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UNIDADE 4. Métodos de irritação ocular e dérmica Fernanda Waitman de Oliveira Silva OBJETIVOS DA UNIDADE Entender a anatomia ocular; Compreender a análise para detectar irritação ocular; Entender a anatomia da pele; Compreender a análise para detectar irritação dérmica; Diferenciar os testes in vitro e in vivo; Conhecer o teste de Draize. TÓPICOS DE ESTUDO Método de irritação ocular – // Anatomia ocular // Teste de irritação ocular in vivo // Teste de irritação ocular in vitro // Controle de qualidade de medicamento oftálmico Método de irritação dérmica – // Anatomia da pele humana // Teste adjuvante completo de Freund // Fototoxicidade // Testes de implantes Método de irritação ocular As substâncias que entram em contato com o ser humano, sejam as que atuam por efeito local ou sistêmico, necessitam da realização de inúmeros testes a fim de garantir a segurança e eficácia. Cada teste pode verificar determinada situação, coletando resultados para conferir se o produto está dentro das especificações predeterminadas pelas agências reguladoras. Quando levamos em consideração as indústrias que produzem medicamento e cosméticos, serão realizados testes gerais, como os que conferem se há contaminação por microrganismos tanto nos insumos como nos frasco que irão acondicionar os produtos. Outro ponto é testar se a quantidade de princípio ativo que deve estar contida na fórmula está correta, sendo tiradas, aleatoriamente, algumas amostras para teste. Alguns medicamentos necessitam de testes específicos, como, por exemplo, os oftálmicos. Nesse caso, é necessário, também, realizar o teste de irritação ocular, que passa por testes in vitro e in vivo a fim de garantir que não haverá danos para o consumidor. O olho é uma mucosa bem irrigada que pode atuar como entrada de muitos patógenos, sendo que prejuízos causados a essa área podem ser irreversíveis. ANATOMIA OCULAR À simples vista, ser capaz de visualizar uma imagem não é complexo. Precisamos de luz, pois no escuro é mais difícil; miramos nosso olho para onde temos interesse em ver e, pronto, lá está! Mas será que é tão simples assim? Claro que não! O olho é composto de várias camadas, muitos vasos sanguíneos e milhares de terminações nervosas que são capazes de processar a imagem e levar até nosso cérebro para que ele interprete. Além de ter como função a visão, o olho também é capaz de proteger e nutrir, assim como as glândulas lacrimais encontradas logo abaixo do globo ocular têm como objetivo liberar as lágrimas que irão lubrificar e eliminar impurezas. Outra parte importante para proteção é a sobrancelha; os pelos também são capazes de reter o suor, evitando que caia nos olhos. Nesse mesmo sistema, os cones e bastonetes são as células responsáveis por sermos capazes de distinguir cores. Os cones são capazes de reconhecer cada tipo de cor pelo comprimento de onda que cada uma emite, enquanto os bastonetes informam ao cérebro a intensidade da luz que está sendo emitida, o que também funciona como um tipo de proteção. Figura 1. Anatomia ocular. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/12/2020. A parte de trás do globo ocular é formada por três camadas, chamadas de externa, média e interna, cada qual com suas funções e de extrema importância para fazer com que o olho desempenhe seu papel. Como podemos observar na Figura 1, o globo ocular é composto por várias partes que, em conjunto, fazem com que você seja capaz de olhar, ler e interpretar essas imagens, sendo que, por trás do globo ocular sai o nervo óptico, que é responsável por levar os impulsos elétricos até o cérebro. A esclera, a famosa “parte branca” do olho, caracteriza-se por ser uma membrana que tem como função proteger o globo ocular, sendo recoberta por outra membrana chamada de conjuntiva. A íris é a parte colorida, podendo variar entre tons de azul, verde, marrom e preto, que tem o formato de disco e envolve a pupila, região que controla a passagem de luz. A córnea é uma membrana transparente que envolve o globo ocular, protege o sistema óptico e refrata a luz que incide. Logo atrás da pupila, localiza-se a lente ou cristalino, que funciona como uma lente de óculos, porém, pode mudar sua conformação para focalizar uma imagem que esteja mais longe ou mais perto. Para manter o cristalino no lugar certo, há uma musculatura lisa chamada de corpo ciliar, que, além dessa função, também secreta humor aquoso. EXPLICANDO O humor aquoso, como o próprio nome sugere, é um líquido transparente de consistência aquosa liberado pelo cristalino, ficando localizado entre a córnea e o cristalino. Sua função é levar substâncias nutritivas para essas áreas próximas, além de regular a pressão do olho. Sua produção é constante, bem como a sua drenagem para que não se acumule além do necessário, sendo responsável por manter o globo ocular no lugar correto. A falta ou o excesso do humor aquoso pode levar à cegueira. Até esse ponto, abordamos a parte frontal do olho, agora veremos as estruturas que se localizam na parte posterior, mais interna da órbita ocular. A retina é umas das áreas mais importantes, sendo a região onde se localizam os fotorreceptores, que irão coletar a imagem e enviar ao cérebro pelo nervo óptico para que seja interpretada, por isso que essa área tem uma irrigação sanguínea bem definida, chamada de vasos sanguíneos da retina. A mácula é uma pequena área especializada da retina localizada na região temporal, embaixo do disco óptico, responsável por captar imagens mais detalhadas e em movimento para encaminhar ao cérebro. Por fim, temos o humor vítreo, o qual tem consistência viscosa, parecida com uma gelatina, com a função de manter a forma esférica do olho. Localiza-se entre a retina e o cristalino, sendo mantido esse compartimento sob pressão. Agora que já conhecemos as principais estruturas oculares, somos capazes de entender o mecanismo fisiológico da visão. Primeiramente, a luz atravessa a córnea e chega à íris, sendo que quando incide na pupila, haverá um controle da quantidade de luz que poderá entrar. Assim, quando a pupila se dilata, isto é, fica com o diâmetro maior, permite maior passagem de luz, o que ocorre quando estamos em ambientes escuros. De modo que o inverso também é verdadeiro: quando a oferta de luz é grande, como em um ambiente ensolarado, a pupila se contrai, diminuindo seu diâmetro e impedindo o excesso de luz. Em seguida, a imagem chega ao cristalino, que será responsável por focalizá- la na retina, onde diversas células fotorreceptoras, como os cones e bastonetes, serão responsáveis por fabricar impulsos elétricos e enviar, através do nervo óptico, até o cérebro, para que possam ser interpretadas. Vale ressaltar que a imagem gerada pelo cristalino na retina é feita de ponta-cabeça e é responsabilidade do cérebro interpretá-la do lado correto. CURIOSIDADE Umas das patologias que envolve o sentido da visão é o daltonismo, o qual possui origem genética, em geral, localizada no cromossomo X. Os portadores têm as células fotorreceptoras, como os cones, anormais, o que compromete a visualização de algumas cores, como o vermelho, o verde e o azul. Testes são realizados, como os que podemos observar na Figura 2. Pessoas que não daltônicas são capazes de visualizar o elefante bem no meio do círculo, enquanto os daltônicos não o fazem. Essa patologia ainda não possui cura, mas cientistas já desenvolveram óculos capazes de devolver algumas cores à vida desses indivíduos. Figura 2. Teste aplicado para determinar o daltonismo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/12/2020. Existem doenças que podem acometer os olhos, seja por determinado tempo ou de força crônica, podendo ter tratamento ou não. A alergia ocular é uma reação inflamatória que acomete o olho quando entra em contato com alguma substância,bem como a blefarite, que também é uma inflação, contudo, ela ocorre nas pálpebras. Outra inflamação comum é a conjuntivite, sendo que a reação ocorre já na região da conjuntiva; por fim, temos o terçolho, que é uma infecção causada na glândula da pálpebra, formando uma pequena bolinha vermelha e dolorida. TESTE DE IRRITAÇÃO OCULAR IN VIVO Os testes para determinar se uma substância é tóxica para o olho começaram a ser realizados sem muitos protocolos em diferentes animais, com testes em pesticidas e solventes, por exemplo. Contudo, os resultados foram pouco conclusivos e apenas determinavam quantitativamente se se a reação tóxica existia ou não. De modo que, por volta da década de 1940, o estudioso Friedenwald e seus companheiros resolveram fazer experimentos que determinavam a faixa de toxicidade em números, isto é, quantitativamente. Esse teste estudava como era a reação dos olhos após a utilização de substâncias muito ácidas ou muito básicas. Os animais escolhidos para esses experimentos eram os coelhos, nos quais eram administradas doses específicas diretamente no olho, como está ilustrado na Figura 3. Vale salientar que, nessa época, os cientistas estavam avaliando as reações fisiológicas que aconteciam na córnea, conjuntiva e íris desses coelhos após a aplicação de diferentes doses da substâncias em teste. Já na década de 1960, houve um aumento nos parâmetros a serem estudados durante esses testes, sendo que estados patológicos também deveriam ser observados. Assim, o aparecimentos de eritemas, edemas, lacrimejamentos, bem como o aumento ou diminuição do fluxo sanguíneo passaram a ser analisados. Naquela época, o teste mais comum era o de Draize, utilizado para irritação dérmica. Apesar de comum, este teste causava grande polêmica com grupos defensores dos animais, que discordavam veementemente do uso dos coelhos neste procedimento. A justificativa era que não havia necessidade de submeter esses animais a tal sofrimento e sacrifício, uma vez que os resultados obtidos não eram totalmente conclusivos e seguros. Mesmo diante de todas as justificativas e pedidos para que os testes não se realizassem in vivo, apenas alguns países da Europa os proibiram, sendo que as agências reguladores dos demais países diziam que não era possível garantir a segurança dos produtos que não passassem por esse tipo de teste enquanto estavam sendo desenvolvidos. Figura 3. Aplicação de substância para teste em olho de coelho. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/12/2020. Diante da negativa em se proibir a execução do teste in vivo, negociou-se a utilização mínima de animais em cada testes, contudo, ainda se utilizam seis coelhos administrando 0,1 mL ou 100 g de sólido no saco conjuntival inferior dos olhos. Os profissionais mantinham as pálpebras fechadas por cerca de um segundo e depois as liberavam. Nem todos os animais tinham a substância inoculada; em alguns, denominados animais controle, era administrado apenas um veículo, como soro ou água destilada, para comparar as reações entre ambos os grupos. Os olhos, no primeiro momento, não eram lavados, aguardando que a produção lacrimal natural se encarregasse de remover o excesso e, após uma hora, observam-se as reações. Logo, depois de 24 horas, os olhos eram lavados com soro fisiológico e os resultados eram anotados, de modo que as observações seguiam em 48 e 72 horas após a instilação da substância. Caso não houvesse reações patológicas, nesse momento se encerravam as observações, porém, se reações eram observadas, seguindo os parâmetros determinados no Quadro 1, o acompanhamento seguia por sete dias. // Quadro 1. Valores de graduação das lesões oculares. PDF Classificar uma reação como positiva considera não apenas as reações causadas, mas, também, a quantidade de animais que apresentaram os efeitos. Assim, se apenas um animal dentre todos os testados apresentou um edema na pálpebra, o resultado do teste é considerado negativo, ou seja, a reação positiva é considerada quando mais de 50% dos animais apresentarem reações. Se dentre seis animais, dois ou três tiveram um edema, o teste deve ser repetido em outro grupo de coelhos para observar se há essa mesma reação novamente. Ainda haverá um terceiro grupo a ser testado caso metade ainda não apresentar sintomas, sendo que, neste último teste, se apenas um tiver reação, a substância será classificada como irritante. Vale salientar que há uma comparação entre testes que irritam a pele e os que irritam os olhos, pois acreditavam que se um produto causa alguma reação na pele não haveria necessidade de testá-lo nos olhos, já predeterminando que também causaria tal reação. Contudo, nem todas as substâncias agem assim: algumas podem causar danos na pele e não afetar os olhos, então concluiu-se que há necessidade de realizar os dois testes, tanto ocular como o de pele. TESTE DE IRRITAÇÃO OCULAR IN VITRO Tratar de testes in vitro significa falar sobre experimentos realizados sem aplicar a amostra em animais vivos diretamente. Para o teste de irritação ocular, existem dois métodos in vitro que são mais utilizados. O primeiro chama 3T3 NRU, natural red uptake, cuja realização se dá em cultura celular, e o HET- CAM, teste de membrana coriônica de ovos de galinha, sendo utilizados ovos de galinha parcialmente incubados. O teste conhecido como 3T3 NRU é feito em laboratório, onde se realizam culturas de células chamadas de fibroblastos, que serão multiplicadas e, em seguida, injetadas amostras da substância que se deseja estudar. As células em teste estão vivas, sendo que, primeiramente, inocula-se um corante vermelho com átomos positivos para que esse se ligue às organelas chamadas de lisossomos, que possuem átomos negativos. Isto é, como dois imãs, há a parte negativa dentro da célula e os profissionais injetam a parte positiva para que se atraiam naturalmente. EXPLICANDO Os fibroblastos são células que fazem parte do tecido conjuntivo, são consideradas jovens e com grande capacidade de multiplicação, sendo responsáveis por parte da regeneração tecidual quando há algum dano. Desse modo, possuem metabolismo ativo, o que facilita para estudos, além de serem células relativamente grandes. Produzem colágeno e podem ser encontrados em tecidos conjuntivos fibrosos, onde a substância amorfa necessária nessas áreas é produzida por tais células. Quando alguma substância causa irritação na célula, ocorre uma deformidade das membranas, gerando a diminuição da capacidade de captação do corante. Nesse mesmo sentido, podemos diferenciar células mortas das vivas, já que a entrada do corante depende do metabolismo ativo delas, o que não estará bem estabelecido caso essa esteja danificada ou morta. Assim, torna-se um padrão de estudos a quantidade de corante existente dentro dos lisossomos, visto que a irritação fará com que a colocação do corante esteja menos visível. Figura 4. Anatomia do ovo da galinha com embrião. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso em: 16/12/2020. Outro teste bastante utilizado é conhecido como HET-CAM, o qual é realizado em ovos de galinha parcialmente incubados, ou seja, que já possuem um embrião em formação, pois é necessário que se desenvolva a membrana corioalantoica com bastante vascularização, contudo, sem terminações nervosas. Esse experimento se baseia na sensibilidade que essa área tem, tendo semelhança com as características oculares do seres humanos. Na Figura 4, podemos observar, dentre as outras partes do ovo da galinha, a membrana coriônica e o alantoide, localizado onde seria a parte inferior do ovo. Podemos reparar que o alantoide se liga ao embrião, pois sua função é armazenar as substâncias que o embrião excreta até o dia do seu nascimento, enquanto o córion ou a membrana coriônica se localiza abaixo da casca do ovo e tem como função, juntamente com o alantoide,realizar as trocas gasosas, bem como proteger o embrião contra choques. Assim, as substâncias que devem ser testadas são inoculadas na membrana corioalantoica, tanto as líquidas como as sólidas, sendo observadas as reações que podem aparecer após cinco minutos, como, por exemplo, aumento de temperatura local, sangramentos, coagulações e rompimentos de vasos sanguíneos. Essas situações são muito importantes para saber o que pode ocorrer no olho do ser humano, visto que é uma região bastante vascularizada. Figura 5. Aplicação de substância para teste. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. Na Figura 5, temos a visão macroscópica da membrana corioalantoica de um ovo de galinha parcialmente incubado, de modo que a seta indica um vaso sanguíneo presente nessa área com um calibre significativo. Pode-se observar, também, as ramificações que são originadas a partir desse vaso, levando sangue para todo o tecido. Esses dois testes in vitro que comentamos renderam ótimos resultados, garantindo informações seguras sobre as amostras testadas. Desse modo, passaram a ser aceitos para substituir o teste de Draize em casos em que as reações adversas dos produtos eram mais graves. CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTO OFTÁLMICO Os medicamentos oftálmicos, quando são desenvolvidos, têm que passar por testes rigorosos, como os que já citamos, para garantir a segurança durante o uso nos seres humanos. Contudo, a produção desses produtos também deve ser acompanhada para que cada lote esteja dentro dos paramentos especificados pelas agências reguladores de saúde. Figura 6. Aplicação de colírio em olho humano. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. Como podemos observar na Figura 6, a administração de colírios deve ser feita diretamente no olho, sem contato com nenhum outro objeto ou parte do corpo para que não haja contaminação cruzada. Assim, esses medicamentos devem seguir protocolos de produtos estéreis com controle de qualidade microbiológico com maior periocidade, levando em consideração que as reações em pacientes idosos e com imunidade comprometida, como os imunodeprimidos, serão mais presentes. Método de irritação dérmica Seção 3 de 3 Assim como o teste de irritação ocular é extremamente importante para garantir a segurança e eficácia do medicamento durante seu uso nos seres humanos, o teste de irritação dérmica também se torna indispensável durante o desenvolvimento de produtos que serão utilizados em contato com a pele. Vale salientar que mesmo que ambos sejam de uso tópico, não se pode considerar que um produto que cause irritação no olho reaja da maneira semelhante na pele e vice-versa. CURIOSIDADE Você sabe quando se classifica um produto como tópico? Muitos acreditam que substâncias que apresentam a expressão “uso tópico” são exclusivas para a pele. Não é bem assim! Claro que pomadas são de uso tópico, mas o conceito que envolve essa palavra é outro: todas as substâncias que não passam pelo trato gastrointestinal (TGI) do ser humano são classificadas como tópicas. Por exemplo, medicamentos de uso oftálmico, otológico e nasal. O teste padrão para irritação dérmica é o de Draize, sendo que a forma como ele é realizado segue praticamente a mesma desde que surgiu. Ele é feito em peles de coelhos que foram raspadas pelo método de tricotomia, nas quais se espalha a substância que se deseja realizar o teste. Após algumas horas, observa-se as reações que podem surgir e, se houve irritação ou não, visto que esse teste é realizado in vivo e a análise dos resultados observados deve seguir tabelas com normativas predefinidas por agências reguladores de saúde que graduam as lesões como eritema, edema e irritação da pele. ANATOMIA DA PELE HUMANA Para que seja possível compreender como funcionam os testes para irritação dérmica, é extremamente importante que se conheça as partes do tecido epitelial. A pele é considerada o maior órgão do ser humano e acumula uma infinidade de funções, das quais podemos citar como principais: proteção, regulação térmica do corpo e revestimento. Na Figura 7, temos um esquema das camadas do tecido epitelial a fim de facilitar os estudos. Como podemos observar, a superfície desse tecido possui poros e pelos que irão auxiliar na regulação térmica, ora eliminando, ora retendo líquidos. Os pelos são fios que ficam em pé quando estamos com frio, a fim de evitar a troca de calor com o ambiente e tentar manter a temperatura do corpo, porém, para que isso seja possível, é necessário que o músculo eretor de pelo trabalhe e sustente esse cabelo na posição vertical. Figura 7. Anatomia da pele humana. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. Ainda na região da superfície, está presente o estrato córneo – , que faz parte da epiderme – que é uma camada fina de células mortas ricas em queratina cuja função principal é proteger contra a entrada de microrganismos patógenos. Sabe-se que um dos processos do teste de Draize é a abrasão da pele com o intuito de remover o estrato córneo sem causar hemorragia para que se possa avaliar os impactos da substância em estudo em tecidos que possuem uma maior sensibilidade e, portanto, menor proteção. Logo abaixo temos a epiderme, uma camada avascularizada, ou seja, não possui vasos sanguíneos, que é subdividida em cinco outras camadas: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e, por fim, já perto da derme, o estrato germinativo. Um fato importante é quanto mais próxima da superfície a célula se encontra, maior é seu tamanho e quantidade, conferindo uma resistência mecânica à epiderme. Na epiderme, podemos destacar três tipos de células muito importantes, sendo a primeira chamada de melanócito, a qual tem como função produzir as substâncias que dão a coloração da nossa pele. Em segundo, temos as células de Langherans, que compõem o sistema imunológico desse tecido, atuando como uma das primeiras defesas contra micróbios. Em terceiro, vem as células de Merkel, que são classificadas como mecanorreceptores, as quais se situam predominantemente nas palmas das mãos e plantas dos pés. Logo abaixo encontra-se a derme, onde se situam os folículos pilosos, os vasos sanguíneos, como, por exemplo, as veias e artérias responsáveis por levar nutrientes a essas camadas. Há, também, glândulas sebáceas e sudoríparas que produzirão o muco e o suor necessários nessa região, além dos nervos, que formam uma rede responsável por detectar situações e levar até o cérebro para que sejam interpretadas. Por último, ainda na Figura 7, está a hipoderme, também conhecida como camada de gordura, onde se localizam as células conhecidas como adipócitos. A gordura é um ótimo isolante térmico, por isso que todos possuem a hipoderme, com o intuito de manter a temperatura do corpo dentro dos valores compatíveis com a vida. Contudo, alguns têm essa camada mais espessa e outros mais delgada, o que varia de acordo com a alimentação, acúmulo e depósito de gordura nos adipócitos. Na Figura 8, temos uma visão mais realista do que é a nossa pele por um microscópio óptico. A superfície superior voltada para a região branca da imagem é o estrato córneo, onde as células são mais achatadas, estão mortas e cheias de queratina. Logo abaixo, aparece a epiderme, uma área mais definida, com muitas células de cor mais rosa e núcleos roxos. Por último, na área mais clara e mais desorganizada se situa a derme, na qual podemos encontrar todas as estruturas já citadas anteriormente. Figura 8. Visão da pele através de um microscópio óptico. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. TESTE ADJUVANTE COMPLETO DE FREUND Existem testes que podem ser considerados variantes do teste padrão conhecido como teste de Draize; um desses é chamado de teste adjuvante completo de Freund. O objetivo é descobrir se assubstâncias em teste causam algum tipo de alergia; para isso, adiciona-se um componente denominado adjuvante – nesse caso, uma emulsão de óleo com antígeno – para gerar uma sensibilização na pele e observar quais as reações causadas. Desse modo, quanto mais concentrada for essa emulsão, maior a sensibilização da pele e consequentemente maior a chance de determinar os resultados alergênicos. O teste em si é feito com dois grupos com média de 15 coelhos em cada um, sendo o primeiro chamado de Grupo A, em que todos os animais receberão a substância, e o Grupo B, denominado grupo de controle, que será induzido às mesmas condições que o primeiro, porém não receberão o princípio ativo a ser testado. Todos os animais passam pela tricotomização, em que serão retirados todos os pelos de uma região com cerca de 12 cm², local que será feita a aplicação da emulsão e, após quatro a oito dias, a substância-teste. Outra área, bem menor que a anterior, é escolhida para passar por um desafio: uma grande concentração de substância é administrada após 21 e 35 dias da primeira dose normal. Após três dias seguidos, os resultados observados são anotados para que sejam analisados e comparados com tabelas. Assim, será possível concluir se uma substância pode causar alergia em contato com a pele ou não. FOTOTOXICIDADE A fototoxicidade é um conceito que envolve a irritação da pele devido à exposição à luz em conjunto com alguma substância fotoativa, isto é, que passa a agir quando entra em contato com um determinado comprimento de onda luminoso. Em geral, é mais comum serem observadas reações toxicologias e alergias em locais que possuem certa fotossensibilidade, isso é, são sensíveis à energia luminosa. Figura 9. Dermatite. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. Na Figura 9, apresentamos um esquema do que acontece na pele quando existe uma reação alérgica a algum produto, fazendo com que se desenvolva a dermatite. Quando a pele entra em contato com um produto fototóxico, ocorre a lesão das células da superfície desse tecido, desenvolvendo um processo inflamatório, o que faz com que haja menor aderência entre as células epiteliais. Isso gera calor, rubor, dor e aumento da vascularização a fim de trazer células de defesa para combater um possível ataque de antígenos. Desse modo, acontece a penetração de substâncias que causam alergia pela epiderme e derme, aumentando a inflamação e desenvolvendo a dermatite de contato. Sendo que, em testes de irritação primária de pele, durante o desenvolvimento de um cosmético, por exemplo, a pele dos coelhos apresenta eritema e edema quando em contato com substâncias que possuem fototoxicidade. Portanto, são testes considerados indispensáveis antes de liberar esses cosméticos para comercialização e utilização dos seres humanos. Vale salientar que o veículo utilizado pela indústria no momento do preparo de cremes e sabonetes interfere diretamente na quantidade e velocidade de absorção desses produtos. Em casos de desenvolvimento de dermatite por contato com algum produto que causou uma reação alérgica, como na Figura 10, há a necessidade de comunicar os órgãos responsáveis, como a Vigilância Sanitária, para que seja apurado o motivo pelo qual tal reação ocorre, que pode ser individual ou por alguma substância contida no produto que não deveria estar lá. Figura 10. Dermatite por contato na pele do ser humano. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. TESTES DE IMPLANTES Existem diversos tipos de implantes que podem ser introduzidos no ser humano, com diferentes materiais e em diversos locais. Há os contraceptivos, que são armazenados dentro de uma cápsula polimérica e implantados via intradérmica, bem como as famosas próteses de silicone, que muitas vezes são colocadas atrás do músculo, como podemos observar na Figura 11. A primeira imagem da esquerda para direita mostra um implante por cima do músculo, na imagem do meio temos a prótese localizada intramuscular, em que colocam por dentro do músculo, e, por fim, na última ilustração, o implante fica atrás do músculo, mais internamente. Figura 11. Implante de silicone. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. Produtos à base de material polimérico que entrarão em contato direto com a pele devem passar por testes de irritabilidade a fim de garantir a segurança do paciente durante a utilização. Além de comprovar que o material não causa danos, como eritemas, alergias e edemas, também é necessário saber se o produto não se decompõe durante os anos de utilização, visto que alguns implantes, como o silicone e as cápsulas de contraceptivos, permanecem por longos anos introduzidos na pele até que sejam trocados. Nesse teste também são utilizados coelhos, nos quais são implantados fragmentos do material polimérico na pele, podendo ser intramuscular ou subcutâneo (em casos em que seja inviável a outra forma). Deve-se utilizar uma região tricotomizada e limpa, e se administra anestésicos durante a introdução para evitar traumas desnecessários. Após 120 horas, esses animais são sacrificados com superdoses de anestésicos para que sejam retirados os fragmentos, a pele e a musculatura ao redor para serem avaliados. Consideram-se as reações hemorrágicas, inflamatórias, possíveis necroses, encapsulamentos, fibrose, entre outros, tanto macroscopicamente como microscopicamente para juntar as informações e compará-las com o grupo de controle. Uma vez que se determina a biocompatibilidade do material com o tecido em estudo, garante-se a eficácia e a segurança do produto para a utilização no ser humano. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Primeiramente, falamos sobre o método de irritação ocular, em que existem testes específicos para determinar se substâncias como medicamentos, cosméticos e pesticidas, por exemplo, causam algum tipo de irritação ou dano quando em contato com os olhos. Para entender quais as principais regiões do olho que podem ser afetadas, temos que entender, de modo geral, como está configurada a anatomia do sistema ocular. O teste de irritação ocular pode ser feito in vivo ou in vitro. Existem dois métodos in vitro mais utilizados, o 3T3-NRU e o HET-CAM, e ambos não utilizam animais vivos para obter resultados, sendo bastante confiáveis. Já o teste in vivo é feito inoculando a amostra em olhos de coelhos com anotação dos resultados observados após algumas horas e, quando existe resultado positivo, o teste se estende por alguns dias. O teste de irritação primária da pele é tão importante quanto o teste ocular, contudo, um não deve substituir o outro, ou seja, um dos testes negativos não isenta a realização dos outros. Para compreender os experimentos realizados é necessário conhecer como está disposta a pele no ser humano, suas camadas, organelas e disposição das estruturas que a compõe. Existem diferentes testes, sendo o mais conhecido o teste de Draize, que passou a ser utilizado para fins de garantia de qualidade em meados do século XX. Contudo, outros experimentos complementares vieram sendo implementados com o passar dos anos, como o teste de fototoxicidade, que demonstra a sensibilidade do tecido e das substâncias aplicadas após a incidência de raios luminosos com diferentes intensidades e comprimentos de ondas. Por fim, falamos dos testes de implantes, tanto intramusculares como subcutâneos, nos quais materiais à base de polímeros entram em contato com o tecido. Desse modo, para que se garanta a segurança durante a utilização, são necessários testes para averiguar se o material se degrada ou gera alguma reação, como alergias, inflamações ou necroses nas células que ficarão próximas desse implante por algum tempo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADAMI, E. R. Atenção farmacêutica aos pacientes em uso de medicamentos inibidoresde receptor do fator de crescimento epidérmico de 1° e 2° linha de tratamento. Revista UNIANDRADE, v. 21, n. 1, p. 59-81, 2020. Disponível em: <https://revista.uniandrade.br/index.php/revistauniandrade/article/view/1316/1 152>. Acesso em: 16 dez. 2020. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Noções gerais para boas práticas em microbiologia clínica. [s.l.], 2008. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_pratic as/modulo1/biosseguranca6.htm#quadro1>. Acesso em: 16 dez. 2020. ANVISA - AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Brasileira. 6. ed. 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