Buscar

Emió completaço

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Emió, Aula 01 (Neonatologia) – Notas
Atuação Fonoaudiológica em Neonatologia
O que é Neonatologia?
Definido por Shaffer (1960) como:
“A arte e a ciência do diagnóstico e o tratamento dos distúrbios do recém-nascido (RN)”.
Quem é o Neonato?
É o ser humano considerado desde o dia de seu nascimento até o seu 280. dia (27 dias, 23 horas e 
59 minutos).
A partir do 280. dia de vida a designação passa a ser de “bebé”.
Classificações do Recém-Nascido
Idade Gestacional
RN pré-termo: idade gestacional inferior a 37 semanas
RN a termo: Idade gestacional entre 37 e 42 semanas incompletas (41 semanas e 6 dias)
RN pós-termo: idade gestacional acima de 42 semanas
* DUM - Data da última menstruação
* Ultrassom
* Método Capurro (RN>28 semanas)
* Método New Ballard (RN>20 semanas)
MÉTODO CAPURRO
* Capurro somático: avaliação de 5 características somáticas - textura da pela, forma da orelha, 
glândula mamária, formação do mamilo, pregas plantares - escore convertido em idade em dias 
* Capurro Somático Neurológico (RN saudáveis com + de 6h de vida): 4 parâmetros somáticos e 2
parâmetros neurológicos - forma da orelha, textura da pele, glândula mamária, pregas plantares, 
sinal do xale (posição do cotovelo) e posição da cabeça ao levantar o RN (ângulo cérvico-
toráxico).
MÉTODO NEW BALLARD
* Análise de 6 parâmetros neurológicos: postura, ângulo de flexão do punho, retração do braço, 
ângulo poplíteo, sinal do xale e calcanhar-orelha.
* Análise de 6 parâmetros físicos: pele, lanugo, superfície plantar, glândula mamária, olhos/orelhas
e genital masculino/feminino.
ESTATURA - Escala de Battaglia e Lubchenco
RN PIG - Pequeno para a idade gestacional: peso ao nascimento abaixo do percentil 10 do 
esperado para a idade gestacional 
RN AIG - Adequado para a idade gestacional: peso ao nascimento está dentro do percentil de 
normalidade, entre 10 e 90
RN GIG - Grande para a idade gestacional: peso ao nascimento acima do percentil 90 esperado 
para a idade gestacional
PESO 
RNBP - Recém-nascido baixo peso: peso ao nascimento < 2.500g
RNMBP - Recém-nascido de muito baixo peso: peso ao nascimento < 2.500g
RNMMBP - Recém-nascido de muitíssimo baixo peso: peso ao nascimento < 1.000g
APGAR
* Teste para avaliação do bem-estar do bebê ao nascer
* Observação de 5 aspectos:
- Cor da pele
- Frequência cardíaca (bat/min)
- Reflexos
- Respiração
- Tônus muscular
* Nota de no mínimo O e no máximo 10 pontos
0 1 2
Cor da pele Azulado ou pálido Só mãos / pés azuis Cor normal
Frequência cardíaca Não detectado > 100 bpm < 100 bmp
Reflexo Sem reflexo Resmunga Espirra, chora
Respiração Não detectado Irregular Forte
Tônus Muscular Molenga, não reage Se mexe às vezes Estica e puxa com braços e
pernas
Condição Respiratória
* Eupneia
* Dispneia
* Taquipneia
* Doença pulmonar
* Uso de Ventilação Mecânica (VM) – Intubação Orotraqueal (IOT)
*Frequência respiratória e Nível de Saturação de Oxigênio
FATORES DE RISCO PARA ALTERAÇÕES DAS FUNÇÕES OROFACIAIS NO NEONATO
* PREMATURIDADE:
- Imaturidade neuromotora e neurofisiolóánica:
- Baixo peso (correto 1.500g)
- Indicação de habilidade para coordenar sucção, respiração e deglutição a partir das 34 semanas 
de vida
* DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS:
- Hipóxia/anóxia
- Taquipneia Transitória do Recém-Nascido (desconforto respiratório - absorção retardada de 
líquido amniótico)
- Doença pulmonar crônica neonatal (prematuridade) 
- Displasia broncopulmonar (associada ao uso de VM)
- Decorrentes de anomalias craniofaciais: Ex.: Microrretrognatia na Sequência de Pierre-Robin
- Uso de VM e IOT
* ANOMALIAS CONGÊNITAS :
- Limitada movimentação fetal
- Síndromes
- Fissuras labiopalatina
- Anquiloglossia
- Alterações neurológicas: alterações no desenvolvimento do movimento e da postura, 
sensibilidade, percepção, cognição, comunicação e comportamento. Ex.: Paralisia Cerebral, 
Epilepsia,
- Doenças neuromusculares.
Áreas e Ambientes de Atuação Fonoaudiológica em Neonatologia
* audição, motricidade orofacial e disfagia
* HOSPITALAR
* AMBULATORIAL
* DOMICILIAR
Prevenção e detecção de possíveis alterações nas estruturas e funções orofaciais e triagem auditiva,
considerado o desenvolvimento neuropsicomotor e o estado clínico do recém-nascido
HOSPITALAR:
* Triagem Auditiva Neonatal (TANU), PEATE Automático – orientação, acolhimento, avaliação e 
orientação;
* Avaliação para retirada de via alternativa de alimentação
* Avaliação da amamentação (condições das estruturas orofaciais, pega, sucção, respiração, 
deglutição);
* Avaliação do Frênulo da Língua (escolha de protocolo específico)
* Estimulação das funções alimentares e da amamentação 
* Orientações para a amamentação
* Reabilitação das alterações da deglutição (disfagia)
AMBULATORIAL:
* Acolhimento
* Anamnese
* Triagem: TANU, sucção, deglutição
* Avaliações: auditiva, estruturas e funções orofaciais, amamentação
* Orientações: saúde auditiva, desenvolvimento motor e de linguagem, amamentação e funções 
alimentares, hábitos orais
DOMICILIAR:
* Programa de atendimento domiciliar, consulta de puerpério (APS)
* Acolhimento
* Avaliações
* Acompanhamento: alimentação (por via alternativa ou via oral em casos de disfagia; 
amamentação)
* Orientações: saúde auditiva, desenvolvimento motor e de linguagem, amamentação e funções 
alimentares, hábitos orais
Políticas Públicas Nacionais em Aleitamento materno e Saúde do Recém-Nascido
* Política Nacional de Atenção Integral à saúde da Criança e do Adolescente
* Política Nacional de Aleitamento Materno
* Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC)
* Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para lactentes (revisada)
* Rede Brasileira de Banco de Leite
* Semana Mundial da Amamentação
* Norma de Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso – Método Canguru
* Dia Nacional de Doação de Leite Humano
* Rede Amamenta Brasil - trabalho interdisciplinar nas UBS
* Rede Cegonha
INICIATIVA HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA - ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
* Alojamento Conjunto e Método Canguru 
* Banco de leite
* Capacitação para o manejo clínico e aconselhamento na amamentação
* Detecção de grupo de risco para problemas iniciais na amamentação
* Avaliação da mamada: posicionamento mãe/bebê, pega, ritmo, coordenação sucção-respiração-
deglutição
* Atenção especializada à díade mãe/bebê
* Teste da Orelhinha (TANU)
* Cuidados em relação ao uso de bicos
* Intervenção precoce
MÉTODO CANGURU - ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
* Estimular o contato pele a pele entre mãe e bebê (RNBP): maior estabilidade fisiológica, 
controle térmico, e equilíbrio respiratório, regulação do estresse, empoderamento da família e 
melhora nas taxas de amamentação e favorecimento da alta precoce
* Acompanhamento até o bebê atingir o peso de 2.500g
* Fonoaudiólogo integra a equipe multidisciplinar
* UTI, Semi-intensiva e Berçário
* Acolhimento e escuta aos familiares do neonato
* Considerações referente a aspectos socioculturais
* Avaliação e orientações quanto ao aleitamento materno e funções orofaciais
* Acompanhamento após a alta hospitalar (ambulatorial ou domiciliar)
Local de atuação Etapas Ações fonoaudiológicas
UTI Neonatal * Acolhimento aos familiares.
* Controle de ambiência.
* Garantia de livre acesso aos 
pais.
* Suporte para a amamentação e 
uso do leite materno (LM).
* Início do contato gradativo pele 
a pele.
* Integração das equipes de 
neonatologia e banco de leite.
* Auxílio na autorregulação e organização do 
RNBP e orientação às famílias.
* Orientação e incentivo à posição canguru de 
forma gradual.
* Orientações sobre a avaliação do sistema 
miofuncional orofacial do RN e intervenções.
* Orientações para a ordenha manual e frequente 
do LM.
* Acompanhamento da dieta, orientações e 
assistência direta.
* Avaliação e aplicação de técnicas de transição da
sonda para via oral diretamente ao seio materno e 
incentivo ao aleitamento materno (AM).
* Desenvolvimento de ações educativas para 
cuidados e AM.
Unidade de Cuidados 
Intermediários 
Canguru/Alojamento 
Canguru
* Bebê permanece continuamente 
com sua mãe (24h/dia) e a 
posição cangurudeve ser 
realizada pelo maior tempo 
possível.
* Período de preparação para a 
alta hospitalar, sendo que mãe, pai
ou membro familiar ou íntimo da 
rede de apoio social serão 
capacitados diariamente nos 
cuidados ao RNBP e 
amamentação.
* Continuidade das ações da etapa anterior.
* Avaliação diária das mamadas e atuação intensa 
no manejo clínico da amamentação (treino de 
posicionamento, pega, auxílio na opção das 
técnicas alternativas de alimentação e 
complemento etc.
* Identificação e correção de possíveis disfunções 
orais dos bebês e capacitação da mãe/ família para 
controle e intervenção.
* Realização do Teste da Orelhinha (TANU)
* Desenvolvimento de ações educativas de 
promoção e proteção à saúde em geral e da 
comunicação humana (aleitamento materno, 
desenvolvimento infantil, saúde auditiva, hábitos 
orais etc.
Ambulatório de 
Acompanhamento
* Exame físico completo da 
criança tomando como referências
básicas o grau de 
desenvolvimento, o ganho de 
peso, o comprimento e o 
perímetro cefálico.
* Correção das situações de risco, 
como ganho inadequado de peso.
* Orientação e acompanhamento 
para tratamentos especializados.
* O atendimento, quando 
necessário, deverá envolver 
outros membros da equipe 
interdisciplinar.
* Incentivo e assistência para continuidade do 
AME até o 6º mês de vida e continuado até os 2 
anos com introdução da dieta complementar.
* Manejo clínico da amamentação e intervenção 
de disfunções orais dos bebês.
* Seguimento com orientações sobre aquisição e 
desenvolvimento da linguagem e audição e 
intervenções necessárias.
* Monitoramento auditivo.
* Encaminhamento e acompanhamento na 
realização de tratamentos especializados.
(Sanches e Melo, 2016)
SMAM - SEMANA MUNDIAL DE ALEITAMENTO MATERNO
DE 1 A 7 DE AGOSTO - SMAM 2021 - Proteger a Amamentação: uma responsabilidade de
todos.
SMAM 2021 - PILARES:
1. Informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação
2. Apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública
3. Articular-se com indivíduos e organizações para maior impacto
4. Potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva
WABA - Aliança Mundial Para Ação de Aleitamento Materno
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM AMBIENTE HOSPITALAR
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI):
* Oferecer os cuidados adicionais necessários ao RNPT e/ou RNBP, analisando se o neonato 
apresenta condições para alimentação VO, sem riscos para sua saúde e sobrevivência.
* Anamnese e observância aos dados do prontuário do paciente Idade gestacional (ao nascimento e
corrigida).
* Peso ao nascimento e atual.
* Sinais vitais: FC, FR, Saturação de oxigênio.
* Nível de consciência
* Avaliação do SMFO: posicionamento, reflexo de procura, tônus da musculatura orofacial (lábios,
língua, bochechas), mobilidade.
* Ausculta cervical: repouso, deglutição de saliva e deglutição de leite.
* Avaliação da sucção não nutritiva, frequência de sucções e coordenação S-R-D.
* Elevação laríngea, tempo de trânsito oral.
* Transição da via alternativa de alimentação para VO: terapia motora oral, sucção não nutritiva, 
avaliação e treino da sucção nutritiva - treino VO (seringa, mamadeira, seio materno).
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM AMBIENTE HOSPITALAR
BERÇARIO
* Bebé recebe alta da UTI ou foi encaminhado do parto para o berçário para tratamento, 
monitoramento, ganho de peso, transição da via alimentar.
* Continuidade dos procedimentos realizados na UTI, com a intensificação da transição da dieta 
por VO.
* Orientações quanto ao aleitamento materno e amamentação.
* Indicação dos volumes e utensílios adequados para a realização o treino VO.
* Reavaliações constantes para análise de progresso do neonato e sugestão de via de alimentação, 
visando a deglutição VO com segurança e o aleitamento materno exclusivo.
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA EM AMBIENTE HOSPITALAR
ALOJAMENTO CONJUNTO
* Bebe 24 horas junto com a mãe
* Avaliação e monitoramento da amamentação
* Avaliação da sucção e da deglutição
* Acompanhamento do ganho pôndero-estatural
* Preparação para a alta hospitalar
AMBULATÓRIO
* Retorno programado após alta hospitalar
* Verificação da via de alimentação
* Avaliação da suçcão e sua coordenação com a respiração e a deglutição
* Avaliação da mamada - tempo, postura, situação respiratória
* Consultoria em amamentação
* Orientações quanto ao desenvolvimento neuropsicomotor de linguagem e das funções orofaciais
Emió, Aula 02 (Tratamento das Alterações na Respiração) – Notas
PARTE 1 - Respiração, Crescimento e Desenvolvimento Orofacial e Principais Alterações
RESPIRAÇÃO
* Função vital: absorção de oxigênio para os tecidos e remoção do gás carbônico.
* Regulada pelo SNC.
* Processo automático e rítmico da caixa torácica - entrada e saída de ar.
* Fundamental para o crescimento e desenvolvimento adequados do complexo cérvico-raniofacial.
* Possibilita o funcionamento adequado dos músculos e demais funções do Sistema Miofuncional 
Orofacial.
* Modo adequado: nasal.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
desenvolvimento estrutural > crescimento
desenvolvimento funcional > maturação
crescimento > pré e pós-natal
maturação > pós-natal
RESPIRAÇÃO NO FETO
* Início do desenvolvimento do Sistema Respiratório na 5a semana de vida intrauterina.
* Movimentos respiratórios observados na 11a semana de vida intrauterina.
* Placenta como órgão em que ocorrem as trocas gasosas - conhecimento ainda pouco preciso 
sobre a fisiologia.
* Movimentos respiratórios fetais - relação com crescimento e desenvolvimento dos pulmões.
* Fases iniciais da gestação (1º e 2º trimestres):
- MRF contínuos, tônicos e irregulares.
- Ocorrem junto com a atividade de outros músculos.
- Origem na coluna espinhal.
- Alta atividade do músculo diafragma.
* Final da gestação (3º trimestre):
- MRF diminuem, sendo limitados à fase REM do sono.
- Modulação inibitória pela ponte e mesencéfalo, seguida de controle pela medula espinhal.
- À 25a semana de gestação: respiração não profunda, mas pode manter a vida por algumas horas, 
quando estabelecida.
* Após o nascimento:
- Fatores inibitórios da placenta após oclusão do cordão umbilical.
- Respiração deixa de ser cíclica e passa a ser contínua no neonato.
RESPIRAÇÃO NO NEONATO
* MRF cessam e inicia-se a respiração contínua.
* Recém-nascido como respirador essencialmente/preferencialmente nasal.
* Imaturidade na função respiratória ao nascimento.
* Variações entre padrões de eupneia, apneia, respiração periódica e taquipneia.
* Frequência respiratória geralmente inversamente proporcional ao peso.
*Movimentos respiratórios paradoxos:
- Ocorrem principalmente em bebês prematuros.
- Combinação entre uma caixa torácica complacente e a diminuição do tônus intercostal muscular 
versus a contração diafragmática máxima.
- Maior esforço muscular - 4 vezes maior do que durante o padrão respiratório adequado.
- A resposta ventilatória ao CO, se torna mais rápida com o avanço da idade gestacional e também 
após o nascimento.
RESPIRAÇÃO A PARTIR DA INFÂNCIA
* Às 26 semanas de vida: formação dos alvéolos primitivos (sacos terminais) e estabelecimento do
contato entre os capilares.
* Aos 8 meses de idade: está completo o desenvolvimento dos alvéolos/ contato epitelial e 
endotelial – maturação.
* A maturação envolve aspectos anatômicos e bioquímicos.
* O Sistema Respiratório continua a sofrer alterações dinâmicas até o envelhecimento.
RESPIRAÇÃO NO IDOSO
* Envelhecimento ocasiona alterações nas estruturas pulmonares e extrapulmonares.
* Redução na reserva da capacidade respiratória.
* Perda da retração elástica pulmonar.
* Enrijecimento da parede torácica.
* Diminuição da potência motora e muscular.
* Alterações no sistema de defesa respiratória.
* Dificuldade de clareamento das vias respiratórias.
ESTRUTURAS DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES
* Nariz (fossas nasais)
* Cavidade oral
* Faringe
* Laringe
ESTRUTURAS DAS VIAS AÉREAS INFERIORES
* Traqueia
* Brônquios
* Bronquíolos
* Alvéolos
* Pulmão e pleura
* Cavidade torácica (incluindo mm. intercostais)
CICLOS DO PROCESSO RESPIRATÓRIO* Ciclo ambiental
* Ciclo pulmonar
* Ciclo circulatório
* Ciclo celular
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CRANIOFACIAL
* Crescimento: aumento de volume permanente e irreversível, limitado, no tempo e no espaço, em 
duração e grandeza - mudanças ósseas até os 30 anos.
* Desenvolvimento: progredir no sentido da maturidade - ocorre desde a vida intrauterina.
O crescimento do todo depende do desenvolvimento das partes.
VELOCIDADE DO CRESCIMENTO
* Proporções: crescimento de tecidos e órgãos em ritmos diferentes, em épocas distintas.
* Processo ordenado, mas que se intensifica e se estabiliza.
MECANISMOS DE CRESCIMENTO
* Osso: crescimento desigual - aposição e reabsorção em área contígua - deslizamento e 
remodelação.
* O processo de aposição em uma área e reabsorção na área oposta produz deslizamento.
* Deslocamento espacial resultante de pressão ou tração muscular ou de outros ossos.
CONTROLE DO CRESCIMENTO CRANIOFACIAL
* Fatores genéticos intrínsecos: inerentes aos tecidos craniofaciais.
* Fatores epigenéticos locais : órgãos que têm seu próprio contingente genético e manifestam sua
influência sobre as estruturas com que se relacionam.
* Fatores epigenéticos gerais: à distância (hormônios sexuais).
* Fatores ambientais locais: ambiente externo, pressão externa, forças musculares.
* Fatores ambientais gerais: suprimento alimentar e oxigênio.
CONTROLE DO CRESCIMENTO CRANIOFACIAL
* Esqueleto craniofacial: conjunto de áreas funcionais independentes que delimitam espaços 
ocupados por tecidos moles relacionados a respiração, visão, fonação, mastigação e olfato.
* Tecidos moles: matrizes funcionais em torno das quais se forma o osso.
CRESCIMENTO FACIAL
* Há um fenômeno rotatório que pode orientar a mandíbula em sentido horário (desfavorável) e 
anti-horário (favorável).
* Em conjunto, maxila e mandíbula podem crescer em sentido horizontal (favorável) ou vertical 
(desfavorável).
COMPLEXO NASOMAXILAR
Respiração:
* Fluxo de ar nasal - reabsorção óssea na parte interna das fossas nasais e a deposição óssea na 
externa.
* Distanciamento das órbitas, faces nasal e oral do palato, arco maxilar, seios paranasais e arcos 
zigomáticos.
* Respiração nasal + apoio repetido da língua no palato duro e processos alveolares superiores = 
deslocamento anterior e expansão lateral.
COMPLEXO NASOMAXILAR
* Crescimento do seio maxilar permite a descida da arcada dentária para encontrar um plano 
oclusivo funcional.
* Desenvolvimento dos seios paranasais - pressão resultante do deslocamento de ar nas vias aéreas
superiores.
* Aerupção de cada dente decíduo contribui para o aumento da altura da face verticalmente e mais 
tarde, a erupção dos dentes permanentes.
CRESCIMENTO DA MANDÍBULA
* Crescimento ântero-inferior a partir das ATMs.
* A cabeça da Mandíbula (côndilo) pode crescer em qualquer direção para manter a normoclusão.
* Toda a mandíbula é deslocada da fossa.
* Ramo remodelado em tamanho e forma - mais longo e largo para acomodar os músculos 
mastigatórios, promover aumento do espaço faríngeo e alongamento do complexo nasomaxilar.
CRESCIMENTO DA MANDÍBULA
* Os músculos bucinador, orbicular e constritor da faringe superior são molde extraoral na 
contenção de dentes e língua.
* Expansão do palato também depende da compressão da língua.
PRINCIPAIS ETIOLOGIAS RELACIONADAS À RESPIRAÇÃO ORAL
* Rinite
* Sinusite
* Desvio de septo
* Pólipo nasal
* Hipertrofia de cornetos
* Hipertrofia da tonsila faríngea
* Hipertrofia das tonsilas palatinas
* Asma
O DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES DA RESPIRAÇÃO DEVE SER FEITO PELO 
MÉDICO.
Alterações Respiratórias e Relações com o Sistema Miofuncional Orofacial
*Alterações no crescimento e desenvolvimento craniofacial e nas funções orofaciais podem 
decorrer de diferentes tipos de alterações na respiração, como:
- Prematuridade
- Doenças neurológicas
- Doenças pulmonares obstrutivas
- Alergias
* São esperadas alterações como:
- Alterações nas estruturas orofaciais relacionadas às funções alimentares desde o nascimento até a
vida adulta (crescimento completo).
- Incoordenação sucção-respiração-deglutição.
- Disfagia 
- Alterações no crescimento facial que causam maloclusões, alterações na mastigação e na 
deglutição
- Alterações na articulação da fala
Alterações na Face e na Cavidade Oral Associadas à RO
PERFIL ÓSSEO
* Padrão de crescimento vertical - terço inferior aumentado.
* Altura facial aumentada.
* Mordida aberta esquelética ou cruzada.
* Relação antero-posterior alterada - Oclusão Classe II ou III de Angle.
* Palato duro mais profundo e estreito.
* Apinhamento dentário.
PERFIL MUSCULAR
* Musculatura facial estirada e flácida.
* Lábios desocluídos ou ocluídos com tensão.
* Hiperfunção de m. mentual.
* Língua baixa, alargada e anteriorizada.
* Língua interposta aos arcos dentários.
* Alteração na postura de cabeça.
* Padrão de crescimento vertical - terço inferior aumentado.
* Altura facial aumentada.
* Mordida aberta esquelética ou cruzada.
* Relação antero-posterior alterada - Oclusão Classe II ou III de Angle.
* Palato duro mais profundo e estreito.
* Apinhamento dentário.
Alterações nas Funções Orofaciais associadas à RO – Alterações na Mastigação
Padrão vertical
* Aumento na atividade da musculatura de trabalho.
* Inativação da musculatura de balanceio.
* Sobrecarga às ATMs com possibilidade de dor.
* Baixa eficiência mastigatória.
* Alterações digestivas.
Padrão unilateral preferencial ou crônico
* Aumento na atividade da musculatura de trabalho do lado de preferência.
* Baixa ativação da musculatura de balanceio ipsilateral.
* Sobrecarga à ATM com possibilidade de dor no lado de preferência.
* Cruzamento de mordida.
* Baixa eficiência mastigatória.
ALTERAÇÕES NA DEGLUTIÇÃO
* Alteração na pressão intraoral: mordida aberta, lábios desocluídos, língua interposta aos arcos 
dentários.
* Escape de alimento - lábios desocluídos.
* Presença de ruído.
* Movimentos associados de cabeça.
* Necessidade de deglutições múltiplas - baixa eficiência da função.
ALTERAÇÕES NA FALA
* Espaço intraoral diminuído.
* Posição habitual de lábios alterada.
* Posição habitual de língua alterada.
* Dificuldade na precisão da articulação de alguns fonemas: /s/, /z/, /ch/, /j/, /t/, /d/, /n/, /l/, /r/ -
DISTORÇÕES.
* Diagnóstico de Ceceio (anterior, lateral ou ambos).
ALTERAÇÕES NA RESPIRAÇÃO
Produto de:
- Alterações ósseas
- Alterações musculares 
- Alterações funcionais
Tratamento das Alterações da Respiração
PARTE 2 - Planejamento, Objetivos e Estratégias para o Tratamento
PROCESSO DE REABILITAÇÃO - VISÃO GERAL
* Análise das alterações/riscos para alterações encontrados na avaliação.
* Elencar as alterações que causam maior prejuízo para o paciente ou que influenciam diretamente 
nos passos necessários para reabilitação.
* Idade x crescimento e desenvolvimento craniofacial e do Sistema miofuncional.
* Considerar a necessidade e/ou andamento de outros tratamentos/procedimentos de saúde no 
cliente.
* Estruturação do processo terapêutico: objetivos (gerais e específicos), duração e fases do 
tratamento; escolha das estratégias terapêuticas e de conscientização do paciente e/ou 
responsável(is).
* Reabilitar/adequar as estruturas e funções orofaciais e melhorar a saúde e a qualidade de vida do 
cliente.
ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR PROCESSO DE REABILITAÇÃO
Fono – Psicólogo – Nutricionista – Dentista – Médico
ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR – PROCESSO DE REABILITAÇÃO
* Considerar:
- Diagnóstico médico
- Tratamento medicamentoso
- Procedimento cirúrgico
- Tratamento ortodôntico
* Fornecer feedback sobre andamento e resultados do tratamento fonoaudiológico aos demais 
profissionais da saúde que cuidam do paciente.
* Solicitar feedback sobre o andamento de tratamentos e/ou resultados de procedimentos 
cirúrgicos realizados por outros profissionais.
* Solicitar avaliação e conduta em caso de necessidade de indicação de avaliação e/ou tratamento 
com profissional de outra área.
ESTRUTURAÇÃO E PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
O tratamento fonoaudiológico envolve:
- Desenvolvimento da percepção do pacientesobre o que está alterado.
- Preparo dos músculos esqueléticos faciais - exercícios e manobras.
- Treinamento funcional corretivo dirigido.
* Prática baseada em evidências.
* Definição e hierarquização de objetivos.
* Definição das fases do tratamento.
* Considerar a idade do paciente.
* Duração prevista para o tratamento.
* Estabelecimento do número e duração das sessões.
* Definição do ambiente terapêutico.
* Seleção de estratégias terapêuticas de acordo com os objetivos, fases do tratamento e idade do 
paciente.
* Definição da ordem de apresentação das estratégias por sessão.
* Revisão das estratégias terapêuticas de acordo com a necessidade.
* Organização das orientações para realização de exercícios e outras práticas/mudanças de hábitos 
em casa.
CONTROLE MOTOR
1. Córtex Cerebral: Controle voluntário das ações musculares, planejamento motor. [Córtex pré-
motor, córtex parietal (posterior)]
2. Núcleos da base e Cerebelo: Coordenação dos movimentos, correções, comparações, equilíbrio.
3. Tronco Encefálico: Núcleo dos nervos cranianos (incluindo os nervos motores) aferências e 
eferências das ações musculares. [Neurônio motor superior, núcleos dos nervos cranianos]
4. Medula Espinhal: Conduz a informação motora originada no Sistema Nervoso Central para os 
músculos e também envia informações motoras oriundas dos músculos para o SNC. [Neurônios 
motores inferiores, conexão com os músculos]
APRENDIZAGEM MOTORA - TEORIA OPTIMAL
* MOTIVAÇÃO
- Autonomia para aprender
- O Aumento das expectativas
* ATENÇÃO (Foco externo)
* Objetivos acoplados à ação
TEORIA OPTIMAL
Motivação + Atenção para o foco na TAREFA = Performance motora e do aprendizado motor
=> CICLO VIRTUOSO DE APRENDIZAGEM MOTORA
SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO
1. Apresentação da proposta e objetivos.
2. Apresentação sobre do Sistema Miofuncional Orofacial: anatomia e fisiologia.
3. Hábitos alimentares e de saúde.
4. Propriocepção.
5. Sensibilidade.
6. Exercícios miofuncionais orofaciais e manobras para adequação das estruturas orofaciais 
alteradas.
7. Exercícios/atividades para adequação das funções orofaciais alteradas.
1. Apresentação da proposta e objetivos
* Relação entre as alterações identificadas na avaliação e a proposta do tratamento.
* Informar o tempo previsto para o tratamento e para cada sessão, O número de sessões, a duração 
das sessões, estrutura e os objetivos de cada fase do tratamento.
2. Apresentação sobre do Sistema Miofuncional Orofacial: anatomia e fisiologia
*Uso de imagens estáticas e animações para apresentar o SMFO ao paciente e mostrar cada 
órgão/grupo muscular a ser trabalhado, sua fisiologia e sua relação com as funções orofaciais.
* Usar material específico de acordo com o que será abordado nas sessões iniciais.
* Apresentar as funções orofaciais e sua importância para o SMFO e a saúde em geral.
* Explicar sobre a condição anatômica e fisiológica diante das dificuldades.
3. Hábitos alimentares e de saúde
* Rotina alimentar e relações com as condições do SMFO.
* Sono.
* Atividades ocupacionais.
* Atividades físicas.
* Condições de moradia/fatores alergênicos.
4. Levantamento sobre as condições respiratórias e higiene nasal:
* Informações sobre os últimos dias e o dia atual.
* Realização da higienização nasal:
- Frasco de soro fisiológico (cloreto de sódio 0,9%) em embalagem de 10 ml.
- Crianças: recomendado 5ml em cada narina.
- Adultos: recomendado 10ml em cada narina.
PROCEDIMENTO: pressionar uma narina enquanto o fonoaudiólogo ou o próprio paciente aplica 
o soro na narina contralateral; aspirar em seguida; massagem circular para cima no mesmo lado; 
assoar o nariz suavemente, uma narina por vez.
Higiene nasal - PROCEDIMENTO:
1. Pressionar uma narina enquanto o fonoaudiólogo ou o próprio paciente aplica o soro na narina 
contralateral;
2. Aspirar em seguida;
3. Aplicar massagem circular para cima no mesmo lado;
4. Solicitar que o paciente assoe o nariz suavemente, uma narina por vez.
OBS.: pode haver sensibilidade aumentada, ardor e até pequeno sangramento no início, devido à 
diminuição da entrada de ar inicial.
5. Propriocepção:
Definição: Capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a 
força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais.
* Auxiliar o paciente na percepção de sua postura global e de cabeça: comando verbal e reforço 
visual.
* Auxiliar o paciente a identificar o posicionamento/postura de lábios e língua, tanto no repouso 
como durante a realização das funções orofaciais.
6. Sensibilidade:
* Estimulação em casos de alteração a fim de direcionar o processo de reorganização funcional por
meio de informações aferentes sensitivas.
* Aplicação de estímulos na face e na cavidade oral.
7. Exercícios miofuncionais e manobras para adequação das estruturas orofaciais:
* Seleção das estruturas/músculos a serem trabalhados de acordo com o objetivo:
- Lábios, língua, bochechas, mandíbula.
- Simetria, força, resistência, mobilidade.
* Tipo de exercício - isotônico, isométrico, isocinético.
* Momento de aplicação de cada exercício.
* Velocidade, duração e frequência.
* Padronizar a quantidade de repetições por série, respeitando a progressão de acordo com os 
objetivos x desempenho x capacidade muscular.
FISIOLOGIA MUSCULAR: FIBRAS MUSCULARES > MÚSCULOS > MOVIMENTO
TIPOS DE MÚSCULOS
Músculo estriado esquelético: movimento do esqueleto.
Músculo estriado cardíaco: movimentos involuntários.
Músculo liso (visceral): controle involuntário - paredes de diferentes órgãos e vísceras.
MÚSCULO ESQUELÉTICO
* Responde aos estímulos - excitabilidade e irritabilidade
* Contração com variabilidade do comprimento da fibra muscular.
* Aumento da espessura ou força – contrabilidade.
* Pode ser distendido – extensibilidade.
* Retorna a forma original após cessada a força de deformação – elasticidade.
MÚSCULO ESQUELÉTICO > FIBRAS MUSCULARES > MIOFIBRILAS
(subunidades de formato cilíndrico) > SARCÔMEROS
TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR
* ISOTÔNICA: contração com modificação do tamanho das fibras musculares.
* ISOMÉTRICA: não há variação do tamanho da fibra muscular.
* ISOCINÉTICA: pode ou não haver modificação do tamanho da fibra muscular mas está sempre 
associado a uma resistência.
Isotônica > Mobilidade
Isométrica > Força
Isocinética > Força e Resistência 
CONTRAÇÃO MUSCULAR: FORÇA E VELOCIDADE
* Para a contração muscular a força se relaciona de forma inversa à velocidade:
> força < velocidade
< força > velocidade
EXERCÍCIOS ATIVOS
ALONGAMENTOS – execução do movimento
CONTRAÇÕES – execução do movimento
MANOBRAS PASSIVAS
ALONGAMENTOS – manipulação muscular
CONTRAÇÕES – manipulação muscular
8. Exercícios/atividades para adequação das funções orofaciais 
* Hierarquização da ordem de restabelecimento de cada função:
- RESPIRAÇÃO
- MASTIGAÇÃO
- DEGLUTIÇÃO
- FALA (quando aplicável)
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO E SELEÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO EM CASOS DE RO
RESUMO
* Contextualização sobre o processo e sobre o SMFO
* Saúde geral e hábitos alimentares
* Higiene nasal
* Propriocepção
* Sensibilidade
* Exercícios para adequação de força, resistência e mobilidade de lábios, língua e bochechas
* Exercícios e prática dos padrões adequados de respiração, mastigação, deglutição
* Exercícios para adequação da produção fonêmica
Emió, Aula 03 – Parte I (Apneia Obstrutiva do Sono) – Notas
APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO
Distúrbio do sono com manifestação mais grave.
Decorre da interação de fatores anatômicos e não anatômicos:
* Comprimento aumentado da via aérea superior (VAS).
* Faringe estreita.
* Forma do lúmen faríngeo ou colapso da VAS.
* Mudanças na atividade da musculatura orofaríngea.
Decorre da interação de fatores anatômicos e não anatômicos:
* Pobre responsividade do m. genioglosso à pressão faríngea negativa.
* Baixo limiar de despertar.
* Mínimo de ativação respiratória.
* Sistema de controle ventilatório hipersensível.
RISCO DA OBESIDADE
* O alto Índice de Massa corpórea (IMC) é um fator predisponente, tantoem crianças como em 
adultos.
VAS: estrutura maleável sem suporte de osso rígido – risco de colapso:
* Pressões negativas intraluminais – inspiração.
* Pressões positivas extraluminais – tecidos moles circundantes.
Colapsos da VAS causam:
* Redução do fluxo aéreo (hiponeia).
* Cessação do fluxo aéreo (apneia).
* Dessaturação de oxigênio.
* Sono fragmentado.
* Esforço respiratório (durante parte do evento).
* Ronco alto.
* Interrupção do sono.
* Sonolência diurna excessiva.
* Noctúria.
* Fadiga.
* Dor de cabeça matinal.
SINTOMAS
* Irritabilidade.
* Diminuição da concentração.
* Perda de memória.
Obs: O ronco isolado não é sinônimo de AOS.
EFEITOS NOCIVOS
* Prejuízo na qualidade de vida
* Ocorrência de comorbidades:
= Doenças cardiovasculares
= Distúrbios metabólicos
= Prejuízos cognitivos
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO
* Distintos para crianças e adultos
* Polissonografia (PSG) de noite inteira:
 * Número de eventos de apneia e hipopneia por hora (e/h)
 * Índice de Apneia e Hipopneia (IAH) - gravidade*:
 * Leve:5 a 15 e/h
 * Moderada: 16 a 30 e/h
 * Grave:>30e/h
Valores de referência para indivíduos a partir de 18 anos
CRITÉRIOS PARA DIAGNÓSTICO (cont.)
* Exame físico - Classificação de Malampati:
* Comprimento da região de VAS durante a vigília
* Capacidade de abertura da boca
* Tamanho da língua
* Distância da úvula e do palato mole
* Mobilidade de cabeça
* Exame físico - Classificação de Malampati:
= Classe I: visualiza-se completamente todo o véu palatino e a úvula.
= Classe II: visualiza-se parcialmente a úvula e os arcos do véu palatofaríngeo.
= Classe III: não há visualização da úvula ou do véu palatino.
= Classe IV: não há visualização de todo palato mole.
TRATAMENTO
* Principal: uso do aparelho de pressão positiva contínua das vias aéreas (Continuous Positive 
Airway Pressure - CPAP - do inglês).
* Tratamento Fonoaudiológico - Terapia Miofuncional Orofacial (TMO):
= Casos de gravidade (IAH) leve até moderada.
= Realização de exercícios orofaríngeos.
= Ensaios clínicos randomizados realizados por autores brasileiros demonstraram diferentes 
benefícios da TMO em casos de AOS.
TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
* Benefícios em casos de apneia leve-moderada, isolado ou em conjunto com CPAP:
= Redução do IAH - gravidade da AOS.
= Aumento da porcentagem da saturação de oxigênio.
= Decréscimo do índice de despertar.
= Aumento da aderência ao uso do CPAP.
= Melhora na qualidade de vida.
* Benefícios em casos de apneia leve-moderada - Tomografia Computadorizada:
= Alívio da obstrução da VAS.
= Mudanças no diâmetro anteroposterior da parede faríngea na região retropalatal.
= Mudanças na distância retropalatal e no comprimento do palato mole.
TERAPIA MIOFUNCIONAL OROFACIAL NA AOS - TRATAMENTO FONOAUDIOLÓGICO
* Programa terapêutico com duração de 3 meses.
* Treinos diários em casa – 3x.
* Sessão semanal de tratamento.
* Estratégias terapêuticas dirigidas à musculatura da língua, palato mole, paredes laterais da 
faringe e à epiglote.
* Programa terapêutico composto por conjunto de estratégias com o objetivo de promover:
= Respiração nasal: limpeza nasal com solução salina 3x/dia e exercícios para a oclusão labial e
ativação dos mm. elevadores da mandíbula.
= Recrutamento da musculatura do palato mole (m. tensor do véu palatino e m. elevador do véu
palatino) e elevação do palato mole.
= Redução da dimensão da língua e adequação de sua posição na cavidade oral.
= Aumento da força de protrusão de língua.
= Elevação do osso hioide.
= Equilíbrio das funções de mastigação e deglutição.
ESTRUTURAÇÃO E PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
* O tratamento fonoaudiológico envolve:
= Desenvolvimento da percepção do paciente sobre o que está alterado.
= Preparo dos músculos esqueléticos faciais - exercícios e manobras.
= Treinamento funcional corretivo dirigido.
= Prática baseada em evidências.
= Definição e hierarquização de objetivos.
= Definição das fases do tratamento.
= Considerar a idade do paciente.
= Duração prevista para o tratamento.
= Estabelecimento do número e duração das sessões.
= Definição do ambiente terapêutico.
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO E SELEÇÃO DE
ESTRATÉGIAS PARA O TRATAMENTO EM CASOS DE RO
RESUMO
* Contextualização sobre os objetivos do tratamento, sobre o processo e sobre o SMFO.
* Saúde geral e hábitos alimentares.
* Higiene nasal.
* Propriocepção.
* Sensibilidade.
* Exercícios para adequação de força, resistência e mobilidade de lábios, língua e bochechas.
* Exercícios e prática dos padrões adequados de respiração, mastigação, deglutição.
* Exercícios para adequação da produção fonêmica.
Emió, Aula 03 – Parte II (Exercícios Miofuncionais Orofaciais) – Notas
POSTURA DE LÁBIOS
OBJETIVO: Adequar posição habitual de lábios, possibilitando a manutenção da respiração nasal e da 
adequada tonicidade.
ESTRATÉGIA: Posicionar um elástico entre os lábios do paciente e solicitar que ele segure, com os 
lábios ocluídos, respirando pelo nariz.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 2 séries, com duração de 1 minuto e intervalos de 30 seg. entre 
cada série.
POSTURA DE LÍNGUA
OBJETIVO: Adequar posição habitual de língua, possibilitando a manutenção da respiração nasal e da 
adequada tonicidade.
ESTRATÉGIA: Posicionar um elástico no ápice da língua e orientar o paciente a tocar a papila com o 
ápice da língua. Em seguida, o paciente deve ocluir os lábios, respirando pelo nariz, e manter o ápice 
da língua tocando a papila, segurando o elástico e mantendo espaço funcional livre.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 2 séries, com duração de 1 minuto e intervalos de 30 seg. entre 
cada série.
POSTURA DE LÍNGUA
OBS.: Se o paciente estiver com obstrução nasal e não conseguir ocluir os lábios para depois realizar o 
exercício, o terapeuta deverá explicar sobre a postura adequada de língua, orientar o paciente a realizar 
o exercício inicialmente com os lábios desocluídos, somente em terapia, e instruir o paciente a observar
a postura de língua durante a semana, em situações cotidianas.
POSTURA DE MANDÍBULA
OBJETIVO: Adequar posição habitual de mandíbula, possibilitando a manutenção da respiração nasal e
da adequada tonicidade, evitando apertamento dentário e sobrecarga na região das ATMs.
ESTRATÉGIA: Solicitar ao paciente que mantenha a mandíbula elevada, porém sem contato dentário, 
mantendo o espaço funcional livre; utilizar a associação com a postura adequada de lábios e de língua.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 2 séries, com duração de 1 minuto e intervalos de 30 seg. entre 
cada série.
MOBILIDADE DE LÁBIOS
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos dos lábios possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente protraia os lábios, em oclusão e em seguida realize um sorriso 
sem mostrar os dentes. Esses dois movimentos devem ser repetidos, alternadamente. Variação possível:
protrusão de lábios seguida de sorriso aberto.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo por 
movimento (um movimento completo corresponde a uma protração seguida de um sorriso) e intervalos
de 15 seg. entre cada série.
MOBILIDADE DE LÁBIOS
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos dos lábios possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente protraia os lábios, em oclusão e em seguida lateralize para a 
direita e depois para a esquerda. Esses dois movimentos devem ser repetidos, alternadamente.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo
por movimento (um movimento completo corresponde a uma lateralização para a direita seguida da 
lateralização para a esquerda) e intervalos de 15 seg. entre cada série.
MOBILIDADE DE LÍNGUA
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos da língua possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais. 
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente lateralize a língua paraa direita e depois para a
esquerda, alternadamente. O ápice da língua deverá estar alinhado à sua base. Variação possível: 
realizar o movimento com a língua dentro da cavidade oral, com o ápice tocando a face interna das 
bochechas. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo por 
movimento (um movimento completo corresponde a uma lateralização para a direita seguida da 
lateralização para a esquerda) e intervalos de 15 seg. entre cada série. 
MOBILIDADE DE LÍNGUA
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos da língua possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente eleve a língua e em seguida abaixe, fora da cavidade oral. Esses
dois movimentos devem ser repetidos alternadamente . Variação possível: realizar os movimentos com 
a língua dentro da cavidade oral, mantendo os lábios entreabertos.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo por 
movimento (um movimento completo corresponde à elevação seguida do abaixamento da língua) e 
intervalos de 15 seg. entre cada série.
MOBILIDADE DE BOCHECHAS
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos da bochecha possibilitando o recrutamento 
muscular coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente encha a bochecha de ar do lado direito e depois transfira o ar 
para a bochecha do lado esquerdo. Esses dois movimentos devem ser repetidos alternadamente.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo por 
movimento (um movimento completo corresponde a lateralização do ar de uma bochecha para a outra) 
e intervalos de 15 seg. entre cada série.
MOBILIDADE DE BOCHECHAS
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos da bochecha possibilitando o recrutamento 
muscular coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente retraia as bochechas e solte.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos, com duração de 1 segundo por 
movimento e intervalos de 15 seg. entre cada série.
MOBILIDADE DE PALATO
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos do palato possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente realize um bocejo e em seguida oclua os lábios. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos com intervalos de 15 seg. entre cada
série.
MOBILIDADE DE PALATO
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos do palato possibilitando o recrutamento muscular 
coordenado e preciso para o adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar ao paciente que assopre um canudo ocluído ou sugador de saliva descartável e 
que em seguida interrompa o fluxo aéreo. Não deve ser utilizado o ar de reserva.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar séries de 5 repetições, com intervalos de 10 segundos, durante 
3 minutos.
MOBILIDADE DE MANDÍBULA
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos responsáveis associados à movimentação da 
mandíbula, possibilitando o recrutamento muscular coordenado e preciso para o adequado desempenho
das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente realize a abertura e o fechamento da boca, mantendo o ápice da
língua em contato com a papila palatina como guia.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos (um movimento completo 
corresponde à uma abertura seguida de um fechamento) com intervalos de 15 seg. entre cada série. 
MOBILIDADE DE MANDÍBULA
OBJETIVO: Aumento da mobilidade dos músculos responsáveis associados à movimentação da 
mandíbula, possibilitando o recrutamento muscular coordenado e preciso para o adequado desempenho
das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente lateralize a mandíbula para a direita e, em seguida, 
para a esquerda, mantendo uma espátula ou abaixador de língua entre as superfícies oclusais dos dentes
como guia.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 movimentos (um movimento completo 
corresponde à uma lateralização para a direita e outra para a esquerda) com intervalos de 15 seg. entre 
cada série.
CONTRAÇÃO E FORÇA DE LÁBIOS
OBJETIVO: Promover a contração de lábios possibilitando tensão e força muscular para o adequado 
desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente pressione um lábio contra o outro e sustente o movimento. 
Variação possível: realizar o exercício oferecendo contrarresistência – enquanto o terapeuta posiciona 
uma espátula ou abaixador de língua entre seus lábios e oferece uma contrarresistência fraca no sentido
de dentro para foca da cavidade oral.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Sustentar o movimento por 10 segundos. Realizar 3 séries com 
intervalos de 30 seg. Aumentar progressivamente o tempo e a contrarresistência aplicada ao longo do 
tratamento.
FORÇA E RESISTÊNCIA DE LÁBIOS
OBJETIVO: Aumentar a tonicidade de lábios possibilitando tensão, força e resistência muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente pressione um lábio contra o outro e sustente o movimento. 
Variação possível: realizar o exercício oferecendo contrarresistência – enquanto o terapeuta posiciona 
uma espátula ou abaixador de língua entre seus lábios e oferece uma contrarresistência fraca no sentido
de dentro para foca da cavidade oral. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Sustentar o movimento por 10 segundos. Realizar 3 séries com 
intervalos de 30 seg. Aumentar progressivamente o tempo e a contrarresistência aplicada ao longo do 
tratamento.
FORÇA E RESISTÊNCIA DE LÍNGUA
OBJETIVO: Promover a contração da língua possibilitando força e resistência muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente afile e protraia a língua, com ápice alinhado à base, e sustente o
movimento.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Sustentar o movimento por 5 segundos, realizando 3 séries com 
intervalos de 30 seg. Aumentar progressivamente o tempo de execução do movimento sustentado ao 
longo do tratamento.
FORÇA E RESISTÊNCIA DE LÍNGUA
OBJETIVO: Promover a contração da língua possibilitando força e resistência muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente realize a protrusão da língua, com ápice alinhado à base. Em 
seguida, o terapeuta deverá posicionar um abaixador de língua ou espátula em frente ao ápice da língua
e exercer contrarresistência fraca contra a mesma. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Sustentar o movimento por 10 segundos, realizando 3 séries com 
intervalos de 30 seg. Aumentar progressivamente a contrarresistência aplicada ao longo do tratamento.
FORÇA E RESISTÊNCIA DE BOCHECHAS
OBJETIVO: Promover a contração das bochechas possibilitando força e resistência muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Posicionar um dedo indicador enluvado estendido na região da bochecha do paciente, 
no interior da cavidade oral. Em seguida,oferecer contrarresistência para o lado de fora com o dedo, 
enquanto orienta o paciente a puxar o dedo do terapeuta de volta para dentro da cavidade oral, 
utilizando a musculatura da bochecha.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Sustentar o movimento por 5 segundos, realizando 3 séries com 
intervalos de 30 seg. Aumentar progressivamente o tempo e a contrarresistência aplicada ao longo do 
tratamento.
FORÇA E RESISTÊNCIA DE BOCHECHAS
OBJETIVO: Promover a contração das bochechas possibilitando força e resistência muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Posicionar um dedo indicador enluvado estendido na região da bochecha do paciente, 
no interior da cavidade oral e aplicar contrarresistência. Em seguida, o paciente deverá pressionar a 
bochecha contra o dedo do terapeuta, de modo que este deslize no sentido póstero-anterior, seguindo a 
linha do músculo bucinador, até chegar à comissura labial.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar o movimento contandoaté 5, sendo 3 séries de 10 movimentos.
Aumentar progressivamente a contrarresistência aplicada ao longo do tratamento.
RECRUTAMENTO E CONTRAÇÃO DE PALATO MOLE
OBJETIVO: Promover a contração do palato mole possibilitando tensão e força muscular para o 
adequado desempenho das funções orofaciais.
ESTRATÉGIA: Solicitar ao paciente que assopre um canudo ocluído ou sugador de saliva descartável 
por 5 segundos. Não deve ser utilizado o ar de reserva.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar a tarefa por 3 minutos, com intervalos de 10 seg.
EXERCÍCIO PARA RESPIRAÇÃO
OBJETIVO: Aumento da circulação sanguínea e linfática local promovendo melhora da aeração nasal.
ESTRATÉGIA: Realizar massagem digital na região das asas nasais, mantendo os dois dedos 
indicadores na região da asa do nariz, com movimentos circulares de baixo para cima. Solicitar que o 
paciente mantenha a respiração nasal durante a massagem.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 5 séries de 5 a 10 movimentos circulares com intervalo de 30 
segundos entre as séries.
EXERCÍCIO PARA RESPIRAÇÃO
OBJETIVO: Estimulação do modo respiratório nasal.
ESTRATÉGIA: Solicitar ao paciente que vede a narina direita utilizando os dedos e que inspire 
profundamente pela narina contralateral à vedada e expire pela boca. Repetir o mesmo para o lado 
esquerdo.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 3 sequências de inspiração/expiração para cada 
lado.
EXERCÍCIO PARA MASTIGAÇÃO
OBJETIVO: Adequar o padrão mastigatório, buscando a manutenção do equilíbrio funcional e
estético orofacial. 
ESTRATÉGIA: Solicitar que o paciente realize a incisão do alimento com os dentes incisivos. Em 
seguida, solicitar que alterne o lado de mastigação a cada nova porção de alimento mordido e inserido 
na boca, sempre mantendo os lábios ocluídos. Depois deve-se orientar o paciente a distribuir o 
alimento na face oclusal dos dentes posteriores bilateralmente e realizar a trituração dois lados ao 
mesmo tempo, com velocidade de um ciclo por segundo. A mastigação deverá ser finalizada quando o 
bolo alimentar estiver homogêneo e pronto para a deglutição.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Para a sessão de terapia determinar uma porção de alimento, variando 
consistências, para que seja feito o treino. Em casa o paciente deverá selecionar ao menos uma refeição
diária para treino e monitoramento do padrão mastigatório.
EXERCÍCIO PARA DEGLUTIÇÃO DE LÍQUIDO
OBJETIVO: Adequar o padrão de deglutição de sólidos, buscando a manutenção do equilíbrio 
funcional e estético orofacial.
ESTRATÉGIA: Solicitar a deglutição de alimentos sólidos sequencial- mente ao treino mastigatório, 
orientando a manutenção da estabilidade mandibular, a oclusão labial e o posicionamento da língua 
contra o palato durante a deglutição. O paciente deverá posicionar o bolo alimentar no centro da língua
e posicionar o ápice da língua na papila antes de realizar a deglutição. Por fim, o bolo deverá ser 
deglutido em uma única vez, sem deixar resíduo.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Para a sessão de terapia determinar uma porção de alimento, variando 
consistências, para que seja feito o treino. Em casa o paciente deverá selecionar ao menos uma refeição
diária para treino e monitoramento do padrão mastigatório.
EXERCÍCIO PARA DEGLUTIÇÃO DE SÓLIDO
OBJETIVO: Adequar o padrão de deglutição de sólidos, buscando a manutenção do equilíbrio 
funcional e estético orofacial.
ESTRATÉGIA: Solicitar a deglutição de alimentos sólidos sequencialmente ao treino mastigatório, 
orientando a manutenção da estabilidade mandibular, a oclusão labial e o posicionamento da língua 
contra o palato durante a deglutição. O paciente deverá posicionar o bolo alimentar no centro da língua
e posicionar o ápice da língua na papila antes de realizar a deglutição. Por fim, o bolo deverá ser 
deglutido em uma única vez, sem deixar resíduo. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Para a sessão de terapia determinar uma porção de alimento, variando 
consistências, para que seja feito o treino. Em casa o paciente deverá selecionar ao menos uma refeição
diária para treino e monitoramento do padrão mastigatório.
ALONGAMENTO DE LÁBIO SUPERIOR
OBJETIVO: Alongamento do lábio superior.
ESTRATÉGIA: Realizar massagens bidigitais para alongar o filtro e orbicular superior da boca, 
iniciando na região da base do nariz para baixo. Posicionar um dos dedos em região de vestíbulo da 
boca e o outro na mesma direção, porém externamente.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 10 massagens com intervalos de 10 seg.
ALONGAMENTO DE LÁBIOS
OBJETIVO: Alongamento dos lábios (m. orbicular do lábio) para melhora na extensibilidade muscular 
e/ou diminuição de contraturas.
ESTRATÉGIA: Realizar massagens de alongamento bidigitais, iniciando na região da columela direita 
indo até à comissura labial direita. Realizar o mesmo para o lado esquerdo. Iniciar pelo lábio superior e
depois realizar o mesmo para o lábio inferior.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 8 massagens com intervalos de 10 seg.
CONTRAÇÃO DE LÁBIOS
OBJETIVO: Contração dos lábios (m. orbicular do lábio) para melhora do tônus muscular e oxigenação
da musculatura. 
ESTRATÉGIA: Realizar massagens de contração bidigitais, iniciando na região da comissura labial 
direita indo até a columela direita . Realizar o mesmo para o lado esquerdo. Iniciar pelo lábio superior 
e depois realizar o mesmo para o lábio inferior.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar 3 séries de 8 massagens com intervalos de 10 seg.
EXERCÍCIO PARA ACOPLAMENTO DE LÍNGUA
OBJETIVO: adequar o posicionamento da língua em preparação para a função de deglutição.
ESTRATÉGIA: Orientar o paciente a acoplar a língua no palato duro, pressioná-la contra o palato e 
manter o movimento sustentado. 
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Iniciar com 5 segundos evoluindo até 10 segundos. Realizar por 3 
minutos ao longo do dia.
EXERCÍCIO DE RETRAÇÃO DE LÍNGUA
OBJETIVO: adequar a mobilidade de língua em preparação para a função de deglutição - propulsão do 
bolo alimentar.
ESTRATÉGIA: Orientar o paciente a retrair a língua, abaixando o terço posterior, com o ápice voltado 
para o assoalho da boca e depois retornar à posição de repouso.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: 10 a 20 repetições em 3 séries.
EXERCÍCIO COMBINADO DE LÁBIOS E LÍNGUA
OBJETIVO: promover a oclusão labial sem esforço e o contato da língua com o palato duro durante o 
repouso e à deglutição.
ESTRATÉGIA: Solicitar ao paciente que estale a língua contra o palato duro e, simultaneamente, 
alterne o estiramento e a protrusão dos lábios.
FREQUÊNCIA e DURAÇÃO: Realizar de 5 a 10 repetições da sequência em 3 séries.
Emió, Aula 04 (Mastigação) – Notas
O que é mastigação?
Função orofacial essencial à nutrição, crescimento e desenvolvimento do indivíduo.
Caracteriza-se pelo ato de morder e triturar o alimento.
Constitui processo fisiológico e complexo que envolve atividades neuromusculares e digestórias.
Função aprendida, que se desenvolve a partir da introdução alimentar.
Fase inicial da digestão: ação da enzima amilase salivar durante a trituração dos alimentos facilita 
a deglutição e a ação de enzimas no estômago e do pâncreas.
Prazer: envolve os sentidos do tato, paladar e olfato - sensação de saciedade.
Proporciona desenvolvimento dos ossos maxilares, além de mantê-los em virtude do estímulo 
funcional gerado, e da dentição.
FASES DE DESENVOLVIMENTO
* Vida intrauterina -10a. semana: movimentos precursores da mastigação - abertura e fechamento 
da mandíbula.
* Introdução alimentar - 7 a 9 meses: a criança morde e tritura os alimentos sólidos de modo 
rudimentar, com os dentes incisivos - abaixamento, protrusão, elevação e retração da mandíbula.
* 24 meses - dentição decídua completa: dieta semelhante à do adulto, ciclo mastigatório mais 
estável e padrão de intercuspidação dentária mais eficiente.
* A eficiência mastigatória e a força de mandíbula aumentam com a idade cronológica, o número 
de dentes e o tamanho corporal.
* O hormônio do crescimento tem influência na região craniofacial e causa aumento na massa 
muscular mastigatória a qual afeta a morfologia mandibular.* Essas variáveis apresentam-se com diferenças entre os sexos a partir dos 9 anos de idade - 
vantagem no sexo masculino com maior altura e peso.
* O consumo de dieta mais consistente tende a produzir aumento na força de mordida e promover 
o crescimento mais harmônico entre as estruturas craniofaciais.
* Dentição permanente - movimentos mais complexos e coordenados: padrão maduro.
* Padrão mastigatório fisiológico - bilateral alternado: necessária adequada função dos mm. da 
mandíbula, sua consonância com mm. de lábios, língua e bochechas, função adequada das ATMs, 
morfologia craniofacial, oclusão e saúde oral.
* É necessária a contração coordenada de grupos musculares, sobretudo dos músculos 
mastigatórios, para que a mastigação ocorra de modo harmonioso.
* Há também participação das ATMSs, dos músculos da língua e dos músculos anatomia e faciais, 
principalmente do orbicular dos lábios e do bucinador fisiologia.
* Contração muscular - mobilidade rítmica da mandíbula - pressão intercuspidiana - fragmentação 
do alimento.
INERVAÇÃO MOTORA
= Nervo trigêmeo (V par craniano - ramo mandibular): o núcleo motor do trigêmeo contém os 
corpos celulares dos motoneurônios que inervam os mm. de fechamento e abaixamento da 
mandíbula (exceto ventre posterior do m. digástrico).
Outros pares cranianos:
= Hipoglosso (XII par craniano): língua.
= Facial (VIl par craniano): mm. orbicular da boca, bucinador, ventre posterior do digástrico).
= A partir dos impulsos motores a musculatura da região craniofacial envolvida é ativada para 
desempenhar a função de mastigação.
FASES/ESTÁGIOS DA MASTIGAÇÃO
* Mordida/incisão e estágio de transporte: ocorre entre os dentes incisivos e é responsável pelo 
corte do alimento, facilitado pela superfície oclusal reduzida, quase linear; a língua posiciona o 
alimento entre os pré-molares e molares em preparação para o próximo estágio.
* Trituração: responsável pela transformação mecânica do alimento de partes maiores em 
menores; realizada principalmente entre os dentes pré-molares, resultando em uma moagem mais 
fácil e eficiente, considerando a pressão intercuspidiana elevada.
* Pulverização: ocorre entre os dentes molares, caracterizada pela moenda final das partículas 
pequenas e formação do bolo alimentar.
CICLO MASTIGATÓRIO
* Fenômenos espaciais por aceleração angular que ocorrem na mandíbula durante a mastigação.
* Dividido nas fases de: abertura, fechamento e oclusal (em que ocorre o golpe mastigatório).
* Duração variável de acordo com o tipo de alimento e fase de maturação.
CONTROLE MOTOR DO MOVIMENTO MASTIGATÓRIO
* Analisado por meio dos movimentos mandibulares de abaixamento, elevação, protrusão, retração
e lateralização - isoladamente e durante a mastigação.
Dois tipos de contração muscular observados na neurofisiologia da mastigação:
= Voluntária: feixes neurais corticobulbares da via piramidal - transmissão do potencial de ação da 
fibra muscular que ocasiona a abertura dos canais de cálcio no sarcoplasma - processo contrátil por
ação da actina e miosina.
= Involuntária: comandada pelos receptores de estiramento por propriocepção do fuso muscular.
* A mastigação se dá por início voluntário, com comando do córtex cerebral e ação da força 
gravitacional, para que ocorra o abaixamento da mandíbula - abertura da boca.
* Em seguida há distenção dos proprioceptores do fuso muscular que geram impulsos nervosos 
para o núcleo motor do ramo mandibular no nervo trigêmeo (V par craniano) e segue para o núcleo
mesencefálico.
* Impulsos nervosos são gerados pela via motora eferente para que haja encurtamento dos fusos 
musculares e contração dos mm. elevadores da mandíbula.
* Ocorre a fase de fechamento até a fase oclusal em que há estímulo de pressão no periodonto 
(receptores - corpúsculos de Pancini) - geração de impulsos nervosos para a raiz sensorial do nervo
trigêmeo (V par craniano) até o núcleo sensorial mesencefálico o qual transmite informação ao 
núcleo motor para que haja estiramento dos fusos musculares e o reflexo mastigatório recomeça.
* Para a coordenação da mastigação com a respiração e a deglutição ocorre um sofisticado 
controle motor bilateral, com participação de centros geradores de padrões no tronco encefálico, de
regiões subcorticais, da área somatossensorial e da área motora primária no córtex cerebral.
MOVIMENTO MASTIGATÓRIO – PLANO VERTICAL
* Abaixamento mandibular: promovido pela tração da mandíbula para baixo pelo ventre anterior 
do m. digástrico, músculo miolo-hioideo e tração das cabeças da mandíbula pelo m. pterigoideo 
lateral (contração bilateral simultânea).
* Abertura oral ampla: também ocorre movimento de retração mandibular - m. gênio-hioide puxa a
mandíbula para trás.
* Elevação mandibular: m. temporal, pterigoideo medial e masseter.
MOVIMENTO MASTIGATÓRIO – PLANO HORIZONTAL
* Lateralização: m. pterigoideo lateral propicia o movimento lateral para o lado oposto ao da 
contração.
* Protrusão: ativação da cabeça inferior do m. pterigoideo lateral, fibras anteriores do m. temporal 
e parte superficial do masseter.
* Retração: ativação das fibras posteriores do m. temporal.
MOVIMENTO MASTIGATÓRIO - MUSCULATURA DE LÍNGUA E LÁBIOS
* Abertura oral: neste momento ocorre a ativação da musculatura que promove a protrusão da 
língua - a língua recebe o alimento.
Elevação da mandíbula:
= O m. genioglosso (principal protrusor) apresenta decréscimo de sua atividade enquanto mm. 
retrusores da língua são ativados - evitam trauma de língua pela intercuspidação dentária 
(mordida).
= Oclusão labial enquanto ocorre o abaixamento mandibular e depois a elevação durante a 
mastigação - aumento da ativação da musculatura perioral para evitar escape anterior de alimento.
Fatores que influenciam na Mastigação
• Presença de dentes, com número suficiente de dentes ocluindo e ausência de doença 
periodontal.
• Fluxo salivar suficiente.
• Função muscular e das ATMs adequada.
• Morfologia craniofacial harmônica.
• Informações sensoriais que promovam o início do movimento e o comportamento motor.
• Informações sensórias relevantes: 
Textura/consistência; Composição e modo de preparo; Sabor.
(promoção de ajustes de força e direção da contração muscular - eficiência mastigatória)
ALTERAÇÕES DA MASTIGAÇÃO - PRINCIPAIS ETIOLOGIAS
* O padrão fisiológico bilateral alternado é dependente da integridade das estruturas orofaciais, da 
capacidade funcional das ATMs, da morfologia craniofacial e da oclusão (relação entre os 1os. 
molares – sup./inf.).
* Falhas nos processos sensório-motores ou na integridade do SMFO podem provocar:
= Adaptação ou compensação da musculatura.
= Mudança da dieta por ineficiência mastigatória.
= Impedir que a mastigação seja executada.
* Malformações craniofaciais.
* Traumas de face.
* Ressecção decorrente de doenças oncológicas em cabeça e pescoço.
* Falhas dentárias.
* Perda óssea alveolar.
* Má oclusão.
* Deformidades dentofaciais.
* Uso de próteses dentárias e tratamentos endodônticos que alteram a sensibilidade
periodontal.
* Alteração no tônus e força muscular - Ex.: alterações oriundas da respiração oral.
* Disfunção temporomandibular (DTM).
* Alterações posturais ou dos músculos cervicais.
* Doenças neurológicas.
* Presença de hábitos orais que alteram a morfologia facial (músculos e dentes).
* Causas de ADAPTAÇÕES na mastigação - caráter TEMPORÁRIO
= Tipo de dentição (decídua ou mista).
= Tipo facial.
= Uso de aparelhos ortodônticos e dor na região oral.
= Obstruções respiratórias esporádicas.
Desvio/Alteração Causas Prováveis (Estrutura) Causas Prováveis (Descrição)
Não morde o 
alimento ou morde 
com os dentes 
caninos, pré-molares 
e molares
Dentes Ausência de dentes anteriores, mordida aberta 
anterior, medo de fraturar os dentes ou presença de 
próteses dentárias.
Músculos e/ou nervos Debilidade na contração muscular com 
impossibilidade de gerar força suficiente. Mordida 
realizada com dentes posteriores - aproximação da 
inserção muscular propicia melhor aproveitamento da 
força resultante. Dor nos músculoselevadores da 
mandíbula, trismo muscular, doenças neuro-
musculares, edema após trauma ou cirurgia.
ATM’s e mandíbula Dor nas ATMSs, redução na amplitude de abertura 
oral por DTM, deslocamento de disco articular sem 
redução, aquilose, fratura da cabeça da mandíbula.
Desvio/Alteração Causas Prováveis (Estrutura) Causas Prováveis (Descrição)
Prejuízo no 
processamento do 
alimento, na 
velocidade e no ritmo
da mastigação, na 
formação e no envio 
do bolo alimentar 
para a deglutição.
Língua Incoordenação, inabilidade ou impossibilidade de 
realizar os movimentos por imaturidade 
neuromuscular, anquiloglossia, macroglossia, 
microglossia, lesão neurológica ou muscular.
Bochechas Flacidez por causas variadas: falta de uso, 
envelhecimento, paralisia facial, traumas/lesões 
resultando em acúmulo de alimentos nas bochechas 
e/ou traumas na mucosa.
Palato duro Alteração na integridade óssea, como em casos de 
fissura palatina e de lesões cancerígenas, cobertura do 
palato por prótese dentária ou aparelho ortodôntico - 
dificuldade no esmagamento do alimento pela pressão 
da língua contra o palato duro.
Produção reduzida de saliva Comprometimento da lubrificação e da umidificação 
do alimento, dificultando seu processamento e 
formação do bolo alimentar. Pode resultar do uso de 
alguns medicamentos, mas também de doença cônica, 
sistêmica, autoimune - disfunção progressiva das 
glândulas salivares (xerostomia) - sobretudo da 4a. à 
6a. década de vida.
Trituração bilateral 
simultânea do 
alimento
Sobremordida profunda Quando os dentes incisivos e caninos superiores 
sobrepassam mais de um terço da coroa dos inferiores 
(overbite acentuado), aumenta o esforço para realizar 
movimentos mandibulares laterais.
Uso de próteses totais A alternância do lado de mastigação provoca 
movimentos ou deslocamentos da prótese inferior, 
com entrada de alimentos e traumas na mucosa – 
mastigação bilateral não é recomendada.
Trituração unilateral 
do alimento
Dentes e oclusão Dentes fraturados ou com cárie, dores dentárias, 
ausência dentária, interferências oclusais que 
impedem ou dificultam a dinâmica dos movimentos 
laterais da mandíbula, deformidade dentofacial classe 
II e classe III e assimetria esquelética.
ATMs Dores, redução na amplitude dos movimentos de 
abertura e lateralidade por deslocamento de disco 
articular sem redução, anquilose, fratura de cabeça da 
mandíbula. No caso de fratura unilateral de cabeça da 
mandíbula a mastigação é do lado afetado, o que não 
necessariamente ocorre nas DTM.
Outras causas Assimetria funcional da musculatura, DTM muscular, 
paralisia facial, traumas, ressecções cirúrgicas e trismo
muscular (que pode resultar de radioterapia).
Desvio/Alteração Causas Prováveis (Descrição)
Trituração anterior do alimento Perdas dentárias posteriores extensas
Queixa de cansaço para mastigar, com ou sem pre-
juízo no ritmo, força e atividade reduzida dos mm. 
elevadores da mandíbula verificado por testes de 
força de mordida e Eletromiografia de Superfície.
Fadiga muscular de origens diversas: fibromialgia, 
DTM, atrofia muscular e miofibroses decorrentes de 
cirurgia ortognática,
Ausência do comportamento de trituração do 
alimento.
Lesões externas na região oral, lesão neurológica, 
presença ou exacerbação de reflexo que impede a 
mastigação.
Desvio/Alteração Causas Prováveis (Descrição)
Mastigação sem oclusão labial ou oclusão labial 
forçada e reduzida amplitude de movimento, escape
extraoral do alimento, dificuldade para deglutir pela
pressão alterada da cavidade oral.
* Encurtamento ou incompetência da musculatura 
perioral.
* Má oclusão óssea ou dentária, que impede o 
comportamento labial normal.
* Malformação dos lábios ou traumas/lesões.
* Ressecções cirúrgicas.
* Doenças neuromusculares ou neurológicas.
Padrão vertical
* Aumento na atividade da musculatura de trabalho.
* Inativação da musculatura de balanceio.
* Sobrecarga às ATMSs com possibilidade de dor.
* Baixa eficiência mastigatória.
* Alterações digestivas. 
Padrão unilateral preferencial ou crônico
* Aumento na atividade da musculatura de trabalho do lado de preferência.
* Baixa ativação da musculatura de balanceio ipsilateral.
* Sobrecarga à ATM com possibilidade de dor no lado de preferência.
* Cruzamento de mordida.
* Baixa eficiência mastigatória.
* Alterações digestivas.
TRATAMENTO DAS ALTERAÇÕES DA MASTIGAÇÃO
REGRAS PARA EVITAR COMPENSAÇÕES NEGATIVAS E RISCO DE DANOS NA INSTALAÇÃO DO PADRÃO FISIOLÓGICO
* Força muscular suficiente para quebrar e triturar o alimento.
* Habilidade para movimentar o alimento na cavidade oral nas diferentes etapas.
* Presença de guias de oclusão para ambos os lados.
* Ausência de interferências oclusais no lado de balanceio.
* Ausência de ruídos articulares durante a mastigação.
* Ausência de dor durante ou após a mastigação.
A terapia Fonoaudiológica com a função mastigatória deverá ser realizada sempre que as condições 
morfológicas possibilitarem.
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO E ESTRATÉGIAS
* Explicar ao paciente os objetivos relacionados à reabilitação da função mastigatória.
* Exibir animação demonstrando o padrão fisiológico de mastigação.
* Exibir o filme gravado na avaliação e utilizado para a identificação das alterações:
= Tensões compensatórias.
= Tamanho da porção.
= Incisão do alimento.
= Movimentos mandibulares.
= Preferência mastigatória.
= Ritmo (velocidade).
= Coordenação mastigação-respiração-deglutição.
= Outros comportamentos e sinais de alteração.
* Selecionar estratégias para adequação das estruturas orofaciais participantes da mastigação:
= Lábios: exercícios miofuncionais, manobras de contração e relaxamento.
= Língua: exercícios miofuncionais.
= Bochechas: exercícios miofuncionais, manobras de contração e relaxamento.
= Mandíbula: exercícios miofuncionais.
= ATM (casos de DTM, dor, redução de amplitude mandibular): manobras específicas para 
alongamento da musculatura mastigatória, terapia térmica, exercício para melhora da abertura oral.
* Iniciar a observação dos aspectos relacionados à mastigação e o treino dirigido do padrão 
fisiológico desde a etapa inicial do tratamento para possibilitar o trabalho direto com os mm. 
mastigatórios:
= No início incentiva-se a mastigação unilateral alternada, com o paciente mantendo o alimento de
um só lado (se houver preferência, iniciar pelo lado contralateral ao da preferência) - percepção da 
musculatura e movimentos.
= Repetir o mesmo procedimento para o outro lado, até que o controle da alternância de lados se 
torne automático, de acordo com a textura/consistência alimentar de treino - é possível definir um 
número de ciclos mastigatórios no início.
= Informar e mostrar ao paciente a movimentação da língua para a lateralização do bolo alimentar, 
bem como a função da musculatura das bochechas para a lateralização e homogeneização do bolo 
alimentar no centro da língua, preparando-o para a propulsão para orofaringe e início da deglutição
* Guiar o número de ciclos mastigatórios de acordo com a consistência alimentar proposta para 
treino, tamanho da porção do alimento, características faciais do paciente (força, velocidade 
relacionadas).
* Trabalhar com diferentes consistências alimentares - treino da coordenação muscular e aumento 
da força mastigatória, bem como do número de golpes mastigatórios.
* Observar se não ocorrem desvios ou ruídos articulares.
* Casos de DTM:
= Mudar inicialmente do tipo unilateral para o bilateral simultâneo (vertical).
= No decorrer da TMO se não houver impedimentos oclusais o padrão bilateral alternado pode ser 
treinado.
= Utilização de diferentes consistências alimentares, sempre observando se não há queixa de dor 
ou ocorrência de desvios ou ruídos articulares.
* Casos de cirurgia ortognática:
= A sobrecarga da mastigação deve ser evitada por pelo menos 45 dias após a cirurgia (tempo 
estimado para a formação de um “calo ósseo”.
= Dieta líquida-pastosa por cerca de 25 dias.
= Pedaços macios introduzidos após esse período.
= Variações progressivasnas consistências após 45 dias.
* Casos de Traumas de Face/Fratura de mandíbula:
= A sobrecarga da mastigação deve ser evitada - dieta líquida e pastosa.
= Reintrodução da alimentação com consistência sólida gradativa.
= Mastigação estimulada sempre que as condições morfológicas permitirem.
= Casos de fratura unilateral da cabeça da mandíbula - treino da mastigação inicialmente no lado 
contralateral à fratura.
* Manobras de oxigenação e relaxamento da musculatura cervical
* Manobras de alongamento da musculatura mastigatória: alívio da dor e melhora na
amplitude mandibular:
= M. Temporal.
= M. Masseter.
= M. Occipitofrontal.
Emió, Aulas 06 e 07 (DTM) – Notas
Articulação Temporomandibular (ATM)
* Articulação do tipo sinovial.
* Diartrose - bicondiloartrose: ocorre entre a cabeça e a mandíbula e a fossa temporal e o 
tubérculo articular do osso temporal.
* Única articulação móvel do crânio.
* Relação morfológica e funcional com o sistema dental e musculatura associada.
* Inervação pelo n. trigêmeo (V par craniano - ramo mandibular).
Constituída por:
* Superfícies articulares.
* Revestimento articular.
* Disco articular.
* Sistema de ligamentos (cápsula articular, ligamentos próprios e acessórios).
* Membranas sinoviais.
Movimentos divididos em:
* Fundamentais: rolamento e deslizamento.
* Abertura e fechamento da boca.
* Propulsão e retropulsão.
* Lateralidade direita e esquerda.
* Desvio lateral.
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
Grupo de condições musculoesqueléticas e neuromusculares que envolvem as ATMs, os músculos
mastigatórios e todos os tecidos associados.
Prevalência de 5% a 12% da população.
Predominante em mulheres (2x maior que em homens).
DTM - CLASSIFICAÇÃO
Multifatorial:
• Alterações oclusais.
• Alterações de base óssea: anomalias congênitas, neoplasias, traumas/fraturas, anquilose.
• Alterações degenerativas.
• Modificações funcionais.
• Hábitos parafuncionais.
• Estresse, ansiedade.
• Anormalidades no disco intra-articular.
DTM - ETIOLOGIA
Hábitos parafuncionais:
* Apertamento dentário e/ou labial.
* Pressionamento lingual.
* Morder língua / lábios / comissuras labiais / objeto.
* Ranger dentes.
* Onicofagia.
* Apoiar o queixo sobre a mão por longos períodos.
* Dormir com a mão sob o rosto.
CLASSIFICAÇÃO: DTMs Musculares / Dores OU DTMS intra-articulares
DTMs MUSCULARES / DORES
A dor é considerada relacionada à DTM quando:
* É modificada para melhor ou para pior, por movimento mandibular, função ou parafunção.
* Quando ocorre durante a palpação do local indicado pelo paciente.
* A classificação é realizada de acordo com o modo e o local de manifestação.
CLASSIFICAÇÃO DTM MUSCULARES / DORES
Mialgia - dor nos mm. temporal ou masseter:
* Local: dor apenas no local palpado
* Dor miofacial: quando se espalha no próprio músculo palpado
* Dor miofacial referida: quando se manifesta no local palpado e além deste
Artralgia - dor nas ATMs:
* Dor de cabeça atribuída à DTM - na região do m. Temporal.
* Desordens biomecânicas intracapsulares do complexo cabeça-disco (deslocamento do disco 
articular), as desordens degenerativas e a subluxação / luxação.
Deslocamento de disco com redução (DDR):
* Disco articular deslocado, geralmente em posição anterior em relação à cabeça da ATM - pessoa
com a boca fechada.
* A relação cabeça-disco é recuperada (redução) e o movimento atinge uma amplitude normal - 
pessoa com a boca aberta.
* O deslocamento do disco pode ser medial ou lateral.
* Ruído articular (estalo) presente.
Deslocamento de disco com redução (DDR) com bloqueio intermitente:
* Limitação temporária do movimento de abertura bucal e uma manobra para a redução pode ser 
necessária.
Deslocamento de disco sem redução (DDR) com bloqueio intermitente:
* Disco articular deslocado em relação à cabeça da ATM quando a pessoa está com a boca 
fechada, sem recuperação durante a abertura oral.
* DDSR com abertura bucal limitada.
* DDSR sem abertura bucal limitada.
DDSR com abertura bucal limitada (travamento fechado):
* A máxima abertura bucal assistida (alongamento passivo), incluindo o trespasse vertical dos 
dentes incisivos, é menor de 40mm.
DDSR sem abertura bucal limitada:
* A máxima abertura bucal assistida, incluindo o trespasse vertical dos dentes incisivos, pode ser 
maior ou igual a 40mm.
Doença degenerativa da articulação:
*Deterioração do tecido articular com alteração na cabeça da mandíbula e/ou na eminência 
articular.
Critérios clínicos para diagnóstico:
-Relato de ruído na ATM nos últimos 30 dias.
-Detecção de ruído de crepitação pelo examinador (em pelo menos 1 dos movimentos 
mandibulares).
Subluxação / luxação:
* O complexo cabeça-disco ultrapassa a eminência articular durante a abertura/bucal ampla.
* Na subluxação o paciente consegue realizar manobra para o reposicionamento e recuperação dos
movimentos mandibulares.
* Na luxação é necessária a intervenção de um profissional para o reposicionamento.
DTM - SINTOMATOLOGIA
• Dores na face e na cervical.
• Cefaleia.
• Ruídos articulares.
• Dores na região pré-auricular.
• Otalgia.
• Cansaço muscular.
• Desvio na trajetória da mandíbula durante o movimento.
• Limitação de movimento / abertura bucal.
• Sensibilidade dentária.
DTM - PRINCIPAIS ACHADOS NA AVALIAÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL
Face e Lábios - Aparência e Condição Postural
* Face: Assimetria - funcional ou óssea.
* Lábios desocluídos (menos frequente) - obstrução das VAS durante o crescimento e 
desenvolvimento.
* Lábios ocluídos com tensão aparente:
- Má oclusão óssea e/ou dentária, overjet (trespasse horizontal excessivo) e mordida aberta 
anterior - diminuição do EFL, > recrutamento da musculatura elevadora de mandíbula - fadiga e 
dor muscular
- Lábios fortemente ocluídos, estirados, sem alteração na forma que dificulte seu contato - 
apertamento dentário (bruxismo cêntrico) ou desgastes dentários por bruxismo excêntrico - lábios 
perdem a espessura e o contorno natural
Língua - Aparência e Condição Postural
* No assoalho da boca ou interposta aos arcos dentários - reduzido controle neuromuscular.
* Interposta aos arcos dentários para estabilização da mandíbula durante o repouso e na 
deglutição.
* Casos de desgastes dentários ou redução da dimensão vertical de oclusão (DVO).
* Interposta aos arcos dentários para promover a desoclusão dos dentes e aliviar a dor - marcas 
nas bordas da língua.
Bochechas - Aparência e Condição Postural
* Hipofunção: bochechas não participam da mastigação - recondução do alimento do vestíbulo da 
boca ou quando há redução da DVO.
* Hiperfunção: pode ocorrer no lado preferencial da mastigação, sobretudo se houver mordida 
cruzada posterior - > atividade do m. bucinador para recondução do alimento do vestíbulo da boca
à face oclusal dos dentes.
* Comprimidas: sucção na direção das faces oclusais decorrente de dor acompanhada de leve 
sucção dos lábios para manter a mandíbula abaixada.
* Marcadas na mucosa: permanecem entre os arcos dentários por flacidez ou para promover a 
desoclusão dos dentes ou em decorrência de traumas oriundos de má oclusão dos dentes 
posteriores.
Postura - Aparência e Condição Postural
Corporal global:
* Elevação dos ombros no repouso / assimetria.
* Modificação do eixo corporal.
Cervical:
* Tensão.
*Anteriorização da cabeça.
* Inclinação lateral da cabeça.
DTM - PRINCIPAIS ACHADOS NA AVALIAÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL
Mobilidade
Prejuízos na precisão de movimentos isolados observados em ordem decrescente de frequência:
• Mandíbula.
• Língua.
• Lábios.
• Bochechas.
Principais causas de alterações na mobilidade:
* Inabilidade no controle neuromuscular.
* Falta de uso adequando durante as atividades funcionais.
* Restrições impostas pelas ATMs.
DTM - PRINCIPAIS ACHADOS NA AVALIAÇÃO MIOFUNCIONAL OROFACIAL - Funções
Deglutição:
• Contração excessiva da musculatura perioral.
• Interposição de língua.
• Movimentos associados.
• DTM crônica: diminuição no pico relativo da atividade dos mm. Supra-hioideos durante a 
deglutição de líquidos com aumento da participação dos mm. mastigatórios e maior duração

Continue navegando