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PROVA 1 2018 - UNB QUESTÃO 1 Calcule os limites abaixo: a) ;lim t→0 5t sen(3t) b) ;lim h→9 h − 9 − 3√h c) ;lim y→−∞ 3y2 1 + 2y − y2 d) ;lim x→1 x − 1 1 − x| | Resolução a) Se você tentar substituir diretamente x = 0 na expressão, vai chegar na indeterminação 0/0. Para fugir dessa indeterminação, podemos aplicar o Teorema de L’Hôpital que diz que o limite de um quociente de funções é igual ao limite do quociente de suas derivadas. Resumindo, vamos derivar em cima e embaixo em relação a t. Agora é só substituir t por 0: b) Novamente, se você simplesmente sair substituindo h = 9, você vai chegar na indeterminação 0/0. Você pode aplicar L’Hôpital para resolver, mas eu vou sugerir uma maneira mais simples. Primeiro, vamos nos livrar dessa raiz quadrada. Como fazer isso? Racionalização. Basta multiplicar o numerador eo denominador por √h + 3. Com isso, o limite fica bem fácil de calcular: c) Se você substituir x por -∞, você vai chegar em uma indeterminação do tipo -∞/∞. Para resolver esse caso, costumamos colocar o grau mais alto do polinômio em evidência, tanto no numerador quanto no denominador. Veja no que isso resulta: Agora fica bem fácil enxergar que os limites: d) Esse limite não existe! Vamos provar isso. Nós sabemos que, para que o limite exista, a seguinte igualdade deve existir: Isto é, o limite deve ser o mesmo quando x tende a 1 pela esquerda e quando x tende a 1 pela direita. Vamos ver o que acontece para o caso em questão. Primeiro vamos calcular o limite quando x tende a 1 pela esquerda. Bem, quando x tende a 1 pela esquerda, todos valores de x são menores que 1. E sempre que x < 1, nós temos a seguinte igualdade: |x-1| = -(x-1). Então, o limite é calculado da seguinte forma: Quando x tende a 1 pela direita, todos valores de x são maiores que 1. E sempre que x > 1, nós temos a seguinte igualdade: |x-1| = (x-1). Então, o limite é calculado da seguinte forma: Por fim, descobrimos que os limites quando x tende a 1 pela esquerda e quando x tende a 1 pela direita são diferentes. Isso significa que o limite não existe. QUESTÃO 2 O governo estima que o custo, em milhares de reais, para despoluir x% de uma reserva de água doce é dado pela função a) Com base no texto, determine o domínio da função C e o valor de C(0). b) Determine a assíntota do gráfico de C, usando a definição de assíntota. Em seguida, faça um esboço do gráfico. c) É economicamente viável despoluir totalmente a reserva? Explique sua resposta. d) Calcule, usando a regra do quociente, a taxa de variação do custo com respeito ao percentual de despoluição quando a reserva está a 50% despoluída. Resolução a) O domínio da função é o conjunto de todos valores de x que não tornam C(x) descontínua. Logo de cara conseguimos enxergar que x = 100 vai resultar em uma divisão por zero, ou seja, esse valor de x não pertence ao domínio. De maneira mais formal, podemos escrever o domínio da seguinte forma: Ok, isso seria o domínio se a função não estivesse inserida em nenhum contexto. Porém, x representa a porcentagem da reserva a ser despoluída e você vai concordar comigo que não faz sentido despoluir mais de 100% da barragem, certo? Então para esse problema em específico, temos o seguinte dominio: Agora, vamos calcular C(0). Isso é muito simples, basta substituir x = 0 na função C(x): b) A definição de assíntota vertical é a seguinte: uma constante real a é uma assíntota vertical de uma função f(x) se pelo menos uma das quatro afirmativas abaixo for verdadeira. Ok, agora vamos comprovar que x = 100 é uma assíntota vertical da função do nosso problema. Para isso, temos que calcular os dois limites abaixo. No primeiro limite, aquele com x tendendo a 100 pela esquerda, o numerador tende 200 ∙ 100 e o denominador tende a um número positivo muito próximo de zero. Por exemplo, se x = 99,9999, então 100 - x = +0,0001. E esse limite tende, portanto, a +∞. O segundo limite não faz sentido para esse problema. Por quê? Pois o nosso domínio é [0 , 100). Ou seja, tudo que for maior ou igual a 100 não pertence ao nosso domínio. Então x = 100 atende aos requisitos para ser assíntota vertical. Sabendo isso e sabendo que C(0) = 0, vamos fazer um esboço do gráfico: c) Não é economicamente viável despoluir 100% da barragem. Isso pode ser compreendido se olharmos para o gráfico de C(x). O custo C(x) cresce à uma medida muito maior do que a porcentagem despoluída x. E, além disso, para despoluir 100% da barragem (ou seja quando x tende a 100), o custo tende a ser infinito. Ou seja, nada viável, não é? d) Essa parte da questão pede que calculemos C’(50). Para podermos fazer isso, temos que derivar a função C(x). Isso é feito abaixo, usando a regra do quociente: Agora basta aplicar em x = 50. A unidade da resposta acima é milhares de reais por porcento. QUESTÃO 3 As montanhas da figura são modeladas pelo gráfico da função ,f (x) cos(x) = − x para . Um atirador de elite, localizado na origem do sistema de − /2, 3π/2] x ∈ [ π coordenadas tenta neutralizar fugitivos que escalam a montanha à direita para escapar da linha de tira. Se os fugitivos passarem do ponto de tangência (d, f(d)), sairão do campo de visão do atirador. O problema é determinar a distância máxima entre o atirador e um alvo potencial. a) Usando a definição, calcule .cos(x)ddx b) Calcule . Em seguida, determine a equação da reta tangente aof (x)ddx gráfico de f por um ponto genérico (a, f(a)), com .− /2, 3π/2) a∈ ( π c) Determine o valor de d, sabendo que a reta tangente à montanha por (d, f(d)), passa pela origem e que .2 π < d < 2 3π d) Determine a equação da reta tangente por (d, f(d)) calculado no item acima. Em seguida, supondo que o atirador atingiu um fugitivo exatamente no ponto (d, f(d)), calcule a distância percorrida pela bala. Resolução a) Você provavelmente lembra que a derivada do cos(x) é - sen(x). O que esse exercício nos pede é que cheguemos nessa resposta usando a definição de derivada. Como fazer isso? Lembre que a derivada de uma função f(x) é definida da seguinte forma: Agora, vamos substituir no lugar de f(x) a função cos(x). Agora vamos usar a seguinte propriedade trigonométrica: Usando a propriedade acima, ficamos com seguinte: Agora vamos separar essa fração em duas frações, uma só com senos e outra só com cossenos: Lembrando que o limite de uma diferença é igual a diferença dos dois limites, temos: Agora, no primeiro limite, vamos colocar cos(x) como um fator comum. Vamos pensar no seguinte: tanto o cos(x) como o sen(x) podem sair para fora do limite, pois não estamos querendo avaliar o limite com relação a x, mas sim com relação a h. Fazendo isso, ficamos com o seguinte: Para seguir adiante, temos que nos recordar de dois limites famosíssimos quando falamos sobre seno e cosseno. São eles: Veja que um deles nós temos na nossa expressão (o sen(x)/x) e o outro nós não temos, mas temos algo muito parecido. Vamos fazer uma manipulação para que ele apareça: Agora sim! Os dois limites famosos apareceram e podemos substituí-los pelos seus valores: Pronto! Finalmente provamos que d/dx (cos (x)) = - sen (x). b) Precisamos calcular a derivada da função f(x) que foi dada no problema. Para isso vamos ter que usar a regra do produto. Veja: Agora, vamos determinar a reta tangente ao gráfico de f em um ponto genérico (a, f(a)). Para isso, vamos lembrar que a equação da reta tangente a uma função f(x) no ponto (a, f(a))é: A seguir, vamos calcular f(a) e f’(a): Com isso, a equação da reta tangente no ponto (a, f(a)) fica: c) Para descobrirmos o valor de d, temos que usar uma informação bem importante: a reta tangente ao ponto (d, f(d)) passa pela origem. Vamos usar a equação que descobrimos na letra (b) para descobrir quanto vale d. Para isso, vamos substituir y = 0 e x = 0 (que são as coordenadas da origem). Além disso, no lugar de a, vamos escrever d. Ou seja, descobrimos que sen (d) = 0. Isso significa que temos que encontrar um valor de d dentro do intervalo (𝜋/2, 3𝜋/2) cujo seno seja igual a zero. Então, d = 𝜋, pois sen(𝜋) = 0. d) Para saber a equação da reta tangente, basta trocarmos a por 𝜋 na equação que encontramos na letra (b). Veja: Para descobrir a distância percorrida pela bala, temos que calcular a hipotenusa do triângulo abaixo. Então, devemos aplicar Pitágoras: Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 1ª Prova 1.°/2018 14/04/2018 Nome: Mat.: / 1. Calcule os limites abaixo: a) [1,0] ;lim t→0 5t sen(3t) b) [0,5] ;lim h→9 h − 9 − 3√h c) [0,5] ;lim y→−∞ 3y 2 1 + 2y − y2 d) [1,0] ;lim x→1 x − 1 1 − x| | 2. O governo estima que o custo, em milhares de reais, para despoluir x% de uma reserva de água doce é dado pela função a) [0,5] Com base no texto, determine o domínio da função C e o valor de C(0). b) [1,0] Determine a assíntota do gráfico de C, usando a definição de assíntota. Em seguida, faça um esboço do gráfico. c) [1,0] É economicamente viável despoluir totalmente a reserva? Explique sua resposta. d) [1,0] Calcule, usando a regra do quociente, a taxa de variação do custo com respeito ao percentual de despoluição quando a reserva está a 50% despoluída. Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo 1 1ª Prova 1.°/2018 14/04/2018 Nome: Mat.: / 3. As montanhas da figura são modeladas pelo gráfico da função , paraf (x) cos(x) = − x . Um atirador de elite, localizado na origem do sistema de − /2, 3π/2] x ∈ [ π coordenadas tenta neutralizar fugitivos que escalam a montanha à direita para escapar da linha de tira. Se os fugitivos passarem do ponto de tangência (d, f(d)), sairão do campo de visão do atirador. O problema é determinar a distância máxima entre o atirador e um alvo potencial. a) [1,0] Usando a definição, calcule .cos(x)ddx b) [1,0] Calcule . Em seguida, determine a equação da reta tangente aof (x)ddx gráfico de f por um ponto genérico (a, f(a)), com .− /2, 3π/2) a ∈ ( π c) [0,5] Determine o valor de d, sabendo que a reta tangente à montanha por (d, f(d)), passa pela origem e que .2 π < d < 2 3π d) [1,0] Determine a equação da reta tangente por (d, f(d)) calculado no item acima. Em seguida, supondo que o atirador atingiu um fugitivo exatamente no ponto (d, f(d)), calcule a distância percorrida pela bala.
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