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AULA 01 11 2021 RETINOPATIA DA PREMATURIDADE

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Retinopatia da 
Prematuridade 
Rejane Lins 
Conceito 
Doença caracterizada pela proliferação 
anormal de vasos da retina imatura de 
recém-nascidos prematuros e de baixo 
peso ao nascer.
Ministério da Saúde, 2012
Histórico e epidemiologia
1941
• Fibroplasia retrolental
• Drs. Paul Chandler e Frederick Verhoeff
1950
• Principal causa de cegueira em alguns países desenvolvidos. ( 1ª Epidemia)
• O2 foi reconhecido como fator de risco no desenvolvimento da doença.
• Cegueira Mortalidade infantil. 
1970
• Introdução da Tecnologia no cuidado ao recém-nascido 
Ministério da Saúde, 2012
Histórico e epidemiologia
1980
• Aumento da sobrevida dos recém-nascidos de baixo peso. (2ª Epidemia) 
1984
• Classificação Internacional da Retinopatia da Prematuridade. 
1970
• Estima-se que das 100 mil crianças cegas na América Latina, 24 mil são 
cegas em decorrência da ROP
Ministério da Saúde, 2012
Fisiopatologia 
desen. 
vasos da 
retina 
16sem
periferia 
da retina 
32 sem Termo 
Ministério da Saúde, 2012
Fisiopatologia 
➢A retina é uma das estruturas do olho responsável pela visão;
➢Desenvolvimento ocorre no período gestacional.
Desenvolvimento esquemático da vascularização da retina 
Ministério da Saúde, 2012
Fisiopatologia 
Vascularização completa da retina só após 
o nascimento. 
Retina imatura avascular libera fator do 
crescimento endotelial. 
Níveis elevados de saturação de 
O2 também aumentam a ROP
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
• A classificação estabelece o princípio de quanto mais posterior e mais 
extensa for a doença, mais sérias serão as potenciais consequências.
❑Localização (zonas 1 – 3).
❑Gravidade (estágios 1 – 5).
❑Presença ou ausência de doença plus (dilatação arteriolar e
tortuosidade venosa).
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Localização (zonas 1 – 3).
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Localização (zonas 1 – 3).
Zona 1 é delimitada por um círculo que tem como
centro o nervo óptico e que se estende a uma
distância equivalente a duas vezes a distância do
nervo óptico até a fóvea.
Zona 2 vai desde o limite externo da zona 1 até a ora
serrata nasal, respeitando a mesma distância
temporalmente.
Zona 3 representa um crescente temporal.
Córnea Cristalino Vasos da retina Nervo óptico 
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade (estágios 1 – 5).
Linha de demarcação entre a retina vascular em desenvolvimento e a avascular periférica
Semelhante ao estágio 2 acrescido de proliferação extrarretiniana 
Descolamento parcial da retina
Descolamento total da retina 
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade - estágio 1 
Linha de demarcação entre a retina
vascular em desenvolvimento e a
avascular periférica
Ministério da Saúde, 2012
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade - estágio 2 
Espessamento da linha (crista de
tecido mesenquimal mais elevado
e espesso)
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade - estágio 3 
Semelhante ao estágio 2 acrescido de
proliferação extrarretiniana
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade - estágio 4 
Descolamento parcial da retina
Ministério da Saúde, 2012
Classificação Internacional de ROP
❑Gravidade - estágio 5 
Descolamento total da retina
Ministério da Saúde, 2012
Diagnóstico
➢População de risco
➢Critérios para a realização do exame oftalmológico: 
• RN < 1.500g e/ou IG < 32 semanas.
• Presença de fatores de risco em RN.
• Síndrome do desconforto respiratório. 
• Sepse. 
• Transfusões sanguíneas. 
• Gestação múltipla.
• Hemorragia intraventricular.
Ministério da Saúde, 2012
❑ Oftalmoscópio binocular indireto
O primeiro exame - entre a 4ª e a 6ª 
semana de vida.
A dilatação das pupilas:
Colírios: tropicamida 1% ou ciclopentolato 1% 
e fenilefrina 2,5%, 
01 gota de cada colírio, intervalo de 15 minutos 
em cada olho,
45 minutos antes do exame
Diagnóstico
Ministério da Saúde, 2012
Tratamento
❑Ablação da retina avascular periférica com fotocoagulação a laser ou 
crioterapia.
O procedimento é doloroso;
Realizado sob anestesia geral ou com sedação e
analgesia associados a anestesia tópica com
assistência do neonatologista ou anestesista.
Tratamento
❑O objetivo é, eliminar a liberação dos fatores que estimulam a proliferação
dos neovasos na retina avascular
Ministério da Saúde, 2012
Cuidados da Enfermagem 
❑Deve-se explicar à família e sanar dúvidas sobre a doença, bem como orientar a necessidade
da triagem e dos exames seriados que o RN prematuro terá que se submeter.
❑ Muitas vezes, durante o exame, que é indolor, o RN chora pelo desconforto que a luz do
oftalmoscópio indireto causa, e isso gera insegurança nos pais, que devem ser acolhidos.
❑ Quando a ROP estiver progredindo, os familiares devem ser alertados sobre a possibilidade
de tratamento e como este é feito.
Ministério da Saúde, 2012
Cuidados da Enfermagem 
❑Os colírios que dilatam a pupila devem ser precedidos por um colírio anestésico;
❑Durante o mapeamento de retina, deve-se enrolar o RN com lençol, além de poder
ser utilizada glicose oral para acalmá-lo;
❑Se houver queda da saturação de oxigênio e/ou alteração de outros sinais vitais,
devem-se interromper o exame e aguardar a estabilidade do paciente;
❑A prevenção da cegueira por ROP não depende apenas do diagnóstico e tratamento
da ROP.
Ministério da Saúde, 2012
Cuidados da Enfermagem 
❑Boas práticas em relação ao cuidado neonatal implicam
significativamente para a redução de ROP grave; principalmente o
controle adequado da administração e monitorização de oxigênio no
sentido de evitar repetidos episódios de hipóxia e hiperóxia.

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