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DISTÓCIA DE ESPÁDUAS

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DISTÓCIA DE ESPÁDUAS 
DEFINIÇÃO 
 
 
DISTÓCIA DE ESPÁDUAS. 
MEDIDAS INICIAIS 
 
A primeira medida a ser praticada é a interrupção da tração sobre o polo fetal, 
uma vez que a tração continuada pode provocar lesões do plexo braquial. 
Uma vez que se trata de emergência obstétrica, é fundamental solicitar ajuda 
de outros profissionais, os quais auxiliarão na realização de manobras e 
controlarão o tempo dispendido na realização das mesmas, evitando, assim, 
que se insista demasiadamente em manobras infrutíferas. 
Diversas manobras podem ser utilizadas visando liberar os ombros 
impactados, mas não são isentas de risco de traumatismo fetal. A sequência 
de manobras não é consenso na literatura, mas se deve sempre optar por 
iniciar as tentativas de desprendimento fetal com manobras de menor risco, 
reservando as manobras mais arriscadas para casos de difícil solução. As 
manobras devem ser seguidas novamente de tração suave do polo cefálico 
fetal visando a liberação das espáduas. 
1) Manobra de McRoberts: consiste na abdução e hiperflexão das coxas 
maternas sobre o abdome. Esta nova posição permite uma rotação da 
sínfise púbica e retificação da lordose lombar. 
 
MANOBRA DE MCROBERTS ASSOCIADA À PRESSÃO SUPRAPÚBICA. 
 
EFEITO DA MANOBRA DE MCROBERTS SOBRE A PELVE. 
2) Pressão abdominal externa: 
Pressão suprapúbica: realizada no sentido vertical, com o objetivo de 
comprimir o ombro fetal, diminuindo o diâmetro biacromial. 
Manobra de Rubin I: pressão realizada sobre a região do ombro fetal através 
da parede abdominal, com intuito de realizar pequeno movimento de flexão 
e rotação dos ombros, permitindo seu desprendimento (Rubin I). 
Alguns autores as descrevem como uma única manobra. Elas geralmente são 
praticadas em associação à manobra de McRoberts e resolvem a maioria dos 
casos de distócia de espádua. 
Deve-se proceder a episiotomia, a qual permite ampliação do espaço para 
acesso às partes fetais. Entretanto, a distócia de ombros é problema ósseo, e 
a episiotomia não será capaz de solucionar o problema. 
 
 
A primeira manobra a ser tentada é a pressão suprapúbica, associada ou 
não à de McRoberts, que atinge sucesso na resolução da maior parte dos 
casos de distócia de espáduas. 
 
MANOBRA DE RUBIN I. 
3) Manobras rotacionais: 
Manobra de Woods (saca-rolha): consiste na pressão na face anterior (sobre 
a clavícula) do ombro posterior fetal com o auxílio de dois dedos, com o 
intuito de rodá-lo 180°. 
 
MANOBRA DE WOODS. 
Manobra de Rubin II: consiste na introdução dos dedos de uma das mãos 
na vagina, atrás do ombro anterior do feto, empurrando o ombro em direção 
ao tórax fetal. Assim, a manobra de Woods provoca a abdução do ombro fetal 
e a de Rubin II a adução. 
 
MANOBRA DE RUBIN II. 
Manobra de Woods reversa: os dedos são colocados atrás do ombro 
posterior fetal e o objetivo é girar o feto na direção oposta à da manobra 
convencional de Woods. 
4) Remoção do braço posterior (Jacquemier): consiste na introdução da 
mão do obstetra profundamente na vagina e retirada do braço fetal 
posterior, diminuindo o diâmetro impactado. 
 
MANOBRA DE JACQUEMIER. 
5) Manobra de Gaskin: consiste no posicionamento da paciente de joelhos, 
com as mãos apoiadas (posição de quatro) e na tentativa de realizar o 
desprendimento dos ombros na ordem inversa: inicia-se pelo posterior, 
que agora está posicionado anteriormente e, a seguir, o anterior, agora 
posicionado posteriormente. Neste momento, as manobras de rotação 
também podem ser realizadas. 
 
MANOBRA DE GASKIN. 
Manobra de Zavanelli: reintrodução da cabeça fetal na vagina, seguindo 
inversamente os movimentos fetais já realizados (rotação para OP, flexão e 
reintrodução da cabeça na vagina) e término do parto por cesariana de 
emergência. Trata-se de manobra de difícil realização e que pode se associar 
a lesões graves maternas e/ou no concepto. 
 
MANOBRA DE ZAVANELLI. 
Clidotomia/Sinfisiotomia: eventualmente, pode-se recorrer à fratura 
intencional da clavícula (clidotomia – o que diminuiria os diâmetros fetais) 
ou a sinfisiotomia (para ampliação do canal de saída materno). 
 
 
COMPLICAÇÕES 
 
- Hemorragia puerperal. 
- Lacerações perineais. 
- Paralisias do plexo braquial (Erb-Duchenne). 
- Fratura de clavícula e do úmero. 
- Asfixia fetal. 
- Óbito fetal. 
A complicação mais frequente é a paralisia do plexo braquial, a qual é 
geralmente reversível em período de 6 a 12 meses, embora possa ser 
definitiva em até 10% dos casos. Geralmente, decorre da distensão do plexo 
pela tração excessiva do polo fetal durante tentativas de liberar os ombros 
fetais impactados.

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