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[LANA] Direito Civil II - Famílias

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Henry Rocha Simonetti 1 ENTIDADE FAMILIAR 
DIREITO CIVIL II – FAMÍLIA 
ENTIDADE FAMILIAR 
 Antes de 1988 – Apenas o matrimônio (precisava necessariamente de um homem e uma 
mulher) 
 C.F. de 1988 trouxe: 
o União estável (necessariamente homens e mulheres) 
o Família Monoparental 
*Antes disso, essas duas categorias que não eram reconhecidas como família eram 
prejudicadas em situações jurídicas como a participação em programas do governo 
(como o da casa própria) 
 Família recomposta – com padrastos e/ou madrasta e filhos de outros casamentos 
 União Estável e Matrimônio de pessoas do mesmo sexo 
*As famílias são chamadas de homoafetivas ou heteroafetivas pois a constituição de uma 
família não depende de uma relação sexual e sim de afeto 
 Família Anaparental – irmãos sem pais 
DIVISÃO DO CÓDIGO CIVIL 
 Direito Matrimonial 
 Direito Patrimonial 
 Direito Protetivo 
DIREITO DE FAMÍLIA NOS DISPOSITIVOS LEGAIS 
LEI MARIA DA PENHA 
É o dispositivo que melhor descreve a família atualmente: 
Art. 5º 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se 
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
 Fala sobre no Art. 226 
 Estabelece: 
o Igualdade entre filhos (antigamente havia diferenciação) 
Henry Rocha Simonetti 2 CASAMENTO 
*Adotado =/= agregado 
o Reconhecimento da união estável 
o Paridade entre os cônjuges (porque antes o homem era considerado “chefe da família”) 
 Essas disposições transformaram o direito civil, e entre 1988 e 2002 era exercido um “direito 
civil constitucional” pois as decisões passaram a se basear mais na constituição do que no 
Código Civil de 1916, que já estava ultrapassado 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA NO CÓDIGO DE 2002 
1. Princípio da dignidade humana – princípios como reconhecimento de famílias monoparentais, 
a igualdade entre homens e mulheres no casamento, a garantia da possibilidade de dissolução 
de sociedade conjugal, etc foram todos trazidos no novo código 
2. Princípio da solidariedade familiar – apoiar a outra pessoa independentemente das condições* 
3. Princípio da Igualdade entre cônjuges – era diferente no código de 16 
4. Princípio da igualdade jurídica entre todos os filhos – iguala a situação de filhos adotivos, 
filhos fora do casamento, etc 
5. Princípio da paternidade responsável e do planejamento familiar – é de responsabilidade de 
ambos os pais decidirem como organizarão sua família e devem basear-se nos princípios da 
dignidade humana 
6. Princípio da afeição entre os cônjuges e conviventes 
7. Não-intervenção do Estado no direito de família (ninguém é obrigado a constituir família) 
*Esse princípio não se extingue no divórcio apenas se uma pessoa não tiver mais ninguém da família 
dela para pedir auxílio ou alimento ela pode pedir para a pesso de que se divorciou 
CASAMENTO 
É uma instituição ou um contrato? No Brasil pensa-se o casamento como instituição porque a parte 
“contratual” que seria o estabelecimento de um regime de bens está praticamente pré-pronto, as 
pessoas simplesmente escolhem um deles e não há exatamente um estabelecimento de dispositivos 
contratuais detalhado. Portanto, o casamento é mais uma instituição. 
FINALIDADE DO CASAMENTO 
O código define como: 
Art. 1.565. Pelo casamento, homem e mulher assumem mutuamente a condição de consortes, 
companheiros e responsáveis pelos encargos da família. 
§ 1o Qualquer dos nubentes, querendo, poderá acrescer ao seu o sobrenome do outro. 
§ 2o O planejamento familiar é de livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos 
educacionais e financeiros para o exercício desse direito, vedado qualquer tipo de coerção por parte 
de instituições privadas ou públicas. 
EFEITOS DO CASAMENTO 
 Vínculo conjugal* 
Henry Rocha Simonetti 3 CASAMENTO 
 Vínculo de parentesco por afinidade (a família do cônjuge)* 
 Alteração do estado civil 
 Emancipação 
 Divisão do patrimônio (de acordo com o regime de bens)* 
 Alteração do nome (facultativo) 
*A união estável também tem esses efeitos 
 
ESPÉCIES DE CASAMENTO 
 Casamento Civil – realizado no cartório 
 Casamento Religioso – para ter efeitos civis é preciso levar a documentação do cartório e 
oficializar, nesse caso a data do casamento será considerada a data da celebração. 
 Por procuração – em casos de uma pessoa que está presa, ou uma pessoa que está fora do 
Brasil 
 Numcumpativo – casamento realizado no leito de morte 
 Putativo – é nulo, apenas terá alguns efeitos em casos de boa-fé. Existe um caso em que duas 
pessoas se casaram e depois descobriram que eram irmãos, então o casamento será anulado 
mas terá alguns efeitos 
 Consulário – o casamento de brasileiros diante da autoridade consulária 
PRINCÍPIOS DO CASAMENTO 
 Monogamia*: por não ser global, não é exatamente um princípio. Os artigos 1521, inciso VI 
e 1548, inciso II são os responsáveis pela dedução de que o casamento no Brasil é 
monogâmico. 
o A questão da poligamia ainda é um desafio para o direito brasileiro, no caso de uma 
pessoa que vive um casamento e uma união estável com pessoas diferentes, o 
casamento prevalecerá (ocorre pelo fato de que a união estável não necessita de 
declaração de vontade) 
 Liberdade de Uniões: cada um escolhe com quem se casa 
 Comunhão de vida: um casamento pode acabar com o divórcio, mas de fato só acabará com 
a vida, ou se for contraído outro casamento. 
INCAPACIDADE, IMPEDIMENTOS E CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO 
INCAPACIDADE 
Apenas menores de 16 anos (exceção da gravidez) 
IMPEDIMENTO 
o artigo 1521 dispõe impedimentos para o casamento: 
Art. 1.521. Não podem casar: 
Henry Rocha Simonetti 4 CASAMENTO 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi do adotante; 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau inclusive; 
V - o adotado com o filho do adotante; 
VI - as pessoas casadas; 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o 
seu consorte. 
 
*Nessa questão existe o questionamento de: se os parentes não podem casar por causa dos filhos, e 
os casamentos em que as pessoas não querem ter filhos? Por que eles, tendo afeto, não podem 
casar? 
Os impedimentos do casamento são os mesmos da união estável 
Um casamento deve existir, ser válido (I - agente capaz; II - objeto lícito, 
possível, determinado ou determinável; III - forma prescrita ou não defesa em lei.), e 
ter efeitos 
CAUSAS SUSPENSIVAS 
Situação em que não há impedimento mas é obrigatória a separação total de bens. As causas 
suspensivas podem ser arguidas por parentes em linha reta ou colaterais de 2º grau, seja consanguíneo 
ou afim. São elas tratadas no art 1523 do CC: 
I - o viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do 
casal e der partilha aos herdeiros; 
II - a viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses 
depois do começo da viuvez, ou da dissolução da sociedade conjugal; - por causa de uma possível 
gravidez e existência de um herdeiro. 
III - o divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal; 
IV - o tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a 
pessoa tutelada ou curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as 
respectivas contas. 
REGIME DE BENS 
 Comunhão parcial de bens: É a regra geral para quando não existeoutro acordo. Apenas os 
bens adquiridos durante o casamento serão divididos entre os cônjuges, sendo metade para 
cada (daí vem a palavra “meeiro” 
 Comunhão total de bens: todo o patrimônio dos dois é dividido em dois 
 Separação de bens: trata-se da separação dos bens do cônjuge, que continuam com a posse 
daquilo que adquirirem depois do casamento. Não há necessidade evidente de comunicação 
Henry Rocha Simonetti 5 CASAMENTO 
da venda de um imóvel. Em caso de alienação de bens, não há necessidade de comunicação 
entre as partes 
*Participação final nos aquestos: durante o relacionamento esse casal vive em uma separação de 
bens, ou seja, irão gerar esse patrimônio sem interferência do outro, mas no momento do divórcio 
ocorrerá o processo como se fosse um regime de comunhão parcial. 
*Para alterar o regime de bens é necessário uma autorização judicial 
BENS EXCLUÍDOS DA COMUNHÃO 
 Art. 1659 – Excluem-se da comunhão parcial os bens: 
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, 
por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar; 
 Sub-rogado é substituído, mas tem que ser declarado. Por ex: se um desses 
bens for vendido e for comprado outra coisa no lugar, isso precisa ser declarado 
oficialmente (uma declaração por escrito na hora da compra que ele foi sub-
rogado do bem de herança) 
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação 
dos bens particulares; (como foi dito no inciso anterior) 
III - as obrigações anteriores ao casamento; 
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal; 
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão; 
 A questão dos instrumentos de profissão é um pouco relativa. Em alguns casos, 
como o dos consultórios odontológicos, os instrumentos são muito caros e em 
algumas vezes é pago pelos dois cônjuges então se ocorrer divórcio não é 
possível separar tudo em todas as ocasiões, as vezes se reconhece um esforço 
de ambos para a compra desses instrumentos de profissão 
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; 
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. 
 Montepios são pensões (dinheiro pago pelo Estado) aos familiares de 
servidores públicos 
 Art. 1668 – São excluídos da comunhão universal 
I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; 
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a 
condição suspensiva; 
 Fideicomisso: deixar herança para uma pessoa que ainda não nasceu 
Henry Rocha Simonetti 6 CASAMENTO 
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou 
reverterem em proveito comum; 
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de 
incomunicabilidade; 
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. 
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos 
frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DOS BENS 
Nesse regime, quem administra os bens do casal pode ser qualquer um dos cônjuges. Em caso 
de um dos cônjuges ser relativamente incapaz (prodigalidade, etc), o juíz poderá designar apenas um 
dos bens 
REGIME DE BENS OBRIGATÓRIO 
Seria um “quinto regime”, também conhecido como separação legal, e está previsto no art. 
1641. Nesse caso, as pessoas não podem escolher o regime, e a lei irá prever em qual elas devem se 
casar. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do 
casamento; 
II - da pessoa maior de sessenta anos; 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 12.344, de 2010) 
 Polêmica: pode ser considerado inconstitucional 
FGTS: após 10 anos de trabalho, retira-se 8% do salário do trabalhador por mês para que, caso 
ocorra alguma eventualidade, o trabalhador terá uma garantia. 
No divórcio, grande parte do patrimônio dos cônjuges estará no fundo de garantia, porém ligado 
apenas ao trabalho de um cônjuge, esse bem irá se comunicar ou não? Os bens que vem do trabalho 
privado estão sempre excluídos, mas esses também? A jurisprudência se divide nessa questão, mas 
a maioria considera que há uma solidariedade na família e que o trabalho de um dos cônjuges não 
necessariamente se dá apenas profissionalmente mas também emocionalmente, existe uma 
dependência emocional. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm#art1659
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
Henry Rocha Simonetti 7 Dissolução da sociedade conjugal 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 Os relativamente incapazes 
OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA EM DÍVIDAS 
Art. 1.643. Podem os cônjuges, independentemente de autorização um do outro: 
I - comprar, ainda a crédito, as coisas necessárias à economia doméstica; 
II - obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir. 
Art. 1.644. As dívidas contraídas para os fins do artigo antecedente obrigam solidariamente ambos 
os cônjuges. 
A solidariedade é uma exceção para a regra de que só se cobre uma dívida com quem a contraiu, pois 
nesse caso se pode cobrar de outras pessoas 
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL 
Art. 1571 – A atividade conjugal termina pela morte (presumida e de fato) de um dos cônjuges, pela 
nulidade ou anulação do casamento, pela separação judicial, ou pelo divórcio. 
SEPARAÇÃO JUDICIAL 
 Texto original da CF: o casamento foi considerado pelos constituintes que previu (no art. 226) 
que “o casamento civil pode ser dissolvido pelo divorcio após prévia separação judicial por 
mais de um ano nos casos expressos em lei ou separação de fato comprovada por mais de dois 
anos “ 
 Emenda const. de 2010  Mudou esse parágrafo e agora diz apenas: “O casamento civil pode 
ser dissolvido pelo divórcio.” 
 Ou seja, para o divórcio era obrigatório essa separação, mas com o passar do tempo as pessoas 
que se separavam logo procuravam advogados e queriam se separar judicialmente, então a lei 
foi alterada. Porém ocorrem situações dramáticas devido a essa situação, pois algumas vezes 
o cônjuge é pego de surpresa 
MODALIDADES DE SEPARAÇÃO 
Muitos dizem que a separação não tem importância atualmente, pois o vínculo só se rompe com o 
divórcio, alguns dizem o contrário. 
 Extrajudicial consensual: no cartório 
 Judicial consensual 
 Judicial litigiosa: quando há discordância, basicamente fala que se você desobedece um dos 
deveres do casamento, o cônjuge pode pedir a separação sendo sua culpa. A partir disso, é 
possível imputar ao outro o pagamento de alguns deveres (art. 1572). Existem também 
questões de doença e falência como justificativa. 
Henry Rocha Simonetti 8 Dissolução da sociedade conjugal 
 De fato: não regularam a situação, mas não vivem mais juntas (Lembrando que, se um casal 
estiver em separação de fato e um dos cônjuges passe a constituir uma união estável, numa 
possível briga judicial a UE irá prevalecer) 
DIVÓRCIO 
JUDICIAL (ART. 1580) 
 Por convenção: quando começa com separação depois é convertido em divórcio, apenas 
facilita o processo 
 Direto: sem a separação prévia 
LITIGIOSO X CONSENSUAL 
 Divórcio consensual: para aqueles que possuam filhos menores ou incapazes, deve constar a 
petição de acordo a pensão dos filhos e do cônjuge que necessitar dela, além das condições de 
guarda dos filhos e rotinas de convivência, bem como a partilha de bens. 
 Divórcio Litigioso: havendo discordância entre os cônjuges, o processo seguirá o rito 
ordinário, sendo restritos os argumentos da contestação, uma vez que não cabe alegação de 
culpaou decurso de prazo de separação de fato ou de direito. A pensão alimentícia dos 
filhos e a partilha de bens podem ser resolvidas em ação própria e até posteriormente à ação 
do divórcio 
EXTRAJUDICIAL(LEI 1441/2007) 
Art. 3o A Lei no 5.869, de 1973 – Código de Processo Civil, passa a vigorar acrescida do seguinte 
art. 1.124-A: 
“Art. 1.124-A. A separação consensual e o divórcio consensual, não havendo filhos menores ou 
incapazes do casal e observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão ser realizados por 
escritura pública, da qual constarão as disposições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns 
e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro 
ou à manutenção do nome adotado quando se deu o casamento. 
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para o registro civil e o 
registro de imóveis. 
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes estiverem assistidos por advogado 
comum ou advogados de cada um deles, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial. 
§ 3o A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que se declararem pobres sob as penas 
da lei.” 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5869.htm#art1124a
Henry Rocha Simonetti 9 UNIÃO ESTÁVEL 
UNIÃO ESTÁVEL 
HISTÓRICO 
Antigamente, pessoas que constituíam uniões estáveis eram vistas com muito preconceito, 
especialmente as mulheres, era comum o uso de nomes depreciativos para essas pessoas. Não existia 
ação que reconhecesse a união após sua dissolução e as pessoas ficavam desamparadas. Algumas 
vezes, quando as mulheres que trabalhavam em casa ficavam sem nada após a separação, o único 
recurso restante para os advogados era entrar com uma ação por serviços prestados que não foram 
remunerados (como se a mulher tivesse trabalhado como empregada doméstica, e não companheira) 
. 
Ao longo da história, alguns dispositivos falaram sobre o assunto: 
 Decreto Lei 7036/1944 – a união estável era chamada de “concubinato” 
 Súmula 380/1964* – já é possível comprovar uma união e estabelecer uma partilha dos bens 
que foram adquiridos por esforços comuns, em uma espécie de regime parcial 
 Súmula 382/1964 – para existir concubinato não é necessária a coabitação 
 Lei Reg. Pub. – permite alteração do sobrenome das esposas 
 CF/88 Art. 226, §3º – reconhece a chamada “união estável”, antes existia o puro (que se tornou 
a união estável) e o impuro (quando há impedimento, existem aquelas pessoas que estão 
impedidas de constituírem casamento, os mesmos impedimentos ocorrem na união estável, e 
a união dessas pessoas é chamada de “impura”; atualmente essa ideia não existe pois essas 
pessoas não podem constituir nenhum tipo de união estável) 
 Lei 8971/1994 
 Lei 9278/1996 – questão dos 5 anos, questão dos filhos, coisas que não tem mais efeito 
atualmente após o CC, mas as vezes são lembradas pela opinião popular 
 CC 2002 
*O posicionamento do tribunal transcrito após uma decisão judicial 
CONCEITO E ELEMENTOS (ART. 1723) 
Elementos essenciais: 
 Convivência publica 
 Continua 
 Duradoura 
 Animus familiae - se constituem como família 
Não se estabelece nenhum limite de tempo e não pode ser uma união estável secreta 
 
 
 
Henry Rocha Simonetti 10 Bens de família 
Elementos que podem auxiliar na comprovação, mas não são essenciais: 
 Tempo 
 Coabitação 
 Filhos* 
*Nos casamentos, quando um filho nasce ocorre a chamada presunção de paternidade, já na união 
estável, é preciso que a mãe confirme quem é o pai e ambos estejam presentes para o registro. 
**2012: a presunção da concepção dos filhos se estende à união estável, mas aí é necessário que 
ela esteja comprovada na justiça 
FAMÍLIAS SIMULTANEAS 
Existe muitos debates acerca disso no Brasil porque a monogamia ainda é um princípio do 
casamento, então é difícil julgar os casos 
1º 2º Qual prevalece 
Casamento Casamento (nulo) O 1º 
EU Casamento O casamento 
Casamento UE O casamento 
UE UE Normalmente, a 1ª* 
 
*Se alguma das uniões estáveis for putativa (uma não sabe da existência da outra), prevalecem todas 
*Porém alguns vão dizer que a 1ª prevalece de qualquer forma 
Art. 1790 – cônjuge na comunhão parcial é herdeiro, mas na união estável não era nada, mas foi 
decidido que isso era inconstitucional e agora não é mais assim 
BENS DE FAMÍLIA 
É uma forma de afetação de bens a um destino especial que é ser a residência da família, e, 
enquanto for, é impenhorável por dívidas posteriores à sua constituição, salvo as provenientes de 
impostos devidos pelo próprio prédio. 
O princípio foi acolhido na Carta Magna de 88, que proíbe que a pequena propriedade onde a 
família trabalhada seja usada como penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade 
produtiva. 
CÓDIGO DE 2002 
Art. 1.711. - Podem os cônjuges, ou a entidade familiar, mediante escritura pública ou testamento, 
destinar parte de seu patrimônio para instituir bem de família, desde que não ultrapasse um terço do 
patrimônio líquido existente ao tempo da instituição, mantidas as regras sobre a impenhorabilidade do imóvel 
residencial estabelecida em lei especial. 
Henry Rocha Simonetti 11 RELAÇÕES DE PARENTESCO 
Parágrafo único. O terceiro poderá igualmente instituir bem de família por testamento ou doação, 
dependendo a eficácia do ato da aceitação expressa de ambos os cônjuges beneficiados ou da entidade 
familiar beneficiada. 
A LEI 8.009 DE 1990 
Define que o imóvel residencial próprio do casal ou da entidade familiar é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza 
contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam. 
O artigo acima traz a ideia do patrimônio mínimo para que a pessoa mantenha sua dignidade e não 
fique completamente desamparada. Quem escreve bem sobre isso é o ministro Fachin. A pessoa que 
vive só, embora haja controvérsias sobre o fato dela construir ou não uma entidade familiar, também 
merecer ser amparada, pois, por não ter mais ninguém, é justamente a pessoa que mais necessita de 
apoio. 
BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO: 
Decorrente da vontade dos cônjuges, companheiros ou terceiro (No código civil). Só existe 
quando o proprietário tem dois ou mais imóveis residenciais e deseja optar por um deles, para 
mantê-lo protegido, e fizer uma escritura. Porém, isso tem pouca aplicação prática pois muitas 
poucas pessoas fazem esse processo. 
 Se estende para as uniões estáveis 
BEM DE FAMÍLIA INVOLUNTÁRIO: 
É estipulado legalmente na Lei nº 8.009/90 
 O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não 
responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de 
outra natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus 
proprietários que nele residam, salvo nas hipóteses previstas nesta Lei 
RELAÇÕES DE PARENTESCO 
Existem muitas definições acerca do que exatamente é a relação de parentesco, mas o que se infere 
na atual doutrina é que por ela são englobados as relações consanguíneas, de afinidade e de adoção. 
 Consanguíneas: descendentes de um mesmo tronco familiar 
 Afinidade: vínculo que se estabelece entre um dos cônjuges e os parentes do outro. 
Não se extingue com o fim do casamento/UE – se estende apenas aos ascendentes, 
descendentes e irmãos do cônjuge. 
 Adoção: a relação criada pelo processo de adoção juridicamente se equipara às outras. 
O conceito de “parentesco civil” tem hoje muita importância, pois surgiu para englobar 
não só a afinidade e a adoção, mas também outras origens de parentesco trazidas por 
inovações científicas (como por exemplo, a presunção de paternidade do marido de uma 
Henry Rocha Simonetti 12 RELAÇÕES DE PARENTESCO 
mulher que foi inseminada artificialmente com o sêmende outrem), ou pela filiação social 
e a paternidade socioafetiva 
Vale lembrar também, que o parentesco até o terceiro grau impede o casamento. 
FILIAÇÃO 
Atualmente é simplesmente a relação entre os filhos e os seus pais, e não existe nenhuma distinção 
jurídica entre filhos “ilegítimos”, adotados e biológicos 
PRESUNÇÃO LEGAL DE PATERNIDADE 
É uma ideia que remete a antiguidade, quando não era possível comprovar a paternidade. O legislador 
presume que o filho da mulher casada é de seu marido, ao nascer, a relação jurídica do filho já se 
estabelece automaticamente para sua mãe e seu pai caso eles sejam casados 
 Presunção pater is est: a comum, o filho gerado no casamento é do marido. Engloba os seguintes 
casos: 
I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência 
conjugal; 
II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por 
morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento; 
III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes 
de concepção artificial homóloga; 
V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do 
marido. 
Vale que ressaltar que são critérios meramente legais, pois a ciência já é capaz de definir 
o dia exato da concepção e comprovar a paternidade. Esses princípios e presunções 
como os dos incisos I e II já perderam seu valor e sua prática 
*Questão da procriação assistida: o código de 2002 já inclui nos incisos III, IV e V os 
casos de inseminação artificial a presunção paterna, mesmo nos casos em que o embrião 
não tiver sido fecundado com o sêmen do marido da mulher grávida, se tiver a sua 
autorização 
 
 
 
 
Henry Rocha Simonetti 13 PODER FAMILIAR 
PODER FAMILIAR 
Existem muitas críticas a respeito do “poder familiar”, porque deve-se excluir essa ideia de “poder”, 
deve ser na verdade um “dever” um “compromisso”. Os pais devem ter um dever com os filhos e não 
poder sobre eles, outro termo usado é “autoridade parental” 
NATUREZA JURÍDICA 
 Munus público – é um dever com a sociedade, com o Estado, exercer esse poder 
 Irrenunciável – não pode ser passado para outra pessoa 
 Imprescritível – não acaba, não tem prazo e não pode se desvincular dele 
 Indelegável 
 Confere aos pais direitos e deveres quanto à pessoa e aos bens dos filhos 
 Não acaba com o fim do casamento ou UE, a não ser que a guarda defina a diminuição desse 
poder para uma das partes 
 Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o 
pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos filhos: (Redação 
de uma Lei de 2014) 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
 II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao 
exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência 
permanente para outro Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais 
não lhe sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos 
da vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o 
consentimento; 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
 IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade 
e condição. 
 
 
Henry Rocha Simonetti 14 PODER FAMILIAR 
CONTEÚDO DO PODER 
QUANTO A PESSOA 
I - dirigir-lhes a criação e a educação; 
 Criação e educação – incumbe aos pais velar não só pelo sustento dos filhos, como pela sua 
formação, afim de torna-los úteis a si, à família e à sociedade. Envolve também o zelo moral, 
a formação do caráter – a infração dessa obrigação se caracteriza como abandono material 
e que pode causar a perda do poder familiar (o que não os desobriga a sustentar os filhos). A 
infração do dever de proporcionar educação caracteriza abandono intelectual 
II - exercer a guarda unilateral ou compartilhada nos termos do art. 1.584 
 Se refere a criança ter uma casa, onde ele pode fixar seus estudos e ter uma referência 
 Em caso de dissolução matrimonial, os cônjuges devem definir o melhor tipo de guarda para 
a criança 
 Também implica a vigilância dos filhos, uma vez que os pais são responsáveis pelos atos 
ilícitos dos filhos  em caso de pais separados, a culpa recai sobre o pai que estiver com a 
guarda e a companhia do filho 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; 
 Pressupõe-se que os pais tem o melhor interesse do filho e por isso podem tomar essa decisão, 
em casos de menores de idade que desejam casar 
IV - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para viajarem ao exterior; 
V - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para mudarem sua residência permanente 
para outro Município; 
VI - nomear-lhes tutor por testamento ou documento autêntico, se o outro dos pais não lhe 
sobreviver, ou o sobrevivo não puder exercer o poder familiar; 
VII - representá-los judicial e extrajudicialmente até os 16 (dezesseis) anos, nos atos da 
vida civil, e assisti-los, após essa idade, nos atos em que forem partes, suprindo-lhes o 
consentimento; 
 A capacidade civil antes da maioridade será dependente do representante legal, após os 16 e 
antes dos 18, deverão prestar assistência ao menor 
VIII - reclamá-los de quem ilegalmente os detenha; 
 Por meio de ação de busca e apreensão, pois os pais tem o direito de ter os filhos em sua 
companhia e guarda 
Henry Rocha Simonetti 15 ALIMENTOS 
 IX - exigir que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e 
condição. 
BENS 
O usufruto e administração dos bens cabe aos pais. Eles devem preservar o patrimônio e não causar 
nenhuma diminuição neste 
Excluem-se do usufruto e administração dos pais: 
I - os bens adquiridos pelo filho havido fora do casamento, antes do reconhecimento; 
II - os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade 
profissional e os bens com tais recursos adquiridos; 
III - os bens deixados ou doados ao filho, sob a condição de não serem usufruídos, 
ou administrados, pelos pais; 
IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos 
da sucessão. 
 
ALIMENTOS 
Binômio: necessidade/possibilidade - cada família terá um parâmetro diferente para o que é o valor 
certo a ser pago para alimentos, depende de quantos filhos tem e qual a renda dessa família. Podem 
se estabelecer várias formas de cumprir a obrigação de alimentos do que o dinheiro. 
No Brasil, é comum que o cônjuge que não tiver a guarda do filho alegar que seu dinheiro de pensão 
alimentícia está sendo usado para o outro cônjuge, não pelo filho, o que causa muitos conflitos. 
Envolvem 
 Naturais 
ou 
 Civis 
 Próprio – dinheiro 
ou 
 Impróprio – todos os outros serviços que podem ser pagos para o filho 
 
 Legal – vem do poder familiar, imposto pela lei 
Henry Rocha Simonetti 16 Adoção 
 Voluntários – a lei obriga algumas pessoas a pagarem alimentos para determinadas pessoas, 
mas ninguém é proibido de pagar alimentos para outra pessoa, que não tenha nenhuma relação 
através de um testamento: a pessoa receberá todo o patrimônio como forma de pagar 
alimentos. Uma pessoa deixa os bens para que uma pessoa pague alimentos para outra. 
 Indenizatório – tem origem no ato ilícito, quando não tem como reparar um dano uma pessoa 
teráque pagar indenização e pode ser na forma de alimentos. Exemplo: acidentes de carro, se 
matarem uma pessoa que sustenta uma família quem causou o acidente pode ter que pagar 
alimentos para essa família, o valor é determinado proporcionalmente  na prática, o valor é 
difícil de ser definido, pois tem que se colocar o valor da morte de uma pessoa 
 Definitivos 
 
 Provisório: ação de alimentos, ou seja, deve ter relação de parentesco, pois pode ser 
pretérito/atual/futuro, se pedir alimentos pretéritos pode ser até 2 anos antes 
 
 Provisionais: tem a ver com o processo civil, em casos que enquanto o processo está sendo 
julgado a pessoa já vai pagando os alimentos para que não se tenha prejuízo (como no processo 
indenizatório, a pessoa precisa urgentemente desses alimentos, então ela já pode pedir uma 
medida cautelar antes que se defina exatamente o valor e o tempo de pagamento) 
Questão da prisão civil: atualmente, essa questão tem muito peso porque a classe média brasileira tem 
muito medo de ir para a cadeia então acaba sendo muito efetivo para esses grupos, mas até que ponto 
essa estratégia de coação funcionará? 
ALIMENTOS GRAVÍDICOS 
Se pagam alimentos para a mulher grávida, uma vez que o filho está no útero e precisa ter alimentos. 
O direito mais importante dos fetos é o dos alimentos e é preciso que se tenha um pré-natal correto e 
garantir a saúde do feto. Isso engloba também o enxoval, a saúde da mulher e seu bem-estar 
CARACTERÍSTICAS DO ALIMENTO 
 Atual 
 Divisível – pode dividir o valor com mais de uma pessoa 
 Irrenunciável 
 Impenhorável 
 
ADOÇÃO 
A principal questão é lembrar que os filhos adotados equiparam-se com os filhos biológicos 
No pagamento voluntário de alimentos isso era muito comum, no Brasil rural por exemplo as pessoas 
que não podiam cuidar dos filhos acabavam os abandonando e outras pegavam a criança para criar 
apenas (sem nenhum tipo de processo legal), aí entra a questão: é seu filho? Pois ele as vezes é apenas 
criado no mesmo ambiente, agregados, e isso era comum principalmente em famílias muito grandes, 
Henry Rocha Simonetti 17 TUTELA E CURATELA 
pois quanto mais crianças mais força de trabalho. E então, os testamentos acabaram encarregando 
pessoas de pagar alimentos para essas pessoas, se caracterizando como pagamento voluntário de 
alimentos 
Adoção a brasileira: a antiga lei brasileira determinava que você precisava ter 50 anos para poder 
adotar uma criança e daí surgiu o problema, a adoção a brasileira é registrar no seu nome filhos de 
outra pessoa como se fosse sua sem passar pelo processo de adoção, e isso era inclusive incentivado 
pelos juízes e promotores pelas grandes dificuldades da adoção. Porém, isso é crime, apesar de na 
época ser aceitável 
TUTELA E CURATELA 
 Tutela: menores de 18 anos 
 Curador: maiores de 18 anos 
*Lembrando que o Estatuto da Pessoa Deficiente tirou as pessoas deficientes da categoria dos 
relativamente incapazes e as transformou em capazes. Elas podem, espontaneamente nomear duas 
pessoas para auxiliar nas suas tomadas de decisão, são chamadas de “conselheiros”.

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