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Biossíntese do Colágeno CODIFICAÇÃO GENÉTICA -Alguns colágenos possuem cadeias mais longas e outros mais curtas, as alterações nas cadeias do colágeno levam à alterações genéticas ● Lúpus – alteração do colágeno na pele ● Autismo – associado ao colágeno ● Cegueira – degeneração do colágeno ● Fibromialgia – alteração de colágeno nos músculos, dores, falta a tensão muscular característica ● Miastenia grave ● Doença de Parkinson ● Prolapso mitral – colágeno da valva mitral cardíaca tem alteração e passa a ser frouxo, levando ao mal funcionamento ● Escleroderma – renovação muito acentuada do colágeno – esclerose da pele PROCESSAMENTO DO RNA - o DNA formato é processado – nem todas as regiões transcritas serão traduzidas – íntrons – RNA transcreve todo o DNA – enzimas específicas afastam a região de íntrons e veem as regiões que serão traduzidas – éxons -POR QUE EXISTEM COLÁGENOS COM PEQUENAS SEQUÊNCIAS DE AMINOÁCIDOS DIFERENTES? Uma região de íntron pode se transformar em éxon e ser traduzida, gerando uma sequência um pouco maior -As regiões de íntrons e éxons são controladas por compostos bioquímicos específicos, ou seja, compostos bioquímicos diferentes fazem a entrada ou a colocação de regiões de íntrons diferentes -Cada aminoácido tem um RNA transportador especifico – há o encaixe do aminoácido ao RNA transportador – enzimas fazem essa conexão e só operam com gasto de ATP, só são ativas na presença do cofator magnésio, na carência de ATP ou de magnésio NÃO ocorre a ativação da síntese proteica INICIAÇÃO DA SÍNTESE PROTEICA -A metionina é o aminoácido iniciador da síntese proteica – primeiro há a entrada de metionina no ribossomo (seu códon de iniciação é sempre o primeiro), para que ela entre há compostos bioquímicos que gastam energia na forma de GTP (análogo do ATP, apenas tem trocada sua base nitrogenada, sendo guanina trifosfato, porém equivale ao ATP em termos de energia) ELONGAMENTO -Após a entrada a metionina no ribossomo há o elongamento – aminoácidos sendo colocados na sequência correta com gasto de energia -OU SEJA, produzir proteína é um evento bioquímico que exige GRANDE GASTO energético -Diabético – carência de glicose, célula tem carência energética – síntese proteica prejudicada ● Na diabetes descontrolada há perda maciça de proteínas (1° de proteínas musculares – perda de proteínas de tecido periodontal, gerando mais chances de doenças periodontais – perca maciça de colágeno na dentina sem que haja a reposição necessária) TERMINAÇÃO -É lido um códon vazio – não corresponde a entrada de nenhum aminoácido – nenhum RNA transportador traz aminoácidos para se acoplar nesse códon – fita se desliga do ribossomo, está pronta a estrutura primária -O código genético tem 1 códon para metionina, se houver uma mutação nesse códon a síntese proteica não se inicia, ou seja, para METIONINA o código NÃO é degenerado ESTRUTURA PRIMÁRIA DO COLÁGENO -Não há variedade de aminoácidos no colágeno – a sequência é repetitiva de aminoácidos -A prolina gera uma curvatura brusca na estrutura proteica -Há uma pequena variação no terceiro, sendo o segundo geralmente a prolina PROCESSAMENTO PÓS-TRADUCIONAL -No início da fita e no final há uma sequência de aminoácidos totalmente diferente – depois que a proteína sai do ribossomo ela sofre inúmeras modificações bioquímicas – processamento pós-traducional – a grande maioria ocorre no retículo endoplasmático – colágeno tem um peptídeo sinal que conduz a fita da estrutura primária para o retículo endoplasmático, onde os aminoácidos serão atacados por enzimas específicas e o colágeno vai se enovelar, sendo o enovelamento facilitado por chaperonas HIDROXILAÇÃO DE PROLINA -No retículo endoplasmático: enzimas específicas vão colocar hidroxilas no radical R da prolina (há curvatura brusca na estrutura da proteína), levando ao início do enovelamento, quando a prolina é hidroxilada, a fita se torce mais – fica mais rígida, porém diminui de tamanho -Tipos mais hidroxilados são mais rígidos e mais curtos, tipos menos hidroxilados mais flexíveis e mais longos -A hidroxilação da prolina ocorre pela hidroxilase, que só é ativa na presença de oxigênio (ou seja, ele não é só consumido pela mitocôndria), a enzima precisa de Fe no estado +2 e de vitamina C ● O indivíduo anêmico tem deficiência do processamento do colágeno – enzima não entra em atividade – fita é menos torcida e mais flexível, não possui rigidez característica HIDROXILAÇÃO DE LISINA -Hidroxilação de lisina – enzima específica, precisa de O2, Fe +2 e ácido ascórbico ● A deficiência de ascorbato leva ao escorbuto – colágeno não foi hidroxilado, se torceu pouco e a fibra fica frágil -O O2 será o oxigênio da hidroxila e o Fe +2 doa elétrons – são CONSUMIDOS – ascorbato é consumido e se transforma em ácido deidroascórbico – é eliminado GLICOSILAÇÃO DE HIDROXILISINA -Ainda no retículo endoplasmático -Glicosidase (enzima que adiciona carboidratos) dependendo da sua especificidade -Se a hidroxilação falha, há falha da glicosilação -Importância: quanto maior a cadeia de carbonos da proteína, mais ela retém água, pois os carbonos são polares, cheios de hidroxila na estrutura, o que leva a formarem pontes de hidrogênio com a água, ou seja, hidratam tecidos, pois retém água -Carboidratos diferentes serão adicionados em cadeias de colágenos diferentes -No retículo endoplasmático, chaperonas ajudam na formação da hélice tripla do colágeno – ocorre exceto nas extremidades N e C -Pré-colágeno tem parte média formando tripla hélice, mas extremidades terminais não – hélice tripla é empacotada nas vesículas do golgi – se fundem na membrana plasmática e a proteína é entregue na matriz extracelular -Importância das extremidades C e N terminais: sinal para empacotamento da proteína – colágeno que possui as extremidades N e C diferentes NÃO é lido pelo golgi, fica preso e NÃO exerce função da matriz extracelular ESTRUTURA QUATERNÁRIA DO COLÁGENO -Estrutura quaternária do colágeno – 3 cadeias diferentes de colágenos enoveladas -Na membrana extracelular – proteases especificas vão clivar extremidades N e C terminais, levando a formação da hélice tripla em toda a matriz extracelular, ou seja, as extremidades sinalizam as proteínas que serão exportadas do aparelho de golgi – atividade de proteases especificas FIBRAS DO COLÁGENO -Última etapa – hélices triplas do colágeno se juntam formando o escalonamento do colágeno – fibra de colágeno são milhares de hélices triplas já devidamente processadas que estão juntas formando imensa fibra colágena, altamente resistente, pois já está torcida, podendo ser mais curta ou mais longa -Aminoácidos da clivagem podem ser reutilizados ou descartados TIPOS DE COLÁGENOS -Tipos de colágenos – são as estruturas primárias diferentes ex. colágeno tipo 1 tem duas cadeias idênticas (alfa) e uma terceira diferente, ocorre em pele, tendões, córnea, ligamentos periodontais e dentina (ligamento periodontal longo – não se torce muito, tem cadeia mais longa e mais flexível) -Colágeno tipo 3 – 2 cadeias que se torcem para formar a hélice tripla são idêntica – mesma cadeia transcrita e traduzida 3x (ligamento periodontal curto – torção muito grande, rígido e curto) -A estrutura dental é segurada na gengiva pela combinação de colágeno tipo 1 com colágeno tipo 3 – difícil de ser rompida ● Doença periodontal com microrganismo que produz colagenase: pode provocar perda do dente por degradação de colágenos dos tipos 1 e 3 – dente tem “movimento”, fibras de colágeno estão sendo destruídas, o dente vai se soltar do osso porque vai perder o colágeno ● O aparelho dental reposiciona o dente movimentando as fibras de colágeno – destrói parte do colágeno, porém no tecido periodontal saudável ele é rapidamente reconstituído – não há perda ● Quando o diastema não fecha – falha no tratamento ortodôntico e não na reposição de colágeno -Hácolágenos que ainda tem processo de calcificação, tipicamente de ocorrência na dentina ● Pré-dentina: colágeno ainda não calcificado e dentina colágeno calcificado ● Tecido dentinário pronto: colágeno tipo 1 trímero TURNOVER DO COLÁGENO -Como qualquer proteína precisa ser renovado, marcado por ubiquitina, degradada no proteassoma, sendo destruído – renovação lenta -Tipos diferentes de colágeno podem ter tempo de vida diferente – colágeno do tecido periodontal é renovado mais rápido que o colágeno da pele – cicatrização muito rápida em lesões na boca -Colágeno velho é marcado por ubiquitinação, atacado no proteassoma por colagenases -Equilíbrio entre velocidade de síntese e de degradação: velocidade de degradação e de reprodução – colagenases ficam inativas até que sejam necessárias ● SUPOSIÇÃO: Um erro no proteassoma passa a reconhecer colágeno não ubiquitinado – leva à destruição maciça de colágeno – erro do organismo -O que pode deslocar o equilíbrio é o próprio estado do organismo ex. criança tem muito mais síntese que de degradação – indivíduo idoso passa a ter maior risco de doença periodontal, tem maior degradação do colágeno do que de síntese – qualquer degradação leva mais tempo para reposição ● Ex. erro de proteases endógenas, proteases em atividade maior que proteases sintetizadas – placa dental com microrganismos que produzem colagenases (microrganismos anaeróbios), crescem em bolsas da gengiva, levam a destruição maciça de colágeno – antibiótico doxiclina, inibidor de colagenase – cura só ocorre quando o microrganismo é removido Hipótese – suplemento de colágeno, essa suplementação significa que acelera a síntese de colágeno? Não, pois precisa ter mediadores bioquímicos que afastam a dupla fita de DNA para início da deposição, se eles não existirem não adianta ter aminoácidos disponíveis para acelerar a síntese de colágeno – rugas: fibras colágenas velhas respostas em velocidade diferente de deposição – ingerir colágeno não significa que ele será absorvido de forma íntegra – há absorção somente de aminoácidos isolados – aminoácidos não tem gps, não é porque são absorvidos que serão direcionados para a síntese desejada – aplicação tópica funciona
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