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Anhembi Morumbi

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Atualmente, a competição entre as empresas aumentou graças à globalização, fazendo com
que essa competição deixasse de ser local e se tornasse global. Dado esse aumento na
competição, as empresas precisaram adaptar-se a esse novo ambiente, e um dos pontos
primordiais passou a ser a gestão. Em especial, a gestão tributária passou a ser sinônimo de
inovação, como uma forma de manter a competitividade, reduzindo custos tributários e
aumentando as receitas da empresa.
Nesse contexto, Esnolde et al. (2009) consideram o conceito de gestão como sendo um
processo de gerenciamento, que visa ao controle das operações que se relacionam
diretamente com os tributos, em uma determinada empresa. O foco deste roteiro, contudo,
será um aspecto especí�co da gestão tributária: quando ela ocorre no âmbito internacional,
ou seja, envolve importação e exportação de insumos, máquinas ou mesmo bens �nais.
Caro(a) estudante, ao ler este roteiro você vai:
re�etir sobre o que é gestão tributária;
distinguir gestão tributária e gestão tributária internacional;
conhecer e analisar quais os tipos de impostos aplicados nas importações;
conhecer e analisar quais os tipos de impostos aplicados nas exportações;
avaliar os benefícios �scais gerais;
avaliar os benefícios �scais restritos;
avaliar contabilização tributária.
Gestão Tributária Internacional
Roteiro deRoteiro de 
EstudosEstudos
Autor: Dr. Mateus Ramalho Ribeiro da Fonseca
Revisor: Esp. Rafael Vasconcelos
Introdução
A gestão tributária passou a ser uma estratégia primordial para o planejamento de uma
empresa. Quando se trata de empresas que trabalham com comércio exterior, essa gestão
tributária tem uma atenção redobrada, devido à sua importância competitiva com outras
empresas estrangeiras. Nesse contexto, você já parou para pensar em como realizar um
planejamento tributário? Basicamente, um planejamento tributário vem a ser um estudo feito
pelo contador/planejador, de forma que a empresa assessorada tenha alternativas viáveis
que façam com que o pagamento de impostos seja menor. Claro que tudo deve ocorrer
dentro das normas da lei, aproveitando as lacunas existentes na legislação, fato esse
conhecido como elisão �scal. A globalização, a abertura de novos mercados e a criação de
mercados regionais, como é o caso do Mercosul, trouxeram mudanças muito rápidas nas
legislações, que permitem, de fato, a prática da elisão �scal, de forma a reduzir a carga
tributária sobre a empresa.
Gestão Tributária sobre o
Comércio Exterior
A primeira observação importante a ser feita acerca da gestão ou do planejamento tributário
são os conceitos relacionados ao tema. Segundo Fabretti et al. (2016), o planejamento
tributário consiste no estudo feito de maneira preventiva, analisando os efeitos jurídicos e
econômicos, de forma a evidenciar as alternativas legais menos onerosas à empresa.
Ademais, o planejamento tributário exige por parte do planejador um pouco de bom senso.
Isso ocorre porque, dada a complexidade tributária que o Brasil tem, as alternativas viáveis
podem variar conforme o tamanho da empresa e o tipo de atividade que ela exerce.
Alternativas viáveis para médias e pequenas empresas não são viáveis para grandes
empresas, devido principalmente às relações de custo que as operações de planejamento
exigem.
Assim, a relação custo/benefício precisa ser avaliada de maneira criteriosa por parte do
planejador. O que signi�ca dizer que o planejamento tributário vai apenas apontar
alternativas cujas relações de custo/benefício podem variar em função do local da empresa,
do montante envolvido e da época (FABRETTI et al., 2016). Como apontado anteriormente, ao
analisar as relações de custo/benefício por parte do planejador, deve-se buscar sempre o que
se chama de elisão �scal, isto é, a redução da carga tributária dentro das normas da lei. O
grande problema em se fazer um planejamento equivocado é o de praticar a chamada evasão
�scal, que é a redução da carga tributária desrespeitando as leis vigentes, o que é
enquadrado como crime de sonegação �scal (FABRETTI et al., 2016).
Ao começar um planejamento tributário, são necessários alguns procedimentos iniciais.
Segundo Chaves (2017), o planejamento tributário deverá ser iniciado como uma revisão
�scal, em que o planejador aplica os seguintes procedimentos:
1. fazer um levantamento histórico da empresa, identi�cando a origem de
todas as transações efetuadas, e escolher a ação menos onerosa para os fatos
futuros;
2. veri�car a ocorrência de todos os fatos geradores dos tributos pagos e
analisar se houve cobrança indevida ou recolhimento a maior;
3. veri�car se houve ação �scal sobre fatos geradores decaídos, pois os créditos
constituídos após cinco anos são indevidos;
4. analisar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto de
Renda e da contribuição sobre o lucro, calculando de que forma (real ou
presumida) a empresa pagará menos tributos;
5. levantar o montante dos tributos pagos nos últimos cinco anos, para
identi�car se existem créditos �scais não aproveitados pela empresa (CHAVES,
2017, p. 4).
Ao realizar esses cinco passos iniciais, o planejador tributário terá em suas mãos todo o
aparato necessário para entender o histórico da empresa e, a partir disso, tentar planejar ou
reaver créditos tributários para ela. Há ainda mais dois passos que o planejador pode tomar
para tornar o planejamento tributário mais completo:
6. analisar os casos de incentivos �scais existentes, tais como isenções,
redução de alíquotas etc.;
7. analisar qual a melhor forma de aproveitamento dos créditos existentes
(compensação ou restituição) (CHAVES, 2017, p. 8).
Dessa forma, o planejador terá todas as condições para demonstrar qual a melhor alternativa
tributária legal, de modo que a empresa tenha redução de sua carga tributária. Poderão
surgir alguns procedimentos extras a serem adotados pelo planejador tributário que
dependerão muito do tipo de empresa e de sua atividade produtiva.
Em se tratando de comércio exterior, algumas considerações devem ser levadas em conta. A
primeira consideração diz respeito à hipótese de incidência. Segundo Brogini (2013), toda
obrigação tributária é consequência de um fato gerador, isto é, um fato administrativo que
incidirá imposto sobre esse ato. Esse fato administrativo poderá ser dividido em três critérios:
"a) critério material; b) critério espacial; e c) critério temporal" (BROGINI, 2013, p. 20)
O critério material está relacionado quase sempre aos critérios espacial ou temporal, mas,
quando analisado de maneira individual, ele sempre será referido como um ato, como o ato
de possuir um determinado bem, por exemplo, um carro. Já o critério espacial diz respeito ao
local que possa produzir o efeito gerador de tributo, como é o caso de incidência do Imposto
Predial Territorial Urbano (IPTU). Esse imposto tem um espaço determinado, que é o imóvel
localizado em uma determinada cidade. Por último, o critério temporal diz respeito ao tempo
a partir do qual se aplica o fato gerador do tributo. O exemplo do IPTU é ilustrativo: ele incide
anualmente sobre o possuidor de um imóvel em uma determinada cidade. Passa o tempo de
um ano, o imposto incide novamente sobre o possuidor do imóvel.
Feitas essas considerações importantes, parte-se para uma análise dos tributos incidentes no
comércio exterior, que serão mostrados na próxima seção.
Os artigos indicados a seguir irão trazer um pouco mais de orientação e auxílio para a
compreensão e resolução da nossa situação-problema; leia atentamente o material proposto.
LEITURA
Planejamento tributário na prática: gestão
tributária aplicada
Autor: Francisco Coutinho Chaves
Editora: Grupo GEN
Ano: 2017
Comentário: A obra apresenta temática atual e de importância
prática inestimável, demonstrando não só um poder
argumentativo adequado ao padrão vernacular e com
fundamento nas lições dos melhores mestres mas também
ousadia, provocando questionamentos e re�exões, divergindo
e criticando comsegurança e coerência. O autor elaborou este
livro tendo como propósito fornecer informações objetivas
sobre gestão tributária para empresas que queiram aumentar
sua competitividade em um mercado cada vez mais exigente.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate.
Tributação no Comércio Exterior –
II, IPI, PIS/COFINS, ICMS
O primeiro imposto a ser abordado aqui será o Imposto de Importação (II). O II é, segundo
Brogini (2013), um imposto federal, que incide sobre produtos estrangeiros que entram em
território nacional, ou seja, trata-se de um imposto exclusivo para o ato de importar um bem
para o território nacional. É um imposto relacionado aos acordos multilaterais �rmados pelo
Brasil, como é o caso do Mercosul e dos tratados da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Ele tem certa �exibilidade e pode ter suas alíquotas alteradas por meio de portarias baixadas
pelo poder executivo, no papel da receita federal, conferindo agilidade e rapidez no ato
tributário.
A incidência do imposto ocorre no ato de importação do bem, devendo a empresa em
questão cadastrar, em um sistema especí�co, o ato de importação do produto, com um valor
a ser pago, a partir de uma base de cálculo (geralmente, um valor baseado no declarado pelo
importador, ou o que a receita federal entende ser aquele produto) e de uma alíquota
especí�ca (que varia conforme o tipo de bem importado). Um detalhe importante sobre o II é
que esse imposto não gera créditos tributários, como ocorre com outros impostos que
iremos abordar mais adiante.
O segundo imposto importante a ser abordado é o Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI). Segundo Brogini (2013), trata-se de um imposto de competência exclusivamente federal e
que tem algumas características peculiares. A primeira característica peculiar do IPI é que ele
não incide sobre bens industrializados exportados, sendo um imposto exclusivamente
aplicado quando se tem a importação de um bem dessa natureza. A segunda característica
importante a ser lembrada é que ele pode ser aplicado junto com o II, salvo os casos em que o
bem importado não é industrializado. Isso equivaleria dizer que a característica do bem
importado é que decidirá qual ou quais impostos serão aplicados na hora da importação. No
caso dos bens industrializados, como máquinas, equipamentos, tecidos etc., há a incidência
desses dois impostos.
Os impostos referentes ao Programa de Integração Social (PIS), ao Programa de Formação de
Patrimônio do Servidor Público (Pasep) e à Contribuição Social de Financiamento da
Seguridade Social (Co�ns) incidem sobre a importação. Segundo Pêgas (2018), esses três
impostos são de competência federal, incidem sobre os produtos importados e não fazem
distinção quanto à natureza do bem, sendo aplicados de maneira igual, tendo uma alíquota
�xa.
Há outros impostos que podem incidir em produtos importados, como Adicional ao Frete
para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico (Cide), que recai principalmente sobre os combustíveis, e Imposto sobre
Operações de Câmbio (IOF).
Esses impostos incidem sobre os produtos importados.
De acordo com Oliveira (2013):
Sob o aspecto econômico, a doutrina estabelece que os impostos podem ser
ordenados em apenas duas categorias: diretos e indiretos. Essa classi�cação
visa ao estudo e à avaliação do impacto que os impostos causam no
patrimônio e nas etapas de produção, circulação e consumo.
Classicamente, os impostos indiretos são representados pelos impostos sobre
o consumo, os contribuintes “de fato” e “de direito” por pessoas distintas.
Assim, o contribuinte “de direito” — normalmente constituído pelo varejista —
tem a responsabilidade legal de recolher o imposto, cujo ônus �nanceiro é
repassado por esse ao “contribuinte de fato”, que é representado pelo
adquirente-consumidor. Basicamente, são impostos que incidem sobre a
produção, venda, circulação ou consumo de bens e serviços. Por outro lado, nos
impostos diretos, como o Imposto de Renda, os contribuintes “de fato” e “de
direito” são os mesmos. Assim, os tributos diretos incidem sobre a renda e o
patrimônio das pessoas físicas ou jurídicas (OLIVEIRA, 2013, p. 65).
Por último, o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um imposto
estadual e um dos mais complexos de serem aplicados sobre o comércio exterior. Segundo
Oliveira (2015), isso decorre do fato de que cada estado tem uma alíquota própria para cada
um dos tipos de bens. A competência de cobrar ou isentar determinados bens é de cada
estado. Outro aspecto interessante do ICMS é que a cobrança dele é vedada no caso de bens
exportados. O grande problema do ICMS no caso de produtos importados é o fato de que ele
é cobrado por cada receita estadual, e isso faz com que o planejador tenha que analisar cada
uma das legislações estaduais de forma, que haja uma relação de custo/benefício para a
produção da empresa.
Benefícios Fiscais de Âmbito
Geral no Comércio Exterior –
Acordos Regionais, Regimes
Especiais e Incentivos Financeiros
Agora, nesta parte do roteiro, vamos analisar como ocorrem os benefícios �scais de âmbito
geral, quando se trata de acordos comerciais, regimes especiais e incentivos �nanceiros. A
começar pelos acordos comerciais, Brogini (2013) apresenta dois tipos: multilaterais e
bilaterais. Os acordos multilaterais envolvem mais de dois países, geralmente uma grande
quantidade de países, que se agrupa e forma blocos com acordos regionais. Já os acordos
bilaterais envolvem apenas dois países.
LEITURA
Manual de contabilidade tributária: textos e testes
com as respostas
Autor: Luís Martins de Oliveira
Editora: Atlas
Ano: 2015
Comentário: A leitura trará um pouco mais de orientação e
auxílio para a compreensão e resolução da nossa situação-
problema. Leia atentamente o texto proposto antes de fazer
sua análise.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate.
O Brasil participa do acordo comercial junto à OMC, no qual as barreiras tarifárias e não
tarifárias foram reduzidas, facilitando o comércio internacional no mundo todo. Houve
diversas rodadas de negociação, sendo que, em cada uma, foram adotadas normas
facilitadoras para o comércio exterior, que iriam desde a redução e padronização de tarifas
até regras especí�cas no caso de competição desleal por parte de algum país-membro desse
acordo. Em termos de acordos regionais, o caso mais importante para o Brasil é o Mercado
Comum do Sul (Mercosul), em que se tem a redução ou a eliminação de tarifas alfandegárias
entre os países-membros, assim como a adoção de medidas que facilitam o trânsito de
mercadorias e pessoas entre os países.
Em relação a acordos bilaterais, o Brasil tem negociado nos últimos anos diversos acordos,
sendo que o Mercosul visa acordos com países ou mesmo com outros blocos econômicos. O
caso mais recente é o Acordo Mercosul-União Europeia, em que �nalmente foram �nalizados
os termos do acordo, precisando apenas da aprovação dos países pertencentes aos dois
blocos (KUME et al., 2004).
Os regimes aduaneiros especiais são aqueles em que se têm incentivos tributários de
importação e de exportação, relativos ao comércio exterior. É o caso do trânsito aduaneiro,
em que há o trânsito de mercadorias de um país para outro e, ao passar pelo Brasil, não há a
incidência de impostos. Esse fato ocorre por causa da natureza da operação. Não poderia ser
con�gurada como uma importação, pois o produto apenas passa pelo país, tendo como sua
destinação outro país. Também não se trata de uma operação de exportação, uma vez que o
produto apenas está em trânsito e não foi, de fato, produzido ou vendido no país
intermediário (BROGINI, 2013).
Um dos regimes especiais é o Drawback, que “[...] consiste na importação de insumos
destinados a integrar produtos exportados ou a exportar” (BROGINI, 2013, p. 114). O
Drawback é composto de três modalidades: suspensão, isenção e restituição. Como os nomes
sugerem, os impostos podem,a depender de cada caso, ser suspensos, isentos ou
restituídos, quando comprovada a exportação. Esse regime é utilizado especialmente pelo
planejador tributário como uma forma de encontrar novas fontes de matérias-primas
importadas e quando o planejador deseja exportar seus produtos, praticando, assim, a elisão
�scal. Esse regime não pode ser utilizado por empresas que estão na Zona Franca de Manaus
ou em áreas de livre comércio.
Temos, ainda, o Back to Back:
Na de�nição constante no endereço eletrônico do Banco Central do Brasil, a
expressão Back to Back corresponde à realização de operação em que a
aquisição e a entrega da mercadoria ocorrem no exterior, sem trânsito pelas
fronteiras brasileiras, sob comando de uma empresa localizada no país, que
deve realizar o pagamento ao exterior pela compra efetuada e o
correspondente recebimento de valores pela venda (LUNKES; SAGAZ, 2012, p.
131).
Nesse contexto, back to back é o regime aduaneiro em que há um processo simultâneo cujo
centro é a compra e a venda de mercadorias que não circulam �sicamente pelo território da
organização que efetivamente realizou as operações de compra e de venda.
Por �m, há os incentivos �nanceiros à exportação e importação. Eles funcionam como uma
espécie de subsídio e têm a intenção de promover a exportação dos bens produzidos
internamente e que podem ser feitos por meio de �nanciamentos cambiais, �nanciamentos
dos custos operacionais etc. Tudo dependerá do que será exportado e dos créditos
existentes junto ao BNDES (BROGINI, 2013).
LEITURA
Gestão internacional
Autores: Betania Tanure e Roberto Gonzalez Duarte (org.)
Editora: Saraiva
Ano: 2006
Comentário: Nesta obra, os autores elaboraram uma análise
detalhada das estratégias e histórias de diversas empresas
brasileiras que se lançaram no mercado mundial. O livro
mostra que são empresas baseadas em países emergentes,
como o Brasil, que em pouco tempo �gurarão entre as
principais forças mundiais de seus investimentos em pesquisa
e desenvolvimento, um dos pilares da política industrial, da
tecnologia e do comércio exterior brasileiro.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate.
Benefícios Fiscais de Âmbito
Restrito no Comércio Exterior –
Casos Especiais
Os casos dos benefícios �scais de âmbito restrito têm como foco casos especiais. Esses casos
geralmente estão relacionados à redução ou à isenção de tributos no regulamento aduaneiro
e atuam sobre a importação de bens para atender às necessidades da União, por exemplo.
Outro exemplo é o ex-tarifário do imposto de importação. Segundo Oliveira (2015), é um
mecanismo que consiste na redução de custos de bens de capital, produtos de
telecomunicações e informática. São reduções temporárias nas alíquotas de importação,
como forma de fomentar a competitividade das empresas ligadas aos setores supracitados.
O Regime de Entreposto Industrial sob Controle Aduaneiro Informatizado (Recof) permite à
empresa importar, com ou sem a cobertura cambial, e que haja a suspensão do pagamento
de tributos quando a empresa produz produtos industrializados voltados à exportação
(BROGINI, 2013). É um regime similar ao Drawback, mas com a diferença de ser voltado a
casos especí�cos. Há, basicamente, nesse regime duas hipóteses: "a) Importar produtos que
serão industrializados e remetidos ao exterior; b) Comprar no mercado interno produtos que
serão industrializados e remetidos ao exterior" (BROGINI, 2013, p. 168).
Basicamente, o Recof é voltado para a exportação de produtos industrializados, a serem
produzidos nacionalmente, como máquinas, veículos, aeronaves etc.
Há outros seis tipos de Regimes Aduaneiros Especiais: Recom, referente à importação de
insumos destinados à industrialização; Repex, destinado à importação de Petróleo e seus
derivados; Repes, destinado à exportação de serviços de tecnologia da informação; Recap,
destinado à aquisição de bens de capital para empresas exportadoras; Reidi, destinado ao
desenvolvimento da infraestrutura nacional; Reporto, voltado à modernização e à ampliação
da estrutura portuária; Repetro, destinado à exportação e à importação de bens destinados à
pesquisa e de lavra de petróleo e gás (BROGINI, 2013).
Outro tipo de benefício �scal restrito são as chamadas Áreas de Livre Comércio. No Brasil,
temos uma área de livre comércio muito conhecida que é a Zona Franca de Manaus. Nessa
área, caso a empresa esteja instalada ou deseja se instalar, ela terá um regime aduaneiro
especial, no qual há a isenção ou a redução de impostos sobre os produtos importados.
Segundo Brogini (2013), há outras áreas com essas mesmas características, de forma a
promover o desenvolvimento na região norte do país, a saber:
a) Área de Livre Comércio de Tabatinga (AM), criada pela Lei n. 7.965/1989.
b) Área de Livre Comércio de Guarajá-Mirim (RO), instituída pela Lei n.
8.210/1991;
c) Área de Livre Comércio de Pacaraima e Bon�m (RR), criadas pela Lei n.
8.256/1991;
d) Área de Livre Comércio de Macapá e Santana (AP), criadas pelo art. 11 da Lei
n. 8.387/1991;
e) Área de Livre Comércio de Basileia e Cruzeiro do Sul (AC, instituídas pela Lei
n. 8.857/1994 (BROGINI, 2013, p. 200).
Assim como ocorre na Zona Franca de Manaus, nessas áreas de livre comércio, não há a
incidência de II e IPI, no tocante à importação. A mesma coisa ocorre quando se utilizam essas
áreas para exportação de produtos, não havendo incidência de impostos para os produtos
exportados.
A partir de 2007, criaram-se as Zonas de Processamento de Exportação, que são áreas
destinadas à produção e à exportação de bens de empresas interessadas nesse tipo de
operação. Para a implantação dessas áreas, fez-se necessária a apresentação de projetos
industriais especí�cos voltados à exportação, e os benefícios estendem-se à redução do
Imposto de Renda Sobre Pessoa Jurídica, à redução ou isenção de IPI etc. (BROGINI, 2013).
A leitura a seguir trará um pouco mais de orientação e auxílio para a compreensão e a
resolução da nossa situação-problema. Leia atentamente os textos propostos antes de fazer
sua análise.
Contabilização Tributária
Nesta seção do roteiro, analisaremos mais detidamente os aspectos da contabilidade
tributária. Segundo Fabretti et al. (2016, p. 34), a contabilidade tributária “tem por objetivo
aplicar na prática conceitos, princípios e normas básicas da contabilidade e da legislação
tributária, de forma simultânea e adequada”. Ela tem como preocupação demonstrar a
situação do patrimônio e o resultado do exercício, utilizando princípios, conceitos e
pressupostos contábeis.
O objetivo de estudo da contabilidade tributária é obter o resultado econômico de uma
empresa ou entidade, podendo, assim, determinar a base de cálculo �scal com que incidirão
os tributos inerentes aos exercícios da empresa, como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica
(IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Assim, o planejador, na posse das
ferramentas contábeis, poderá obter o resultado econômico da empresa, também conhecido
como resultado contábil.
LEITURA
Contabilidade tributária
Autor: Gustavo Pedro de Oliveira
Editora: Saraiva
Ano: 2013
Comentário: A obra, que discorre sobre os diversos impostos
e contribuições à luz da contabilidade, introduz o verdadeiro
desa�o para aqueles que se aventuram a explorar os princípios
e conceitos de liberdade legislativa abordados no livro. Além
disso, facilita o entendimento da determinação dos tributos
devidos e o aperfeiçoamento do planejamento tributário das
empresas.
Esse título está disponível na Minha Biblioteca Laureate.
O Método de Contabilidade Tributária, gira em torno de três itens, a saber:
a) adequado planejamento tributário (que exige conhecimento da legislação
tributária);
b) relatórios contábeis e�cazes que demonstrem a exata situação das contas
do patrimônio e do resultado (que exige conhecimento de contabilidade);
c) controle apurado das despesas indedutíveis e das receitas não tributáveis,
temporárias ou de�nitivas para apuraçãoda base de cálculo dos tributos
(FABRETTI et al., 2016, p. 37).
O conceito de planejamento tributário foi discutido na primeira seção deste roteiro. Já os
relatórios e a forma de controle serão discutidos a seguir. Os relatórios contábeis mais
importantes são do patrimônio e do resultado.
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações pertencentes a uma
entidade. No entanto, em conformidade com a nova estrutura conceitual
contábil, para que seja reconhecido como um elemento do patrimônio, deve ter
a condição de trazer benefícios econômicos para a empresa, no presente ou no
futuro (FABRETTI et al., 2016, p. 40).
Isso equivale a dizer que a situação patrimonial da empresa é o balancete contábil, que
mostra a real situação da empresa, seus bens e direitos, assim como suas obrigações,
exibindo, assim, sua situação �nanceira e econômica. Geralmente, esse “retrato” da empresa
divide-se entre ativo e passivo. O resultado do confronto dessas duas contas mostra o
Balanço Patrimonial, que será de suma importância para o bom planejamento tributário da
empresa.
Já o demonstrativo de resultado do exercício demonstra como e quanto cada elemento do
processo operacional da empresa in�uenciou o resultado �nal. Na posse dessas duas contas,
pode-se realizar um planejamento tributário robusto, fazendo com que a empresa
assessorada tenha isenções �scais, melhorando, assim, seu desempenho.
Oliveira (2013) elucida que
A Demonstração do Resultado do Exercício é apurada mediante a confrontação,
de acordo com o princípio contábil da competência, de todas as receitas com
todos os custos e despesas de determinado período. Em cada �nal de período,
essas contas serão transferidas para uma conta transitória criada
especialmente para apurar o resultado, e, no próximo exercício, essas contas
começarão do zero, ou seja, não se acumulam de um período para outro
(OLIVEIRA, 2013, p. 40).
Por �m, o controle diz respeito a como se realiza a apuração da base de cálculo para o
imposto de renda, por meio do lucro real. Este depende, basicamente, de controles e�cientes
das receitas e despesas, permitindo ao planejador formas de identi�car e controlar as
despesas que não são dedutíveis e as receitas não tributáveis, que são essenciais na
apuração do lucro real (OLIVEIRA, 2015).
Conclusão
Pudemos observar que o planejamento tributário é essencial para o sucesso de uma empresa
em um mundo cada vez mais globalizado, aberto e competitivo. Parte desse planejamento
passa, necessariamente, pela situação contábil da empresa e pelos tipos de tributos que
incorrem das transações oriundas do comércio exterior. Os diversos tipos de impostos e
regimes especiais fazem com que o comércio exterior seja um pouco mais complexo que o
habitual, mas con�gura um diferencial o conhecimento de seus mecanismos, de forma a tirar
proveito para um planejamento tributário e�ciente. Ademais, os aspectos contábeis, como a
evolução patrimonial e o resultado do exercício, são primordiais para a bom andamento do
planejamento tributário. Todos esses aspectos somados farão a diferença entre empresas
rentáveis e lucrativas e empresas falidas e que apresentam prejuízos sucessivos.
Referências
BROGINI, G. Tributação e Benefícios Fiscais no Comércio Exterior. [livro eletrônico] Curitiba:
InterSaberes, 2013.
CHAVES, F. C. Planejamento Tributário na Prática - Gestão Tributária Aplicada. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2017.
ESNOLDE, A. L. et al. Percepção dos controllers em relação à gestão tributária. In: CONGRESSO
USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 9., 2009, São Paulo. Anais [...]. São Paulo:
Departamento de Contabilidade e Atuária da FEAUSP. Disponível em: https://bit.ly/3if9Tc7.
Acesso em: 24 out. 2019.
FABRETTI, L. C. et al. Contabilidade Tributária. 16 ed. São Paulo: Atlas, 2016. [Minha
Biblioteca].
KUME, H. et al. Acordo de livre-comércio MERCOSUL - União Europeia: uma estimativa dos
impactos no comércio brasileiro. 2004. Disponível em:
https://bit.ly/3if9Tc7
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1897/1/TD_1054.pdf. Acesso em: 24 out. 2019.
LUNKES, R. J.; SAGAZ, F. R. Back to Back: um enfoque na redução dos custos logísticos e
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