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ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA - APOL 1 - PRIMEIRA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O construtivismo é sobretudo uma teoria social que demonstra a importância decisiva das relações constitutivas que se estabelecem entre as ideias, o conhecimento e os factos. O grande argumento do construtivismo consiste na demonstração de que todas as variáveis relevantes das teorias das RI – poder militar, transações económicas, instituições internacionais ou preferências domésticas – não são apenas importantes por serem factos materiais objetivos mas, principalmente, por terem determinados significados sociais e singulares interpretações ideacionais intersubjetivas”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 110. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
 
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, dois conceitos centrais para a teoria construtivista: 
Nota: 0.0
	
	A
	Aculturação e Globalização.
	
	B
	Poder e Dominação.
	
	C
	Identidade e Comunidade Epistêmica.
Uma das principais atribuições do construtivismo para o Estado é a identidade. Seria a partir da identidade que os interesses estatais seriam construídos (Campbell, 1998; Zehfuss, 2001; Kubálková, 2001). A identidade pode corresponder à visão do agente sobre si mesmo, mas também existiria a identidade que representaria a imagem que um Estado tem sobre o outro. Independente disso, como Wendt aponta, a identidade surgiria a partir da relação entre os agentes. Logo, compreende-se que as identidades dos Estados podem se alterar conforme o rumo de suas relações com outros agentes (Salomón, 2016). Uma forma de observar a importância da identidade pode ser a de que “[...] interesses são pressupostos pelas identidades por uma simples razão: se eu não sei quem eu sou, não terei meios de precisar aquilo que desejo.” (Riche, 2015, p. 34). Além de identidade, um outro conceito importante presente no Construtivismo é o de comunidades epistêmicas. Podendo ser vistas como um grupo de interesses, as comunidades epistêmicas representam a união daqueles que tem em comum um determinado objetivo, e a partir de sua união passariam a exercer sua influência sobre o Estado com o intuito de garantir as suas intenções. A inclusão das comunidades epistêmicas sobre a APE auxilia na compreensão das ações Estatais não somente no cenário doméstico, mas também externo. Como argumenta Adler (1999, p. 233) os atores que fazem parte da denominação de comunidades epistêmicas “são significativos para uma compreensão teórica mais ampla da construção social da realidade internacional pelo conhecimento intersubjetivo”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: APE e o Construtivismo.
	
	D
	Comunidade Internacional e Solidariedade.
	
	E
	Ideologia e Sistema-Mundo.
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O artigo seminal de Richard Snyder, Henry W. Bruck e Burton Sapin, “Decision-Making as an Approach to the Study of International Politics” (1954), é considerado a pedra fundamental da APE como subdisciplina ou campo de estudos com identidade própria. A proposta de análise estava fortemente inserida dentro da Ciência Política behaviorista e influenciada, em particular, pelo modelo estoniano de sistema político, nesse momento em pleno auge (Easton 1953). O ponto de partida era a ideia de que a política externa é, antes de tudo, um produto de decisões, e que o modo pelo qual as decisões são tomadas afeta substancialmente seu conteúdo”.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 43. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que versam sobre algumas características da Análise de Política Externa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. A área de Análise de Política Externa insere na discussão sobre a formulação da política externa as dinâmicas e os atores domésticos, aumentando assim as possibilidades de problematização sobre os processos sociais e conjunturais envolvidos.
II. As transformações políticas, sociais e econômicas observadas no mundo na segunda metade do século XX foram fundamentais para que os autores da Análise de Política Externa incluíssem os atores subnacionais como elementos significativos em suas análises.
III. A Análise de Política Externa concede relevância aos indivíduos para o estudo da política externa, uma vez que eles são responsáveis por formular e executar as ações estratégicas de um Estado no cenário internacional.
IV. Por mais que a Análise de Política Externa tenha trazido maior capacidade explicativa para as Relações Internacionais, o seu vínculo com o realismo acabou atrofiando as análises produzidas e fazendo com que essa área não avançasse teoricamente, após a década de 1990.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é aquela que indica que Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas. A afirmação I está correta porque, em suma, Snyder, Brunk e Sapin (1954) vão adicionar à problematização de política externa as dinâmicas domésticas estatais. A agenda externa de Estado não seria somente uma reação aos movimentos e mudanças internacionais, mas também uma representatividade dos próprios movimentos que ocorrem em ambiente interno a esse ator. A afirmação II está correta porque as mudanças observadas no mundo tiveram seu papel na alteração da relação entre essa subárea e essa teoria clássica. O surgimento de atores supranacionais ou até mesmo subnacionais e o importante papel que a União Europeia passou a ter nas relações internacionais – entre outros fatores que fortaleciam cada vez mais o papel de outros atores – foram importantes pontos que aumentaram ainda mais o distanciamento entre a APE e a abordagem realista. Na visão de Salomón e Pinheiro (2013), esse novo cenário possibilitaria até mesmo o uso da APE para a análise de organizações não estatais. A afirmação III está correta porque Para Harold e Sprout (1956, citados por Hudson; Vore, 1995, p. 214), as questões de indivíduo também teriam de ser somadas à análise, aprofundando a pesquisa do autor que agora também teria que levar em conta aquele que executa as ações no cenário externo. A afirmação IV está incorreta, uma vez que com o trabalho desses autores, quebra-se o elo entre a APE e o realismo. Nisso, no entanto, não se deve compreender que ela não mais é realizada à luz realista, mas sim que seu foco se expande, e agora é possível que a APE interaja com outras teorias e abordagens. Esses autores também chamam a atenção para o processo de tomada de decisão dentro da APE e a necessidade de se compreender como ele se dá (Mendes, 2014, p. 6).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE.
	
	C
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Com efeito, o fim da Guerra Fria proporcionou o desenvolvimento de um novo pensamento em RI, onde a discussão sobre a mudança e sobre o papel das ideias passou a ser central. Esta nova atitude no ambiente disciplinar das RI deu lugar a um espaço de discussão teórica que se foi organizando em torno de um novo grande debate. Este foi inicialmente conhecido por contrapor os racionalistas e os reflexivistas. Estedebate desenvolveu-se em torno de questões metateóricas, ou seja, em torno de questões ontológicas e epistemológicas. Basicamente, tratava-se de uma discussão sobre a natureza da realidade internacional e de qual a melhor forma da ciência das RI, ou se quisermos dos seus académicos explicarem esta realidade.
 
Fonte: Mendes, Pedro Emanuel. A (re)invenção das relações internacionais na viragem do século. O desafio do construtivismo. Relações Internacionais, no.36 Lisboa dez. 2012, p. 107. Disponível em: < http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n36/n36a08.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, três abordagens teóricas críticas das Relações Internacionais que ascendem no pós-Guerra Fria.
Nota: 0.0
	
	A
	Neoinstitucionalismo; teoria revisionista; e pós-modernismo.
	
	B
	Pós-estruturalismo; teoria feminista; e pós-colonialismo.
Temos então a ascensão do pós-colonialismo, por exemplo, podendo ser observado como um conjunto de teorias primeiramente aplicadas sobre estudos de cultura, que foram se expandindo para outros campos das ciências sociais. Trabalhando sobre os efeitos gerados pelos processos de colonização do sul global, o pós-colonialismo argumenta sobre como o fim do colonialismo, na prática, não representa o fim do colonialismo como percepção e interpretação sobre o outro (Santos, 2008, p. 16-17). Outro exemplo de teoria que emergiu é o pós-estruturalismo. Nessa abordagem, podemos usar uma visão de Foucault sobre poder. Para o autor, o poder não seria algo natural, mas sim uma prática social. Ou seja, o poder não seria algo que alguns possuem e outros não, mas estaria presente nas práticas sociais. O poder, na visão de Foucault, não se limitaria ao Estado, também estando presente na sociedade a partir de práticas, e até mesmo costumes. Têm-se então o poder como presente no dia a dia, com uma característica de “rede”, moldando comportamentos (Pacífico, Pinheiro, 2013, p. 118). Outras teorias como a Teoria Feminista também surgem como um reflexo do novo cenário de relações entre os Estados, e entre o Estado e a sociedade. O avanço de teorias que passaram a considerar a influência da sociedade nas decisões de política criaram cada vez mais espaço para outras abordagens que se debruçavam sobre essa relação.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: APE e a ascensão de novas teorias.
	
	C
	Instrumentalismo; teoria modernista; e pós-coletivismo.
	
	D
	Desenvolvimentismo; interdependência complexa; e estruturalismo.
	
	E
	Institucionalismo democrático; teoria culturalista; e teoria da dependência.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o trecho a seguir:
“O processo de ciclo político, quando observamos a política externa como política pública, pode e deve ser utilizado na compreensão do processo governamental. A ideia de pressões domésticas provenientes de grupos sociais ou stakeholders, também é relevante nessa visão. De certa forma, a argumentação do ciclo político nos dá mais um mecanismo de observação para a influência das forças não estatais dentro do aparato político”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal potencialidade de se analisar a política externa como política pública: 
Nota: 0.0
	
	A
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como parte do funcionamento da democracia.
Observar e tratar a política externa como política pública trás para o campo da APE todas as ferramentas, conceitos e métodos que as políticas públicas têm em si. Um dos principais pontos a ser comentado, no entanto, é sobre o caráter democrático que a concepção de política pública leva para a política externa. Compreender que a política pública, da forma como se dá e utilizando a visão de que a mesma se constrói a partir das forças não só governamentais, mas também estatais, é assumir a posição de democracia que um Estado teria no planejamento e execução das políticas públicas. Logo, essa visão é emprestada pela política externa ao ser vista como uma política pública.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A Junção da APE com as Políticas Públicas.
 
	
	B
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida como um elemento burocrático-legal diferenciado.
	
	C
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja vista como uma imposição das elites políticas sobre a sociedade civil.
	
	D
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja considerada como produto das relações econômicas que sustentam o Estado.
	
	E
	A análise da política externa como uma política pública permite que a primeira seja entendida a partir dos aspectos geográficos de um Estado e os seus efeitos na distribuição do poder.
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Essas relações de mútua dependência não tendem a distribuir equitativamente os ganhos e as perdas geradas pela interdependência complexa. Esse processo tende a prevalecer às assimetrias, ou seja, os resultados serão diferentes para cada ator, pois os atores atuantes nessa sociedade internacional, agora transnacionalizada, não são iguais, sobretudo em se tratando de capacidades. Para Di Sena Jr. (2003, 25) “(...) os participantes não gozam do mesmo grau de desenvolvimento e não controlam os mesmos recursos”. Isso porque as transações na interdependência dependem de constrangimentos e ganhos que se explicam como “ganhos ou perdas conjuntas para as partes envolvidas” (Keohane e Nye, 2001, 8), devido, entre outras razões, às diferenças envolvidas nos relacionamentos.
Fonte: OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de; LUVIZOTTO, Caroline Klaus. Cooperação técnica internacional: aportes teóricos. Rev. bras. polít. int. vol.54, no.2, Brasília.  2011, p. 8. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v54n2/v54n2a01.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que discutem as premissas da teoria da interdependência complexa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Para a teoria da interdependência, os Estados estão conectados uns aos outros, de modo que as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado, podem afetar ou outros.
II. Os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são muito importantes para a teoria da interdependência complexa.
III. Resumidamente, pode-se dizer que a sensibilidade se refere à solidariedade de um Estado específico diante dos problemas e dificuldades enfrentados por outro Estado na política internacional.
IV. O conceito de vulnerabilidade faz referência à influência de um Estado sobre outro. Assim, a as decisões ou rupturas em um Estado A não apenas são sentidas pelo Estado B, mas também têm impactos e podem gerar custos internos.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
A resposta correta é aquela que afirma que apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. A afirmação I está correta, porque a interdependência complexa argumenta que os Estados não vivem de forma isolada, e que devido a esse cenário de “conexão” entre eles, as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado-nação, podem afetar outros Estados. A afirmação II está correta, porque os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são centrais à abordagem de interdependência. A afirmaçãoIV está correta, porque na visão de vulnerabilidade, a questão se dá em relação à influência de um Estado sobre outro. Nessa percepção, uma ruptura no país A não somente é sentida pelo país B, mas também demanda que esse país tome ações de proteção, gerando custo interno. A afirmação III está incorreta, porque a sensibilidade trataria sobre a capacidade de resposta de um país em relação ao outro. Na sensibilidade, uma ruptura no país A não causaria um custo sobre o país B pois, não demandaria alguma mudança política desse país.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
O caráter autônomo e proativo adotado pelo Brasil, já a partir da década de 1960, criou espaço para as discussões de Relações Internacionais em território nacional. No entanto, o surgimento da área no país seguiu o mesmo caminho que nos Estados Unidos, se aliando à Ciência Política (Faria, 2012, p. 104). As mudanças no cenário internacional, com o reconhecimento da importância de novos atores que não somente o Estado como unitário, se somaram às transformações domésticas vividas pelo Brasil.
 
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Análise de APE no Brasil.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual a transformação na política brasileira ao final dos anos 1980 que teve impacto na postura do país nas relações internacionais:
Nota: 10.0
	
	A
	O processo de redemocratização do Estado Brasileiro.
Você acertou!
A redemocratização brasileira também alterou sua postura internacional, e tudo isso em conjunto criou uma nova dinâmica em que o país pôde se inserir. Observa-se, nesse caso, que a situação no ambiente real – participação brasileira nos debates internacionais – influenciou o campo teórico ao impulsionar as análises sobre o sistema internacional e considerar a APE como abordagem propícia a esse novo panorama. A emergência da APE foi perceptível no Brasil, e o tema se tornou um dos mais abordados nas pesquisas realizadas entre 1998 e 2006 (Nanci; Pinheiro, 2019, p. 16).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Análise de APE no Brasil.
	
	B
	A criação do Ministério de Relações Exteriores.
	
	C
	O início do milagre econômico.
	
	D
	A ruptura das relações bilaterais com os Estados Unidos.
	
	E
	O estabelecimento do voto censitário.
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
Roberts e Bradley (1991) tratam sobre como as visões mais tradicionais observavam as políticas públicas como uma atividade que era de domínio somente dos órgãos governamentais, não considerando a possibilidade de influência de outros grupos externos a esse. Para os autores, a inclusão de diferentes atores – stakeholders – nas análises de política pública seriam uma forma de fechar algumas lacunas deixadas pelos estudos focados somente na ação governamental.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é a definição utilizada para os stakeholders:
 
Nota: 0.0
	
	A
	Os stakeholders são definidos como aqueles indivíduos que possuem uma posição privilegiada no processo decisório.
	
	B
	Os stakeholders correspondem à elite política do Estado com capacidade de influenciar o mercado e a agenda pública.
	
	C
	Os stakeholders podem ser descritos como qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização
Como observado anteriormente, o processo de escolha de problema a ser considerado pelo Estado como sendo passível de ser incluso na agenda política envolve diferentes atores. Os stakeholders podem compreender pessoas, grupos, organizações, instituições entre outros (Mitchel, p. 856). A definição que pode ser utilizada como sendo a padrão é a de que “stakeholder em uma organização é qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização” (Freeman, 1984, p. 46). Pode-se também utilizar a definição de Bryson (2004, p. 22) que observa os stakeholders como sendo “pessoas, grupos ou organizações que devem ser considerados por líderes e gerentes”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
	
	D
	Os stakeholders se resumem aos grupos econômicos que possuem interesses no processo de tomada decisão do Estado.
	
	E
	Os stakeholders podem ser descritos como grupos étnicos que buscam atuar na política a fim de defender a sobrevivência da sua cultura.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“As Relações Internacionais, assim como a APE, colocam o foco de análise sobre a atuação de atores no ambiente internacional. No entanto, as Relações Internacionais utilizam sua lente de análise de forma mais ampla, ao passo que a APE executa uma análise reduzida, tendo a capacidade de trabalhar sobre um tema específico.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual o ponto central para as Análises de Política Externa: 
Nota: 0.0
	
	A
	A divisão das classes.
	
	B
	As conexões culturais.
	
	C
	As paixões humanas.
	
	D
	A decisão humana.
Como contrapartida da visão das Relações Internacionais como disciplina estadocêntrica, a APE colocaria como ponto central a decisão humana (Hudson; Vore, 1995, p. 211). A isso se somam outras variáveis antes não tão aplicadas, e os fatores materiais e ideacionais passam a fazer parte da análise.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
	
	E
	As disputas inter-raciais.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“O momento de avaliação política é quando os resultados tomam local central no palco de estudos das políticas públicas. É nesse momento que irá se verificar se os objetivos pré-definidos foram ou não alcançados. No entanto, é preciso ter cuidado, porque a ideia de avaliar o resultado de uma política pública pode, muitas vezes, acabar confundindo o pesquisador que não tem tanta familiaridade com esse método”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são os três momentos de avaliação de uma política pública: 
Nota: 0.0
	
	A
	Podem ser destacados três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase posterior, a fase histórica e fase de encerramento.
	
	B
	A avaliação de políticas públicas possui três fases mais importantes, sendo elas a social, a judicial e a cultural.
	
	C
	Considera-se que são necessárias três fases para a avaliação de uma política pública, sendo elas as fases ideológicas, eleitorais e orçamentárias.
	
	D
	São três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase ex ante, a fase ex post e a fase concomitante.
Como anteriormente demonstrado, uma das principaiscríticas ao modelo de ciclo político proposto por Laswell é a ideia de que os momentos da política sempre ocorrem de forma histórica, um estágio sempre precedendo o outro, sem alterações. De fato, quando levamos essa visão teórica para a prática conseguimos perceber que a dinâmica política não permite que o processo de política pública ocorra de forma tão ordenada, e que as dinâmicas e problemáticas diárias muitas vezes alteram as ordens dos processos. No caso da avaliação, esse momento acaba usufruindo de uma aplicabilidade em outros momentos do ciclo que não só no seu fim. Temos então três momentos da avaliação: ex ante, ex post e concomitante. A avaliação ex ante ocorre antes da implementação da política, buscando já verificar sua adequação ao ambiente onde será implementada. A avaliação ex post ocorre após essa aplicação já ter ocorrido, ou até mesmo no momento de terminação da política, tema que será debatido mais a frente (Jann, Wegrich apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 55). No caso de ser aplicada durante o processo, é uma avaliação concomitante.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
	
	E
	Entende-se que a avaliação de políticas públicas passa por três fases distintas, a fase de análise dos atores envolvidos, a fase de aperfeiçoamento das práticas e fase de contagem dos gastos.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“A Análise de Política Externa (APE) é hoje um campo de estudos bem consolidado dentro da grande disciplina das Relações Internacionais (RI). Numerosos indicadores testemunham essa consolidação, como a existência de revistas especializadas (destacando-se a Foreign Policy Analysis) e de diversos manuais específicos sobre APE e capítulos sobre APE nos principais manuais de Relações Internacionais; a criação de grupos de trabalho ou seções sobre APE nas principais associações acadêmicas nacionais e internacionais de Ciência Política/ Relações Internacionais (ABRI e ABCP no Brasil, International Studies Association nos EUA e British International Studies Association no Reino Unido); e a inclusão de disciplinas com essa denominação nas grades curriculares dos cursos de Relações Internacionais em todo o mundo”.
Fonte: SALOMÓN, Mónica; PINHEIRO, Letícia; Análise de Política Externa e Política Externa Brasileira: trajetória, desafios e possibilidades de um campo de estudos. Rev. Bras. Polít. Int. 56 (1): 40-59. 2013, p. 40. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v56n1/03.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos objetivos primários da Análise de Política Externa no momento do seu surgimento: 
Nota: 10.0
	
	A
	Decorrente da sua conexão com a teoria crítica, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, tinha como objetivo mais importante o estudo sobre as relações econômicas no plano internacional.
	
	B
	Em decorrência da sua relação com o liberalismo, a área de Análise de Política Externa, em seu início, se direcionava à compreensão das relações simbólicas com capacidade de influenciar a política internacional.
	
	C
	Devido a sua ligação com o realismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, tinha como objetivo central abrir a “caixa-preta” do Estado e, com isso, trazer novos elementos para a análise da política internacional.
Você acertou!
Tendo seu início como uma subárea das Relações Internacionais em 1950 (Faria, 2012, p. 102), a Análise de Política Externa (APE) possui raízes teóricas, sendo fundamentada nas investigações com maior empiria e foco no princípio geral, tendo como um dos objetivos primários abrir a “caixa-preta” do Estado. Em relação às teorias já existentes no período, a APE nasce apoiada nos princípios realistas e sistêmicos; ou seja, adota a visão estadocêntrica, sendo o Estado o ator principal em todos os níveis de análise propostos e também dentro do cenário anárquico que envolveria o sistema internacional. De acordo com essa vertente, as ações estatais em campo externo ocorreriam de forma a maximizar os seus ganhos e, consequentemente, minimizar suas perdas. A perspectiva realista para a abordagem de APE acaba ocasionando uma análise muito simplista das relações entre Estados em cenário internacional, negligenciando diversas outras perspectivas que viriam a surgir posteriormente e complementar a visão da APE. James Rosenau apresentou o desejo por uma teoria que pudesse não somente ser empírica e passível de teste, mas que também se caracterizasse de forma mais geral do que aquelas até então praticadas. Com inspiração no trabalho de genética proposto por Gregor Mendel, para Rosenau, a análise de diferentes Estados e seus comportamentos resultariam em maior compreensão das interações interestatais considerando também suas dimensões de poder.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: Surgimento e Conceitos Básicos da APE.
	
	D
	Em decorrência da sua ligação com o construtivismo, a área de Análise de Política Externa, em seus primórdios, priorizava análises centradas no poder da ideologia para mover as relações entre os Estados no sistema internacional.
	
	E
	Em razão da sua conexão com o pós-modernismo, a área de Análise de Política Externa, inicialmente, objetivava a construção de um nicho de análise independente da área de Relações Internacionais e conectada à antropologia.

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