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SONDAS E DRENOS Sondas: é um tubo que se introduz em canal do organismo para exploração, ou para levar certas substâncias. Sonda vesical – cateterização vesical Indicações o Avaliação diagnóstica: exames de urina, infecções, testes outros. o Alívio de retenção urinária. Contraindicações o Lesão de uretra. o Impossibilidade de identificar o meato uretral. o Neutropenia. SONDAS - CALIBRE Lactentes - 5 ou 6 F 1 a 3 anos - 6 a 8 F Maiores - 8 F Adolescentes - 8 a 10 F Adultos - 12 F ou mais Sondas vesicais o Sonda vesical de alívio o Sonda vesical de demora INTERPRETAÇÃO o Teste com fita. o Exames de laboratório. o Cultura (bactérias). o Pesquisa de vírus e fungos. o Reação de cadeia de polimerase (Chlamydia trachomatis – Neisseria gonorrhoeae). o Dosagem de gonadotrofina humana (hCG) – gravidez. Técnica RISCOS o Trauma uretral (dor – hematúria). o Estresse psicológico (pela contenção). o Acidentes com a sonda (nós – muito raros). o Hematúria. (microscópica - comum).; (macroscópica - rara). o Dor (pouca – usar anestésico). o Impossibilidade de obter urina. o Infecções (raras). o Perfuração intestinal (muito raras). TÉCNICA EM MULHERES o Antissepsia grandes e pequenos lábios e redor do meato. o Lubrificar a sonda. o Introduzir a sonda levemente inclinada para cima. o Desprezar o primeiro jato. - Comprimir a região supra-púbica pode ajudar. o Ao final remover resíduos de iodopovidona TÉCNICA - HOMENS o Antissepsia do prepúcio e glande com iodopodidona 10%. o Segurar o pênis em 90° em relação ao corpo. o Lubrificar a sonda com gel a base de água (lidocaína?). o Ultrapassar a resistência da próstata. o Não movimentar a sonda para frente e para trás. o Aparecendo urina pare de introduzir. COMPLICAÇÕES - ACOMPANHAMENTO o Dor. o Hematúria. o Disúria com ou sem retenção. - A disúria e a hematúria são transitórias. o Crianças até 3 anos melhoram com banho morno. o Parafimose (impossibilidade de reduzir o prepúcio em casos com fimose). o Nó na sonda (muito rara) – cistoscopia – cirurgia. Sonda gástrica (Orogástrica/Nasogástrica) Indicações o Descompressão do trato gastrintestinal superior (pancreatite, obstrução intestinal) o Lavagem gástrica o Alimentação enteral Riscos Sangramento Perfuração Contraindicações Absolutas: o Vias respiratórias instáveis o Perfuração intestinal o Trauma da coluna cervical o Trauma facial Relativas: o Coagulopatia (tempo de protrombina > 18 seg.) o Trombocitopenia (plaquetas <100.000 / mcl.) o Cirurgia recente do trato gastrintestinal (<1mes) DICAS Sonda diâmetro maior, de polietileno: - Para descompressão e sucção. Sonda diâmetro menor, silicone: - Para alimentação enteral. o Medida: nariz-boca / orelha / umbigo. o Para desobstruir usar água. TÉCNICA o Meça a sonda o Lubrifique com gel o Introduza na narina (adolescente - deglutir) o Avance até a marca da medida o Aspire com seringa de 50 ml o pH gástrico de 1 a 3 o Injetar 20 ml de ar / auscultar no epigástrio o Fixar para baixo (cuidado com a narina) COMPLICAÇÕES o Aspiração o Infecção o Sinusite (tempo prolongado) o Sangramento o Perfuração o Lacerações mucosas Sonda Retal Indicações o Descompressão (megacolon) o Limpeza (clisteres) o Preparo para exames ou cirurgia Contraindicações o Trauma pélvico com sangramento retal o Trauma ou lesão do reto o Malformações anorretais Riscos o Sangramento o Perfuração reto (ângulo reto/sigmoide) o Laceração de mucosa DICAS o Escolher sonda de calibre adequado o Posicionamento do paciente: - Criança: DDH pernas fletidas – adultos: DLD o Explicar o procedimento ao paciente (ou aos pais) o Tranquilizar, se for criança o Usar água para desobstruir Drenagem torácica – DRENOS Dreno é um tubo cirúrgico acoplado a um recipiente, utilizado para remover o pus, sangue ou outros fluidos de uma cavidade ou de uma incisão cirúrgica. características o Feitos de: látex, polietileno ou silicone. o Funções principais: profilática e terapêutica o Prevenção de acúmulo de líquido seroso (seroma) melhora cicatrização - Seroma pode ser meio de cultura para infecção - Seroma pode causar desconforto e acender um alerta Indicações - DRENOS Profiláticas 1) Remover excesso de sangue e coleção serosa 2) Remover pus, sangue, exsudato seroso, linfocele ou bile 3) Formar uma fístula controlada (ex:. Depois de exploração de ducto biliar comum) 4) Dreno NÃO previne hematoma (e sim uma boa hemostasia) * Fístula = comunicação anormal entre duas superfícies epiteliais Terapêuticas 1) Drenar pus, sangue, exsudato seroso, linfocele ou bile 2) Drenar ar da cavidade pleural 3) Drenar líquido ascítico (cavidade abdominal) o Drenagem prolongada de ar ou líquido do espaço pleural (pneumotórax, empiema, hemotórax). o Tratamento definitivo do pneumotórax hipertensivo. (Após descompressão com agulha). Contraindicações relativas o Diástase hemorrágica. o Ventilação mecânica. o Presença de aderências pleurais. RISCOS o Sangramento. o Infecção. o Dor. o Pneumotórax. o Punção de órgãos. Classificação Sistema Fechado o Conteúdo não é exposto ao ambiente atmosférico o Dreno a vácuo X Dreno sem vácuo (espontâneo ou simples) o Propicia ambiente para patógenos anaeróbicos Sistema Aberto o Comunica-se com o meio atmosférico Dreno Ativo o É direcionado/ propulsionado por pressão negativa (subatmosférica) Dreno Passivo o Apenas canaliza os fluidos Sistema fechado – drenos a vácuo Sistema de drenagem a vácuo o Porto-Vac - o Dreno de Blake o Dreno de Jackson Pratt (JP) o Terapia de feridas por pressão negativa Drenos que não usam vácuo (espontâneos) o Dreno de Robinson o Mallecot e Pezzer o Dreno de Pigtail o Dreno torácico em sistema fechado sob selo d’água o Dreno de Kehr (Dreno em T) o Dreno de Waterman Sistema Aberto o Dreno ondulado (“corrugated drain”) o Dreno de Penrose o Dreno em duplo lúmen (“sump drain”) TÉCNICA o Posição: decúbito horizontal, cabeça elevada em 30°. o Anestesia como na toracocentese. o Identificar o espaço intercostal. o Incisão com bisturi com 1 – 2 cm. o Medir o dreno e colocar um Kelly reto. o Introdução de pinça de Kelly fazendo túnel cranial e posteriormente. o Dreno preso à ponta do Kelly, introduzir no tórax até o Kelly de marcação. TÉCNICA o Todos orifícios do dreno devem penetrar no tórax. o Dar um ponto em “U” horizontal. o Cortar a agulha, evitar acidentes. o Conectar com sistema de drenagem com sucção ou selo d’água. o Fixar dreno com sutura em “bailarina”. o Curativo com gaze estéril. o Similar ao Porto-Vac mas em sistema sob selo d’água o Dreno mais rígido para não colabar o Causa desconforto o Não é bem tolerado o Clampeado para o transporte (CUIDADO!!!) o Pode ser conectado a sistema por pressão negativa (Emerson) Frasco de drenagem o 300 a 500 ml de soro fisiológico 0,9% o Nível líquido menor que 2,5 cm de altura o Medir débito do dreno cada 6 horas, ou menos, se o débito for maior que 100 ml o Sucção por aspiração ou portovac Sistema Fechado a vácuo Porto-Vac o Circuito fechado para aplicar pressão negativa o Tipo Tubular o Coletar em um reservatório o Vários tamanhos e diâmetro de tubos o Coletor é de um único tamanho geralmente o Muito usado no subcutâneo Sistema Fechado a vácuo Jackson-Pratt o Tem tubo flexível, macio de silicone o Extremidade achatada com múltiplas perfurações o Tipo túbulo-laminar o Reservatório em formato de bulbo depressível (“perinha”) o Pode-se esvaziar e reaplicar o vácuo quantas vezes quiser o Principalmente usado para cavidade abdominal (omento e vísceras ocas não são aspiradas e machucadas) Sistema Fechado a vácuo Blake o Tem tubo flexível, macio de siliconeo Cilíndrico e vazado em quatro extremidades diametralmente opostas o Tipo túbulo-laminar o Reservatório em formato de bulbo depressível (“perinha”) o Pode-se esvaziar e reaplicar o vácuo quantas vezes quiser o Muito usado em subcutâneo e cirurgia plástica Sistema Fechado sem vácuo Dreno tipo “pig tail” o É um dreno que pode ser introduzido no local que se pretende drenar, com um trocáter metálico, que é guiado por radiologia o Uma vez retirado o trocáter, o dreno forma uma curvatura que vai mantê-lo no local o Usado para drenagem de cavidade única o Ruins para coleção espessa (pus) o Devem ser aspirados uma ou mais vezes ao dia para não obstruir Sistema Fechado sem vácuo Dreno de Kher o Usado em cirurgias das vias biliares o Nas anastomoses de hepático / colédoco o Forma um fístula biliar controlada, a qual se fecha espontaneamente Sistema aberto Dreno de Penrose o É um dreno de borracha tipo látex, usado em cirurgias que implicam em possível acúmulo de líquidos infectados ou não o É usado também quando se opera um local que contém uma coleção, em geral, de pus o Dreno laminar Cuidados com o dreno de Penrose o O orifício de exteriorização deve ser amplo o Exteriorizar por outra abertura, não pela incisão o A drenagem é por capilaridade, portanto, exige curativo seco o O dreno não pode no seu trajeto ser dobrado Sistema aberto Dreno de waterman o Dreno tipo - Túbulo-laminar o Usado em cavidade abdominal para vigiar possíveis fístulas o Pode ser confeccionado manualmente pelo cirurgião Sistema aberto Dreno ondulado – corrugated drain o Vem como uma placa ondulada de borracha o Hoje em dia tem sido substituído pelo silicone o Pode ser recortado conforme necessário o Não obstrui facilmente o Pode ser usado para abscessos no pé diabético o Pode-se colocar uma bolsa de colostomia como coletor e para medição o Um alfinete é usado para fixar o dreno e não permitir que o mesmo se desloque Fixação dos drenos o Fixados à pele por meio de pontos, em geral fios monofilamentares inabsorvíveis e inertes (Ex:. Nylon) o Exceção ao Penrose que não necessariamente precisa ser fixado o Um alfinete de segurança nos drenos ondulados Complicações o Hemorragia o Inflamação tecidual o Migração bacteriana retrógrada o Pode-se partir quando da remoção, deixando fragmento na ferida o Drenos de silicone intra-abdominais podem causar perfuração por pressão exagerada causando necrose das alças o Podem erodir as alças e causar fístulas êntero- cutâneas o Drenos de sucção podem aumentar risco de infecção pós-operatória o O uso de drenos pode prolongar a internação hospitalar Contra-indicações Não podem ser inseridos em hematoma com uma anastomose arterial subjacente, pois pode depletar o paciente Observações: drenos o Drenos são inconvenientes para o doente o Pode postergar a alta do doente o O sítio de passagem do dreno pode ser muito doloroso o Pode dificultar o sono do paciente o Pode ser inadvertidamente arrancado o Pode causar cicatriz inestética no futuro o Em geral, o orifício causado pelo dreno tem cicatrização por 2a intenção Intubação endotraqueal Indicações: Situações em que há dificuldade nas vias aéreas: - trauma de face - comas de várias origens - necessidade para anestesia geral - necessidade de instalar respiradores o Escolha do calibre da sonda o Sedar o paciente (exceção trauma com parada respiratória ou perda da consciência) o Paciente em decúbito dorsal horizontal o Erguer o queixo fletindo a cabeça para trás o Com suspeita de trauma de coluna erguer a mandíbula com as duas mãos. (colar cervical) o Visualizar as cordas vocais Gastrostomia o Alimentação enteral o Medicamentos em pessoas que não deglutem o Se a sonda sair coloque alguma provisória para evitar que o estoma se feche o Lavar com água com frequência
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