeto. Esses os ovos no ambiente vão chegar até o rio (ou lago, etc.) e o peixe que tiver contato com esses ovos, desenvolvem a forma imatura que é a larva, essa larva se chama Esparganus. Conseqüentemente o peixe que desenvolve a doença, ele tem esparganose, ele não tem a diphylobotriose. O peixe tem que ingerir o ovo, o esparganus se desenvolve no peixe.
O homem vai desenvolver a diphylobotriose quando ingerir o peixe que tenha a esparganose.
Vamos identificar no tecido do peixe a forma imatura do Diphylobotum (é a larva encistada) que agente chama vulgarmente de esparganus. 
É fácil de ver o esparganus, quando vc faz a inspeção do peixe, vc fileta o peite e coloca no negatoscópio e a imagem da luz contra o filé do peixe vc encontra o cisto.
	Ciclo biológico: quem é infectado: o peixe, o que o peixe tem? Esparganose. Quem é o sensível, ou seja, quem vai se infectar com o peixe? O homem, o homem vai desenvolver diphylobotriose.
Se eu inverter, quem está infectado: o homem. Quem é sensível: peixe. O que o homem tem? Diphylobotriose. (homem eliminando o dejeto com ovo e o peixe ingerindo o ovo). O peixe desenvolve a esparganose.
O homem é sensível quando o peixe é o infectado, pq o peixe passa pro homem.
O peixe é o sensível quando o homem passa para o peixe. Então para o peixe se infectar, provavelmente teve um homem que passou para aquele peixe.
Em relação ao hospedeiro, criou-se um sistema para mostrar que a questão do hospedeiro está diretamente veiculada ao ambiente físico primeiramente. E nesse ambiente físico, 3 fatores são importantes: 
- Fator Cultural, 
- Fator Econômico, 
- Fator Social.
O fator cultural, aumenta-se as chances de desenvolver teníase se ele for um consumidor assíduo de carne e principalmente: um consumo de carne mal cozido (carne mal passada), peixecru. Essa cultura dele acaba interferindo e aumentando esse risco
Fator econômico. Temos ai a questão principalmente da cisticercose, a carne tem um valor menor e inferior, e quando uma população maior, mas de menor poder aquisitivo, para ela consumir aquele alimento ela acaba pagando o menor preço pela carne. Algumas pessoas com bom poder aquisitivo também vão procurar o preço sempre mais em conta, sem inspecionamento. E isso acaba contribuindo.
Fator Social: há envolvimento diretamente com a cultura, com o fato de educar, que é um processo de educação sanitária. Que tipo de projeto eu posso executar? Um projeto que envolva essa parte cultural, um projeto que envolva essa parte econômica e principalmente que envolva essa parte social, educação, educar, orientar, é muito necessário. Educar ao consumidor, educar ao produtor, que é um papel que deve ser exercido pelo profissional que queira evitar ou diminuir esse quadro tão emergente das outras patologias ali.
É um conjunto. 
Eu melhoro a qualidade de vida da população, eu aumento o poder aquisitivo delas. Então elas começam a ter mais dinheiro e ai pessoas que não consumiam carne, pessoas que não era a “mistura” (carne) não era algo presente diariamente no prato do brasileiro. Hoje é um alimento presente no prato do brasileiro, hoje todo brasileiro tem possibilidade de comprar carne e consumir a carne todo dia.
Passou a ser mais fácil, muito mais receptivo para população. Facilitei isso, mas em compensação eu aumentei as chances das pessoas consumirem o alimento com o cisticercos ou com a larva. Então eu expus mais essa população. Se eu não educar essa pessoa a higienizar as mãos, a utilizar um tratamento adequado de esgoto, etc., se eu não trabalhar com o social eu aumento o risco. 
E quando vc vai pela cultura, o fato de modificar em decorrência da alteração, o que eu falaria para a pessoa que tem o hábito de comer comida japonesa: vc não vai falar para a pessoa não comer. Vc não vai mudar a cultura, mas vc vai alertar as pessoas sobre a criação, eu vou diretamente na produção, onde está sendo produzido? 
“Pesquisa sobre a cultura chilena, eles começaram a produzir o peixe de forma industrial pro consumo, para exportar. Mas observa qual é a cultura deles, como eles lidam com o dejeto, etc.” vamos ver o risco que é.
Se não houver um reforço nesses 3 fatores, e se vcs entenderem o porque a questão do ambiente em si, a questão da chuva, a questão do solo, eu não coloquei aqui: porque ela não interfere. A interferência é toda na parte social, econômica e cultural. É o que agente chama de ambiente físico, do que estamos interagindo. Temos que trabalhar em cima disso para diminuir o risco.
Aliado a isso, ou seja, a pessoa tem uma cultura que favorece um status social, e um lado econômico que favorece mais ainda. Se ela não tiver uma competência imunológica ela vai ser com certeza uma pessoa (ou um animal) que vai desenvolver processos mais agressivos e conseqüentemente são essas pessoas que servem como diagnóstico. Porque essa pessoa que tem um quadro gastroentérico mais acentuado é o que vai procurar atendimento médico. Toda a base de conhecimento sobre a doença refere-se a essas pessoas que vão apresentar um quadro patológico (procuram atendimento médico).
Coloquei o hospedeiro infectado e o hospedeiro sensível porque para cada momento vcs vão mudar a posição de cada um. É num complexo, tanto a imunidade do hospedeiro infectado (se vc tiver pensando no homem), como na imunidade do hospedeiro sensível (se vc tiver pesando no bovino, suíno, etc.)
Com relação ao bioagente. Já entenderam o processo do complexo, o que facilita a infecção, então pode existir infecção por ingestão de ovos ou por ingestão de larvas. 
Infectividade
Já entendemos o que é o complexo, o que facilita a infecção:
Pode acontecer a infecção por ovos ou larvas.
Se ingerir ovos: cisticercose / hidatidose / esparganose
Ingestão das larvas: teníase / equinococose / difilobotriose
Patogenicidade
Vamos correlacionar a patogenicidade de acordo com a morfologia do agente e com a fisiologia dele.
A morfologia vamos pensar primeiro na forma adulta: como é um cestoda, todo cestoda tem um corpo muito desenvolvido, então morfologicamente ele tem uma extensão de corpo que ajuda. E todo cestoda tem ventosas. Então todo cestoda morfologicamente tem ventosa, e a presença dessa ventosa já é um fator que provoca um grau de patogenicidade ao corpo do animal, por ter que se fixar à aquele local ele pode ao longo do tempo determinar processos de espessamento no local de fixação. 
A presença dessas ventosas são importantes porque no efeito crônico, ele pode causar um espessamento da mucosa intestinal e nesse espessamento vcs vão observar que há uma disfunção no processo de absorção, embora, esse comprometimento não seja direto, como ele fica preso num local só, causar o espessamento ali, o que ele mais prejudica em relação ao animal (ou homem) é o fato dele consumir todas as substâncias na extensão, então ele consome muito mais pela cutícula, ele provoca uma diminuição na absorção de nutrientes mais pelo tamanho do que pelo escore. Até porque ele tem que permanecer muito tempo no corpo do hospedeiro, então a tendência dele não é agredir a ponto do hospedeiro expulsa-lo. Ele não agride de forma aguda porque se ele agredisse de forma aguda, a tendência nossa é aumentar o peristaltismo e tentar expulsar o agente.
Então embora essa fixação, esse escólex com essas ventosas sejam um papel traumático, ela vai acontecer de forma crônica, vamos ver que vai acontecer ao longo de muito tempo.
No caso do ser humano agente não observa sintomatologia clínica em decorrência disso, mas vamos entender que há um prejuízo.
Se pensar no cão que tem equinococcus é a mesma coisa: o processo vai determinar para ele um aumento não muito significativo do peristaltismo, ele só vai sentir um desconforto por conta da fixação.
Temos que entender que vc não vai pegar uma pessoa com teníase ou um animal com equinococose desenvolvendo diarréia, não faz diarréia, porque se fizer movimento de expulsão ele acaba expulsando o parasito e o parasito não quer isso. 
O que vamos observar: existe um desconforto, existe a dor abdominal porque existe uma ventosa prendendo ali e provocando esse tipo de agressão traumática. 
A pessoa que tem diphylobotriose tem uma dor abdominal intensa, a dor é acentuada. Quando vc pega um animal com equinococose é a mesma coisa, é um animal que tem um quadro, uma dor, e ele deixa de se alimentar, ele deixa de se locomover por causa da dor. 
Vamos observar um outro fator importante para desencadear esse efeito patogênico, se faz em relação ao tamanho e a forma de absorção do nutriente. Qualquer que seja a cestodiose, existe uma absorção intensa de açúcar. 
Então o que ele (cestoda) faz: Ele começa a retirar todo açúcar que deveria ser metabolizado para o processo de energia do corpo humano (ou corpo do animal). Como ele vai começar a fazer o desequilíbrio o humano (ou o animal) vai tentar compensar. 
Ex: criança quando come muita bala, muito doce, falam que está com verme. Porque há essa associação por isso, ela começa a ter necessidade de consumir açúcar porque ela está perdendo açúcar para o parasita de forma crônica.
Outra coisa que chama atenção: o cestoda não está consumindo esse açúcar que daria energia para o corpo? Vcs vão observar que o indivíduo que desenvolve o quadro de teníase é lento, é parado, dá uma sonolência. Então além do quadro de dor abdominal vcs vão ver que o ser humano tem um quadro de sonolência.
Outra coisa que chama atenção: alem do açúcar, esses cestodas consomem cobalto. Esse consumo de cobalto interfere diretamente na produção de células sanguíneas. Ai vamos entender o porque que toda pessoa que desenvolve quadro de cestodiose (ou todo animal) desenvolve um quadro anêmico, não só porque não consegue absorver os nutrientes, mas principalmente por esse desvio de cobalto que vai estar sendo consumido pelo cestoda. O animal (ou humano) vai ficar com quadro deanemia. 
Isso em relação a forma adulta. Consumo de açúcar, consumo de cobalto, tem tamanho maior, absorve mais nutriente.
Forma imatura
Morfologia dessas larvas: são larvas que se desenvolvem na musculatura, principalmente (e ai pela fisiologia) musculatura de intensa atividade: a musculatura facial (mastigação), musculatura da deglutição e de deslocamento (andar).
Se vc imaginar cisticercose no suíno e bovino, com o tempo o que isso pode provocar (o comprometimento da musculatura): a musculatura vai perder a função. A função que era mastigar, isso de forma crônica e não agudo, isso leva tempo, pois se fosse rápido agente identificava mais fácil. 
Animais que são mantidos na propriedade, animais velhos, vcs conseguem enxergar isso, ele começa a ter dificuldade na apreensão de alimento, vc olha o bovino ele não consegue rasgar a pastagem para se alimentar. 
O suíno não consegue mastigar, ele tem dificuldade inclusive na deglutição, conseqüentemente ele não metaboliza direito. Se ele não mastigar adequadamente o alimento não é previamente digerido e com isso tem dificuldade digestiva.
Pensa no ser humano que poderia desenvolver a cisticercose, o que ele vai desenvolver: Normalmente atribuída à dificuldade na mastigação, a dificuldade na fala (as pessoas tem dificuldade de falar por conta da musculatura), dificuldade na locomoção, em caminhar tem muita dor na perna. São sintomas inespecíficos. 
	Alem disso, vamos notar que para o ser humano existe uma 2ª afinidade com essa larva: que é o desenvolvimento no sistema nervoso, que não acontece nas outras espécies animais. Acontece porque: o fluxo sanguíneo é muito maior quando vc pensa. 
E por isso no ser humano vamos observar essa lesão chamada de: Neurocisticercose, e vcs não observam isso no animal, só no ser humano pela explicação lógica pela fisiologia dessa atividade intensa cerebral que provoca esse risco. 
Quando acontecer isso (neurocisticercose) no ser humano, que tipo de sintomatologia podemos identificar: depende da localização. Então as vezes vc tem dificuldade na fala e não é por conta da musculatura, mas porque formou um cisto na área que é responsável na área da fala, dificuldade de falar palavras, dificuldade de encontrar palavras, déficit cognitivo. A cegueira pode acontecer porque foi num local que transforma a imagem, é muito dependente do local onde isso vai acontecer. 
Uma vez o cisto ali, é comprometimento, por mais que o organismo consiga controlar (ou seja, ele calcifica ali), a área foi perdida, eu não tenho mais como retornar (ex. se a pessoa ficou cega, não consigo fazer ela voltar a enxergar) ao normal porque calcificou. 
	
O que faz a reabilitação (Ex: áreas rurais para idosos): Reabilitação do individuo que tem a cisticercose: ele começa a trabalhar com atividades repetitivas. Ex. tocar um instrumento, ele vai ter sempre aquela nota, não que volte ao normal, mas vai começar a dar função para outra área do cérebro. Ex.: Xadrez. A pratica do xadrez, começam a repetir alguns movimentos e desenvolve mais o outro lado cerebral. 
Imunogenicidade
Estado crônico: independente de ser homem ou animal, o agente tem esse aspecto de imunogenicidade. Ele jamais vai agredir de forma aguda, intensa, porque ele não pode fazer isso. Uma vez que ele é “reconhecido”, diagnosticado a tendência dele é se mostrar pouco agressivo por muito tempo em relação ao tamanho e essa localização.
Em relação a essa imunogenicidade, demonstra pra vcs a necessidade de não realizar diagnóstico através da sintomatologia. Por conta dessa imunogenicidade, que leva muito tempo, então não deve ser uma coisa pensada pelo sistema de saúde humano e nem pelo de saúde animal que esse animal tem que ser detectado antes de doente, porque até que ele desenvolver algum quadro sintomatológico ele já passou (já foi fonte de infecção) para muitos outros.
Esse é o papel do medico veterinário, detectar os animais que portam a forma imatura, porque ele conseguiria impedir o fechamento do ciclo. Então quantos mais diagnósticos eu conseguir realizar em animais que são de produção e que vão servir de alimento, menor as chances de pessoas desenvolverem o quadro de teníase. Em contrapartida, quanto maior a quantidade de diagnósticos de teníase (principalmente em crianças, principalmente em escolares), conseguiríamos reduzir a freqüência desse comportamento dentro dos abatedouros de forma oficial.
Fora isso os abatedouros clandestinos que devem ser controlados, avaliados, fechados, etc. para não aumentar o volume.
Temos que entender que o papel de medico veterinário dentro desse matadouro, dentro dessa fiscalização não é puramente detectar o animal, é mais do que isso, é detectar o foco, de onde que veio o animal para achar o foco. Esse é o papel principal. Alem de impedir que o alimento chegue de forma incorreta para o ser humano, estou encontrando o foco para acabar com a doença. 
E nessa questão de acabar com o foco, temos outra situação assim: Nem sempre onde cria é onde se infectou, que é um outro problema. Porque as vezes a pessoa compra para engordar. E nessa recria eu que levo para o matadouro, mas o foco não estava na minha propriedade, o foco estava na propriedade que eu comprei para fazer esse processo de recria. Por isso temos que entender o processo do medico veterinário nesse contexto, principalmente de determinar qual é o foco. Temos que pensar nesses projetos.
Resistência
Os ovos são bastante sensíveis. Tão sensível que o que protege no ambiente é sempre o proglote, é a camada, a cutícula que o parasita expulsou é o que vai proteger o ovo.
Se eu pisar no coco, a ação do sol, do calor, torna inviável. Significa dizer que as medidas sanitárias para o ambiente (o uso de sanitizantes e desinfetantes) são eficientes. Eu conseguiria controlar se eu fizer uma limpeza adequada no ambiente, no estabelecimento. Eles são muito sensíveis e esse tipo de produto, ao calor e a temperatura.
	Significa dizer que, o consumo da carne cru pra mim é pior. Houve um alimento que tenha sido manipulado, mesmo que não cru. 
Ex. o cara pegou a coxinha com a mão suja, não é a coxinha que está me passando, é a mão dele que está passando para coxinha e que veio pra mim. A coxinha foi usada para dispersar.
Vai depender sempre muito do manipulador, nunca pensar só na salada.
Resistência 
Forma cística, forma imatura
São mais resistentes porque tem o próprio tecido animal servindo como proteção. Há necessidade de um superaquecimento para conseguir inviabilizar essas larvas. 
O que se preconiza para carne: temperatura de 60°C no interior, ou seja, quando atingir 60°C na parte interna (no centro da carne) inviabiliza. Para atingir 60°C na parte interna, levaria mais tempo. 
Se eu tivesse que utilizar essa carne fresca na alimentação, sem passar pelo processo de maturação do frigorifico (que reduz essa carga), é necessário que atinja a temperatura de 60°C por aproximadamente 15 minutos. (só é possível na panela de pressão, cozimento. No bife não).
Temperatura de congelamento: -10°C por 15 dias. Isso inviabiliza a forma cística.
Trabalho:
Da mesma forma que criamos aquela condição epidemiológica para ascaridose, vamos escolher um desses parasitos de hoje e vamos criar esse tipo de situação. 
Criar uma situação epidemiológica para ocorrência de um dos complexos dessa aula. Não sejam espertos em escolher o que é mais fácil, ou que vai levar menos tempo. Resolver o problema, apontar as situações, o que tem que fazer, etc.

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