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EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER

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Oncologia Oral Amanda Thalya 
 Odontol. 2020.2 UFPE 
EPIDEMIOLOGIA DO CÂNCER 
Geralmente, quando estudamos uma doença, ela em que ser 
estudada através de dados coletados através de um 
determinado tempo, onde além da coleta do tempo que a 
doença é arquivada para estudo, evidenciamos nos arquivos 
prevalência de Feminino e Masculino, da localização, de 
idade. Então todos esses dados e hábitos relacionados a 
doença 
No caso do câncer, isso é importante epidemiologicamente 
falando, por que a maioria dos tratamentos e das previsões 
de cura de prognóstico são baseadas nesses dados. Inclusive, 
o tipo de tratamento que planejado para o paciente, isso 
tudo é coletado dos prontuários preenchidos por 
médicos/dentistas. Dessa forma se tem a “fotografia” da 
doença em um determinado tempo. 
Por exemplo, se eu tenho que a lesão maligna mais 
prevalente na boca, em 90% dos casos, é o carcinoma 
epidermóide, sendo visto em todo mundo. Isso é 
importante, pois caso me depare com uma lesão de caráter 
semelhante, já vamos quase que acertar o diagnóstico do 
paciente, já que epidemiologicamente já é previsto. 
SUGESTÃO: Sempre que estiver na faculdade, há um modelo 
de prontuário, que devemos obrigatoriamente responder ao 
modelo. Por exemplo, um paciente que com 7 anos, tem 
cárie em quase todos os dentes e temos um histórico de que 
a mãe já usa uma prótese total. Essa é a fotográfica, mais ou 
menos, epidemiologia da cárie no Brasil. Esse cenário vem 
mudando nos últimos anos, graças aos avanços na 
odontopediatria e a odontologia preventiva. 
No câncer de boca, sabe-se através dos dados 
epidemiológicos que os pacientes fumantes e etilistas tem 
uma maior propensão a desenvolver câncer de boca, 
esôfago, entre outros. 
O cigarro está diretamente correlacionado ao câncer de 
boca. Não se sabe quantos pacientes fora são fumantes e 
não tiveram câncer de boca, mas se sabe que todos os 
pacientes que têm câncer de boca são fumantes. 
Com isso, fica clara a importância dos dados epidemiológicos 
Existe um sistema no Brasil, que é o INCA (Instituto nacional 
do câncer), que é um órgão responsável pela estimativa de 
câncer. Essa estimativa é feita pelo número de pacientes que 
tiveram câncer nos anos passados e em cima desses 
números se estima. Esse dado de estimativa se iniciou em 
1995. Isso é importante, porque através disso temos uma 
noção de quantos pacientes terão câncer e do número de 
atendimentos que teremos. Se fossemos um país mais 
voltado a saúde, teríamos uma programação de profissionais 
de saúde para que todos esses pacientes fossem tratados e 
diminuísse o tempo de espera para início do tratamento 
esses pacientes (A média de tempo entre o diagnóstico e o 
início do tratamento varia de 4 a 6 meses). Com o 
aprofundamento no estudo da biologia do câncer, podemos 
perceber que essa demora no início do tratamento é 
desastrosa para cânceres em qualquer localidade. 
O câncer é um problema de saúde pública, especialmente 
entre os países em desenvolvimento, onde é esperado que 
nas próximas décadas o impacto do câncer na população 
corresponda à 80% dos mais de 20 milhões de casos novos 
estimados para 2025. (Em 2021, já temos uma estimativa 
para 2025. Isso é muito importante para que se tenha todo 
um conhecimento de número de hospitais, aparelhos de 
radioterapia, drogas especificas para quimioterapia, número 
de cirurgiões para fazer o primeiro tratamento de eleição do 
câncer de boca, que é o tratamento cirúrgico). 
A estimativa mundial realizada em 2021, apontou que dos 14 
milhões de casos novos estimados, mais de 60% ocorreram 
em países em desenvolvimento. Para a mortalidade, a 
situação agrava-se quando se constata que, dos 8 milhões de 
óbitos previstos, 70% ocorreram nesses mesmos países. 
VOCÊ SABIA QUE? 
Dos 8.000.000 de casos de óbitos previstos por câncer no 
mundo, 70% ocorrem em países não desenvolvidos. 
Podemos perceber que é uma carência da saúde como um 
todo, pois sobre o câncer, 30% dessa doença ocorre pela 
associação dos padrões genéticos associados a fatores 
externos (Esses fatores externos dependem de campanha de 
saúde. Por exemplo: A campanha do não fumar, mas com o 
álcool ainda não tem uma campanha assim, mesmo sendo 
tão maléficos quanto o cigarro). 
 Tipos de câncer mais incidentes no mundo 
o Pulmão (1,8 milhão) 
o Mama (1,7 milhão) 
o Intestino (1,4 milhão) 
o Próstata (1,1 milhão) 
É possível observar a existência de um perfil de magnitude 
de determinados tipos de câncer em países em 
desenvolvimento que se assemelha ao perfil em países 
desenvolvidos, principalmente com relação aos cânceres de 
próstata, mama e intestino. Entretanto, ainda persistem os 
cânceres relacionados com condições socioeconômicas 
menos favoráveis, como o de colo do útero e o do estômago. 
O estômago devido a alimentação inadequada, fumo e 
álcool. Já o colo de útero a falta de exames preventivos, já 
que esse tipo de câncer é muito relacionado ao HPV, sem o 
exame preventivo e com detecção para HPV. Se a paciente 
Oncologia Oral Amanda Thalya 
 Odontol. 2020.2 UFPE 
tem HPV há feito todo um tratamento diferenciado, mesmo 
sem a lesão. Por exemplo, o H pylore no estômago. 
A estimativa para o Brasil biênio de 2018-2018 aponta a 
ocorrência de 640 mil casos novos de câncer para cada ano. 
Para mulheres: 
Câncer de mama, intestino, colo de útero, pulmão e tireoide. 
(Isso se inverteu, antes o câncer de maior prevalência entre 
as mulheres era o de colo de útero, uma prova de que os 
exames preventivos são importantíssimos). A tireoide, muita 
gente não dá a menor importância. Hoje é prescrito, em 
exames de rotina, o ultrassom de tireoide, que é 
extremamente importante, pois com o avançar da idade 
tende-se a ter um transtorno hormonal, onde se pode ter 
uma lesão, as vezes cistos benignos e as vezes os cistos são 
hipodensos e se dá o diagnóstico de um nódulo, que precisa 
ser investigado, por punção, para análise dos tipos de células 
(se são benignas ou malignas). 
Para homens: 
Próstata, pulmão, intestino, estômago e cavidade oral. 
CÂNCER DE BOCA/COMENTÁRIOS 
O Câncer de cavidade oral faz parte do conjunto de tumores 
eu afetam a cabeça e o pescoço. O câncer da cavidade oral é 
muito mais visto por dentistas, do que por médicos. É visto 
por médicos cabeça e pescoço, quando há dor, 
sangramento, quando o tumor já tem um tamanho 
considerável e o paciente é encaminhado para o especialista 
cabeça e pescoço. Contudo, se os dentistas tivessem uma 
atenção maior as lesões cancerizáveis (podem anteceder ao 
câncer), hábitos dos pacientes (cigarro e álcool) e 
orientássemos os pacientes, teríamos uma prevenção bem 
mais eficaz. 
O principal tipo de câncer que afeta a boca é o carcinoma 
epidermóide, que representa 95% de todas a malignidades 
orais. Diante de uma porcentagem tão grande, faz mais 
sentido estudar mais o carcinoma epidermóide, o que pode 
provocar ele, qual o prognóstico se for diagnosticada 
precocemente ou tardiamente. São parâmetros que vão ser 
estudados na Oncologia Oral 
Carcinoma Epidermóide -> Carcinoma de Cél. Escamosas -> 
Carcinoma EspinocelularAcima está uma nomenclatura que é utilizada em 
determinados países. Nós costumamos chamar de 
carcinoma epidermóide, mas também pode ser chamado de 
células escamosas e espinocelular. São o mesmo tipo 
histológico só muda a nomenclatura. 
A etiologia do câncer da cavidade oral é multifatorial, sendo 
os fatores de risco mais conhecidos o tabaco e consumo 
excessivo de álcool (MAERICAN CANCER SOCIETY, 2017) 
A exposição excessiva à radiação solar ultravioleta sem a 
devida proteção ao longo dos anos pode representar um 
possível fator de risco para o câncer de lábio, principalmente 
o lábio inferior. (DAHER, PERFEIRA, OLIVEIRA 2008) 
Outros fatores, como a infecção pelo HPV, dieta pobre em 
frutas e vegetais, má higiene bucal, vêm sendo estudados 
com o intuito de investigar sua implicação na carcinogênese 
(formação do câncer), principalmente do câncer de língua e 
na garganta (AMERICAN CANCER SOCIETY, 2017) 
Nós estágios inicias dos tumores que se localizam nessa 
região anatômica, geralmente, os pacientes são 
assintomáticos, podendo disfarçar as condições benignas 
comuns na boca (INSTITUTO NACIONAL DE CANCER JOSÉ 
ALENCAR GOMES DA SILVA, 2012). 
No Brasil, ocorreram em 2015, 4.672 óbitos por câncer de 
cavidade oral em homens e 1.226 em mulheres (BRASIL, 
2017). 
Programa Brasil sorridente e os CEO, promoveram a 
reorganização da prática e qualificação das ações e serviços 
de atenção especializada entre eles os serviços de 
diagnóstico bucal, com ênfase no diagnóstico e na detecção 
do câncer de boca. 
O INCA, o CEO e o Brasil sorridente são ganhos enormes. 
 
 
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