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NEOPLASIAS DE GLÂNDULAS SALIVARES

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NEOPLASIAS DE GLÂNDULAS SALIVARES
Adenoma pleomórfico (NB) - + frequente dos
benignos
Carcinoma mucoepidermóide (NM) - + freq dos
malignos
Carcinoma adenóide cístico (NM)
A maioria dos tumores malignos e benignos se
manifestam como aumento de volume indolor. Porém,
os malignos invadem nervos, causando parestesia, dor
local ou regional, causalgia (dor intensa em queimação)
ou perda da função motora.
NEOPLASIAS de GS - Localização:
1. Parótida (73%)
2. GS menores (18%) - quando ocorrem, a
maioria é maligna.
3. Submandibular (8%)
4. Sublingual (são raros, menos de 1% dos
tumores de gs ocorrem na sublingual, porém,
quando ocorre, 70-90% são malignos)
FREQUÊNCIA DOS TUMORES:
a) Parótida: Adenoma pleomórfico 53%,
carcinoma mucoepidermóide 9,6%,
adenocarcinoma de céls. acinares 8,6%, outros
28,8%
b) Submandibulares: Adenoma pleomórfico
53,3%; carcinoma mucoepidermoide 9,1%;
carcinoma adenóide cístico 11,7%; 32,7 outros
c) GS menores: 38,1% adenoma pleomórfico;
21,5% carcinoma mucoepidermóide; 7,7%
carcinoma adenóide cístico; 32,7% outros
d) Lábio superior → localização frequente de
tumores de glândulas salivares (lesão nodular -
mucocele ocorre + em lábio inferior)
ETIOLOGIA:
- Radiação ionizante = radioterapia em cabeça e
pescoço
- Exposição ao amianto = Telhas e caixas
- Pó de marcenaria = Asbesto (aspiração de
resíduos de madeira)
- Não está relacionada com etilismo e tabagismo
ADENOMA PLEOMÓRFICO - NB
● Ocorre em qualquer faixa etária, mas é +
comum em adultos jovens e adultos de meia
idade entre 30-60 anos
● Até 80% dos casos acontecem em parótida
● Neoplasia de glândula salivar mais comum,
representa:
● Discreta predileção pelo sexo feminino
53% a 77% dos tumores de parótida
44% a 68% dos tumores da glândula submandibular
33% a 43% dos tumores de glândula salivar menor.
⇒ CLÍNICO:
Independentemente do sítio de origem → AUMENTO
DE VOLUME FIRME, INDOLOR E DE CRESCIMENTO
LENTO.
Quando ocorrem em glândula
parótida → afetam o lobo superficial
como um aumento de volume sobre
ramo da mandíbula e à frente da
orelha
Quando ocorrem em glândulas
salivares menores → a
localização mais frequente é o
palato em região
póstero-lateral em formato de
cúpula na região de transição
de palato duro para palato
mole. Supf lisa.
Podem ocorrer em outras regiões com presença de GS
menores → como o lábio superior que é a segunda
região mais frequente de tumor de GS menor.
1º Palato → Lábio Superior → Mucosa Jugal
- Dor e paralisia dos nervos são raras
- Tumor de glândula salivar primário + comum na
infância.
⇒ HISTOPATOLÓGICO
- Lesão encapsulada, bem delimitada que
permite um plano de clivagem bem definido
- Tumor encapsulado bem circunscrito
Formado por:
- Células epiteliais arranjadas em ductos (epitélio
glandular) - circundadas pelas céls.
mioepiteliais
- Células mioepiteliais plasmocitóides
(arredondadas, núcleo excêntrico e citoplasma
eosinofílico hialinizado) arranjadas em lençol
de células (ninhos de células mioepiteliais
- Estroma fibroso
- Estroma condróide = + áreas mixocondróides
- Cápsula
⇒ TRATAMENTO
Cirúrgico - bom prognóstico com 95% de cura na
primeira intervenção.
Submandibulares = Excisão da glândula + tumor
Palato duro = Excisão abaixo do periósteo, incluindo
mucosa sobrejacente
CARCINOMA MUCOEPIDERMÓIDE - NM
Tumor maligno mais comum das GS
Acomete ampla faixa etária - 2ª a 7ª década
- Não é frequente em crianças, porém, é a
neoplasia maligna de GS mais comum em
crianças.
Tumores associados à história prévia de radioterapia
em região de cabeça e pescoço
Localização mais comum é em parótida, seguido pelas
GS menores ⇒ Consequentemente, localização em
lobo superficial de parótida e depois em palato duro.
⇒ CLINICAMENTE:
- Massa nodular ASSINTOMÁTICA (ainda que
seja uma NM se apresenta como um aumento
de V assintomático)
- Percebe-se a lesão após 1 ano de evolução
(maioria)
- Pode desenvolver DOR ou PARALISIA DO
NERVO FACIAL
- Algumas vezes se apresentam como massas
flutuantes de coloração mais
arroxeada/azulada (pode ser devido ao
acúmulo de substância mucóide) - confundidos
com mucocele
Superfície pode se apresentar
ulcerada
É uma lesão que tende a se
infiltrar na pele - exteriorização
⇒ HISTOPATOLÓGICO:
Mistura de:
- Células escamosas
(epidermóides) = semelhantes
às células escamosas, formato
poligonal, pontes
intercelulares
- Células produtoras de
muco: abundante citoplasma espumoso que se
cora positivamente com colorações para
mucina
- Células intermediárias: presença é típica =
acredita-se que seja uma célula progenitora
tanto para células mucosas quanto para células
epidermóides. Aparência variável - células
pequenas, ovóides levemente aumentadas
com citoplasma escasso.
CLASSIFICAÇÃO HISTOPATOLÓGICA:
1. quantidade de formação cística
2. grau de atipia celular
3. número relativo de céls. mucosas,
epidermóides e intermediárias
Tumores de baixo grau ⇒ formação cística
proeminente, atipia celular mínima e proporção elevada
de céls. mucosas.
Tumores de alto grau ⇒ consistem em ilhas sólidas de
céls. escamosas e intermediárias que podem
apresentar pleomorfismo e atividade mitótica, cels.
produtoras de muco infrequentes (difícil distinguir de
um CEC)
Tumores intermediários ⇒ tem formação cística, porém
menor, todos os 3 tipos cels estão presentes, porém as
céls intermediárias predominam.
⇒ TRATAMENTO:
- Norteado pela localização, graduação
histológica, estadiamento clínico → podendo
ser realizada cirurgia com remoção extensa de
margem de segurança. ressecção radical,
dissecção do pescoço e radioterapia
- Prognóstico: depende do estadiamento clínico
e histológico - nos piores casos apenas 30%
dos pac. sobrevivem.
CARCINOMA ADENÓIDE CÍSTICO - NM
NM mais comum em GS menores (50-60%) dos casos
mas podem ocorrer em qualquer glândula salivar
- Localização mais comum em GS menor =
palato
- Em GS maior = parótida e submandibular (igual
proporção)
⇒ CLINICAMENTE:
Lesão mais comum em adultos de meia idade, raro em
indivíduos abaixo dos 20 anos
- AUMENTO DE VOLUME DE CRESCIMENTO
LENTO
- DOR É O ACHADO CLÍNICO MAIS COMUM =
pode vir precocemente, antes mesmo da
tumefação clinicamente detectável
- DOR INESPECÍFICA, CONSTANTE, BAIXO
GRAU (que aumenta de intensidade) - devido à
invasão perineural que essa NM de GS causa
(principal característica histopatológica)
- Podem causar paralisia de nervo facial em
região de parótida
- Tumores em palato duro podem se apresentar
ulcerados e radiograficamente apresentar
destruição óssea subjacente
⇒ HISTOPATOLÓGICO:
- Células ductais (epidermóides organizadas em
formato de ductos)
- Células mioepiteliais circundando as células
ductais
- Padrão cribiforme, tubular e sólido
- No padrão cribiforme (+ comum) se observa
ilhas de células mioepiteliais e múltiplos
espaços cilíndricos (ductais) contendo material
mucóide (eosinofílico) em seu interior
lembrando o aspecto de queijo suíço. as
células tumorais são bastante basofílicas e
pequenas, com pouco citoplasma
- Por mais que a invasão perineural não seja um
achado patognomônico do carcinoma adenóide
cístico, é um achado bastante frequente e bem
relacionado clinicamente.
⇒ TRATAMENTO:
- Tumor implacável que tende à recidivas locais
e tardias
- Tendência à metástase à distância
- Pouco frequente metástase para linfonodos
regionais
- Apenas 20% dos pacientes se encontra vivo
após 20 anos do diagnóstico = morte pela
metástase ou pela recidiva
- O tratamento é excisão cirúrgica e radioterapia
adjuvante.
- Piores prognósticos: CAC em assoalho de
boca e seio maxilar. (um por conta de aumentar
a chance de metástase e outro porque o
crescimento do CAC em terço médio é muito
problemático até para remoção)
3 Imagens abaixo de adenoma pleomórfico: (última
mostra a cápsula)
As duas primeiras imagens: CAC
Última imagem: Carcinoma mucoepidermóide

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