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1 Victória Veiga – Medicina UNIFACS Suporte avançado de vida Num paciente grave, no atendimento inicial, não é necessário reconhecer o diagnóstico etiológico. Inicialmente, busca-se critérios de instabilidade clínica do paciente e fazendo uma avaliação rápida e direcionada. Estabelecendo condutas gerais para depois fazer as condutas específicas. Lembrar que o trabalho é em equipe! ABORDAGEM SISTEMÁTICA Reconhecimento de instabilidade clínica: Má perfusão do SNC: síncope, rebaixamento do nível de consciência, crises convulsivas, sinais focais. Má perfusão do coração e pulmão: dor torácica anginosa, dispneia, estertores crepitantes (está relacionado com a ICC). Os 5 D’s – mnemônico para ajudar a lembrar dos sinais de má perfusão que devem ser procurados: ▪ Déficit Neurológico; ▪ Dor torácica; ▪ Desconforto Respiratório/Dispneia; ▪ Diminuição da Pressão Arterial; ▪ Desmaio (com sinais de má perfusão). MOVE: Monitorizações (cardíaca e sinais vitais); Oxigenoterapia – maior ou igual a 94% de saturação; Venóclise – precisa pegar um acesso venoso em todo mundo, mesmo que não tenha medicação ainda, pois é um paciente crítico que pode evoluir para uma PCR e pode precisar de drogas. Exame Físico e ECG. ABCDE (dentro do exame físico do move) → Vias Aéreas → Respiração/Ventilação → Circulação → Neurológico → Exposição OBS: Paciente clínico que não evoluiu para uma PCR → MOVE e dentro dele faz um ABCDE no exame físico. Já no paciente politraumatizado, faz o ABCDE e de forma paralela é possível fazer o MOVE. No paciente em PCR faz-se o CABD. ABORDAGEM INICIAL DA VÍTIMA QUE SE TORNA INCONSCIENTE A abordagem inicia-se com a chamada do paciente: “Senhor, Senhor, o Sr está bem?” Se paciente irresponsivo – chamar por ajuda (pede carrinho de parada no pré-hospitalar ou o DEA) e chega o pulso de 5 a 10s. Na ausência de pulso e constado uma PCR deve ser iniciada a RCP (compressão + ventilação). Com a chegada do DEA – checa se o ritmo é chocável e caso seja, chocar. OBS: Se o paciente já chegasse sem pulso e inconsciente, a abordagem é CABD e não o MOVE. Então já coloca as pás. METAS DA EQUIPE DE RESSUSCITAÇÃO OU REANIMAÇÃO Realizar um atendimento organizado e padronizado; Manter uma circulação, ventilação e oxigenação adequadas; Retorno com função neurológica preservada. AVALIAÇÃO DO SBV 1. Verificar se o paciente responde; 2. Acionar o SAMU, buscar um DEA ou “carrinho de parada”; 3. Checar Pulso e Respiração; 4. Compressões x ventilações (30:2); 5. Desfibrilação precoce. AVALIAÇÃO DO SAV Determinar o “Ritmo de Parada”: - Monitorizar em DII - As pás do desfibrilador são colocadas sobre o tórax do paciente. O ritmo é determinado/interpretado pelo médico, que irá avaliar a necessidade de choque. PAciente PArado ganha PÁS no Peito! RITMOS DE PARADA FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) 2 Victória Veiga – Medicina UNIFACS TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM PULSO (TV) ASSISTOLIA Confirmar assistolia – Protocolo da Linha Isoelétrica: Cabos: checar os cabos; Ganho: dar zoom para saber se é realmente assistolia Derivação: inverter as pás ou mudar a derivação no monitor ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP) *Qualquer traçado que não seja nenhum dos outros 3. RITMO CHOCÁVEL? DESFIBRILAÇÃO – PROCEDIMENTO Distribuir o gel condutor pelas pás; Posicionar e pressionar adequadamente as pás no tórax; Desconectar a fonte de oxigênio (com ou sem TOT); Solicitar o afastamento dos profissionais de saúde; Carregar o desfibrilador e administrar o choque com segurança: - 200 Joules – bifásicos - 360 Joules – monofásicos Nos primeiros 2 minutos... Após identificar a PCR: ✓ Determinar o Ritmo de PCR; ✓ Desfibrilar (Ritmo “chocável”); ✓ Reiniciar a RCP (30:2); ✓ Organizar o Atendimento. Durante a SAV... Vivo ou Morto – é um momento muito tênue. No atendimento deve ser considerado: Monitorização → Cardíaca (a cada 2 min) e capnografia – Oxigenoterapia avançada → IOT ou Extraglóticos → Veia → Medicação. MEDICAÇÕES NA PCR ADRENALINA É a 1ª droga em qualquer tipo de PCR; Feita a cada 3 a 5 minutos; Sem dose máxima; A dose de 1 mg é administrada IV em bolus; Segue-se um flush de 20ml de uma solução; Em seguida é feita a elevação do membro; Após o 2º “choque” (em ritmos chocáveis). AMIODARONA Feita em ritmos chocáveis; Administrada após a adrenalina; Feita a cada 3 a 5 minutos; Apenas duas doses; A primeira dose é de 300 mg, IV em bolus; A segunda dose é de 150 mg, IV em bolus; Segue-se um flush de 20mil de uma solução; Em seguida é feita a elevação do membro. NA FV/TV SEM PULSO: Administrar Amiodarona (300mg) IV Aguardar 3 a 5 minutos até a 2ª dose Administrar Amiodarona (150mg) IV NA AESP/ASSITOLIA: Considerar medicamentos direcionados às causas que levaram à PCR – checar os 5H’s e 5T’s! 3 Victória Veiga – Medicina UNIFACS Lembrar de Colher Informações Adicionais: Familiares Relatórios Prontuário Profissionais de Enfermagem Examinar o paciente! *Deformidades em membros – fístula → Paciente em diálise (renal crônico) → Alterações que levam a PCR: distúrbios de potássio (hiper ou hipocalemia). *Assimetria de panturrilha – TVP. VIA AÉREA AVANÇADA A via aérea está patente? Os dispositivos básicos garantem boas ventilações? É necessária uma via aérea avançada? A RCP não deve parar; Confirmar o procedimento; Fixar cânula. Com a via aérea avançada, a relação Compressão x Ventilação é 1 ventilação a cada 6 segundos e as compressões são ininterruptas mantendo uma FC de 100 a 120, parando a cada 2min para checar o ritmo. CIRCULAÇÃO As compressões são eficazes? Foi estabelecido acesso venoso? A capnografia é monitorada? Valores: CO2 < 10 – prognóstico horrível ou compressões não estão adequadas. CO2 10-20 – compressões boas, mas paciente ainda em PCR. CO2 > 35 – paciente retornou à circulação espontânea. Lembrar de colocar a prancha rígida. MANEJO DA PCR Retorno da circulação espontânea (RCE): Capnografia > 35 mmHg Tossir Respirar Mover Ritmo organizado → Checar pulso: Quem tem Pulso... Tem Pressão... Quem tem Pressão... Tem Perfusão... Tem Cabeção, Coração e Pulmão! CUIDADOS APÓS A PCR Exame Físico Direcionado Estabilização Clínica e Hemodinâmica 4 Victória Veiga – Medicina UNIFACS Tratamentos direcionados às possíveis causas; Otimização da oxigenação/ventilação e estabilização hemodinâmica: Saturação de O2 ≥ 94%; PaCO2 de 40 a 45 mmHg; PAM ≥ 65 mmHg ou PAS > 90 mmHg. Angiografia Coronária Imediata: Supradesnivelamento de ST (SST); Sem SST instáveis, com suspeita de etiologia cardíaca. Controle Direcional de Temperatura: Adultos comatosos após RCE; Entre 32°C e 36°C, por pelo menos 24 horas → A indicação da hipotermia é para que haja o mínimo de consumo de O2 e menos lesão celular.
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