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DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA INTERMEDIÁRIA Capítulo 16 Profª. MAYARA CARNEIRO ALVES PEREIRA RESPOSTAS EM DUPLA - CAPÍTULO 16: • Quais são as questões relacionadas à identidade que afloram durante a vida adulta intermediária? Karine • Qual é o papel dos relacionamentos sociais nas vidas das pessoas de meia- idade? Bárbara • Como os casamentos, os relacionamentos, as amizades e os divórcios acontecem durante os anos da meia-idade? Alana • De que forma os relacionamentos entre pais e filhos mudam à medida que os filhos se aproximam e chegam à idade adulta? Rita • Como as pessoas de meia-idade se relacionam com seus pais e irmãos? Tainara • Quais são os papéis dos avós nos dias de hoje? Glenda Principais dados da vida adulta intermediária: • Mudança da meia-idade: abordagens teóricas • modelos de traço • modelos do estágio normativo • o momento dos eventos: o relógio social • O self na meia-idade • desenvolvimento da identidade • bem-estar psicológico e saúde mental positiva • Relacionamentos na meia- idade • teorias do contato social • relacionamentos, gênero e qualidade de vida • Relacionamentos consensuais • casamento • coabitação • divórcio • amizades • Relacionamentos com filhos maduros • filhos adolescentes: problemas para os pais • o ninho vazio • cuidando de filhos crescidos • o “ninho atravancado” • Outros laços de parentesco • relacionamentos com pais idosos • relacionamentos com irmãos • tornando-se avós Mudança da meia-idade: abordagens teóricas • Freud→ a personalidade está permanentemente bem formada antes dessa idade. • Maslow→ realização plena do potencial humano, que ele chamava de autorrealização, pode vir apenas com a maturidade. • Rogers→ funcionamento humano pleno exige um processo constante, por toda a vida, para conduzir o self em harmonia com a experiência. • Jung e Erikson→ • Luta ocupacional aos 30 anos, • Reavaliação e drástica reestruturação da vida aos 40, • Suavização e relativa estabilidade aos 50. A trajetória de vida na meia-idade (40 a 60/65 an0s): • Objetivamente: • Busca de uma carreira e por uma família • Subjetivamente: • Pessoas constroem sua identidade e a estrutura de suas vidas • Existem diferenças entre o início e o final da meia-idade • Ex.: preocupações de uma pessoa de 40 anos com as de uma de 60. • As vidas não progridem isoladamente. • Caminhos individuais se cruzam com os caminhos dos membros da família, dos amigos, de conhecidos e de desconhecidos. • O trabalho e os papéis pessoais são interdependentes, e esses papéis são afetados pelas tendências na sociedade. Características (Erikson): Generatividade: • é a preocupação de adultos maduros em estabelecer e orientar a próxima geração, perpetuando-se através da influência sobre aqueles que o sucedem. • Pode ser expressa por meio do treinamento ou do aconselhamento. • A generatividade pode ser o segredo para o bem-estar na meia-idade →As pessoas que não encontram uma saída para a generatividade tornam-se centradas em si mesmas ou estagnadas (inativas ou sem vida). Interioridade: • Preocupação com a vida interior (introversão ou introspecção), que geralmente aparece na meia-idade. MOMENTO DOS EVENTOS: O RELÓGIO SOCIAL •A meia-idade frequentemente traz uma reestruturação de papéis sociais: •separar-se dos filhos, •se torna avô ou avó, •mudar de trabalho ou de carreira e, •aposentar-se. Self na meia-idade: “Agora eu sou uma pessoa completamente diferente da que eu era 20 anos atrás” 1. Existe a crise da meia-idade? 2. Como a identidade se desenvolve na meia-idade? 3. Homens e mulheres mudam da mesma maneira? 4. O que contribui para o bem-estar psicológico? 1. Existe a crise da meia-idade? • Mudanças na personalidade e no estilo de vida que ocorrem dos 40 aos 45 anos → também já foi chamada de segunda adolescência • Período supostamente estressante desencadeado pela revisão e reavaliação da própria vida. • Consciência da mortalidade →muitas pessoas agora percebem que não poderão realizar seus sonhos de juventude ou que a realização deles não lhes trouxe a satisfação que esperavam. • Pessoas com resiliência do ego – a capacidade de adaptar-se flexível e desembaraçadamente às possíveis fontes de estresse – e que têm um senso de domínio e controle são mais propensas a atravessar a meia-idade com sucesso. 2. Como a identidade se desenvolve na meia-idade? • As pessoas interpretam suas interações com o ambiente por meio de dois processos, • assimilação da identidade: • tentativa de manter um sentido consistente de self em face de novas experiências; • pessoas que assimilam constantemente são inflexíveis e não aprendem com a experiência. • acomodação da identidade: • ajuste do esquema para se adequar a novas experiências, causa mudança necessária. • As pessoas que se acomodam constantemente são fracas e altamente vulneráveis à crítica; suas identidades são facilmente minadas. • mais saudável é o equilíbrio da identidade, que permite que uma pessoa mantenha um sentido de self estável enquanto se ajusta aos esquemas do self para incorporar novas informações, tal como os efeitos do envelhecimento. 3. Homens e mulheres mudam da mesma maneira? Homens: • mais abertos em relação aos sentimentos, mais interessados em manter relacionamentos, • livres para explorar o seu “lado feminino” anteriormente reprimido, tornam-se mais passivos; Mulheres: • mais assertivas, autoconfiantes e orientadas à realização • livres para explorar seu “lado masculino”, tornam-se mais dominantes e independentes. →Na sociedade atual, os papéis dos homens e das mulheres tornaram-se menos distintos. AUTO ACEITAÇÃO RELAÇÕES POSITIVAS COM OS OUTROS AUTONO MIA DOMÍNIO SOBRE O AMBIENTE OBJETIVO DE VIDA CRESCIMENTO PESSOAL 4. O que contribui para o bem-estar psicológico? Dimensões de bem-estar usadas na escala de Ryff (p.553) 4. O que contribui para o bem-estar psicológico? Bem-estar psicológico e saúde mental positiva I. CONCEPÇÃO DE SAÚDE: • Saúde mental não é apenas a ausência de doença mental. • Saúde mental positiva envolve um sentido de bem-estar psicológico + percepção saudável de si mesmo • Bem-estar subjetivo está relacionado a dimensões da personalidade. • emocionalmente estáveis • física e socialmente ativas (com alta extroversão) • Conscienciosas II. FATORES QUE AFETAM A SAÚDE: * Emotividade, personalidade e idade *Satisfação com a vida e idade *Apoio social Relacionamento na meia-idade Teorias do Contato Social: Teoria do comboio social Teoria da seletividade socioemocional Relacionamento na meia-idade Teorias do Contato Social: 1. Teoria do comboio social: • as pessoas se movimentam pela vida cercadas por comboios sociais: • círculos de amigos e de membros da família de graus variados de intimidade, com quem elas podem contar para assistência, bem- estar e apoio social, • e para quem elas se voltam também para oferecer cuidado, preocupação e apoio Relacionamento na meia-idade Teorias do Contato Social: 2. Teoria da seletividade socioemocional: • como as pessoas escolhem com quem passarão o seu tempo. • interação social tem três objetivos principais: • (1) é uma fonte de informação; • (2) ajuda pessoas a desenvolverem e manterem uma noção de si próprias; • (3) é uma fonte de prazer e conforto ou bem-estar emocional. Casamentos Concubinatos ou coabitação Divórcio Uniões homoafetiva Amizades Relacionamentos: Relacionamentos: Casamentos: • Antes: • casamentos eram interrompidos por morte • Raras separações • muitos filhos que viviam com os pais até se casarem. • Mudança nos padrões de casamento: • Aumento da expectativa de vida • Autonomia financeira da mulher • Métodos contraceptivos Divórcios: • Mais difícil para as mulheres → são mais negativamente afetadas em qualquer idade do que os homens • Associado com uma chance elevada de condições de saúde crônicas em ambos ossexos, talvez causada pela ruptura e pelo estresse que uma perda • Maioria das pessoas divorciadas de meia- idade eventualmente se recupera. • capital conjugal = Benefícios emocionais e financeiros construídos ao longo de um casamento, que tendem a manter os casais juntos. Relacionamentos: Uniões homoafetiva: • Os homoafetivos que hoje estão na meia-idade cresceram em uma época em que: • Homossexualidade era considerada uma doença mental, • Tendiam a isolar-se não apenas da comunidade em geral, mas uns dos outros. • Internalizaram as atitudes homofóbicas • Propensos a apresentar sintomas de depressão, presumivelmente porque essas atitudes afetam seu autoconceito geral • Muitos ainda estão elaborando os conflitos com os pais e com outros membros da família (às vezes incluindo cônjuges) • Escondendo sua homoafetividade • Alguns se mudam para cidades com populações homoafetivas maiores • Os não se assumiram até a meia-idade frequentemente passam por uma busca prolongada pela identidade, marcada por culpa, segredo, casamento heterossexual e relacionamentos conflituosos com ambos os sexos. • Aqueles que reconhecem e aceitam sua orientação sexual ainda na juventude, frequentemente atravessam as barreiras raciais, socioeconômicas e de idade dentro da comunidade homossexual Amizades: • as redes sociais tendem a se tornar menores e mais íntimas • as amizades persistem e são a fonte mais poderosa de apoio emocional e bem-estar Relacionamentos: • RELACIONAMENTOS COM FILHOS MADUROS • QUANDO OS FILHOS VÃO EMBORA: O “NINHO VAZIO” • PROLONGAMENTO DA PARENTALIDADE: O “NINHO ATRAVANCADO” • Síndrome da porta giratória: Tendência dos adultos jovens que já deixaram a casa dos pais a voltar quando enfrentam problemas financeiros, conjugais ou outros. • RELACIONAMENTOS COM PAIS IDOSOS • RELACIONAMENTOS COM IRMÃOS • TORNANDO-SE AVÓS QUESTÕES PARA CAPÍTULO 17: • Como tem variado a expectativa de vida, quais são as causas do envelhecimento, e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida? Vanessa • Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos? Joana • Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia, quais são os fatores que influenciam a saúde, e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas? Samira • Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia? Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas? Renata DESENVOLVIMENTO FÍSICO E COGNITIVO NA VIDA ADULTA TARDIA Capítulo 17 Profª. MAYARA CARNEIRO ALVES PEREIRA QUESTÕES PARA CAPÍTULO 17: • De que modo a atual população de idosos está mudando? • Como tem variado a expectativa de vida, quais são as causas do envelhecimento, e quais são as possibilidades de estender o tempo de vida? • Quais são as mudanças físicas que ocorrem durante a velhice e como essas mudanças variam entre os indivíduos? • Quais são os problemas de saúde comuns na vida adulta tardia, quais são os fatores que influenciam a saúde, e quais são os problemas mentais e comportamentais vivenciados por algumas pessoas idosas? Vitória • Quais são as perdas e os ganhos em termos de habilidades cognitivas que tendem a ocorrer na vida adulta tardia? Existem meios para melhorar o desempenho cognitivo de pessoas idosas? Aspectos Iniciais da velhice: 60 anos para a mulher 65 anos para o homem Principais aspectos da velhice: 1. Símbolo de status: • Desejável ou indesejável 2. Estereótipos: • idosos são cada vez menos retratados como pessoas desamparadas, e mais como indivíduos equilibrados, respeitados e sábios →pode ser importante na redução dos estereótipos negativos • Autoestereótipos→ afetam as expectativas dos idosos em relação ao seu comportamento e atuam como profecias autorrealizáveis 3. Idadismo: • Preconceito ou discriminação com base na idade O envelhecimento da população: A população global está envelhecendo: • 2008: • quase 56 milhões de pessoas no mundo tinham 65 anos ou mais • 19% da população mundial com 80 anos ou mais • 2040 - projeta-se : • população 1,3 bilhão com 65 anos ou mais. Consequências e Expectativas: • declínio na fertilidade acompanhado de crescimento econômico, • melhor nutrição, • estilos de vida mais saudáveis, • aprimoramento no controle de doenças infecciosas, • avanços na ciência, tecnologia e medicina DO IDOSO JOVEM AO IDOSO MAIS VELHO: • O impacto econômico de uma população que está envelhecendo depende da proporção de pessoas saudáveis e fisicamente capazes dessa população. • Muitos problemas que costumavam ser considerados inevitáveis agora são entendidos como resultantes do estilo de vida ou doenças, e não do envelhecimento. • Envelhecimento primário • processo gradual e inevitável de deterioração física que começa cedo na vida e continua ao longo dos anos, não importa o que as pessoas façam para evitá-lo. • Nessa visão, o envelhecimento é uma consequência inevitável de ficar velho. • Envelhecimento secundário • resulta de doenças, abusos e maus hábitos, fatores que em geral podem ser controlados Classificações da idade dos idosos: Grupos cronológicos: • “idoso jovem” →65 e 74 anos • em geral são ativas, animadas e vigorosas • “idoso idoso” → 75 e 84 anos • ”idoso mais velho” → 85 anos em diante • mais propensos a uma condição de fragilidade e doença, • dificuldade em administrar as atividades diárias da vida Idade funcional: • capacidade de uma pessoa interagir • “idoso jovem” →maioria ativa e saudável dos adultos mais velhos • “idoso idoso” →minoria frágil e enferma, independentemente da idade cronológica • consomem uma grande quantidade de recursos como pensões ou custos de assistência médica DESENVOLVIMENTO FÍSICO Gerontologia: Estudo dos idosos e dos processos de envelhecimento. Geriatria: Área da medicina relacionada aos processos de envelhecimento e aos problemas de saúde que surgem com a velhice. Longevidade e envelhecimento – conceitos iniciais: • Tempo de vida humano: período mais longo que os membros de nossa espécie podem viver. • Idade funcional: Medida da capacidade de uma pessoa de funcionar efetivamente em seu ambiente físico e social em comparação com outras da mesma idade cronológica. • Expectativa de vida: Idade máxima que uma pessoa em um período/lugar provavelmente viverá (dada a sua idade atual e condições de saúde), com base na média de longevidade de uma população. • Longevidade: Duração da vida de um indivíduo. • Senescência: Período da vida marcado por declínios no funcionamento físico, normalmente associados à idade; começa em idades diferentes para pessoas diferentes. Longevidade e envelhecimento: Tendências e fatores na expectativa de vida: • O envelhecimento da população reflete um rápido crescimento na expectativa de vida • ganhos obtidos com os avanços da medicina • Estilo de vida → expectativa de vida pode estagnar e até mesmo declinar • doenças infecciosas • doenças relacionadas à obesidade Aspectos sociais e econômicos: • Diferenças de gênero: • mulheres vivem mais tempo e apresentam taxas de mortalidade mais baixas: • assistência pré-natal e obstetrícia • tendência maior de tomar conta de si próprias e de buscar cuidados médicos • mais alto de apoio social que recebem • elevação de seu nível socioeconômico • Diferenças regionais e étnicas: • A diferença nas expectativas de vida entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento é enorme. • mortes relacionadas ao HIV e a deficiências físicas na vida adulta • altas taxas de doenças do pulmão e do coração • altos níveis de violência Teorias do envelhecimento: 1. Teorias de programação genética: • o corpo da pessoa envelhece de acordo com o relógio evolutivo normal inato dos genes. 2. Teorias de taxas variáveis (teorias dos erros) • Envelhecercomo resultado de processos randômicos que variam de pessoa para pessoa • envolvem danos resultantes de erros aleatórios, ou agressões ambientais, nos sistemas biológicos. Teorias do envelhecimento biológico: 1.FÍSICAS: • Pele mais pálida e menos elástica • A gordura e os músculos encolhem • Cabelo fino, grisalho e depois branco • Pelos tornam-se mais ralos. • Atrofiamento dos discos entre as vértebras da espinha. • Composição química das alterações ósseas→ um risco maior de fraturas. • Órgãos internos, cérebro, funcionamento sexual, motor e sensorial. 2. ORGÂNICAS E SISTÊMICAS • Envelhecimento + Estresse crônico = podem enfraquecer a função imunológica • suscetíveis a infecções respiratórias • com menor probabilidade de se recuperarem • inflamação crônica de baixa intensidade • aumento na pressão arterial MUDANÇAS: 3.SENSORIAIS E PSICOMOTORAS: Visão e audição • precisam de mais luz para ver, são mais sensíveis ao brilho e podem ter problemas para localizar e ler sinais. • dificuldade com a percepção de profundidade ou de cor, ou com atividades diárias • sensibilidade de contraste visual podem ocasionar dificuldades para ler letras miúdas ou impressos muito claros • Ex.: Catarata e Glaucoma Força, resistência, equilíbrio e tempo de reação • Adultos em geral perdem cerca de 10 a 20% de sua força até os 70 anos e muito mais depois disso. • A resistência diminui de forma mais consistente com a idade, principalmente entre as mulheres, do que alguns outros aspectos da capacidade física, como a flexibilidade • Redução da massa muscular, quedas e ferimentos MUDANÇAS: 4. SONO • Dormir menos , sonhar menos do que antes, horas de sono profundo são mais curtas, acordar mais facilmente em razão de problemas físicos • A suposição de que distúrbios do sono são normais no idoso pode ser perigosa • A insônia crônica pode ser um sintoma, ou quando não tratada, um precursor de depressão. • Sono em excesso ou falta de sono estão associados a um risco maior de mortalidade 5. SEXO • Os homens estão muito mais propensos do que as mulheres a permanecerem sexualmente ativos na velhice, • O sexo na vida adulta tardia é diferente do que era antes. • os homens levam mais tempo para ter uma ereção e ejacular, podem precisar de estímulo manual e podem vivenciar intervalos mais longos entre as ereções. • nas mulheres os sinais de excitação sexual são menos intensos do que antes, e elas podem ter problemas com a lubrificação. MUDANÇAS: SAÚDE FÍSICA E MENTAL doenças cardíacas câncer acidente vascular cerebral doenças do sistema respiratório diabetes e hipertensão O que são DOENÇAS CRÔNICAS? DOENÇAS CRÔNICAS E DEFICIÊNCIAS: • (EUA) • 80% em idade avançada apresentam pelo menos uma doença crônica, • 50% pelo menos duas • metade das pessoas acima de 85 anos – é frágil: • fracos e vulneráveis a estresse, doença, deficiências físicas e morte. • Seis das sete principais causas de morte na velhice são devidas a condições crônicas • Muitas dessas mortes podem ser evitadas com estilos de vida mais saudáveis. INFLUÊNCIAS DO ESTILO DE VIDA: • Uma saúde precária não é consequência inevitável do envelhecimento • Muitos idosos se consideram com saúde entre boa e excelente. • A pobreza está intimamente relacionada à saúde precária e ao acesso ao cuidado à saúde. • As chances de permanecer saudável e fisicamente capaz em geral dependem das opções de estilo de vida • principalmente em relação ao tabagismo e à prática de exercícios . EXERCÍCIO REGULAR: • fortalece o coração e os pulmões • diminui o estresse. • protege contra hipertensão, endurecimento das artérias, doenças cardíacas, osteoporose e diabetes • ajuda a manter a velocidade, a força e a resistência, e as funções básicas como circulação e respiração • reduz a chance de ferimentos ao fortalecer os músculos e articulações e deixá-los mais flexíveis • ajuda a prevenir ou aliviar dores lombares e sintomas de artrite • melhora o estado de alerta mental e o desempenho cognitivo • alivia a ansiedade e a depressão moderada • promove sentimentos de controle e bem-estar AUSÊNCIA E BAIXO NÍVEL DE EXERCÍCIO: • doenças cardíacas, • diabetes, • câncer do colo do útero, • pressão alta, • obesidade → afeta o sistema circulatório, os rins e o metabolismo do açúcar, • contribui para os transtornos degenerativos e tende a encurtar a vida INFLUÊNCIAS DO ESTILO DE VIDA: PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E MENTAIS: • Muitos idosos com problemas comportamentais e mentais tendem a não procurar ajuda. • intoxicação medicamentosa, • delírio, • transtornos infecciosos ou metabólicos, • má nutrição, anemia, • baixo funcionamento da tireoide, • pequenos ferimentos, • alcoolismo e depressão • Exemplos de problemas mais comuns: Depressão e Demência • Há uma escassez de profissionais devidamente treinados na área de saúde mental que possa atender os idosos (?) PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E MENTAIS: • Depressão • Maior em mulheres idosas • Vulnerabilidades: acontecimentos estressantes, solidão, abuso de medicamentos., doenças crônicas ou deficiência, declínio cognitivo e divórcio, separação ou viuvez • Demência = declínio comportamental e cognitivo de causas fisiológicas capaz de interferir nas atividades diárias. • maior parte das formas de demência é irreversível, mas em torno de 10% dos casos podem ser revertidos com diagnóstico feito logo no início e com tratamentos • mal de Alzheimer = doença progressiva e degenerativa que ocorre no cérebro • mal de Parkinson = degeneração neurológica progressiva, é caracterizada por tremores, rigidez, movimentos lentos e postura instável • demência por múltiplos infartos = série de pequenos acidentes vasculares cerebrais DESENVOLVIMENTO COGNITIVO INTELIGÊNCIA E HABILIDADES DE PROCESSAMENTO: • Algumas habilidades podem declinar com a idade • como a velocidade de processamento mental e o raciocínio abstrato • A falha de memória geralmente é considerada um sinal de envelhecimento. SABEDORIA: • “amplitude excepcional e profundo conhecimento sobre as condições de vida e assuntos humanos e julgamento reflexivo sobre a aplicação desse conhecimento”. • insight e consciência • transcendência, afastamento da preocupação consigo mesmo QUESTÕES PARA CAPÍTULO 18: • Quais são as estratégias e os recursos que contribuem para o bem-estar e para a saúde mental dos idosos? Vanessa - Vitória • Relacionamentos amorosos: Quais são as características dos casamentos duradouros na velhice? E qual é o impacto da viuvez, do divórcio e de um novo casamento nessa fase da vida? Como convivem os idosos solteiro? Cris - Bárbara • Como os adultos da terceira idade se relacionam com os seus filhos adultos? E com os seus irmãos? E como se adaptam ao serem bisavós? Joana - Gaby DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA VIDA ADULTA TARDIA Capítulo 18 QUESTÕES PARA CAPÍTULO 18: • Quais são as estratégias e os recursos que contribuem para o bem-estar e para a saúde mental dos idosos? • Como os idosos lidam com o trabalho e com as decisões relativas à aposentadoria, aos recursos financeiros e às providências do dia a dia? • Relacionamentos amorosos: Quais são as características dos casamentos duradouros na velhice? E qual é o impacto da viuvez, do divórcio e de um novo casamento nessa fase da vida? Como convivem os idosos solteiro? • Como os adultos da terceira idade se relacionam com os seus filhos adultos? E com os seus irmãos? E como se adaptam ao serem bisavós? Principais pontos: Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade O bem-estar na vida adulta tardia Questões práticas e sociais relacionadas ao envelhecimento Relacionamentos pessoais na terceira idade Relacionamentos conjugais Estilos de vida e relacionamentos não conjugais Laços de parentesco não conjugais Quais são os fatores que contribuem para o crescimento pessoal? Crescimento depende daexecução das tarefas psicológicas de cada fase da vida de modo emocionalmente sadio. Teoria e pesquisa sobre o desenvolvimento da personalidade: • Erikson→ conquista culminante da vida adulta tardia é o senso de Integridade do ego (Integridade do self) • Integridade do ego x desespero → Fundamentada na reflexão sobre a própria vida → Idosos tendem a avaliar e aceitar suas vidas para poderem aceitar a morte. → Lutam para conquistar um senso de coerência e totalidade, em vez de se entregar ao desespero por sua incapacidade de reviver o passado de forma diferente →Adquirem o entendimento do significado de suas vidas dentro da ordem social mais ampla. →A virtude que pode se desenvolver nessa etapa é a sabedoria, um “interesse informado e imparcial pela vida em si diante da morte”. → Significa aceitar a vida que se viveu sem maiores arrependimentos: sem ficar preso ao que “deveria ser feito” ou “poderia ter sido”. →Aceitar imperfeições em si próprio, nos pais, nos filhos e na vida. →Algum desespero é inevitável. As pessoas têm necessidade de se lamentar – não apenas pelas próprias desventuras e oportunidades perdidas, mas pela vulnerabilidade e transitoriedade da condição humana. → Pessoas devem manter um “envolvimento vital” na sociedade. → Contínuos estímulos e desafios – quer por meio de atividade política, de programas de manutenção da boa forma, do trabalho criativo, quer pelos relacionamentos com os netos TRAÇOS DE PERSONALIDADE NA VELHICE: A personalidade sofre mudança na terceira idade? • Emoções negativas (inquietude, tédio, infelicidade e depressão) - diminuíram com a idade. →Pessoas com personalidade neurótica (temperamentais, suscetíveis, ansiosas e inquietas) tendem a reportar emoções negativas e tendem a se tornar ainda menos positivas à medida que envelhecem →Pessoas altamente neuróticas, que se tornam mais neuróticas à medida que envelhecem • Emoções positiva (entusiasmo, interesse, orgulho e senso de realização) estável até a velhice e depois declinou apenas ligeiramente e aos poucos →teoria da seletividade socioemocional: à medida que as pessoas envelhecem, elas tendem a procurar atividades e outras pessoas que lhes proporcionem gratificação emocional. O BEM ESTAR O bem-estar na velhice: • Idosos têm menos transtornos mentais • Estão mais felizes e satisfeitos com a vida • Crescimento no número de idosos ativos e saudáveis→mudança no conceito de envelhecimento. • Mais felicidade na velhice pode refletir: • o valor de uma perspectiva madura, • a sobrevivência seletiva dos mais felizes. • Disparidades de gênero, étnicas e educacionais em relação à felicidade diminuíram • As mudanças biológicas, os eventos da vida, a habilidade de lidar com o estresse e o acesso à assistência social e aos serviços de apoio desempenham um papel mais importante. Enfrentamento e saúde mental na velhice: • Enfrentamento (coping) é o pensamento ou comportamento adaptativo que visa reduzir ou aliviar o estresse resultante de condições prejudiciais, ameaçadoras ou difíceis. • Duas abordagens teóricas ao estudo do enfrentamento: defesas adaptativas modelo de avaliação cognitiva Enfrentamento e saúde mental na velhice: 1. Defesas adaptativas (George Vaillant) • Enfrentamento de problemas em fases anteriores da vida. • Podem mudar a percepção das realidades que as pessoas são incapazes de modificar. • podem ser inconscientes ou intuitivas. • Idosos que apresentaram melhor adaptação psicossocial foram os mesmos que, quando adultos jovens, haviam usado: • defesas adaptativas maduras como altruísmo, humor, persistência, antecipação (de planos para o futuro) e sublimação (redirecionando emoções negativas para atividades produtivas). Enfrentamento e saúde mental na velhice: 2. Modelo de avaliação cognitiva (Lazarus e Folkman) • estratégias de enfrentamento escolhidas conscientemente. • com base no modo como percebem e analisam uma situação. • O enfrentamento inclui qualquer coisa que um indivíduo pense ou faça para se adaptar ao estresse, independentemente de como isso funcione. • A escolha da estratégia mais adequada exige uma contínua reavaliação da relação entre a pessoa e o ambiente. Religião e/ou espiritualidade interferem no bem estar? • A religião torna-se cada vez mais importante para muitas pessoas à medida que elas envelhecem. • apoio social, • encorajamento a levar estilos de vida saudáveis, • percepção de uma medida de controle sobre a vida por meio da oração, • criação de estados emocionais positivos, • redução do estresse, • fé em Deus como forma de interpretação dos infortúnios • associação positiva entre religiosidade ou espiritualidade e níveis de saúde, bem-estar, satisfação conjugal e função psicológica, • associação negativa com suicídio, delinquência, criminalidade e uso de drogas e álcool (1) anulação da doença ou de incapacidade relacionada à doença, (2) manutenção elevada das funções psicológica e cognitiva, (3) engajamento constante e ativo em atividades sociais e produtivas (atividades, pagas ou não, criadoras de valor social). MODELOS DE ENVELHECIMENTO “BEM-SUCEDIDO” OU “IDEAL” • Os idosos bem-sucedidos tendem a ter apoio social, emocional e material • Enquanto permanecem ativos e produtivos não se consideram velhos • Três componentes principais do envelhecimento bem-sucedido: Teorias e pesquisas sobre o “envelhecer bem”: Teoria do desengajamento Teoria da atividade Teoria da continuidade Teorias e pesquisas sobre o “envelhecer bem”: 1. Teoria do desengajamento teoria do desengajamento = redução gradual no envolvimento social e maior preocupação consigo mesmo. • decadência do funcionamento físico e a consciência da proximidade da morte resultam numa gradual e inevitável suspensão dos papéis sociais • sociedade deixa de providenciar papéis úteis para os idosos • pela introspecção e apaziguamento das emoções Teorias e pesquisas sobre o “envelhecer bem”: 2. Teoria da atividade • Quanto mais ativos permanecem os idosos, melhor envelhecem. • papéis e a conexões sociais, • pessoas que envelhecem bem mantêm o máximo possível de atividades e encontram substitutos para os papéis perdidos Teorias e pesquisas sobre o “envelhecer bem”: 3. Teoria da continuidade (Robert Atchley - 1989) • necessidade das pessoas manterem uma conexão entre o passado e o presente. • continuação de um estilo de vida • manter um autoconceito semelhante ao longo do tempo. • Ex.: aposentados são mais felizes mantendo-se em atividades de trabalho ou de lazer semelhantes às que tinham no passado QUESTÕES PRÁTICAS DO ENVELHECIMENTO QUESTÕES PRÁTICAS DO ENVELHECIMENTO: 1. Trabalho e Aposentadoria: • A aposentadoria começou a se firmar em muitos países industrializados no final do século XIX e início do século XX • Aumento na expectativa de vida • A mudança na situação econômica significou que agora muitos trabalhadores mais velhos são forçados a trabalhar não porque querem, mas por causa de sua situação financeira e dos custos cada vez mais altos da assistência médica • Trabalhos voluntários • Contrariamente aos estereótipos relativos à velhice, os trabalhadores de mais idade são muitas vezes mais produtivos que os mais jovens. • Embora possam trabalhar mais lentamente que estes, são mais cuidadosos • Muitas queixas de discriminação etária QUESTÕES PRÁTICAS DO ENVELHECIMENTO: 2. Esquemas de vida: Morar nas próprias residências é a opção mais desejada, mas muitas vezes não é possível. QUESTÕES PRÁTICAS DO ENVELHECIMENTO: 3. Relacionamentos: • O apoio emocional ajuda as pessoas mais velhas a manter satisfação na vida, em face do estresse e de traumas • Os laços positivos tendem a melhorar a saúde e o bem-estar. • Os relacionamentos conflituosos podem desempenhar um papel bastante negativo. • relações difíceis ou desagradáveis, contaminadas por crítica, rejeição, competição, violação de privacidade ou faltade reciprocidade • Pessoas socialmente isoladas tendem a ser solitárias • declínio físico e cognitivo • sentimentos de inutilidade QUESTÕES PRÁTICAS DO ENVELHECIMENTO: 3. Relacionamentos: • O apoio emocional ajuda as pessoas mais velhas a manter satisfação na vida, em face do estresse e de traumas • Os laços positivos tendem a melhorar a saúde e o bem-estar. • Os relacionamentos conflituosos podem desempenhar um papel bastante negativo. • relações difíceis ou desagradáveis, contaminadas por crítica, rejeição, competição, violação de privacidade ou falta de reciprocidade • Pessoas socialmente isoladas tendem a ser solitárias • declínio físico e cognitivo • sentimentos de inutilidade A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS NO ENVELHECIMENTO A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS NO ENVELHECIMENTO: 1. Família multigeracional 2. Relacionamentos conjugais Casamento de longa duração Viuvez Divórcio Novo casamento 3. Estilos sociais Solteiro Coabitação Homoafetividade Amizades 4. Laços familiares Filhos adultos Irmãos Bisavós A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS NO ENVELHECIMENTO: CASAMENTO DE LONGA DURAÇÃO: • Como geralmente as mulheres casam com homens mais velhos e vivem mais do que eles • Casais em idade avançada “solucionaram” suas diferenças e “chegaram” a acordos satisfatórios • Os filhos tendem a se tornar uma fonte de prazer compartilhado e de orgulho • Casamento com muitas desavenças → Pessoas mais ansiosas e deprimidas • Casamento com poucas desavenças → Pessoas com autoestima mais elevada • As pessoas casadas são mais saudáveis e vivem mais do que as não casadas • Idosos →mais benefícios para a saúde A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS: CASAMENTO DE LONGA DURAÇÃO: • Geralmente as mulheres casam com homens mais velhos e vivem mais do que eles • Casais em idade avançada “solucionaram” suas diferenças e “chegaram” a acordos satisfatórios • Casamento com muitas desavenças → Pessoas mais ansiosas e deprimidas • Casamento com poucas desavenças → Pessoas com autoestima mais elevada • As pessoas casadas são mais saudáveis e vivem mais do que as não casadas • Idosos →mais benefícios para a saúde VIUVEZ: Mulheres tendem a viver mais →menos propensas a casar novamente. DIVÓRCIO: O divórcio na velhice é raro A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS NO ENVELHECIMENTO: COABITAÇÃO: • Os idosos estão cada vez mais propensos a coabitar, • Coabitantes idosos, especialmente mulheres, tendem a ter renda mais baixa e menor probabilidade de possuir casa própria. AMIZADES: • A maioria das pessoas idosas tem amigos íntimos e relações mais saudáveis e mais felizes • Importância de amigos sobre suas preocupações e seus sofrimentos, tendem a lidar melhor com as mudanças e as crises do envelhecimento A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS SOCIAIS NO ENVELHECIMENTO: HOMOAFETIVIDADE: • Existem poucas pesquisas sobre relacionamentos homoafetivos na velhice, • Autoconceito: estigma negativos • As relações tendem a ser fortes, solidárias e diversas. • Redes de amigos ou grupos de apoio podem substituir a família tradicional • Os principais problemas têm origem nas atitudes da sociedade: • relacionamentos tensos com a família de origem, • discriminação em casas de repouso e em outros lugares, • falta de serviços médicos ou sociais e de apoio social, • morte do parceiro e consequências negativas QUESTÕES PARA CAPÍTULO 19: • Como as atitudes e os costumes referentes à morte diferem entre as culturas, e quais são as implicações da “revolução da mortalidade” em países desenvolvidos? • Como as pessoas lidam com o morrer e como elas lamentam suas perdas? • Como estão mudando as atitudes em relação ao apressamento da morte, e quais são as preocupações que essas práticas fazem surgir? • Como as pessoas podem superar o medo de morrer e aceitar a morte? LIDANDO COM A MORTE E O SENTIMENTO DE PERDA Capítulo 19 QUESTÕES PARA CAPÍTULO 19: • Como as atitudes e os costumes referentes à morte diferem entre as culturas, e quais são as implicações da “revolução da mortalidade” em países desenvolvidos? • Como as pessoas lidam com o morrer e como elas lamentam suas perdas? • Como estão mudando as atitudes em relação ao apressamento da morte, e quais são as preocupações que essas práticas fazem surgir? • Como as pessoas podem superar o medo de morrer e aceitar a morte? PONTOS PRINCIPAIS: • “A morta faz parte da vida” • Enfrentando a morte e as perdas (significativas) • Questões médicas, legais e éticas: o “direito à morte” • Encontrando significado e propósito para a vida e para a morte • psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross • Quais são as mudanças pelas quais as pessoas passam pouco antes da morte? • Como elas lidam com a dor? • Como as atitudes em relação à morte mudam ao longo do ciclo de vida? Os diversos significados da morte e do morrer: • A morte tem aspectos interligados de: • Biológicos, • Desenvolvimento, • sociais, • culturais, • históricos, • religiosos, • legais, • psicológicos, • clínicos, • Éticos Morte e luto: contextos culturais e históricos: • Costumes referentes à remoção e recordação dos mortos, • Expressão da dor • Prescrições religiosas ou legais • Cuidados aos doentes terminais e aos mortos • Ambiente onde a morte costuma ocorrer, • Costumes e rituais relativos ao luto A Revolução da mortalidade: • Final do século XIX: • revolução da mortalidade • avanços na medicina e no saneamento básico, • novos tratamentos para doenças, • população mais informada e mais consciente sobre a saúde • Até o século XX: • morte foi um evento frequente e esperado, às vezes bem-vindo como o fim do sofrimento. • Atualidade: • mulheres morrem menos no parto, • bebês tendem a sobreviver ao seu primeiro ano, • crianças têm maior probabilidade de chegar à idade adulta, • jovens adultos têm maior probabilidade de alcançar a velhice, • idosos conseguem superar doenças (antes fatais) • A morte passou a ser vista como uma falha do tratamento médico e não como o fim natural da vida • Tanatologia ASSISTÊNCIA AO DOENTE TERMINAL: • “tornar mais humano o morrer” • Cuidados para doentes terminais e suas famílias: • Cuidados paliativos (cuidados de consolo): • alívio da dor e do sofrimento • controle dos sintomas • permitir que o paciente morra em paz e com dignidade • geralmente ocorre em casa (mas também em hospital ou em outra instituição) Enfrentando a morte e as perdas 1. Mudanças físicas e cognitivas que precedem a morte: • Declínio terminal: • Declínio em várias capacidades cognitivas, amplamente observado pouco antes da morte, mesmo quando fatores demográficos e relativos à saúde são controlados • Declínios na habilidade verbal, raciocínio espacial e cognição • Experiências de quase-morte (EQM): • Sensação de estar fora do corpo ou de ser sugado por um túnel, e visões de luzes brilhantes ou encontros místicos. • Relatos altamente subjetivos, • Céticos: resultantes de alterações fisiológicas que acompanham o processo de estar morrendo. negação raiva barganhar por um tempo extra depressão aceitação. 2. Confrontando a própria morte: Psiquiatra Elisabeth Kübler-Ross: • Maioria dos com doentes terminais: • apreciava a oportunidade de falar abertamente sobre sua condição • tinha consciência de que a morte estava próxima, mesmo quando ninguém lhes havia contado. • Cinco estágios na relação com a morte: 3. Padrões de luto: • A perda + processo de adaptação a ausência • podem afetar todos os aspectos da vida de quem permanece vivo. • experiência altamente pessoal • mudança de status e de papel • consequências sociais e econômicas • Primeiro ocorre o pesar do luto • resposta emocional vivenciada nos primeiros estágios da perda. • Padrões de luto: a) O modelo clássico de elaboração do luto b) Luto: múltiplas variações Choque e descrença Preocupação com a memória da pessoa falecidaResolução 3. Padrões de luto: a) O modelo clássico de elaboração do luto: • Estágios em que a pessoa enlutada aceita a dolorosa realidade da perda, • Aos poucos se liberta do vínculo com o falecido • E se readapta à vida desenvolvendo novos interesses e novos relacionamentos. 1. Choque e descrença. • Imediatamente após a morte, aqueles que estavam mais ligados ao falecido sentem-se perdidos e confusos. • À medida que se aprofunda o sentimento de perda, o entorpecimento inicial dá lugar a sentimentos de tristeza e choro frequente. • O primeiro estágio poderá durar várias semanas, principalmente após uma morte súbita ou inesperada. 2. Preocupação com a memória da pessoa falecida. • Poderá durar de seis meses a dois anos, • tenta-se resolver o problema da morte, mas ainda não se pode aceitá-la. • Pode ocorrer um sentimento de que o falecido está presente. • Essas experiências diminuem com o tempo, embora possam voltar – talvez durante anos – em ocasiões 3. Resolução. • O estágio final ocorre quando a pessoa que sofreu a perda renova o interesse pelas atividades cotidianas. • A lembrança do falecido traz sentimentos de afeto misturados com tristeza, em vez de uma dor aguda e ansiedade. 3. Padrões de luto: b) Luto: múltiplas variações • Embora o “padrão de luto” seja comum, nem sempre o luto segue uma linha reta do choque à resolução. • Três principais padrões de luto: • Normalmente esperado: a pessoa enlutada passa do sofrimento intenso ao sofrimento leve. • Luto ausente: a pessoa enlutada não experimenta sofrimento intenso nem de imediato nem mais tarde. • Luto crônico: a pessoa enlutada sofre por um longo tempo • Resiliência: um nível de sofrimento baixo e gradualmente decrescente. • Maioria relata ansiedade e angústia durante os primeiros seis meses. ATITUDES EM RELAÇÃO À MORTE E AO MORRER DURANTE O CURSO DA VIDA 1. Infância e adolescência: • Entre 5 e 7 anos: • Entendem que a morte é irreversível • Dois importantes conceitos sobre a morte: • é universal e inevitável • uma pessoa morta é não funcional (todas as funções vitais cessam com a morte). • Menos de 5 anos: • Certos grupos de pessoas (professores, pais e crianças) não morrem • Quem for suficientemente esperto poderá evitar a morte • Ela própria será capaz de viver para sempre • Pessoa morta ainda pode pensar e sentir. 1. Infância e adolescência: • Crianças: • Compreender melhor a morte se, desde pequenas, forem apresentadas ao conceito e incentivadas a falar sobre isso. • Ex.: A morte de um animal de estimação, • A existência de doenças terminais, • Responder às perguntas de maneira simples e com sinceridade • Compreender a dor do luto: por meio da raiva, do comportamento explícito ou da recusa em aceitar a morte • Adolescentes: • A morte não é algo que normalmente ocupe muito o seu pensamento, • Muitos deles assumem riscos desnecessários. 2. Adultos: • Adultos jovens estão ansiosos para viver a vida para a qual se prepararam. • Se forem subitamente acometidos de uma doença ou ferimento potencialmente fatal, é provável que fiquem extremamente frustrados e bravos. • Adultos intermediários entende com mais clareza do que antes que, de fato, eles vão morrer. • O corpo lhes envia sinais de que não são mais jovens, ágeis e vigorosos como outrora. • Pensam em quantos anos ainda lhes restam e como aproveitá-los ao máximo • Vivenciam a morte de pessoas próximas • Idosos ”preparam-se” para a morte • De maneira emocionalmente e prática: testamento, planejando o próprio funeral e discutindo seus desejos com a família e os amigos. • Sentimentos confusos sobre a perspectiva de morrer. • Perdas físicas e outros problemas e perdas da velhice poderão diminuir o prazer e a vontade de viver PERDAS SIGNIFICATIVAS: (p. 644) 1. A perda do cônjuge 2. A perda de um dos pais na idade adulta 3. A perda de um filho 4. O luto de um aborto espontâneo Questões médicas, legais e éticas Questões médicas, legais e éticas: o “direito à morte” (p. 648) • As pessoas têm o direito de morrer? • Em caso positivo, sob quais circunstâncias? • Deve-se permitir ou ajudar um doente terminal que queira cometer suicídio? • Deve o médico prescrever um remédio que alivie a dor, mas que pode abreviar a vida do paciente? • E o que dizer de aplicar uma injeção letal para pôr fim ao sofrimento do paciente? • Quem decide que não vale a pena prolongar uma vida? • Essas são algumas das espinhosas questões morais, éticas e legais a que estão sujeitos indivíduos, famílias, médicos e sociedade – questões que envolvem a qualidade, a natureza e as circunstâncias da morte. Questões médicas, legais e éticas: o “direito à morte” (p. 648) • Exemplos: 1. Suicídio 2. Apressando a morte FIM
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