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ANÁLISE DE POLÍTICA EXTERNA - APOL 1 - QUARTA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo: 
“O realismo é a teoria, simultaneamente, mais conhecida e contestada na disciplina de RI. Embora atualmente já não exerça, como aconteceu no passado, um domínio hegemônico na disciplina, o realismo continua a ser uma teoria importante. Com o fim da Guerra Fria e do bipo- larismo, o realismo sofreu muitas críticas chegando mesmo a ser considerado um paradigma degenerativo. Apesar das críticas, e de mais uma sentença de morte, o realismo no pós-Guerra Fria conseguiu desenvolver novos argumentos teóricos e provar a sua resiliência enquanto uma das teorias principais em RI”. 
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Uma avaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 96. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf> 
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, duas ideias centrais para o realismo clássico: 
 
Nota: 0.0
	
	A
	São centrais ao realismo clássico, a defesa da cooperação internacional e a crença no poder pacificador do modelo político democrático.  
	
	B
	São centrais ao realismo clássico, a noção de que as relações econômicas são anteriores às relações militares e a visão hierárquica do sistema internacional. 
	
	C
	São centrais ao realismo clássico, a ideia de preservação do Estado e a noção de segurança vinculada ao poder estatal. 
O realismo clássico é baseado em pensadores como Sun Tzu, Tucídides, Tito Lívio, Maquiavel, Hobbes e Richelieu (Castro, 2012, p. 314). Cada um contribuindo com uma visão, assim como com a concepção de seu tempo, sobre a relação do Estado e indivíduo, assim como as relações entre Estados. Como ponto central do realismo clássico tem-se a ideia de preservação do Estado, assim como coloca o seu foco na importância da segurança que estaria correlacionada ao poder estatal. 
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.  
	
	D
	São centrais ao realismo clássico, a defesa de que as ideias e as identidades condicionam a política internacional e a percepção de que o conhecimento é poder.  
	
	E
	São centrais ao realismo clássico, a ideia de que o ambiente doméstico dos Estados afeta as suas decisões na política internacional e a crença de que existe um ordenamento sociológico internacional.  
Questão 2/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“O momento de avaliação política é quando os resultados tomam local central no palco de estudos das políticas públicas. É nesse momento que irá se verificar se os objetivos pré-definidos foram ou não alcançados. No entanto, é preciso ter cuidado, porque a ideia de avaliar o resultado de uma política pública pode, muitas vezes, acabar confundindo o pesquisador que não tem tanta familiaridade com esse método”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, quais são os três momentos de avaliação de uma política pública: 
Nota: 10.0
	
	A
	Podem ser destacados três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase posterior, a fase histórica e fase de encerramento.
	
	B
	A avaliação de políticas públicas possui três fases mais importantes, sendo elas a social, a judicial e a cultural.
	
	C
	Considera-se que são necessárias três fases para a avaliação de uma política pública, sendo elas as fases ideológicas, eleitorais e orçamentárias.
	
	D
	São três momentos de avalição de uma política pública, uma vez que esse processo envolve a fase ex ante, a fase ex post e a fase concomitante.
Você acertou!
Como anteriormente demonstrado, uma das principais críticas ao modelo de ciclo político proposto por Laswell é a ideia de que os momentos da política sempre ocorrem de forma histórica, um estágio sempre precedendo o outro, sem alterações. De fato, quando levamos essa visão teórica para a prática conseguimos perceber que a dinâmica política não permite que o processo de política pública ocorra de forma tão ordenada, e que as dinâmicas e problemáticas diárias muitas vezes alteram as ordens dos processos. No caso da avaliação, esse momento acaba usufruindo de uma aplicabilidade em outros momentos do ciclo que não só no seu fim. Temos então três momentos da avaliação: ex ante, ex post e concomitante. A avaliação ex ante ocorre antes da implementação da política, buscando já verificar sua adequação ao ambiente onde será implementada. A avaliação ex post ocorre após essa aplicação já ter ocorrido, ou até mesmo no momento de terminação da política, tema que será debatido mais a frente (Jann, Wegrich apud Nanci, Pinheiro, 2019, p. 55). No caso de ser aplicada durante o processo, é uma avaliação concomitante.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: A Avaliação de Políticas Públicas.
	
	E
	Entende-se que a avaliação de políticas públicas passa por três fases distintas, a fase de análise dos atores envolvidos, a fase de aperfeiçoamento das práticas e fase de contagem dos gastos.
Questão 3/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“Um dos grandes momentos de mudança – não somente para as relações internacionais, mas também para a disciplina de Relações Internacionais – pôde ser visto como o fim da Guerra Fria. Com a modificação de cenário, se observa que Relações Internacionais, como disciplina naquele momento, não mais se mostrava capaz de prever as mudanças internacionais (Hudson; Vore, 1995, p. 209-2010). A compreensão sobre a nova situação da disciplina de Relações Internacionais trouxe à tona as problemáticas existentes internamente. Suas teorias, métodos e conceitos aplicados precisavam ser renovados, novas visões deveriam ser somadas às já existentes, novas abordagens deveriam ser aplicadas como forma de respostas às mudanças observadas no cenário real”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relação entre a APE e as Relações Internacionais.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das características das Relações Internacionais que foi apontada como problemática após o fim da Guerra Fria: 
 
Nota: 0.0
	
	A
	A centralidade, na área de Relações Internacionais, de uma visão focada nos problemas de raça e gênero para explicar as interações internacionais.
	
	B
	A centralidade, dada nas Relações Internacionais, a uma leitura estadocêntrica a respeito das dinâmicas internacionais.
Após o fim da Guerra Fria as RI enfrentaram inúmeros desafios, de modo que abordagens teóricas contestadoras das leituras tradicionais passaram a ganhar maior centralidade na área. Elas apontavam como um problema claro, até então parte das Relações Internacionais, a de sua visão estadocêntrica. A percepção que o campo tinha de que as decisões são resultado das ações humanas singulares ou em grupo (Hudson, 2005) muitas vezes também levava a uma interpretação de que essas decisões só eram possíveis se partissem do Estado. A maior proatividade dos Estados em cooperar, o novo cenário de interdependência já explorado e as novas redes de relações que surgiam no cenário externo comprovavam que essa visão das Relações Internacionais não era mais suficiente para a compreensão do próprio objeto de estudos. A APE, como uma subárea das Relações Internacionais, surge como uma forma de cobrir as lacunas cada vez mais aparentes.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 1. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: A relaçãoentre a APE e as Relações Internacionais.
	
	C
	A centralidade concedida nas Relações Internacionais às preocupações com as assimetrias econômicas entre os países.
	
	D
	A centralidade, dada nas Relações Internacionais, a uma visão essencialista e individualista do comportamento dos indivíduos na esfera internacional.
	
	E
	A centralidade, concedida na área das Relações Internacionais, aos problemas vinculados à promoção da paz e resolução de conflitos étnicos.
Questão 4/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Essas relações de mútua dependência não tendem a distribuir equitativamente os ganhos e as perdas geradas pela interdependência complexa. Esse processo tende a prevalecer às assimetrias, ou seja, os resultados serão diferentes para cada ator, pois os atores atuantes nessa sociedade internacional, agora transnacionalizada, não são iguais, sobretudo em se tratando de capacidades. Para Di Sena Jr. (2003, 25) “(...) os participantes não gozam do mesmo grau de desenvolvimento e não controlam os mesmos recursos”. Isso porque as transações na interdependência dependem de constrangimentos e ganhos que se explicam como “ganhos ou perdas conjuntas para as partes envolvidas” (Keohane e Nye, 2001, 8), devido, entre outras razões, às diferenças envolvidas nos relacionamentos.
Fonte: OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de; LUVIZOTTO, Caroline Klaus. Cooperação técnica internacional: aportes teóricos. Rev. bras. polít. int. vol.54, no.2, Brasília.  2011, p. 8. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v54n2/v54n2a01.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que discutem as premissas da teoria da interdependência complexa e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas: 
I. Para a teoria da interdependência, os Estados estão conectados uns aos outros, de modo que as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado, podem afetar ou outros.
II. Os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são muito importantes para a teoria da interdependência complexa.
III. Resumidamente, pode-se dizer que a sensibilidade se refere à solidariedade de um Estado específico diante dos problemas e dificuldades enfrentados por outro Estado na política internacional.
IV. O conceito de vulnerabilidade faz referência à influência de um Estado sobre outro. Assim, a as decisões ou rupturas em um Estado A não apenas são sentidas pelo Estado B, mas também têm impactos e podem gerar custos internos.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
A resposta correta é aquela que afirma que apenas as afirmações I, II e IV estão corretas. A afirmação I está correta, porque a interdependência complexa argumenta que os Estados não vivem de forma isolada, e que devido a esse cenário de “conexão” entre eles, as decisões, rupturas e eventos que ocorrem em um Estado-nação, podem afetar outros Estados. A afirmação II está correta, porque os conceitos de sensibilidade e vulnerabilidade são centrais à abordagem de interdependência. A afirmação IV está correta, porque na visão de vulnerabilidade, a questão se dá em relação à influência de um Estado sobre outro. Nessa percepção, uma ruptura no país A não somente é sentida pelo país B, mas também demanda que esse país tome ações de proteção, gerando custo interno. A afirmação III está incorreta, porque a sensibilidade trataria sobre a capacidade de resposta de um país em relação ao outro. Na sensibilidade, uma ruptura no país A não causaria um custo sobre o país B pois, não demandaria alguma mudança política desse país.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
Questão 5/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
Com efeito, o fim da Guerra Fria proporcionou o desenvolvimento de um novo pensamento em RI, onde a discussão sobre a mudança e sobre o papel das ideias passou a ser central. Esta nova atitude no ambiente disciplinar das RI deu lugar a um espaço de discussão teórica que se foi organizando em torno de um novo grande debate. Este foi inicialmente conhecido por contrapor os racionalistas e os reflexivistas. Este debate desenvolveu-se em torno de questões metateóricas, ou seja, em torno de questões ontológicas e epistemológicas. Basicamente, tratava-se de uma discussão sobre a natureza da realidade internacional e de qual a melhor forma da ciência das RI, ou se quisermos dos seus académicos explicarem esta realidade.
 
Fonte: Mendes, Pedro Emanuel. A (re)invenção das relações internacionais na viragem do século. O desafio do construtivismo. Relações Internacionais, no.36 Lisboa dez. 2012, p. 107. Disponível em: < http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n36/n36a08.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, três abordagens teóricas críticas das Relações Internacionais que ascendem no pós-Guerra Fria.
Nota: 0.0
	
	A
	Neoinstitucionalismo; teoria revisionista; e pós-modernismo.
	
	B
	Pós-estruturalismo; teoria feminista; e pós-colonialismo.
Temos então a ascensão do pós-colonialismo, por exemplo, podendo ser observado como um conjunto de teorias primeiramente aplicadas sobre estudos de cultura, que foram se expandindo para outros campos das ciências sociais. Trabalhando sobre os efeitos gerados pelos processos de colonização do sul global, o pós-colonialismo argumenta sobre como o fim do colonialismo, na prática, não representa o fim do colonialismo como percepção e interpretação sobre o outro (Santos, 2008, p. 16-17). Outro exemplo de teoria que emergiu é o pós-estruturalismo. Nessa abordagem, podemos usar uma visão de Foucault sobre poder. Para o autor, o poder não seria algo natural, mas sim uma prática social. Ou seja, o poder não seria algo que alguns possuem e outros não, mas estaria presente nas práticas sociais. O poder, na visão de Foucault, não se limitaria ao Estado, também estando presente na sociedade a partir de práticas, e até mesmo costumes. Têm-se então o poder como presente no dia a dia, com uma característica de “rede”, moldando comportamentos (Pacífico, Pinheiro, 2013, p. 118). Outras teorias como a Teoria Feminista também surgem como um reflexo do novo cenário de relações entre os Estados, e entre o Estado e a sociedade. O avanço de teorias que passaram a considerar a influência da sociedade nas decisões de política criaram cada vez mais espaço para outras abordagens que se debruçavam sobre essa relação.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 5: APE e a ascensão de novas teorias.
	
	C
	Instrumentalismo; teoria modernista; e pós-coletivismo.
	
	D
	Desenvolvimentismo; interdependência complexa; e estruturalismo.
	
	E
	Institucionalismo democrático; teoria culturalista; e teoria da dependência.
Questão 6/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“A ausência de consenso de uma só definição para a política externa também é observada na política pública. Diferentes abordagens podem ser vistas sobre ela e com isso, diferentes formas de a tratar. Lynn (1980), por exemplo, observa as políticas públicas como sendo as ações governamentais com objetivos específicos. Peters (1986) também observa as políticas públicas como uma ação governamental, dessa vez adicionando o impacto dessa ação nos indivíduos como também sendo categorizador das políticas públicas. Thomas Dye, por sua vez, elaborou uma das definições para as políticas públicas mais conhecida da área”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
Tendo como base os conteúdosdiscutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a definição para as políticas públicas elaborada por Thomas Dye: 
 
Nota: 0.0
	
	A
	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito às ideologias norteadoras da ação estatal em âmbito doméstico e externo.
	
	B
	Para Dye, a ideia de política pública trata da atuação da sociedade civil direcionada a potencializar a capacidade de agência do Estado.
	
	C
	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito apenas à ação governamental no âmbito das políticas sociais e de proteção aos grupos vulneráveis.
	
	D
	Para Dye, a ideia de política pública trata do que um governo decide fazer ou não fazer, de modo que não somente a ação deve ser considerada, mas também a inação.
Dye (1984) elaborou uma das definições mais conhecidas sobre as políticas públicas, argumentando que elas tratam do que o governo “escolhe fazer ou não fazer”. A visão de Dye é importante, pois, ela adiciona um outro campo de visão para as políticas públicas: a inação. Dente (2014), por exemplo, tem a qualificação de ator como sendo aquele que age, toma uma ação. Por essa visão de Dente, o Estado então não se categorizaria como ator quando decide não agir sobre um determinado tema.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 1: A política externa e as políticas públicas.
	
	E
	Para Dye, a ideia de política pública diz respeito ao ordenamento jurídico do Estado e à distribuição de responsabilidades entre os poderes políticos.
Questão 7/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“A ordem internacional contemporânea pode ser considerada como “uma série de entendimentos rotineiros por meio dos quais flui a política mundial de um momento ao outro” (Rosenau 2000, 16). Essas “séries de entendimentos rotineiros” produzem consensos acerca de questões globais, os quais subsidiam o processo de formulação e implementação de políticas públicas nos diversos estados nacionais, afetando suas unidades federativas. Essas “séries de entendimentos rotineiros” podem ser consideradas como a chamada globalização, a qual, para Keohane e Nye (2001, 229), caracteriza-se como um aumento da velocidade institucional nos adensamentos de redes”.
Fonte: OLIVEIRA, Marcelo Fernandes de; LUVIZOTTO, Caroline Klaus. Cooperação técnica internacional: aportes teóricos. Rev. bras. polít. int. vol.54, no.2, Brasília.  2011, p. 6. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbpi/v54n2/v54n2a01.pdf>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual é o conceito desenvolvido por Robert Keohanne e Joseph Nye e que é central à teoria liberal das RI:
 
Nota: 10.0
	
	A
	Paz Democrática.
	
	B
	Segurança Coletiva.
	
	C
	Interdependência Complexa.
Você acertou!
Keohane e Nye (1972; 1977) trazem a visão de interdependência complexa, que se mostra a par das mudanças internacionais ocorridas no cenário internacional a partir da segunda metade do século XX. Como já debatido na Aula 1, a mudança no cenário internacional é acompanhada da emergência de novos poderes Estatais e não estatais, de novos centros de cooperação, acordos bilaterais e multilaterais, além de diversos outros novos paradigmas. A interdependência complexa é um auxílio na análise dessa nova dinâmica. Sobre essa perspectiva todos os Estados estariam de alguma forma conectados, e seria essa “conexão” que construiria a concepção de interdependência entre eles.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 3: APE e o Liberalismo.
	
	D
	Globalismo Informacional.
	
	E
	Sociedade de Dados.
Questão 8/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
“Na disciplina de Análise de Política Externa observamos que em um ciclo político a fase de identificação de problemas corresponde a observação de que algum tipo de prejuízo, seja ele em qualquer forma, está ocorrendo e interferindo na rotina dos indivíduos ao seu redor. Entretanto, nem todo problema está relacionado a uma “deterioração”, podendo também corresponder ao clamor de um grupo, ou grupos, pela melhora de algum serviço ou aspecto específico. Por conseguinte, a identificação de problemas como fase inicial de uma política pública está diretamente vinculada aos interesses e à capacidade dos grupos políticos em influenciar as decisões do Estado. Nesse sentido, a identificação de problemas nos leva ao próximo momento do ciclo político, o da definição da agenda. A definição da agenda corresponderia aos problemas que o governo considera como sendo necessários de fazer parte de sua agenda política”.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político.
 
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que analise, corretamente, o processo de definição da agenda dentro de um ciclo político: 
Nota: 0.0
	
	A
	A definição da agenda no ciclo político envolve o conflito entre os interesses dos diferentes grupos sociais de um Estado, que buscam levar as suas demandas particulares a nível governamental.
Nesse momento do ciclo político, o de definição da agenda, é possível identificar um ambiente de disputa entre diferentes grupos, em que cada um deles argumenta a favor dos seus interesses. Os questionamentos de Jann e Wegrich (2007 apud Nanci, Pinheiro, 2019) se mostram relevantes nesse momento: “o que é visto como um problema político? Como e quando um problema político entra para a agenda governamental? E por que outros problemas são excluídos dessa agenda?”. Parte dessas perguntas parecem ser passíveis de respostas a partir da análise dos grupos de interesse e sua influência exercida sobre o governo. O problema, pensado sobre essa perspectiva, surgiria a partir do conflito de diferentes grupos sociais que tentariam levar suas demandas a nível governamental (Schatsschneider, 1960). Já por outra visão, o processo de escolha do problema a fazer parte da agenda pode ser observada como uma “filtragem” dos problemas primariamente identificados, em que a escolha por um ocasiona a exclusão de outro. Nesse caso, se considera o ato de não decisão sobre um problema, criando um cenário de exclusão sobre esses não inclusos na agenda (Nanci, Pinheiro, 2019, p. 46).
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: O Ciclo Político.
	
	B
	A definição da agenda no ciclo político está relacionada com a consolidação de uma defesa judicializada dos interesses dos grupos mais poderosos em um Estado.
	
	C
	A definição da agenda no ciclo político envolve o processo de absorção e ressignificação dos tratados e acordos internacionais, estabelecendo uma interface entre externo e interno.
	
	D
	A definição da agenda no ciclo político está relacionada com a proeminência das casas legislativas ao poder judiciário, uma vez que a primeira impõe os seus interesses na agenda pública.  
	
	E
	A definição da agenda no ciclo político envolve a inclusão de políticas protecionistas aos interesses das elites políticas.
Questão 9/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto abaixo:
“O realismo é a teoria, simultaneamente, mais conhecida e contestada na disciplina de RI. Embora atualmente já não exerça, como aconteceu no passado, um domínio hegemônico na disciplina, o realismo continua a ser uma teoria importante. Com o fim da Guerra Fria e do bipo- larismo, o realismo sofreu muitas críticas chegando mesmo a ser considerado um paradigma degenerativo. Apesar das críticas, e de mais uma sentença de morte, o realismo no pós-Guerra Fria conseguiu desenvolver novos argumentos teóricos e provar a sua resiliência enquanto uma das teorias principais em RI”.
Fonte: MENDES, Pedro Emanuel. As teorias principais das Relações Internacionais: Umaavaliação do progresso da disciplina. Relações Internacionais, no.61 Lisboa mar. 2019, página da citação 96. Disponível em: <http://www.scielo.mec.pt/pdf/ri/n61/n61a08.pdf>
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, análise as afirmações abaixo, que apresentam algumas das principais premissas do realismo clássico e, depois, assinale a alternativa que indica apenas as corretas:
I. O Estado é considerado pelos realistas clássicos como o ator mais importante no cenário internacional.
II. Os realistas clássicos entendem que o Estado, com o objetivo de garantir a sua própria segurança e sobrevivência, opera mecanismos específicos, entre eles a guerra.
III. Para os realistas clássicos o comportamento do Estado é pautado por características egoístas e individualistas.
IV. A inexistência de um controle central no cenário internacional fomenta a construção de uma agenda coletiva e redes colaborativas entre os Estados.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as afirmativas I e II estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmativas I e III estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmativas I e IV estão corretas
	
	E
	Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
A alternativa correta é aquela que indicar que apenas as afirmativas I, II e III  estão corretas. No decorrer da disciplina de Análise de Política Externa, observamos que Castro (2012, p. 319-322) estabelece sete premissas do realismo clássico. A partir dessas premissas, podemos ver que a afirmação I está correta, uma vez que o Estado é o principal ator no cenário internacional. A afirmação II está correta, já que para os realistas clássicos o Estado garante sua sobrevivência e segurança a partir de mecanismos, sendo um deles, a guerra. A afirmação III está correta, porque as articulações externas, ou não, do Estado se pautariam em parte pela natureza egoísta e individualista do indivíduo. A afirmação IV está incorreta porque a ausência de controle no cenário externo força a priorização da agenda particular de cada Estado.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 2: APE e o Realismo.
Questão 10/10 - Análise de Política Externa
Leia o texto a seguir:
Roberts e Bradley (1991) tratam sobre como as visões mais tradicionais observavam as políticas públicas como uma atividade que era de domínio somente dos órgãos governamentais, não considerando a possibilidade de influência de outros grupos externos a esse. Para os autores, a inclusão de diferentes atores – stakeholders – nas análises de política pública seriam uma forma de fechar algumas lacunas deixadas pelos estudos focados somente na ação governamental.
Fonte: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Análise de Política Externa, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, qual é a definição utilizada para os stakeholders:
 
Nota: 0.0
	
	A
	Os stakeholders são definidos como aqueles indivíduos que possuem uma posição privilegiada no processo decisório.
	
	B
	Os stakeholders correspondem à elite política do Estado com capacidade de influenciar o mercado e a agenda pública.
	
	C
	Os stakeholders podem ser descritos como qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização
Como observado anteriormente, o processo de escolha de problema a ser considerado pelo Estado como sendo passível de ser incluso na agenda política envolve diferentes atores. Os stakeholders podem compreender pessoas, grupos, organizações, instituições entre outros (Mitchel, p. 856). A definição que pode ser utilizada como sendo a padrão é a de que “stakeholder em uma organização é qualquer grupo ou indivíduo que pode afetar ou ser afetado pelo alcance dos objetivos da organização” (Freeman, 1984, p. 46). Pode-se também utilizar a definição de Bryson (2004, p. 22) que observa os stakeholders como sendo “pessoas, grupos ou organizações que devem ser considerados por líderes e gerentes”.
 
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3. Análise da Política Externa com a profa. Prof.ª Bruna Leal Barcellos. Tema 4: Stakeholders e o Processo de Decisão nas Políticas Públicas.  
	
	D
	Os stakeholders se resumem aos grupos econômicos que possuem interesses no processo de tomada decisão do Estado.
	
	E
	Os stakeholders podem ser descritos como grupos étnicos que buscam atuar na política a fim de defender a sobrevivência da sua cultura.

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