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Slide unidade 1 e 2, resumo de direito do trabalho e da previdencia

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WEBCONFERÊNCIA I
Prof. M.e Manoel Nascimento de Souza
BOAS-VINDAS!
Sejam todas muito bem-vindas e todos muito bem-vindos 
à Disciplina de Direito do Trabalho e da Previdência!
Unidade I e II (parte I) 
▪ Fundamentos e Competência Legislativa;
▪ Princípios do Direito do Trabalho;
▪ Empregador;
▪ Poderes do Empregador;
▪ Empregado;
▪ Contrato de Trabalho;
▪ Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS;
▪ Jornada de Trabalho.
Temas
▪ Direito
▪ Ramos de Direito Público e Direito Privado: 
Direito Público: normas e princípios que regem a atividade do Estado (os interesses estatais e 
sociais), a relação deste com os particulares, enquanto guardião do interesse coletivo, do 
interesse da sociedade. Exemplo: Direito Constitucional.
Direito Privado: normas e princípios que regem as relações entre particulares, os interesses
privados. Exemplo: Direito Civil e Direito do Trabalho.
▪ Direito do Trabalho: “conjunto de princípios e regras que regulam a prestação do trabalho
subordinado, e excepcionalmente do trabalho autônomo, no âmbito das relações laborais
individuais ou coletivas, bem como as consequências jurídicas delas emergentes.” (MARTINEZ,
2019, pág. 26)
▪ Competência Legislativa: legislar sobre Direito e Processo do Trabalho é competência
exclusiva da União (art. 22, inciso I, da Constituição Federal/88).
Fundamentos e Competência Legislativa
▪ Eficácia: as normas trabalhistas entram em vigor na data da sua publicação, se a norma não 
dispor de sua eficácia, entrará em vigor após 45 dias de sua publicação.
▪ Integração: suprir lacuna (art. 8º da Consolidação das Leis do Trabalho)
Doutrina; Jurisprudência; Analogia; Costumes e Princípios.
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou
contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e
outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de
acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum
interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho. (Redação dada pela Lei nº
13.467, de 2017) – Reforma Trabalhista
Fundamentos e Competência Legislativa
▪ Princípios
▪ Princípio da Proteção do Trabalhador: visa equilibrar a relação de trabalho, visando
compensar a desigualdade econômica.
In dubio pro operário: havendo dúvida o juiz deve adotar a solução mais favorável ao
empregado.
Norma mais favorável: em incidindo mais de uma norma ao caso, se aplique a que seja melhor
para o empregado, independente de hierarquia; na elaboração da norma trabalhista esta
deve sempre ampliar a proteção ao trabalhador, visando a melhoria de suas condições de
trabalho; e na aplicação/interpretação da norma trabalhista deve-se ser adotado o
entendimento mais benéfico/favorável ao trabalhador.
Condição mais benéfica: em havendo sobreposição de norma mais recente, esta não deve 
diminuir as condições mais benéficas ao trabalhador.
Princípios do Direito do Trabalho
▪ Princípio da Irrenunciabilidade: arts. 9º, 444 e 461 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
o trabalhador não pode renunciar seus direitos, considerados condições mínimas asseguradas
por lei, exceto se prevista em lei, se decorrer de sentença normativa ou de cláusula
indisponível de pacto coletivo e só será possível quando realizada em juízo e sendo
comprovado que o empregado não foi coagido.
▪ Princípio da Continuidade da Relação de Emprego: o contrato de trabalho é por tempo
indeterminado, exceto se houver previsão legal de contrato por prazo determinado, busca
evitar a sucessão de contratos.
▪ Princípio da Primazia da Realidade: leva em consideração o fato real em detrimento do que
se consta em documentos formais.
▪ Princípio da Flexibilização do Direito do Trabalho: adaptação da relação de trabalho a uma
determinada situação econômica, sem alterar sua estrutura e fundamentos.
Princípios do Direito do Trabalho
▪ Conceito: art. 2º da CLT:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos
da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. (grifo nosso)
Empresa: atividade organizada para produção ou circulação de bens ou serviços destinados
ao mercado com o objetivo de lucro.
▪ Equiparados a empregador: verifica-se com a presença de empregado.
Art. 2º,§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,
os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Empregador
▪ Poderes do Empregador
▪ Poder de Direção: faculdade atribuída ao empregador para determinar o modo como a atividade atribuída ao empregado deve ser
realizada.
Poder de Organização: ordenar as atividades a serem exercidas pelo empregado, destinadas a obtenção dos objetivos econômicos e sociais
da empresa.
Poder de Controle: fiscalização que o empregador faz em relação as atividades profissionais de seus empregados, como por exemplo, através
de cartão de ponto.
Poder Disciplinar: exercido por meio da aplicação das medidas de advertência, suspensão ou dispensa por justa causa.
Advertência: é verbal, se houver reiteração será por escrito, em se repetindo aplica-se a suspensão.
Suspensão: a suspensão se dá até 30 dias, se perdurar por mais tempo, configura rescisão injusta do contrato de trabalho (art. 474 da CLT), a
consequência da suspensão é a perda dos salários dos dias de suspensão.
Dispensa por Justa Causa: em cometendo falta grave o empregado pode ser demitido diretamente, não sendo necessário a aplicação
gradativa das punições de advertência e suspensão.
Empregador
▪ Poderes do Empregador
Poder Disciplinar:
Havendo excesso no exercício, será passível de revisão na Justiça do Trabalho.
Não se aplica a pena de multa ao empregado de acordo com a Lei nº
6.354/76, art. 15, com exceção apenas ao atleta profissional.
Empregador
▪ Responsabilidade Solidária do Grupo de Empresas
Art. 2º,§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção,
controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico,
serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da
relação de emprego. (CLT)
Empregador
▪ Sucessão de Empresas: os arts. 10 e 448 da CLT informam que a mudança na
propriedade ou estrutura jurídica da empresa não afeta os contratos de
trabalho dos seus empregados. A empresa sucessora é responsável pelos
créditos trabalhistas dos empregados da empresa sucedida.
▪Despersonalização/Desconsideração da Personalidade Jurídica
Regra: o patrimônio da empresa responde pelos créditos trabalhistas da
empresa.
Quando esse patrimônio não for suficiente (execução trabalhista frustrada) é
possível alcançar o patrimônio pessoal dos sócios (responsabilidade
subsidiária).
Empregador
▪Definição: art. 3º da CLT:
Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.
Empregado
Requisitos:
Pessoa Física: sempre pessoa física, não podendo ser pessoa jurídica devido a
natureza personalíssima das obrigações e devido a proteção trabalhista ser
voltada à pessoa física, ao ser humano que exerce a atividade laboral.
Habitualidade: empregado é aquele que presta continuamente seus serviços
e não de forma eventual, uma vez que o contrato de trabalho é de prestação
sucessiva (contínuo), não significando necessariamente trabalho diário o
empregado pode por exemplo definir essa prestação em duas três vezes por
semana;
Subordinação/dependência: o empregado se caracteriza por estar na
condição de sujeição em relação ao empregador, se não houver
subordinação, não se tem empregado,mas trabalhador autônomo não
regido pela CLT.
Empregado
Requisitos:
Salário: ao prestar os serviços o empregado recebe a respectiva retribuição, é
um trabalho assalariado.
Pessoalidade: empregado é o trabalhador que presta pessoalmente os
serviços ao empregador, uma vez que o contrato é constituído em função da
pessoa do empregado.
A pessoalidade não é elemento característico da definição de empregador.
Empregado
▪ Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS: obrigatório para o
exercício de qualquer emprego
Art. 13 - A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o
exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em
caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade
profissional remunerada.
Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos
do art. 41 desta Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00
(três mil reais) por empregado não registrado, acrescido de igual valor em
cada reincidência.
Empregado
▪ Diferença entre Empregado e Trabalhador:
Trabalhador é gênero do qual empregado é uma de suas espécies.
Trabalhador presta atividade profissional independente de salário ou não, não
há subordinação, habitualidade, não tendo vínculo de emprego.
Relação de Trabalho Relação de Emprego
Gênero Espécie
Trabalhador autônomo, eventual etc. Trabalho subordinado do 
empregado e não eventual em 
relação ao empregador. 
Empregado
▪ Art. 442 e 443 da CLT:
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso,
correspondente à relação de emprego.
Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.
É acordo no qual as partes ajustam direitos e obrigações recíprocas, o
empregado se compromete a prestar pessoalmente serviços subordinados,
não eventual ao empregador, por meio de pagamento de salário pelo
empregador.
Contrato de Trabalho
▪ Características:
Consensual e não solene: a lei não exige uma forma específica para sua
validade, sendo suficiente o consenso entre as partes.
Sinalagmático e bilateral: estabelece direitos e deveres para ambas as
partes, opostas e equilibradas.
Oneroso: o objeto do contrato é a prestação de serviço mediante salário.
Contrato de Trabalho
▪ Formação:
Capacidade dos Contratantes: agentes capazes, o Direito Trabalho veda
qualquer trabalho a menor de 16 anos, exceto na condição de aprendiz a
partir dos 14 anos.
Manifestação de vontade livre de vícios que possam prejudicar as partes.
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável: o serviço prestado deve
ser permitido por lei; possível (quando material e juridicamente possível),
determinado (quando houver certeza sobre a prestação a ser realizada e
determinável (ser estabelecido no curso do contrato).
Forma prescrita ou não defesa em lei.
Contrato de Trabalho
▪ Classificação:
Forma:
Tácito – quando não há palavras escritas nem verbais, mas há comportamento que indica a
relação de emprego.
Escrito/Verbal: quando existe um contrato escrito ou manifestação verbal;
Duração:
Determinado: no momento de sua celebração já há previsão de seu término, exemplo:
contratação de fim de ano;
Indeterminado: não se estipula sua duração previamente, atendendo-se a característica da
continuidade da prestação do serviço.
Contrato de Trabalho
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Conceito: art. 13 da CLT
Principal documento de identificação do trabalhador (anotações das relações de trabalho
passadas e recente do trabalhador e alterações no contrato de trabalho) e de interesse para
Previdência Social (comprova perante o INSS o tempo de serviço para fins de obtenção de
aposentadoria, recebimentos de benefícios etc.);
Art. 13 A Carteira de Trabalho e Previdência Social é obrigatória para o exercício de qualquer 
emprego, inclusive de natureza rural, ainda que em caráter temporário, e para o exercício por 
conta própria de atividade profissional remunerada. (CLT)
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Emissão
Pelas Delegacias Regionais de Trabalho (DRTs);
Mediante convênios por meio de órgãos da Administração Direta e Indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios;
Pelos sindicatos.
Art. 14. A CTPS será emitida pelo Ministério da Economia preferencialmente em meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Excepcionalmente, a CTPS poderá ser emitida em meio físico, desde que: (Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - nas unidades descentralizadas do Ministério da Economia que forem habilitadas para a emissão; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais da administração direta ou indireta; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - mediante convênio com serviços notariais e de registro, sem custos para a administração, garantidas as condições de segurança das informações. 
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Apresentação
Não há contratação de empregado sem apresentação da CTPS;
Art. 29. O empregador terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para anotar na CTPS, em relação aos
trabalhadores que admitir, a data de admissão, a remuneração e as condições especiais, se
houver, facultada a adoção de sistema manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções
a serem expedidas pelo Ministério da Economia. (Redação dada pela Lei nº 13.874, de
2019)(CLT)
Exceção: localidade sem posto de emissão de CTPS.
O empregado assume o compromisso de regularizar a situação em 30 dias, devendo a
empresa liberá-lo para comparecer a um posto de emissão.
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Vedação a anotações desabonadoras
Art. 29§4º É vedado ao empregador efetuar anotações
desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho
e Previdência Social.
§ 5º O descumprimento do disposto no § 4º deste artigo submeterá o
empregador ao pagamento de multa prevista no art. 52 deste
Capítulo. (CLT)
Norma de proteção ao trabalhador (impede que ao ser demitido o
empregador descreva aspectos negativos de sua conduta)
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Livro ou ficha de registro de empregados
Art. 41 - Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos
trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem
expedidas pelo Ministério do Trabalho. (CLT)
Registro: apresenta a qualificação civil e profissional do empregado e dados relativos à sua admissão, férias,
acidentes etc.
Art. 41 Parágrafo único - Além da qualificação civil ou profissional de cada trabalhador, deverão ser
anotados todos os dados relativos à sua admissão no emprego, duração e efetividade do trabalho, a férias,
acidentes e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador.
Serve de meio de prova do contrato de trabalho;
Documento do empregador utilizado para esclarecimentos em fiscalização trabalhista da DRT, não tendo a
natureza de CTPS, na medida que esta pertence ao empregado e o registro ao empregador;
Não há necessidade das fichas e os livros de registros serem autenticados por órgãos governamentais. (CLT)
Carteira de Trabalho e da Previdência Social - CTPS
▪ Livro ou ficha de registro de empregados
O registro do empregado deve ser realizado antes do início da prestação de serviços, sob pena 
de multa administrativa.
Art. 47. O empregador que mantiver empregado não registrado nos termos do art. 41 desta 
Consolidação ficará sujeito a multa no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) por empregado não 
registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. 
§ 1º Especificamente quanto à infração a que se refere o caput deste artigo, o valor final da 
multa aplicada será de R$800,00 (oitocentos reais) por empregado não registrado, quando se 
tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte.
§ 2º A infração de que trata o caput deste artigo constitui exceção ao critério da dupla visita. 
(CLT) 
JORNADA DE TRABALHO
▪ Conceito: de acordo com o art. 4º da CLT a jornada de trabalho consiste no tempo à disposição do
empregador no centro de trabalho. Computa-se a jornada a partir do momento em que o empregado
chega a empresa até a hora que se retira.
Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do
empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada.
É suficiente a presunção de que o empregado esteja aguardando ordens ou executando ordens.
Tempo in itinere: computa-se na jornada de trabalho o tempo de deslocamento do trabalhador de sua
residência até o local de trabalho e vice-versa.
Horas de sobreaviso:
Art. 244,§ 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa,
aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no
máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de
1/3 (um terço) do salário normal. (CLT)
JORNADA DE TRABALHO
▪ Tipos de Jornada: de acordo com o art. 4º da CLT a jornada de trabalho consiste no tempo à disposição
do empregador no centro de trabalho. Computa-se a jornada a partir do momento em que o
empregado chega a empresa até a hora que se retira.
Período do dia em que é prestada: 
Diurna: prestada entre 5h às 22 h nos centros urbanos;
Noturna: prestada entre 22h às 5h do dia seguinte nos centros urbanos (tem adicional de 20%)
com duração de 52 minutos e 30 segundos equivalendo 1 h de trabalho; prestada entre 21h de
um dia e às 5h do outro (lavoura) e prestada entre 20h de um dia e 4h do dia seguinte
(pecuária), tanto para lavoura quanto para pecuária o adicional noturno é de 25% e a hora é
de 60 minutos.
Mista: prestada entre o período diurno e noturno, exemplo: das 18h às 24 h.
Revezamento: prestada um período de dia em outro prestada de noite.
JORNADA DE TRABALHO
Profissão: 
Geral: a aplicada a todos os empregados;
Especiais: específicas de determinadas classes de empregados, exemplo: médicos, ferroviários 
etc.;
Remuneração: com acréscimo salarial e sem acréscimo salarial.
Jornada noturna (remunerada com adicional noturno) e Jornada Extraordinária (remunerada 
com adicional de horas extras).
JORNADA DE TRABALHO
▪ Limitação da Jornada de Trabalho: 
Art. 7º, XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho; (CF/88)
Art. 7º, XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva; (CF/88)
Trabalho em turno ininterruptos de revezamento – num dia em um turno (dia) em outro em outro
turno (noite), possibilita o funcionamento ininterrupto da empresa.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Prorrogação da Jornada de Trabalho: 
Acordo de prorrogação de horas
Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não
excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de
trabalho; (CLT)
Horas extras: remuneradas com adicional mínimo de 50%. Em regra cabível a todo empregado, 
exceto para empregado menor de 18 anos; cabineiro de elevador e bancário.
Bancário: Art. 225 - A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente
prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais,
observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Prorrogação da Jornada de Trabalho: 
Sistema de compensação de horas/Banco de Horas
As horas excedentes das normais prestadas num dia, poderão ser compensadas com a
respectiva diminuição em outro dia.
Art. 59 § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou
convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela
correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de
um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite
máximo de dez horas diárias. (grifo nosso)
Rescisão sem compensação, equivalem a horas extras.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Prorrogação da Jornada de Trabalho: 
Horas extras no caso de força maior
Art. 61 - Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou
convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão
de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. (CLT)
Força maior: acontecimento inevitável, imprevisível para o qual o empregador não deu causa, exemplo:
incêndios e inundações.
Em se caracterizando a força maior o empregador tem o direito de exigir o trabalho suplementar (horas
extras) independente de prévio acordo ou previsão em convenção coletiva de prorrogação de horas,
tendo o dever de comunicar posteriormente tal prorrogação à DRT no prazo de 10 dias ou justificar-se antes
em fiscalizando realizando também a comunicação à DRT.
Tal prorrogação não tem limite para o empregado maior de 18 anos, se menor de 18 anos tal prorrogação
apenas pode acorrer em até no máximo de 12 horas, incluídas nesse cômputo as horas da jornada normal.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Prorrogação da Jornada de Trabalho: 
Horas extras para conclusão de serviços inadiáveis
Serviços inadiáveis: os que por própria natureza devem ser concluídos na mesma jornada de
trabalho não podendo se prorrogado, sob pena de prejuízo ao empregador , exemplo:
atividade com produtos perecíveis que precisam ser colocados imediatamente em
refrigerador.
Não podem exceder a 12 horas, sendo remuneradas com adicional de no mínimo 50% sobre o
valor da hora normal.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Prorrogação da Jornada de Trabalho: 
Para reposição de paralizações
Paralizações decorrentes de causas acidentais ou de força maior
Art. 61§ 3º Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho
poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o
número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10
(dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa
recuperação à prévia autorização da autoridade competente. (CLT) (Grifo nosso)
JORNADA DE TRABALHO
▪ Intervalos interjornadas e intrajornadas
A legislação garante ao empregado intervalos para que ele possa se alimentar e descansar.
Intervalos interjornadas (art. 66, CLT): entre duas jornadas deve haver um intervalo mínimo de 11
horas. Além desse intervalo de 11 horas é assegurado um descanso semanal de 24 horas
consecutivas acrescido às 11 horas totalizando a um descanso de 35 horas por semana.
Intervalos intrajornadas: são os intervalos de 15 minutos quando o trabalho é prestado por mais
de 4 horas e até 6 horas, e o intervalo de 1 a 2 horas nas jornadas excedentes de 6 horas. Não
são remunerados, salvo quando previsto em lei como o caso da mecanografia (art. 72, CLT).
Quando não concedidos o empregador é obrigado a pagar tais períodos como hora extra
(com adicional de 50%) e multa administrativa aplicada pela fiscalização.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Férias Individuais e Coletivas de Trabalho
Consistem no período do contrato de trabalho em que o empregado não presta serviços restaurando suas energias, mas
recebe remuneração do empregador.
Concedido após um período de 12 meses (período aquisitivo) para assegurar sua saúde física e mental, configurado o
período aquisitivo o empregador tem o prazo de 12 meses para conceder as férias (período concessivo)nesse intervalo, se
conceder após esse período pagará as féria em dobro.
Quando concedida a um a alguns empregados denomina-se férias individuais, quando concedida a todos os empregados
denomina-se férias coletivas, para concessão destas é necessário a prévia comunicação à DRT e ao sindicato dos
trabalhadores com antecedência mínima de 15 dias. É possível o abono de férias.
São usufruídas em geral em dias corridos, úteis e não úteis, sua duração depende do número de faltas injustificadas do
empregado. Para o empregado doméstico será de 30 dias úteis após o período aquisitivo. Em regra são concedidas em
um único período, excepcionalmente podem ser fracionadas em três períodos, sendo um não inferior a 14 dias, e os demais
não poderão ser inferiores a 5 dias corridos, art. 134§ 1º da CLT.
Empregado a tempo parcial (a duração da jornada não excede a 25 horas semanais): as férias tem duração proporcional
prevista em norma (por exemplo: duração de 22h a 25h, tem 18 dias corridos de férias; duração de igual ou inferior a 5h,
tem 8 dias corridos de férias. Se tiver mais de 7 faltas o período de férias é diminuído pela metade.
JORNADA DE TRABALHO
▪ Comunicação e Pagamento de Férias
São concedidas com antecedência de 30 dias ao empregado e por escrito, o empregado
deve apresentar a carteira ao empregador para anotação da concessão, anotação também
realizada no livro ou ficha do empregado.
O empregado pode transformar 1/3 das férias em pagamento em dinheiro.
▪ Efeitos da Extinção do Contrato de Trabalho: férias vencidas (período aquisitivo completado,
mas as férias ainda não foram concedidas; férias proporcionais (o período aquisitivo não está
completo no momento da rescisão, sendo pago o valor proporcional das férias, contando-se
a fração de 14 dias como um mês, desprezando-se a igual ou superior.
Prescrição das Férias: extinto o contrato do empregado tem o prazo de 2 anos para ingressar
com ação trabalhista, durante a relação de emprego o prazo prescricional é de 5 anos.
PRETTI, GLEIBE. Direito do Trabalho e Previdência. Unidade 1e 2. Recife: Grupo Ser
Educacional, 2020.
MARTINEZ, Luciano. Curso de direito do trabalho: relações individuais, sindicais e coletivas
do trabalho. 10. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.
REFERÊNCIAS
OBRIGADO
Prof. M.e Manoel 
Nascimento de Souza
E-mail: 
manoel.souza@sereducacional.comProfessor Executor
OBRIGADO.

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