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SP-1 UCIII Metabolismo - Tutoria

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TUTORIA
Metabolismo
Metabolismo é uma atividade celular altamente coordenada necessária para a manutenção da vida.
· CATABOLISMO: é a fase degradativa do metabolismo, onde as moléculas de nutrientes orgânicos (carboidratos, gorduras e proteínas) são convertidas em produtos finais mais simples. Em geral, as reações catabólicas (de decomposição) são exergônicas; elas produzem mais energia do que consomem.
· ANABOLISMO: também chamado de biossíntese, precursores simples pequenos são utilizados para formar moléculas maiores e mais complexas. As reações anabólicas são endergônicas; elas consomem mais energia do que produzem.
Digestão de Carboidratos
A digestão de carboidratos tem início na boca e continua no intestino delgado, mediante a ação da enzima amilase e também por meio das enzimas da borda em escova* nos intestinos. Nesse caso, a α-amilase salivar, também denominada ptialina, é uma enzima que guarda muitas semelhanças com a αamilase pancreática.
O próximo passo ocorre no estômago, local em que esse tipo de carboidrato fica em torno de uma hora onde continua a ser digerido, o que ocorre na fase de armazenamento gástrico. Assim, no interior do estômago a a-amilase salivar tem o potencial de promover a hidrólise de até em torno de 75% do amido ingerido, gerando como resultado da reação os dissacarídeos, maltose, maltotriose e a-limite dextrina.
Então, após passar pelo estômago, a digestão do amido prossegue no intestino delgado. É justamente no delgado, que a enzima α-amilase pancreática é secretada pelo pâncreas em altas concentrações, na sua forma de enzima ativa. Essa enzima possui, também, atividade catalítica muito significativa, quebrando-os em dextrinas.
Por fim, diante da presença dos oligossacarídeos resultantes da digestão do amido, a digestão dos carboidratos segue com a hidrólise final dos dissacarídeos, trissacarídeos e da a-limite dextrina. Essa digestão é efetuada pelas enzimas oligossacarídeas (ex: lactase, maltase, sacarase e dextrinase.)  Da borda em escova.
Absorção de carboidratos
 A absorção intestinal de glicose e galactose usa transportadores idênticos àqueles encontrados nos túbulos renais proximais: o simporte apical. Na+ -glicose SGLT e o transportador basolateral GLUT2. Esses transportadores movem tanto a galactose quanto a glicose. 
   A absorção de frutose, entretanto, não é dependente de. Na+. A frutose move-se através da membrana apical por difusão facilitada pelo transportador GLUT5 e através da membrana basolateral pelo GLUT2.
Os monossacarídeos são transportados dos enterócitos para o capilar através de difusão facilitada utilizando o transportador GLUT2.
Transporte de Carboidratos
Na maioria dos tecidos se dá exclusivamente por difusão facilitada, à exceção da absorção pelas células Intestinais ou reabsorção pelos túbulos renais onde pode ocorrer também co-transporte de sódio.
Respiração Celular
A respiração celular é um processo em que moléculas orgânicas são oxidadas e ocorre a produção de ATP (adenosina trifosfato), que é usada pelos seres vivos para suprir suas necessidades energéticas. A respiração ocorre em três etapas básicas: a glicólise, o ciclo de Krebs e a fosforilação Oxidativa.
Glicólise
Durante a glicólise, que ocorre no citoplasma, reações químicas quebram uma molécula de glicose com seis carbonos em duas moléculas de ácido pirúvico com três carbonos cada. Embora a glicólise consuma duas moléculas de ATP, ela produz quatro moléculas de ATP, havendo um ganho efetivo de duas moléculas de ATP para cada molécula de glicose oxidada. 
A glicólise pode ser dividida em duas fases:
· Fase preparatória: Utiliza energia da hidrólise de ATP (gasto de ATP) - ocorre em 5 etapas
· Fase de pagamento: Há formação de 4 moléculas de ATP e 2 NADH e consequentemente o pagamento das moléculas gastas inicialmente - ocorre também em 5 etapas
· Anaeróbia: Glicólise anaeróbica é uma forma de glicólise onde duas moléculas de ATP são geradas para cada molécula de glicose convertida em lactato, e caracteriza-se pela ausência (ou limitação) de Oxigênio.
A glicólise anaeróbica, embora liberando apenas uma pequena quantia da energia contida na molécula de glicose, é uma valiosa fonte de energia sob várias condições, incluindo aquelas quando o suprimento de oxigênio é limitado, como no músculo durante o exercício intensivo, e em tecidos com poucas ou nenhuma função mitocondrial, como a medula renal, eritrócitos maduros e leucócitos.
Na glicólise anaeróbica existe uma consequente produção e consumo de NADH: o NADH formado pelo gliceroldeído desidrogenase é usado pelo lactato desidrogenase para reduzir o piruvato em lactato. Duas moléculas de lactato são produzidas para cada molécula de glicose metabolizada.
Glicose + 2Pi + 2ADP → 2Lactato + 2ATP +2H2O
Na fermentação, também ocorre a glicólise anaeróbica, onde as leveduras e bactérias, devido à ausência de oxigênio, geram álcool etanol e CO2, a partir do piruvato e da quinase.
O Piruvato é convertido em ácido láctico pela enzima lactato desidrogenase. O rendimento energético líquido final do metabolismo anaeróbico da glicose, portanto é de somente 2ATPs livres.
· Aeróbia: Em condições aeróbicas, porém, o piruvato não é reduzido e sim oxidado nas mitocôndrias pelo complexo enzimático piruvato-desidrogenase (também chamado piruvato-descarboxilase) havendo a formação de acetil-CoA e a liberação de uma molécula de CO2 por cada piruvato oxidado. É formado, também, um NADH+H+ na reação de desidrogenação, indo para a cadeia respiratória, uma vez que já está dentro das mitocôndrias
· Via anaeróbica: 2 etanóis + 2CO2 - Fermentação
· Via aeróbica: 4co2 + 4H2O
· Via anaeróbica: 2 lactatos – fermentação
Ciclo do ácido Cítrico (Ciclo de Krebs)
O ciclo de Krebs é o conjunto de reações que conduz à oxidação completa da glicose. Ocorre na matriz da mitocondrial. Os principais reagentes do ciclo de Krebs são o acetato na forma de acetil-CoA, água e transportadores de elétrons. As reações são catalisadas por enzimas donde se destacam as descarboxilases (catalisadores das descarboxilações) e as desidrogenases (catalizadores das reações de oxidação-redução que conduzem à formação de NADH). Cada molécula de glicose conduz à formação de duas moléculas de piruvato, que originam duas moléculas de acetil-CoA, dando início a dois ciclos de Krebs.
Reações do Ciclo de Krebs: O acetil-CoA com dois carbonos no seu grupo acetato reage com o oxaloacetato (ácido com 4 carbonos) formando um composto de 6 carbonos, o ácido cítrico (citrato). As seguintes reações catalisadas por várias enzimas irão continuar a degradação do ácido cítrico até à formação de uma nova molécula de 4 carbonos, o oxaloacetato. Esta nova molécula de oxaloacetato vai reagir com outro acetil-CoA e assim sucessivamente. Os reagentes iniciais e os produtos intermédios e finais permitem a manutenção e continuação do ciclo, com reciclagem de compostos que serão úteis mais tarde no ciclo. Os compostos intermediários do ciclo de Krebs podem ser utilizados como precursores em vias biossintéticas.
SALDO DO CICLO: 6NADH + 2FADH2 + 2ATP/GTP + 4CO2.
cADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS/FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA
Produzidas nas pregas ou cristas da membrana mitocondrial interna, há várias moléculas que servem como sistema de transporte de elétrons durante a respiração aeróbia. Essa cadeia de transporte de elétrons das moléculas consiste numa proteína que contém a Flavinha mononucleotídeos (abreviada como FMN e derivada da vitamina riboflavina), a coenzima Q e um grupo de pigmentos que contem ferro denominados cito cromos. O último desses cito cromos é o a3, que doa elétrons ao oxigênio no final da reação de oxirredução. Essas moléculas do sistema de transporte de elétrons são posicionadas no interior da membrana mitocondrial interna, de tal modo que possam captar elétrons da NADH e da FADH2 e transportá-los em uma sequência e direção definidas.
Na respiração aeróbia, a NADH e a FADH2 são oxidadas pela transferência de seus pares de elétrons para o sistema de transporte de elétrons das cristas.
Asformas oxidadas de NAD e de FAD, portanto, são regeneradas e podem continuar a “lançar” elétrons do ciclo de Krebs à cadeia de transporte de elétrons.
Dessa maneira, a cadeia de transporte de elétrons atua como agente oxidante para a NAD e a FAD. Contudo, cada elemento da cadeia também atua como agente redutor. Um citocromo reduzido transfere seu par de elétrons ao citocromo seguinte da cadeia.
Quando o último citocromo permanece num estado reduzido, ele é incapaz de aceitar mais elétrons. O transporte de elétrons, então, progride apenas até́ o penúltimo citocromo. Esse processo continua até́ que todos os elementos da cadeia de transporte de elétrons permaneçam no estado reduzido. Nesse ponto, o sistema de transporte de elétrons para de funcionar e nenhuma ATP pode ser produzida nas mitocôndrias. Com o sistema de transporte de elétrons incapacitado, a NADH e a FADH2 não podem ser oxidadas pela doação de seus elétrons à cadeia e, por causa da inibição das enzimas do ciclo de Krebs, a NADH e a FADH2 não podem mais ser produzidas nas mitocôndrias. O ciclo de Krebs é interrompido e a respiração torna-se anaeróbia.
O ar que respiramos contém o oxigênio que permite a continuação do transporte de elétrons, atuando como aceptor final de elétrons da cadeia de transporte de elétrons. Isso oxida o citocromo a3, permitindo a continuação do transporte de elétrons e da fosforilação oxidativa
aRMAZENAMENTO DE GLICOSE EXCEDENTE
O estoque de glicose é representado pelo glicogênio armazenado no fígado e nos músculos. Enquanto houver glicose disponível, ela será usada, e o metabolismo das gorduras será interrompido.
A glicose absorvida a partir do intestino entra pela via hepática (veia porta), sendo direcionada para o fígado.
A glicose que não é utilizada para a produção de energia e para a síntese é armazenada como glicogênio - Processo denominado gligogênese -ou gordura. A capacidade do corpo de armazenar glicogênio é limitada, assim a maior parte do excesso de glicose é convertida em triacilgliceróis e armazenada no tecido adiposo.
Conversão de Glicose em Lipídios- Síntese de triglicerídeo
-Quando as áreas de armazenagem de glicogênio estão cheias, os hepatócitos podem transformar a glicose em glicerol e ácidos graxos, que podem ser usados para a lipogênese, a síntese de triglicerídeos. Os triglicerídeos então são depositados nos tecidos adiposos, que têm, virtualmente, capacidade ilimitada de armazenagem. 
aVALIAÇÃO DO PERCENTUAL DE GORDURAS
-DENSITOMETRIA DE CORPO INTEIRO: Como vantagem em relação aos outros métodos, possui capacidade de avaliação regional, permitindo medir a taxa de gordura abdominal e dos membros (braços e pernas). Assim, contribui para a estimativa da gordura. 
- Dobras cutâneas: A importância das dobras cutâneas é estimar as reservas de gorduras subcutâneas. Os valores obtidos são colocados em curvas e os cálculos vão determinar se o paciente está com o peso acima, ideal ou abaixo do ideal para a sua idade e altura.
- BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA: É um método baseado na condução de uma corrente elétrica de baixa intensidade através do corpo. A diferença de condução entre os tecidos corporais (gordura e músculo), associada ao cálculo da quantidade de água corporal, permite a estimativa da taxa de gordura e de massa magra.
- PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES: Se soubermos o peso da pessoa medido ao ar livre e o obtido mergulhando-o completamente em uma piscina de água calcula-se a densidade corporal: quanto mais baixa, maior o teor de gordura.
Cálculo IMC
· IMC: É reconhecido como padrão internacional para avaliar o grau de sobrepeso e obesidade. É calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros).
	IMC= PESO / ALTURA x ALTURA
Após o cálculo do IMC o número encontrado deve ser comparado com a tabela abaixo:
Políticas Públicas – Alimentação Saudável
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), aprovada no ano de 1999, integra os esforços do Estado Brasileiro que por meio de um conjunto de políticas públicas propõe respeitar, proteger, promover e prover os direitos humanos à saúde e à alimentação. Tem como propósito a melhoria das condições de alimentação, nutrição e saúde da população brasileira, mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição.
Guia Alimentar
No guia é apresentado os dez passos para uma alimentação adequada e saudável:
1. Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação
2. Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias
3. Limitar o consumo de alimentos processados
4. Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados
5. Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia
6. Fazer compras em locais que oferecem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados
7. Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias
8. Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece
9. Dar preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora
10. Ser crítico quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais

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