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Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Capítulo 10 Gases QUÍMICA A Ciência Central 9ª Edição David P. White Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Embora diferentes substâncias gasosas possam ter propriedades químicas bastante diversas, elas se comportam de maneira muito semelhante com relação as suas propriedades físicas. • Muitos compostos moleculares são gases, como mostra a tabela a seguir. Observe que todos esses gases são formados inteiramente por elementos não metálicos. Além disso, todos apresentam fórmulas moleculares simples e, portanto, baixa massa molar. Características dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Características dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Características dos gases • Substâncias que são líquidos ou sólidos em condições normais também podem ser encontradas no estado gasoso, nesse caso, elas são chamadas de vapores. • As propriedades dos gases — expandir-se para preencher um recipiente, ser altamente compressível, formar misturas homogêneas etc. — são explicadas pelo fato de as moléculas estarem relativamente distantes umas das outras. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Características dos gases • Cada molécula se comporta, em grande parte, como se as outras não estivessem presentes. Como resultado, diferentes gases se comportam de maneira semelhante, embora sejam constituídos de moléculas diferentes. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Características dos gases • Gases exercem pressão sobre qualquer superfície com a qual estão em contato. Os gases presentes na atmosfera também exercem uma pressão sobre a superfície terrestre, gerando a pressão atmosférica, definida como a força exercida pela atmosfera sobre uma determinada área superficial. A pressão atmosférica real em qualquer local depende das condições climáticas e da altitude. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • A pressão, P, é definida na ciência como a força, F, que atua sobre uma determinada área, A. • A unidade SI de pressão é o pascal (Pa). Esse nome é uma homenagem ao cientista francês Blaise Pascal (1623–1662), que estudou a pressão: 1 Pa = 1 N/m². Outra unidade de pressão é o bar: 1 bar = 105 Pa = 105 N/m² A F P = Pressão Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • A gravidade exerce uma força sobre a atmosfera terrestre • Uma coluna de ar de 1 m2 de seção transversal exerce uma força de 105 N. • A pressão de uma coluna de ar de 1 m2 é de 100 kPa. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A pressão atmosférica e o barômetro • Unidades SI: 1 N = 1 kg m/s2; 1 Pa = 1 N/m2; 1 Pa = 1 Kg/ms² • A pressão atmosférica é medida com um barômetro. • Se um tubo é inserido em um recipiente de mercúrio aberto à atmosfera, o mercúrio subirá 760 mm no tubo. • A pressão atmosférica padrão é a pressão necessária para suportar 760 mm de Hg em uma coluna. • Unidades: 1 atm = 760 mmHg = 760 torr = 1,01325 105 Pa = 101,325 kPa. Pressão Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão A pressão atmosférica e o barômetro • No século XVII, muitos cientistas e filósofos acreditavam que a atmosfera não tinha peso. Evangelista Torricelli (1608–1647), um aluno de Galileu, provou que isso não era verdade. Ele inventou o barômetro. • No barômetro a altura, h, da coluna de mercúrio é uma medida da pressão atmosférica, e varia de acordo com a pressão atmosférica. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • A pressão atmosférica padrão, a qual corresponde à pressão típica ao nível do mar, representa a pressão suficiente para sustentar uma coluna de mercúrio de 760 mm de altura. Em unidades SI, essa pressão é 1,01325 X 105 Pa. A pressão atmosférica padrão define algumas unidades comuns não SI utilizadas para expressar a pressão do gás, como a atmosfera (atm) e o milímetro de mercúrio (mmHg), também chamado de torr, por causa de Torricelli: 1 torr = 1 mmHg. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • Exemplo 1: • A pressão no exterior de um avião a jato voando a grande altitude é consideravelmente mais baixa que a pressão atmosférica padrão. Por isso, o ar no interior da cabine deve ser pressurizado para proteger os passageiros. Qual é a pressão em atmosferas da cabine se a leitura do barômetro é de 688 mmHg? Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • Solução: • Desde que, 1 atm = 760 mmHg, é necessário o seguinte fator de conversão para obter a pressão em atmosferas: • A pressão na cabine é dada por: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • Exemplo 2 : • A pressão atmosférica em São Francisco num determinado dia foi de 732 mmHg. Qual era a pressão em KPa? • Solução: • Agora é pedido para converter mmHg em kPa. Como 1 atm = 1,01325 × 105 Pa = 760 mmHg O fator de conversão que precisamos é Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão A pressão em KPa é: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão Pressão dos gases e o manômetro • Vários dispositivos são utilizados para medir as pressões de gases em recipientes fechados, como calibradores de pneu e o manômetro, que funciona segundo um princípio semelhante ao do barômetro. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Pressão • Um manômetro consiste de um bulbo de gás preso a um tubo em forma de U contendo Hg: • Se Pgas < Patm então Pgas + Ph = Patm portanto, Pgás = Patm ‒ Ph • Se Pgas > Patm então Pgas = Patm + Ph Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases • Quatro variáveis são necessárias para definir a condição física ou o estado de um gás: temperatura, pressão, volume e quantidade de gás, geralmente expressa em quantidade de matéria (em mols). As equações que expressam as relações entre essas quatro variáveis são chamadas de leis dos gases. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Relação ente a pressão e o volume: Lei de Boyle • A lei de Boyle afirma que o volume de uma quantidade fixa de gás, mantida à temperatura constante, é inversamente proporcional à pressão. • Boyle usou um manômetro para executar o experimento. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relação entre a pressão e o volume: Lei de Boyle • Matematicamente: • Um gráfico de V versus P é um hiperboloide. • Da mesma forma, um gráfico de V versus 1/P deve ser uma linha reta passando pela origem. As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relação entre temperatura e volume: Lei de Charles • A lei de Charles afirma que o volume de uma quantidade fixa de gás mantida sob pressão constante é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta (em Kelvin). Na escala Kelvin, 0 K, chamado de zero absoluto, é igual a –273,15 °C. • Matematicamente: As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relação entre temperatura e volume: Lei de Charles • Um gráfico de V versus T é uma linha reta. • Quando T é medida em C, a intercepção no eixo da temperatura é -273,15C. • Zero absoluto, 0 K = -273,15C. • Observe que o valor da constante reflete as suposições: quantidade de gás e pressão constantes. As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relação entre quantidade e volume: Lei de Avogadro A lei da combinação dos volumes, estabelecida por Gay-Lussac define que a uma determinada pressão e temperatura, os volumes de gases que reagem uns com os outros são representados por números inteiros e pequenos. As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relação entre quantidade e volume: Lei de Avogadro • Três anos depois, Amedeo Avogadro interpretou a observação de Gay-Lussac, propondo o que hoje é conhecida comoa hipótese de Avogadro: volumes iguais de gases à mesma temperatura e pressão contêm números iguais de moléculas. • A lei de Avogadro resulta da hipótese de Avogadro, que é a seguinte: o volume de um gás mantido a temperatura e pressão constantes é diretamente proporcional à quantidade de matéria (em mols) do gás. As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education As leis dos gases Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Considere as três leis dos gases. • Podemos combiná-las em uma lei geral dos gases: • Lei de Boyle: • Lei de Charles: • Lei de Avogadro: A equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Se R é a constante de proporcionalidade (chamada de constante dos gases), então • A equação do gás ideal é: • Um gás ideal é um gás hipotético cujas relações entre pressão, volume e temperatura são descritas completamente pela equação do gás ideal. A equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal • Na derivação da equação do gás ideal, consideramos (a) que as moléculas de um gás ideal não interagem umas com as outras, e (b) que o volume combinado das moléculas é muito menor que o volume ocupado pelo gás. • O termo R na equação do gás ideal representa a constante dos gases. Ao trabalhar com a equação do gás ideal, você deve escolher a constante R em que as unidades estão concordantes com as unidades de P, V, n e T dadas no problema. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • As condições 0 °C e 1 atm são chamadas de condições padrão de temperatura e pressão (CPTP). O volume ocupado por um mol de gás ideal nas CPTP, 22,41 L, é conhecido como volume molar de um gás ideal nas CPTP. A equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal • Exemplo 1: • O hexafluoreto de enxofre (SF₆) é um gás incolor e inodoro. Devido à sua falta de reatividade química, é utilizado como isolante em equipamentos eletrônicos. Calcular a pressão (em atm) exercida por 1,82 mol do gás em um recipiente de aço de volume igual a 5.43 L a 69,5°C. • Solução: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal • O problema dá a quantidade do gás e o seu volume e temperatura. Podemos usar a equação de gás ideal para calcular a pressão. Rearranjamos a equação do gás ideal e escrevemos: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal • Exemplo 2: • Calcular o volume (em L) ocupado por 7,40 g de NH₃ na CPTP. • Solução: • Que volume ocupa um mol de um gás ideal na CPTP? Quantos mols há em 7,40 g de NH₃? Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal • Tendo em conta que 1 mol de um gás ideal ocupa 22,41 L na CPTP e utilizando a massa molar de NH₃ (17,03 g), escrevemos a sequência de conversões como: Gramas de NH₃ mols de NH₃ litros de NH₃ na CPTP Assim, o volume de NH₃ é dado por: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação do gás ideal Muitas vezes, em química, especialmente em cálculos que envovem a lei dos gases, um problema pode ser resolvido de diferentes maneiras. Neste caso, o problema também pode ser resolvido convertendo-se em primeiro lugar 7,40 g de NH₃ em mols de NH₃, e aplicando-se, em seguida, a equação do gás ideal (V = nRT/P). Experimente. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Relacionando a equação do gás ideal e as leis dos gases • As leis dos gases discutidas anteriormente são casos especiais de equação do gás ideal (PV = nRT). Por exemplo, quando n e T são mantidas constantes, obtemos a lei de Boyle (PV = constante): • De modo semelhante, podemos começar com a equação do gás ideal e obter relações entre quaisquer outras duas variáveis, V e T (lei de Charles), n e V (lei de Avogadro), ou P e T. • Em geral, se temos um gás sob dois grupos de condições, então: 22 22 11 11 Tn VP Tn VP = A equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Equação do gás ideal • Frequentemente nos deparamos com a situação em que P, V e T variam para uma quantidade fixa de mols de gás. PV/T = nR = constante Logo: P1V1/T1 = P2V2/T2 • Essa equação é geralmente chamada de lei combinada dos gases. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Equação do gás ideal • Exemplo: • Um balão de hélio insuflado com um volume de 0,55 L ao nível do mar (1,0 atm) sobe a uma altura de 6,5 km, onde a pressão é de cerca de 0,40 atm. Assumindo que a temperatura permanece constante, qual é o volume final do balão? • Solução: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Equação do gás ideal • A quantidade de gás dentro do balão e a sua temperatura permanecem constantes, mas tanto a pressão como o volume variam. • Começamos com equação: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Equação do gás ideal • Porque n₁ = n₂ e T₁ = T₂, • que é a lei de Boyle. • A informação dada é tabulada: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Equação do gás ideal Condições Iniciais Condições Finais P₁ = 1,0 atm P₂ = 0,40 atm V₁ = 0,55 L V₂ ? Portanto, Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Densidades e massa molar dos gases • Podemos organizar a equação do gás ideal para obter unidades semelhantes de quantidade de matéria (em mols) por unidade de volume: • A densidade tem unidades de massa por unidades de volume. • Reajustando a equação ideal dos gases com M como massa molar, teremos: RT P d V n RT P V n nRTPV MM == = = Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Densidades de gases e massa molar • A equação pode ser rearranjada para que a massa molar de um gás seja calculada, Assim, podemos utilizar a densidade de um gás, medida experimentalmente, para determinar a massa molar das moléculas de gás: P dRT =M Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Exemplo: • Um químico sintetizou um composto gasoso amarelo-esverdeado de cloro e oxigênio e descobre que a sua densidade é de 7,71 g/L a 36°C e 2,88 atm. Calcular a massa molar do composto e determinar a sua fórmula molecular. • Solução: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Podemos calcular a massa molar de um gás se soubermos a sua densidade, temperatura e pressão. A fórmula molecular do composto deve ser consistente com a sua massa molar. • Desde que, Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Podemos determinar a fórmula molecular do composto por tentativa e erro, utilizando apenas o conhecimento das massas molares de cloro (35,45 g) e oxigênio (16,00 g). • Sabemos que um composto contendo um átomo de Cl e um átomo de O teria uma massa molar de 51,45 g, que é muito baixa, enquanto a massa molar de um composto, composto de dois átomos de Cl e um átomo de O é de 86,90 g, que é muito alta. • Assim, o composto deve conter um átomo Cl e dois átomos O e ter a fórmula ClO₂, que tem uma massa molar de 67,45 g. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Volumes de gases em reações químicas • A equação ideal dos gases relaciona P, V e T ao número de mols do gás. • A quantidade de matéria (mol) pode então ser usado em cálculos estequiométricos. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Estoquimetria gasosa: Quantidade de reagente(mass a ou volume Mols de reagente Mols de produto Quantidade de produto(mass a ou volume) Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionaisda equação do gás ideal • Exemplo 1: • Calcule o volume de O₂ (em litros) necessário para a combustão completa de 7,64 L de acetileno (C₂H₂) medido à mesma temperatura e pressão. • Solução: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Exemplo 2: • A solução de hidróxido de lítio aquosa é usada para purificar o ar em naves espaciais e submarinos porque absorve dióxido de carbono, que é um produto final do metabolismo, de acordo com a equação Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • Como calculamos o número de mols de CO₂ que reagiu à partir da queda da pressão de CO₂? • Partido da equação de gás ideal, podemos escrever • Para T e V constantes, a variação na pressão de CO₂, ΔP, corresponde à variação do número de mols de CO₂, Δn. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Aplicações adicionais da equação do gás ideal • assim, a quantidade de matéria Li₂CO₃ formada é também de 73 mols. • Em seguida, como a massa molar de Li₂CO₃ é 73,89 g, calculamos a sua massa: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Uma vez que as moléculas dos gases estão tão separadas, podemos supor que elas comportam-se independentemente. • A Lei de Dalton: em uma mistura gasosa, a pressão total é dada pela soma das pressões parciais de cada componente: +++= 321total PPPP Mistura de gases e pressões parciais Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Cada gás obedece à equação ideal dos gases: • Combinando as equações: ( ) +++= V RT nnnP 321total Mistura de gases e pressões parciais = V RT nP ii Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais Pressões parciais e frações em quantidade de matéria • Considere ni a quantidade de matéria de gás i exercendo uma pressão parcial Pi, então onde i é a fração em quantidade de matéria (ni/nt). totalPP ii = Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais • Exemplo: • Uma mistura de gases contém 4,46 mols de neônio (Ne), 0,74 mol de argônio (Ar) e 2,15 mols de xenônio (Xe). Calcular as pressões parciais dos gases se a pressão total for de 2,00 atm a uma certa temperatura. • Solução: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais Precisamos inicialmente calcular a fração molar do Ne: E em seguida, calcular sua pressão parcial Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais Da mesma forma e Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Mistura de gases e pressões parciais • Certifique-se de que a soma das pressões parciais é igual à pressão total dada, ou seja, (1.21 + 0,20 + 0,586) atm = 2,00 atm Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular • A teoria cinético-molecular dos gases é resumida pelos seguintes postulados: 1. Os gases consistem em um grande número de moléculas que estão em movimento contínuo e aleatório. 2. O volume total de todas as moléculas dos gases é desprezível quando comparado ao volume total no qual o gás está contido. 3. As forças atrativas e repulsivas entre as moléculas de gás são desprezíveis. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular 4. A energia pode ser transferida entre moléculas durante as colisões, mas, desde que a temperatura permaneça constante, a energia cinética média das moléculas não é alterada com o tempo. 5. A energia cinética média das moléculas é proporcional à temperatura absoluta. Em qualquer temperatura, as moléculas de todos os gases têm a mesma energia cinética Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • A teoria cinético-molecular explica a pressão e a temperatura em nível molecular. A pressão de um gás é causada por colisões das moléculas com as paredes do recipiente. • A magnitude da pressão é dada pela frequência e pela força com que as moléculas se chocam com as paredes do recipiente. • A temperatura absoluta de um gás representa a medida da energia cinética média de suas moléculas. Se a temperatura absoluta de um gás é dobrada, a energia cinética média de suas moléculas também dobra. Assim, o movimento molecular aumenta com o aumento da temperatura. Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Distribuição da Velocidade de Molecular •Embora coletivamente as molécula de uma amostra de um gás tenham uma energia cinética média e, portanto, velocidade média, as moléculas individuais se movem com velocidades diferentes. •Toda molécula colide frequentemente com outras moléculas. O momento é conservado em cada colisão, mas uma das moléculas que colidem, pode ser desviada em alta velocidade, enquanto a outra está quase parada. O resultado é que, a qualquer instante, as moléculas da amostra apresentam diferentes velocidades. Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Distribuição da Velocidade de Molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Aplicação da Teoria Cinético-Molecular à leis dos Gases • As observações empíricas em relação às propriedades gasosas da maneira como foram expressas pelas diferentes leis dos gases são facilmente entendidas por meio da teoria cinético-molecular: 1. Um aumento de volume sob uma temperatura constante faz com que a pressão diminua. Temperatura constante → energia cinética média das moléculas de gás permanece inalterada. Portanto, urm permanece inalterada. Quando o volume aumenta, as moléculas devem se mover por distâncias mais longas entre as colisões e ocorrem menos colisões com as paredes do recipiente por unidade de tempo → pressão diminui. A teoria cinético- molecular explica a lei de Boyle. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education 2. Um aumento de temperatura a volume constante faz com que a pressão aumente. Aumento de temperatura → aumento da energia cinética média das moléculas e da urm . Com volume constante, o aumento de temperatura → mais colisões com as paredes por unidade de tempo. Além disso, o momento em cada colisão aumenta (as moléculas atacam as paredes com mais força). Maior número de colisões mais fortes → pressão aumenta, e a teoria explica esse aumento. Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular • Exemplo: • De que maneira a velocidade rms de moléculas de N₂ é alterada em uma amostra de gás por (a) um aumento de temperatura, (b) um aumento de volume, (c) uma mistura com uma amostra de Ar sob a mesma temperatura? • Solução: • (a) aumenta; (b) nenhum efeito; (c) nenhum efeito. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Efusão e difusão molecular • De acordo com a teoria cinético-molecular dos gases, a energia cinética média de qualquer conjunto de moléculas de gás, 1/2m(urms) 2, apresenta um valor específico a uma dada temperatura. Assim, para dois gases com temperatura igual, um gás constituído por partículas de pouca massa tem a mesma energia cinética média que um composto por partículas mais maciças. Consequentemente, as partículas com pouca massa devem ter uma velocidade rms maior que as partículas mais maciças. A equação que expressa esse fato quantitativamente é: Capítulo 10© 2005 by PearsonEducation Teoria cinética molecular • Em que M é a massa molar das partículas. • Com base nessa equação, veja a distribuição de velocidades moleculares de vários gases a 25 °C. Efusão e difusão molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular • Exemplo: • Calcule as velocidades médias quadráticas dos átomos de hélio e das moléculas de nitrogênio em m/s a 25°C. • Solução: • Para calcular a velocidade média quadrática precisamos da equação: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Lei da efusão de Graham • A dependência que a massa tem da velocidade molecular gera duas consequências interessantes. A primeira é a efusão, que significa a fuga de moléculas de gás através de um pequeno orifício. A segunda é a difusão, que representa o espalhamento de uma substância por todo um espaço ou por uma segunda substância. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Lei de Efusão de Graham Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Lei da efusão de Graham • Se as taxas de efusão dos dois gases são r1 e r2 e suas massas molares são M1 e M2, a lei de Graham determina que: • uma relação que indica que o gás mais leve tem a taxa de efusão mais alta. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Difusão e caminho médio livre • Em razão das colisões moleculares, a direção do movimento de uma molécula de gás está em constante mudança. Por isso, a difusão de uma molécula de um ponto a outro consiste em muitos segmentos retos e curtos, resultantes das colisões que a lançam em direções aleatórias. • A distância média percorrida por uma molécula entre as colisões, chamada de caminho livre médio da molécula, varia de acordo com a pressão. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Teoria cinética molecular Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • A dimensão com que um gás real se desvia do comportamento ideal pode ser vista com o rearranjo da equação do gás ideal para encontrar o valor de n: • Para 1 mol de gás, PV/RT = 1 para todas as pressões (em um gás ideal). • Em um gás real, PV/RT varia significativamente de 1. n RT PV = Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Gases reais não se comportam da maneira ideal sob altas pressões. No entanto, sob pressões mais baixas (geralmente abaixo de 10 atm), o desvio do comportamento ideal é pequeno e podemos aplicar a equação do gás ideal sem cometer erros graves. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Em geral, o desvio do comportamento ideal aumenta à medida que a temperatura diminui, tornando-se significativo próximo da temperatura a que os gases se liquefazem. • Para 1 mol de gás, PV/RT = 1 a todas as temperaturas (gases ideais) • À medida que a temperatura aumenta, os gases se comportam de maneira mais ideal. n RT PV = Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Os pressupostos básicos da teoria cinético-molecular dos gases mostram por que os gases reais se desviam do comportamento ideal. Considera-se que as moléculas de um gás ideal não ocupam espaço e não exercem atração umas pelas outras. • Moléculas reais no entanto, – têm volume finito – e se atraem mutualmente. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • À medida que a pressão em um gás aumenta, as moléculas são forçadas a se aproximarem. • À medida que as moléculas ficam mais próximas, o volume combinado das moléculas do gás não é desprezível em relação ao volume do recipiente. • Como consequência, sob pressões elevadas, os volumes dos gases tendem a ser ligeiramente maiores do que aquele previsto na equação do gás ideal. Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education • Quanto menor for a distância entre as moléculas de gás, maior a chance das forças de atração se desenvolverem entre as moléculas. • Consequentemente, menos o gás se assemelha com um gás ideal. • À medida que a temperatura aumenta, as moléculas de gás se movem mais rapidamente e se distanciam mais entre si. • Altas temperaturas significam também mais energia disponível para a quebra das forças intermoleculares. Consequentemente, quanto maior for a temperatura, mais ideal é o gás. Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Um gás real tem pressão mais baixa em razão das forças intermoleculares, e volume maior, por causa do volume finito das moléculas em relação a um gás ideal. Van der Waals reconheceu que seria possível manter a forma da equação do gás ideal, PV = nRT, se fossem feitas correções com relação à pressão e ao volume. Isso resultou na equação de van der Waals: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • O termo n2a/V2 explica as forças de atração. O termo nb representa o volume pequeno, mas finito, ocupado por moléculas de gás. As constantes a e b, chamadas de constantes de van der Waals, são quantidades positivas determinadas experimentalmente que diferem de um gás para o outro. Capítulo 10© 2005 by Pearson Education A equação de van der Waals • Forma geral da equação de van der Waals: 2 2 V an nbV nRT P − − = ( ) nRTnbV V an P =− + 2 2 Correção para o volume das moléculas Correção para a atração molecular Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Exemplo: • Dado que 3,50 moles de NH₃ ocupam 5,20 L a 47°C, calcule a pressão do gás (em atm) utilizando (a) a equação de gás ideal e (b) a equação van der Waals. • Solução: • (a) Temos os seguintes dados: Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal V = 5,20 L T = (47 + 273) K = 320 K n = 3,50 mol R = 0,0821 L · atm/K · mol • Substituindo estes valores na equação de gás ideal, escrevemos Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Gases reais: desvios do Comportamento ideal • Finalmente, substituindo estes valores na equação van der Waals, • Temos Capítulo 10© 2005 by Pearson Education Fim do Capítulo 10: Gases
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