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ok epizootiologia 27.07.2011

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Alexandra Woods
Epizootiologia das Parasitoses
27/07/2011
CIS_2774 
Epizootiologia das parasitoses
Aulas teóricas
Aulas práticas
Avaliações 
AV1 -> 28/09
AV2 -> 27/11
AV3 -> 07/12
Notas individuais de trabalhos (NIT)
Prova pratica na AV2, valendo 2 pontos.
Bibliografia:
Autor: Souzty
Enfermidades parasitárias dos animais domésticos 
Autor: Quartz
Parasitologia veterinária – doenças parasitárias 
Parasitologia do rei
Artigos científicos
Doenças provocadas por protozooses (protozoários), helmintoses (trematoda, cestoda, nematoda), ao final do curso vamos reconhecer a epizootiologia das doenças causadas por artrópodes (artropodidoses). 
Os fungos e bactérias também são conhecidos como parasitas porque eles hospedam o corpo. Mas o enfoque aqui são as parasitoses provocadas por protozoários, helmintos e artrópodes.
Artropodidose: durante o curso, vamos ver que muitas helmintoses e protozooses têm como vetor os artrópodes (mosquito como vetor, carrapatos como vetores, besouros como vetores, pulgas como hospedeiros intermediários, etc.)
No caso dos artrópodes (artropodidose): vamos conhecer o inseto ou acaro como indutor de doença. 
	
As vezes vamos perguntar: qual a importância do carrapato? Ele transmite erlisha, babesia, etc. mas ele pode não só transmitir patógeno, ele pode provocar processos alérgicos, anemia (dependendo da quantidade), dermatite, etc. quando vc olha o acaro dessa maneira, vc está envolvendo o ácaro como agente indutor da patologia. 
A parasitose em si, vamos reconhecer nesse caso aqui, sendo provocada por um agente, é uma doença onde tem um agente biológico envolvido. Diferente de muitos outros onde vamos encontrar só um agente biológico. Nesse caso aqui, temos um agente biológico que é responsável em provocar a patologia, a nossa parasitose.
Pra que essa doença aconteça, vamos observar que esse agente biológico ele na verdade vai estar se hospedando em alguém, então ele precisa de um hospedeiro. Então agora eu tenho um agente biológico que precisa de um hospedeiro pra poder desenvolver seu ciclo biológico, desenvolver toda parte biológica nesse hospede. Esse hospede pode ser qualquer animal (as aves, répteis, mamíferos, peixes, etc.).
Um agente e um hospede. Onde está o hospede? No ambiente, no meio. Então existe a participação de um agente biológico, a participação de um hóspede, que na verdade é um hospedeiro sensível à aquela reação parasitaria e temos um ambiente. 
Vamos entender como o ambiente funciona primeiramente pro hóspede e como esse ambiente pode interferir para esse grupo de hospedeiros.
O ambiente como um todo é dividido. Temos o macroambiente (temperatura que agente sente, chuva que agente pega, etc.). Aqueles onde estão boa parte dos artrópodes, helmintos, alguns protozoários que funcionam como forma de manutenção de vida pra eles, agente chama de microambiente (local onde vivem nossos artrópodes, nossos helminotos e alguns protozoários que tem passagem pelo ambiente). Então existe diferença entre macroambiente e microambiente.
Esses 3 fazem parte da tríade epizootiológica:
Tríade epizootiológica: Agente biológico, hospedeiro e ambiente.
O tempo todo vamos observar interação entre eles. Pra que uma doença aconteça, esses 3 componentes devem estar presentes. Às vezes o agente não passa pelo ambiente, tem doença que é passada de animal para animal pelo coito. Às vezes ele usa vetor, são sanguíneos e são passados de um animal pro outro quando entra em contato com o vetor (mosca, mosquito, carrapato, etc.), como existe o contato direto do agente com o ambiente. 
O ambiente vai estar presente em todas as situações, porque ele vai dar condições para o hospede sobreviver. 
Ex. Numa situação onde eu tenho por exemplo, peste de secar, causada pelo tripanossoma, que afeta os bovinos, essa doença é passada do bovino pro bovino através do contato entre a “Mosca dos estábulos”: tripanossoma está sempre no sangue do bovino, do cavalo, e só vai chegar no outro bovino se uma mosca fizer esse transporte (ou seja, não passou pelo ambiente). Mas pra existir essa mosca, o ambiente deve ser favorável para ela, então embora o agente biológico não seja necessariamente obrigado a passar pelo ambiente, mesmo assim o ambiente vai influenciar no ciclo por conta do vetor.
Ex. Doença que não tem vetor: triconomose bovina, não existe vetoração e o agente biológico também não passa pelo ambiente, ele passa de um animal para o outro, do macho pra fêmea e da fêmea pro macho através do coito, no ato reprodutivo. Quando vc pega um touro pra cobrir diversas fêmeas de diversas propriedades, o tipo de comportamento ambiental que estou fazendo no manejo reprodutivo, auxilia o parasito, porque eu posso pegar um infectado e passar. Isso acontece muito em pequenas propriedades. Mesmo que o parasito não tenha que passar pelo ambiente, o ambiente é necessário para a ocorrência da doença.
	Freqüentemente chamamos esse agente biológico de bioagente (pra simplificar). Os nossos hospedeiros (são os hóspedes). Temos o hospedeiro considerado infectado, quando tenho um individuo doente, que mantém o agente, e temos o individuo sensível (sensível é aquele que colocado na população ele é propício a desenvolver a doença). 
Então agente divide em hospedeiro infectado e agente sensível.
Temos que entender que como é uma doença parasitaria (parasitose), ela tem 2 formas: 
Ex: muitos parasitas estão sobre o corpo do animal em uma condição harmônica, ou seja, onde não traz beneficio mas também não trás malefício, agente chama de equilíbrio. Grande parte das parasitoses agente espera isso, que esse equilíbrio aconteça.
Não tenho como eliminar, erradicar todos os mosquitos, todos os carrapatos, etc. porque fazem parte de um ecossistema presente no país.
Então em algumas situações, a presença dele no corpo do animal não me é prejuízo, é uma relação parasitaria que agente chama de harmonia, e não vamos intervir, vamos deixar o animal naquele controle que por si só aquele equilíbrio já se realizou.
O meu animal que mantém a relação equilibrada, ele é doente porque tem o agente, mas não necessariamente ele é um doente clinico, ele é um portador.
Temos que ter cautela em definir um portador sadio, portador doente, porque faz diferença. É melhor ter um portador sadio em algumas situações, do que ter um ausente, sensível.
Sensível: 1º contato com o agente, o que pode acontecer: o 1º contato com o agente pode ser as vezes bem controlada. Entra em contato pela 1ª vez, o sistema começa a interagir, o ruim é quando não interage porque agente observa o portador doente. A doença vai acontecer independente da clinica, o contato com o agente existiu, então a doença existiu, o portador doente não necessariamente existe.
Portador doente ou portador sadio.
Preciso de 2 hospedeiros:
- 1 hospedeiro infectado (ele pode ser portador sadio ou portador doente. Vamos diferenciar se ele é portador sadio ou portador doente)
Tem portador doente que não tem importância nenhuma. Ex. cachorro com giardíase. Ele não tem problema nenhum com outro, porque a forma que ele elimina ele não consegue contaminar.
- 1 hospedeiro sensível (ou susceptível). É aquele que vai entrar em contato com o hospedeiro, ou diretamente (quando é o caso de uma doença onde o agente é passado diretamente de um animal pro outro), ou de forma indireta (que pode existir o contato através de vetores, pelo alimento, ex. um hospedeiro defeca o agente, o agente fica no ambiente, o outro sensível ingere o agente, com isso de forma indireta existiu a infecção, participando um veiculo, um vetor, ou as vezes um hospedeiro intercalado) 
- 1 Agente
- Macroambiente e microambiente
Estudar a epizootiologia refere-se a conhecer essa tríade. Vamos conhecer essa tríade, para cada uma das parasitoses. As vezes elas são parecidas, comuns.
Ex. malaria: a malaria pode até mudar entre as espécies (ex. aves, mamíferos), os vetores mudam, só que o ambiente propicio, que é favorável para o mosquito (vetor) é o mesmo.
Modelos de transmissão de doenças: 
Quais são os modelosde transmissão em doenças parasitárias:
= Preciso de 2 hospedeiros. 1 hospedeiro infectado, onde vamos diferenciar se ele é portador sadio ou se é portador doente. Em parasitose, portador doente não tem importância. 
Ex. cão com giardíase, quando ele está com giardíase ele não tem problema nenhum com outro cão, porque a forma que ele elimina não consegue infectar o individuo. Mas o nosso portador sadio, que não tem clínica, ele é capaz de eliminar a forma que é capaz de infectar. Então eu tenho que saber diferenciar a presença de um portador sadio e de um portador doente para aquela doença. Quem é o pior: se for giardíase é o portador sadio (que porta o agente de maneira sadia).
= Tenho o hospedeiro sensível (ou também chamado de susceptível)
= Tenho o agente.
O agente tem que encontrar o hospedeiro sensível. Ele pode entrar de forma indireta, que é quando o agente sai do corpo do infectado e vai pro corpo do sensível. 
Ele pode utilizar um veículo (veículo = o que vai transportar o agente) só que esse veículo não pode ter vida e que serve como transporte: como fezes, água, solo, contato do solo com o alimento (e o alimento passa a ser o veículo), a urina (ex. quando tem um aglomerado de animal em pequeno espaço, ele seleciona a comida por um tempo e depois não seleciona mais, com isso ele come o que tiver, com isso o contato da urina com o alimento ou com o próprio animal passa a ser o veículo), animal que faz coprofagia, etc. 
	O contato pode ser: por ingestão (ingerindo água, alimento, contato direto), pode ser pelo contato direto (ex. pele), tem agente que penetra ativamente (utiliza a água para se manter no ambiente, como forma de manutenção no ambiente, mas que penetra ativamente no corpo sem precisar ingerir, ex. xistossomose), areia, areia de praia (gato e cão defeca ali), contato direto com o veiculo sem precisar ingerir, etc.
Vetor: O vetor tem vida, existe 2 tipos de vetores. 
Tem agentes que são muito sofisticados, precisa de um vetor que permita o desenvolvimento no interior do corpo do vetor, pois se transferir direto sem o desenvolvimento no vetor ele não se desenvolve no hospedeiro, então o agente precisa do corpo do vetor para fazer o seu desenvolvimento e ser capaz de infectar o hospedeiro. Quando ele precisa de um vetor para se desenvolver, ou seja, quando a simples extração do corpo de um hospedeiro infectado não for o suficiente pra infectar o sensível, vamos ver que esse vetor é um vetor biológico. É biológico porque o agente não só utiliza o vetor como transporte, mas utiliza o vetor como também manutenção biológica, ele só consegue se desenvolver biologicamente se for aquele vetor e se existir o desenvolvimento, ele então mantém uma especificidade, ele não faz em outros.
Ex. babesiose. O mosquito tem as mesmas atribuições de alimento que tem um carrapato (ato de se alimentar de sangue, hábito alimentar) e o mosquito poderia extrair o sangue de um animal com babesia e levar essa babesia a um outro hospedeiro, só que ai o rigor da babesia é ela ter que se desenvolver, então não é só a extração e a inoculação, é a extração e o desenvolvimento e a inoculação. Ai esse desenvolvimento faz do carrapato ser o vetor biológico para a babesiose. 
O vetor biológico então é quando o agente é extraído pelo vetor, e o vetor permitir o seu desenvolvimento.
O desenvolvimento pode ser: apenas de volume (ex: ingere uma forma tripomastigota e produz outras 60 formas tripomastigoras. Ou seja, só aumentar de volume). Ou as vezes essa mudança pode ser só de forma (ex: ingeriu uma forma tripomastigota, que se transforma em epimastigota, desenvolvimento). E pode acontecer ao mesmo tempo numero (volume) e forma. 
	Vetor mecânico: Se tem um vetor biológico, existe um que faz a extração e inocula (contamina). Ou seja, extrai o agente sem sofrer desenvolvimento. Esse é o vetor mecânico, ele simplesmente faz a extração do agente do corpo do hospedeiro infectado e deverá inoculação/transferir para o hospedeiro sensível.
Hospedeiro intercalado: Existe uma outra classe de auxiliar, que agente chama de hospedeiro intercalado. Esse hospedeiro é essencial pro ciclo da doença, sem a presença dele, a doença não acontece. Por isso ele não é nem chamado de vetor e nem chamado de veiculo. Não é chamado de veiculo porque ele tem vida e não é chamado de vetor porque ele não faz a extração do agente. Significa então que ele vai entrar em contato com o agente de outra maneira, que não por extração. 
Ou seja, o agente é eliminado pelo hospedeiro infectado, entra em contato com o hospedeiro intercalado, sofre transformação biológica (vai existir transformação biológica), ele é eliminado pelo hospedeiro intercalado e por algum outro tipo de transporte ele chega até o hospedeiro sensível. 
O agente não entra em contato com o hospedeiro intercalado diretamente pelos hospedeiros, e nem é passado pro hospedeiro sensível de maneira direta, por contato. É necessário que exista o hospedeiro intercalado e que ele tenha contato com o ambiente. 
Ex. Toda fasciolose, schistossomose, tem esse modelo, porque: ela tem um trajeto que tem participação do caramujo, isso é um exemplo de hospedeiro intercalado. Mas não vamos ver a fasciola infectando o bovino por ingerir caramujo. Ele tem que ingerir o pasto que tem a metacercária. A metacercária também não foi a forma eliminada pelo caramujo, ela elimina uma cercaria, e essa cercaria no ambiente encista para o bovino ingerir. Não teve contato direto com hospedeiro sensível com hospedeiro intercalado. O hospedeiro intercalado não extrai o agente do hospedeiro infectado.
Fascíola: O hospedeiro infectado elimina o ovo junto com o dejeto. O nosso artropoda é aquático, então o dejeto tem que entrar em contato com a água, quando entra em contato com a água, o miracidio é liberado de dentro do ovo. O miracidio encontra a parte mole do artrópoda e penetra ativamente. Ele tem que ter contato com o veiculo que é a água, tem que ter contato com o intercalado, e não é o miracidio que os artropodas vão eliminar. Tem desenvolvimento do miracidio dentro do artropoda, por isso é importante ele no ciclo, por conta do seu desenvolvimento. Ai o artropoda elimina uma outra forma(cercaria), que não é a mesma que vai infectar o nosso hospedeiro sensível(metacercária). 
Modelo primário de infecção (modelo primário de transmissão):
Temos modelo primário de infecção usando: Veículo, vetor, hospedeiro intercalado.
Vamos observar que a todo tempo o meu hospedeiro infectado interage com o ambiente, quando o meu agente vem pro ambiente ele interage com o ambiente e ser passado pro veiculo. 
Quando o agente é diretamente extraído, ele não tem contato com o ambiente, mas indiretamente ele tem contato porque o vetor precisa estar no ambiente. 
Nesse outro modelo: 
O hospedeiro infectado e o hospedeiro sensível.
Só que o hospedeiro sensível se infecta em contato direto com o nosso hospedeiro infectado.
O ambiente existe. 
O agente faz o transporte direto pro nosso hospedeiro sensível.
A forma direta pode ser:
- Através do coito (doenças de caráter reprodutivo)
- Contato de mãe pro filho (através da placenta, que são as doenças interplacentárias) 
- Transmamária (leite da mãe pro filho, de forma direta). 
- Parto
(O leite em determinado momento vai ser o veiculo, porque se eu pegar uma doença que tem o leite sendo passado pro homem)
Como esse modelo não tem o agente passando pelo ambiente (não entra em contato com água, etc.) ele é chamado de modelo simplificado, fazendo contato direto entre os 2 hospedeiros. Pode ser horizontal ou vertical.
Pode acontecer na mesma direção, horizontal: macho pra fêmea e fêmea pra macho.
Quando passar de mãe pra filho: vertical, de uma geração pra outra através do leite, placenta, etc.
Fatores inerentes
Hospedeiro: exclusivamente do hospedeiro
Bioagente: exclusivamente do bioagente
Ambiente: exclusivamente do ambiente
Contribuem para que esse risco de acontecimento da doença ele exista. 
O que isso pode representar: 
	Posso as vezes utilizar um agente dentro dasala, colocar todos na exposição do agente, mas nem do mundo vai desenvolver o processo na presença desse agente. Alguns por conta do tipo de alimentação, alguns porque já são por algum motivo protegidos imunologicamente por aquele determinado tipo de agente. Nem todos respondem da mesma maneira a presença daquele agente. Essa resposta que é individual é toda decorrente do hospedeiro. É o hospedeiro que comanda.
Posso colocar 2 agentes de uma mesma espécie, mas de cepas diferentes na mesma sala, e vamos demonstrar uma resposta diferente a exposição daquele agente. Pois pode ser uma cepa mais patogênica (virulenta e contagiosa) do que a outra. É possível que a expressão de doença tenha acontecido porque meu agente era mais patogênico, com isso ele sendo mais patogênico eleva o risco da doença acontecer.
Outra situação inclui o ambiente. Posso colocar o bioagente a exposição da turma recém chegado de férias, descansado, animado, etc., e posso colocar o mesmo agente na véspera de prova. A resposta vai ser muito diferente. A questão do ambiente em véspera de prova é um ambiente estressante, que gera um fator de estresse. Então qualquer agente por menos patogênico que seja, que eu colocar exposto a indivíduos em situação estressante, ele vai ser patogênico. 
Pra que aconteça a doença, é necessário reconhecer que alem da interação agente hospedeiro, contribui os fatores inerentes (ao hospedeiro, bioagente, ambiente). 
Com relação ao hospedeiro, o fator primordial do hospedeiro à essas respostas à presença do agente, é o fator imunidade, esse é o fator primordial. É a resposta imunológica a determinada exposição que vai definir se ele adoece, se ele adoece de forma desequilibrada ou se adoece de forma equilibrada.
O fator imunidade é importante. 
	O animal com uma boa resposta imunológica tem capacidade, tem células que são capazes a responder a qualquer tipo de exposição de maneira rápida e eficiente, é um animal de boa resposta imunológica (de alta imunidade).
A imunidade está relacionada a fatores, fatores que são intrínsecos ao hospedeiro e fatores extrínsecos: 
Fatores intrínsecos (de um individuo com uma boa resposta imunológica) dependem de: alimentação, ciclo, gestação, nutricional, são fatores fisiológicos que vão interferir no mecanismo imunológico do indivíduo que vão torná-lo um hospedeiro mais sensível e susceptível: Idade, estado nutricional, estado gestacional, estresse físico, estresse térmico, genética-raça (interfere diretamente na produção das células de defesa).
Estado nutricional: Um animal bem nutrido é um animal que tem uma boa resposta imunológica. Compreender que a resposta depende do tipo de situação que as células vão me impor e a quantidade de células que são produzidas, ele tem que produzir muitas células de defesa e muita célula eficiente (se não for muito eficiente não vai fazer diferença). 
O que é um animal bem nutrido fisiologicamente: tenho que manter um equilíbrio na alimentação, na dieta dele.
Antigamente o animal comia restos de comida, comida caseira. Nós mudamos essa situação, com isso passamos a fornecer alimento rico em nutrientes para o animal. Temos que ter concepção da boa nutrição, porque as vezes perguntamos para histórico do animal o que ele come e o proprietário diz que é a melhor ração, e ai vc vai ter que interpretar, se é a melhor ração pro tipo de atividade que ele pratica ou se é a melhor ração porque ele acha que é a melhor ração? Vc tem que fornecer uma dieta adequada para aquele animal, para o tipo de atividade, para raça, etc. isso é importante. 
Outro fator:
Idade: 
É muito comum falarem assim: “essa doença é muito comum em animais jovens”, ai coloca que jovem é mais susceptível. Etc. 
Ex. carcinoma: mais comum em idosos, porque são crônicos. É mais comum diagnosticar depois de um determinado tempo.
Aquelas doenças que são mais comuns em jovens, tem relação com a imunidade. 
Vamos para 2 situações: 
Jovem: Ele é um animal jovem, que está exposto naquele determinado momento a vários fatores, vários agentes. Esse é o contato dele com o meio, com a natureza. Esse primeiro contato que ele tem com tudo, vai produzir os anticorpos. Se vc for exposto ao mesmo tempo a mais de um agente, a sua resposta para cada um desses agentes é diferente. Significa que pra um animal mais jovem é mais comum ser observado isso porque ele realmente está sendo exposto a mais de um elemento ao mesmo tempo, isso garante um desvio, uma divisão dessa resposta e vai garantir que uma delas vai ser mais precária.
Ou vai acontecer da seguinte maneira: O animal ainda está começando a produzir as células de defesa, mas nem todas as células estão desenvolvidas e efetivas. Embora ele seja novo, a resposta começa, então vai ser por conta dessa produção de células. O que acontece também com o idoso.
Idoso: começa a diminuir a produção dessas células e conseqüentemente diminuir a efetividade dessas células.
Meia idade: é uma idade favorável, vc já entrou em contato com muitas coisas, ou seja, vc já tem resposta pra muitos agentes, e conseqüentemente o seu organismo está produzindo células de forma efetiva, com produção normal e efetiva. É a idade em que estamos. 
Quando é doença relacionada com a imunidade e não permite produzir células de defesa, ai independe da idade, a doença acontece de qualquer forma porque não depende da idade. 
Sexo:
Macho e fêmea. Toda situação de controle dessa resposta imunológica se faz pelo ciclo reprodutivo. Todas as respostas reprodutivas, a interferência dos hormônios garantem uma maior ou uma menor susceptibilidade a doença. 
Há períodos em que taticamente, veterinários prescrevem tratamentos para fêmeas no final da gestação. Ou os criadores tem preocupação na fêmea que está em atividade reprodutiva, porque esse manifestação cíclica dela pode garantir as vezes uma susceptibilidade muito maior (ex. poderia estar em determinado momento da vida dela, entrou em contato mas não foi nada, mas no momento cíclico dela ela passa a sofrer um tipo de interferência).
Relações humorais
Interferem com comportamento, principalmente para o macho que entra em espírito de predador. Esse espírito de predador, ele se impõe mais em certas situações podendo fazer com que ele desenvolva determinado tipo de patologia. 
Ex. Os machos freqüentemente são mais expostos a infestações por carrapatos do que fêmeas, porque ele tem esse espírito de predador, ele acaba entrado em ambientes que a fêmea não entra por conta do instinto.
Raças: 
É caráter voltado para produção de células. São raças que supostamente raças produzem células de defesa menos efetivas. Então são animais que se tornam mais susceptíveis a determinados tipos de patologias. 
A diversidade genética garante as vezes uma incompatibilidade pro agente.
Ex. carrapato: É mais fácil vc encontrar uma raça de sangue taurino do que encontrar uma raça de caráter zebuíno infestado de carrapato. Se vc pegar um nelori é muito difícil de achar um carrapato em nelori, e quando vc acha, o carrapato já conseguiu sobreviver a diversidade do couro que é muito mais rígido. 
Estresse: 
Pode ser: Estresse fisiológico ou estresse ambiental.
Coccidiose: é uma das parasitoses que mais aparece em situação de estresse no animal. 
Isosporose: cão
Eiimeriose: aves
Toxoplasmose: forma intestinal do felino
Quem tem toxoplasmose morre com toxoplasmose. O individuo que tem o agente não extrai o agente do corpo, ele tem o agente pro resto do corpo, o que ele faz é equilibrar a relação, ele vai ser um portador sadio. Na primeira situação de desequilíbrio ele adoece.
Qualquer coccidiose, esporodiose, porta pro resto da vida, sendo uma relação parasitaria equilibrada ou não. Numa primeira situação de estresse ele piora, permite que o ciclo se recomeçasse. 
O estresse é criado pela forma de criação do animal. Reduz espaço, animais de pelagem comprida (que vivem em ambiente frio), etc.
Com relação ao bioagente temos (próprios do bioagente):
- Infectividade
- Patogenicidade
- virulência 
- imunogenicidade
- resistência
- persistência
Infectividade:O que é: capacidade de infectar. Infectar: capacidade de causar a doença, a doença é a capacidade de um agente de provocar um desequilíbrio. Se o bioagente é capaz de infectar, ele é capaz de causar um desequilíbrio.
Se esse desequilíbrio vai acontecer de forma harmônica, de forma mais ou menos acentuada é diferente. A doença é sempre quando estiver manifestando alguma coisa clinicamente. 
Infectar: Quando o agente consegue chegar no hospedeiro, penetrar, entrar, se instalar no hospedeiro e consegue se multiplicar, se reproduzir no corpo do hospedeiro.
Na infecção, o bioagente tem que chegar no hospedeiro, se instalar no hospedeiro e se multiplicar no hospedeiro.
Agora, se ele fez tudo isso e provocou uma injúria no hospedeiro, ele produziu patogenicidade. Mas se ele fez não produziu nenhuma injuria, ele pode ser altamente infeccioso, ou extremamente de baixa patogenicidade.
Se eu for observar, ex. ele provocou enterite que é a expressão patogênica do agente, ou provocou a pneumonia, a pneumonia é a expressão patogênica do agente.
A expressão de patogenicidade vai deixar sinais clínicos.
Só consigo enxergar a manifestação clinica depois que a doença manifestou
Ele pode produzir uma virulência, que é diferente de patogenicidade.
A virulência é a intensidade que ele agride. Ele pode ser muito patogênico mas pode ter uma virulência baixa. Ele pode produzir essa patogenicidade de forma lenta, com pouca expressão.
Ou ele é altamente virulento. Só pela presença dele no agente ele agride, mas ele agride muito, sendo assim ele muito virulento.
Imunogenicidade:
	É muito importante, porque como agente só olha pro agente como sendo o vilão (pois ele que provoca a doença), agente não costuma encarar o individuo como sendo um individuo que pode responder as ações que agente impõe sobre ele (ex. tomo antibiótico pra matar a bactéria. Mas será que a bactéria quando entra em contato com o antibiótico ela também não vai produzir um tipo de resposta?). 
Todo agente biológico tem um sistema de resposta. Ele também tem um sistema, não é o mesmo tipo celular nosso de defesa, mas também são mecanismos que ele usa pra se defender da ação do hospedeiro, da ação do fármaco. 
Ex. quando repito o mesmo fármaco, o individuo vai se tornando tolerante. Para adquirir tolerância, vou expondo em pequenas frações a aquele agente. O bioagente também tem essa capacidade.
Ex. toda vez que vc dá uma dose fora da concentração, fora do tempo de utilização (quando melhora o proprietário suspende o medicamento e não dá os dias que deveria). 
Resistência e persistência:
A resistência é conferida intrinsecamente. 
Ex: Ele resiste ao uso de fármacos. Administro o medicamento que foi absorvido pelo hospedeiro que produziu uma ação sobre o agente, ele resistiu a essa ação.
Ex: peguei o cloro e utilizei no ambiente sobre o agente. O que aconteceu ao agente: ele persistiu ao cloro. Quando vc faz uma ação direta sobre ele, ele pode persistir.
Toda vez que vc atua de forma direta ao agente e ele responde de forma positiva, ele está persistindo a aquele tipo de tratamento, a aquele controle que vc fez. 
A resistência é feita direta no agente.
	Ex: Ele é resistente a penicilina. 
Ambiente:
	Que tipo de condições refere-se a ambiente:
Clima: o clima envolve alterações climáticas. A alteração climática envolve temperatura, umidade relativa do ar (URA), pluviosidade (chuva).
Temos: Macroclima e microclima: macro temperatura e micro temperatura. 
Refere-se principalmente a temperatura em que os agentes e os hospedeiros se mantém. 
Umidade: relação direta com a pluviosidade.
Isso tudo no macro ambiente que agente vive.
Solo: é importante para garantir a sobrevivência do nosso veiculo, vetor, hospedeiro intercalado.
Solo muito arenoso: solo que retém pouca água.
Solo compacto: solo que deixa as coleções de água bastantes evidentes
Pode acontecer em épocas do ano:
Aumento de temperatura e estações de chuva.
Tenho um solo que também permite a manutenção e ainda permite o processo de vegetação. 
A vegetação também é importante. Porque há esse tipo de troca de calor entre a vegetação e o ambiente que vai aumentar ou diminuir a temperatura. O tipo de solo interfere na vegetação. 
As vezes uma modificação desse solo modifica a passagem que dificulta a vegetação ali.
Ex. as larvas dos helmintos tem desenvolvimento no ambiente pra que se tornem infectantes. Quando o hospedeiro elimina o ovo do parasita, se houver ingestão do ovo não acontece nada, pois ele tem que ingerir uma forma infectante, essa forma só se torna infectante por conta do ambiente que garante o desenvolvimento. A vegetação garante uma retenção de umidade que facilita a dispersão da larva até a ponta da gramínea, pois se dependesse dela ficar na base da gramínea o bovino e caprino não iriam ingerir. 
Período de umidade garante uma maior sobrevivência dessas larvas e também dos bovinos, caprinos, etc.
Hidrografia
Principalmente relacionado com nossos agentes que desenvolvem-se em ambiente aquático. Há necessidade dessas bacias hidrográficas mantendo a permanência das leveduras, dos hospedeiros intercalados, quando o agente não vai direto pro ambiente, etc. 
Reconhecer quais são essas bacias hidrográficas, como elas funcionam. O que uma alteração na bacia hidrográfica pode garantir, etc.
Uma das parasitoses que mais chamavam atenção no século passado com relação a bacia hidrográfica era a malária. As pessoas foram para a Amazônia e passaram a ter contato com usinas hidroelétricas, garantiu a manutenção do vetor, a presença do hospedeiro, e daí uma disseminação mais rápida do agente. Por isso que quando vc pensa em Amazônia vc pensa em malaria.

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