Buscar

FIXAÇÃO RÍGIDA versus NÃO RÍGIDA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

1 Rebeca Ferreira Moreira 
FIXAÇÃO RÍGIDA VERSUS NÃO RÍGIDA 
 
A fixação interna pode ser através de amarrias, parafusos, placas, haste, pinos e outros 
dispositivos colocados diretamente nos ossos para ajudar na estabilização de uma 
fratura. 
 
FIXAÇÃO INTERNA RÍGIDA 
• Qualquer forma de fixação aplicada diretamente nos ossos que seja resistente 
o bastante para prevenir movimentação fragmentar ao longo da fratura 
• Requer exposição cirúrgica para alinhar anatomicamente os fragmentos 
(redução aberta) e assegurar a fixação dos dispositivos 
• Exemplo da fixação rígida na mandíbula- dois parafusos lag screw ou placa por 
meio de uma fratura, o uso de uma placa de reconstrução com pelo menos três 
parafusos de cada lado da fratura, uso de uma placa de compressão grande 
• Tais esquemas são rígidos o suficiente para prevenir a mobilidade 
interfragmentar durante o período curativo 
• Cicatrização em processo de remodelação harvesiana- não há formação de calo 
ósseo 
• Cicatrização óssea primária ou direta- imobilização absoluta dos fragmentos, ou 
seja, fixação rígida, distância mínima entre eles. 
 
 
 
2 Rebeca Ferreira Moreira 
FIXAÇÃO INTERNA NÃO RÍGIDA 
 
• Qualquer forma de fixação óssea que não seja forte o bastante para evitar a 
movimentação interfragmentar ao longo da fratura, com o uso ativo da 
estrutura esqueletal 
• A diferença básica da fixação rígida e não rígida é centrada na mobilidade 
interfragmentar 
• Se existe movimentação dos fragmentos ósseos durante o uso ativo da 
estrutura esqueletal, a fixação é considerada não rígida 
• Algumas formas de fixação não rígida são fortes o bastante para possibilitar o 
uso ativo do esqueleto durante a fase curativa, mas não o suficiente para evitar 
a mobilidade Inter fragmentária- fixações funcionalmente estáveis 
• Estabilidade adequada para função apesar de não haver estabilidade adequada 
para união direta do osso 
 
 
Ao final da década de 1950, a Associação Suíça para o Estudo de Fixação Interna 
(AO/ASIF) divulgou quatro princípios biomecânicos para tratamento de fratura: 
1. Redução anatômica precisa. 
2. Técnica operativa a traumática com preservação da vitalidade do osso e dos 
tecidos moles. 
3. Fixação interna rígida que produza uma unidade esqueletal mecanicamente 
estável. 
4. Prevenção de dano ao tecido mole e “doença de fratura”, o que torna possíveis 
mobilização rápida, ativa, livre de dor da unidade esqueletal. 
 
 
3 Rebeca Ferreira Moreira 
CICATRIZAÇÃO ÓSSEA 
 
Tipos de cicatrização óssea primária. A. Quando existe uma distância mínima entre os 
fragmentos, e eles estão imobilizados rigidamente, os osteoclastos de um fragmento 
“criam” seu caminho pela linha de fratura e para dentro do fragmento oposto. Atrás 
deles, vêm o tecido fibrovascular e os osteoblastos, que começam a depositar novo 
osso. Com a maturação, eles formam novos canais haversianos. Esse processo é 
normalmente chamado de cicatrização por contato. B. Quando existe um espaço 
pequeno entre os fragmentos imobilizados rigidamente, osso lamelar é depositado 
dentro da abertura da fratura. Depois, ocorre o processo descrito anteriormente, com 
novos canais haversianos que cruzam a abertura. Esse processo é chamado algumas 
vezes de gap healing (cicatrização de lacuna). Com qualquer desses tipos de 
cicatrização óssea primária, nenhum calo externo poderá ser encontrado ao longo do 
lado de fora desses fragmentos, se eles forem rigidamente imobilizados. 
A cicatrização óssea sob condição de mobilidade entre os fragmentos ósseos é 
denominada indireta ou secundária. Em tais circunstâncias, há deposição de calo 
periosteal, reabsorção das terminações dos fragmentos e diferenciação tecidual a 
cartilaginosa. Os ossos não podem se formar por uma abertura móvel. A formação de 
um calo pode ser encarada como uma fixação interna natural, fornecendo estabilidade 
aos fragmentos ósseos, de forma que a união óssea possa ocorrer. O aparecimento de 
um calo em uma radiografia indica que existe mobilidade entre os fragmentos, o que 
exige uma deposição do calo para “imobilizar” os fragmentos e possibilitar a 
ossificação. 
 
 
 
✓ Método Champy de tratamento de fraturas de ângulo, com o uso de uma mini 
placa única de não compressão presa com parafusos monocorticais de 2 mm, 
 
4 Rebeca Ferreira Moreira 
dois de cada lado da fratura. Como a placa se localiza na área mais vantajosa 
biomecanicamente (borda superior), uma placa pequena pode neutralizar as 
forças funcionais e possibilitar o uso ativo da mandíbula durante o processo de 
cicatrização. Embora essa técnica seja funcionalmente estável, é provável que 
uma movimentação intrafragmentária ocorra em alguma extensão durante a 
função. Por essa razão, não se trata de uma fixação rígida 
 
FIXAÇÃO DO TIPO LOAD-SHARING X FIXAÇÃO DO TIPO LOAD-BEARING 
Os dispositivos que dividem as cargas com o osso e cada lado da fratura são chamados 
de Load-Sharing. E load-bearing é um dispositivo resistente e rígido suficiente para 
suportar toda a carga aplicada à mandíbula durante as atividades funcionais. 
Os danos que requerem fixação do tipo load-bearing (bridging) são fraturas 
cominutivas da mandíbula, interface óssea pequena em virtude da atrofia, danos que 
resulta em perda da porção da mandíbula. Geralmente o dispositivo mais utilizado é a 
placa de reconstrução grande, espessa, dura (2,3mm 2,4mm ou 2,7mm). Quando 
afixada aos fragmentos de cada lado da fratura com no mínimo três parafusos, as 
placas de reconstrução podem promover estabilidade temporária aos fragmentos 
ósseos, pois normalmente falharam por afrouxamento dos parafusos ou fratura da 
placa. 
A fixação tipo load-sharing é qualquer forma de fixação interna que apresente 
estabilidade insuficiente para suportar todas as cargas funcionais aplicadas às fraturas 
pelo sistema mastigatório (mini placas 2mm). Esse dispositivo de fixação requer 
fragmentos ósseos sólidos de cada lado da fratura que possam suportar parte das 
cargas funcionais. As fraturas que podem ser adequadamente estabilizadas com 
dispositivos de fixação tipo load-sharing são fraturas lineares simples, que constituem 
a maioria de fraturas mandibulares. 
 
FORÇAS DINÂMICAS REGIONAIS 
 
• As diferentes regiões da mandíbula são submetidas as forças de diferentes 
magnitudes e direção 
• Uma fratura no ângulo tende a “abrir” na borda superior, desse modo a 
aplicação de dispositivo de fixação na borda superior é mais efetivo na 
prevenção da separação dos fragmentos submetidos a função 
• A técnica de Champy funciona extremamente bem para esse tipo de fratura 
 
5 Rebeca Ferreira Moreira 
• As fraturas de corpo apresentam comportamento simular, com tendência à 
formação de uma abertura na borda superior 
• Quanto mais anterior for a fratura, maior a possibilidade de ocorrer torque nos 
fragmentos, causando desalinhamento mediolateral da borda inferior 
• A mandíbula anterior é a forças de torção e cisalhamento, essa é a razão pelo 
qual a maioria dos cirurgiões defende a aplicação de dois pontos de fixação na 
sínfise 
 
 
FIXAÇÃO DE UM PONTO X FIXAÇÃO DE DOIS PONTOS 
 
• As fraturas mandibulares podem ser tratadas pela aplicação de dispositivos de 
fixação em um ponto ou ao longo da fatura ou dois 
• Não há nenhuma dúvida de que a adição se um segundo ponto fornece mais 
estabilidade à fratura 
• No entanto para se levar vantagem mecânica de mais de um ponto de fixação, 
os dispositivos devem ser colocados o mais longe possível um do outro 
• O emprego da fixação de dois pontos requer altura suficiente de osso para que 
os dispositivos possam ser colocados o mais distante possível um do outro 
• Se for escolhido duas placas do tipo load-sharing para fornecer fixação rígida, 
deve-se estar ciente do posicionamento das raízes, do nervo alveolar inferior e 
mentual 
 
 
 
6 Rebeca Ferreira Moreira 
OSTEOSSÍNTESECOM PLACA COMPRESSIVA X NÃO COMPRESSIVA 
 
 
• As placas de compressão são capazes de comprimir as margens do osso 
fraturado ajudando a aproxima-las e proporcionando estabilidade adicional 
pelo aumento da fricção entre eles 
• A aplicação de compressão cria uma força dinâmica possivelmente prejudicial, 
caso não aplicada de maneira perfeita 
• São mais seguras quando aplicadas em fraturas que existe obliquidade mínima 
e um local que haja tecido ósseo sólido e sadio em cada lado da fratura 
• Deve-se apenas utilizar compressão quando se deseja rigidez absoluta na 
fratura 
• Se ocorrer micro movimentação pela fratura a osteossíntese com placa de 
compressão falhará por torna-se solta 
 
SISTEMA COM TRAVAMENTO PARAFUSO-PLACA 
 
• Essas placas funcionam como fixadores internos e alcançam estabilidade pelo 
travamento do parafuso à placa 
• Os sistemas convencionais de placa e parafuso exigem adaptação precisa da 
placa ao osso subjacente, sem esse contato íntimo o aperto dos parafusos 
 
7 Rebeca Ferreira Moreira 
tracionará os segmentos ósseos em direção a placa o que resulta em alteração 
na posição dos segmentos e na relação oclusal 
• O sistema com travamento parafuso placa oferece certas vantagens sobre 
outros sistemas: 
• É desnecessário o contato íntimo da placa com e o osso subjacente em todas as 
áreas, á medida que os parafusos são apertados elas se travam à placa e 
estabilizam os segmentos ósseos sem que haja compressão da placa com o 
osso 
• Não altera a redução pela inserção do parafuso 
• Os parafusos são dificilmente afrouxados do osso, a vantagem dessa 
propriedade é menor incidência de complicações inflamatórias 
• A quantidade de estabilidade fornecida pela linha da fratura é maior do que 
quando são usados parafusos sem travamento 
 
 
 
FIXAÇÃO COM PARAFUSO TIPO LAG SCREW 
 
 
• Emprego de parafusos para compressão óssea sem a utilização de placas 
• Duas corticais ósseas saldáveis são necessárias 
• Essa técnica divide a carga com o osso 
• O aperto do parafuso cria uma força de tensão que comprime as corticais 
ósseas entre si, o que reduz a fratura de forma apertada 
• Somente deve ser utilizada para fornecer fixação rígida absoluta 
• A micro movimentação da fratura fixada com lag screw resultará em dissolução 
do osso ao redor dos parafusos e perda de estabilidade 
• O lag screw somente deve ser selecionado quando existir osso suficiente 
disponível para colocação de pelo menos dois parafusos em osso sadio 
 
8 Rebeca Ferreira Moreira 
• Vantagens: menos material e menor custo-benefício, como não há a 
necessidade de uma placa para se adaptar sendo os parafusos mais rápido e 
fácil para inserção, a redução é mais precisa do que quando utiliza placas 
• Deve-se sempre posicionar o lag screw em direção perpendicular à linha da 
fratura para se prevenir a sobreposição e o deslocamento durante o aperto dos 
parafusos 
FRATURAS MANDIBULARES SIMPLES X FRATURAS MANDIBULARES MÚLTIPLAS 
• Frequentemente múltiplas 
• As exigências para fixação de fraturas duplas ou múltiplas se diferenciam das 
fraturas isoladas 
• Nas fraturas mandibulares simples pode utilizar menos formas rígidas de 
fixação 
• Uma tendência mínima para fratura de sínfise, corpo e ângulo resultarem em 
alargamento da mandíbula 
• A aplicação de fixação de dois pontos para as fraturas lineares de corpo e 
ângulo e uma única fixação na borda superior de ângulo é adequada para a 
maioria das fraturas lineares simples isoladas 
• O lag screw pode ser usado no lugar ou em conjunto com as placas 
• Quando duas fraturas estão presentes, existe uma tendência maior de 
deslocamento dos seguimentos em virtude da perda bilateral de suporte que 
ocorre 
• Com fraturas bilaterais lineares simples, deve-se sempre considerar o uso de 
uma forma de fixação mais rígida, pelo menos em uma das fraturas 
• Se uma fratura de ângulo é combinada com uma fratura contralateral do 
processo condilar, deve-se considerar a aplicação de uma fixação mais estável 
no ângulo, se o processo condilar for tratado de forma fechada sem BMM 
• Se o processo condilar sofrerá redução aberta e fixação interna ou se muitas 
semanas de BMM serão usadas, a fratura de ângulo pode ser tratada com uma 
única mini placa de 2 mm na borda superior 
• O padrão de fratura que tem a maior tendência de alargamento é a fratura de 
sínfise combinada com fraturas de processo condilar, especialmente quando os 
dois côndilos estão fraturados 
• Se for escolhido o tratamento fechado da (s) fratura(s) de processo condilar, 
uma fixação muito estável deve ser aplicada por meio da sínfise mandibular 
• Isso pode ser alcançado por um grande número de técnicas, mas a mais estável 
é uma placa de reconstrução aplicada pela sínfise 
• Se for escolhido o tratamento aberto das fraturas de processo condilar, a 
fratura de sínfise pode ser tratada como uma fratura de sínfise isolada, com 
qualquer técnica 
 
9 Rebeca Ferreira Moreira

Continue navegando