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UNIDADE 4 CQ Microbiológico

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UNIDADE 4. 
Métodos de irritação ocular e dérmica 
 
Fernanda Waitman de Oliveira Silva 
OBJETIVOS DA UNIDADE 
 
 Entender a anatomia ocular; 
 Compreender a análise para detectar irritação ocular; 
 Entender a anatomia da pele; 
 Compreender a análise para detectar irritação dérmica; 
 Diferenciar os testes in vitro e in vivo; 
 Conhecer o teste de Draize. 
 
TÓPICOS DE ESTUDO 
 
Método de irritação ocular 
– 
// Anatomia ocular 
// Teste de irritação ocular in vivo 
// Teste de irritação ocular in vitro 
// Controle de qualidade de medicamento oftálmico 
 
Método de irritação dérmica 
– 
// Anatomia da pele humana 
// Teste adjuvante completo de Freund 
// Fototoxicidade 
// Testes de implantes 
 
Método de irritação ocular 
 
As substâncias que entram em contato com o ser humano, sejam as que atuam 
por efeito local ou sistêmico, necessitam da realização de inúmeros testes a fim 
de garantir a segurança e eficácia. Cada teste pode verificar determinada 
situação, coletando resultados para conferir se o produto está dentro das 
especificações predeterminadas pelas agências reguladoras. 
Quando levamos em consideração as indústrias que produzem medicamento e 
cosméticos, serão realizados testes gerais, como os que conferem se há 
contaminação por microrganismos tanto nos insumos como nos frasco que irão 
acondicionar os produtos. Outro ponto é testar se a quantidade de princípio ativo 
que deve estar contida na fórmula está correta, sendo tiradas, aleatoriamente, 
algumas amostras para teste. Alguns medicamentos necessitam de testes 
específicos, como, por exemplo, os oftálmicos. 
Nesse caso, é necessário, também, realizar o teste de irritação ocular, que passa 
por testes in vitro e in vivo a fim de garantir que não haverá danos para o 
consumidor. O olho é uma mucosa bem irrigada que pode atuar como entrada 
de muitos patógenos, sendo que prejuízos causados a essa área podem ser 
irreversíveis. 
 
ANATOMIA OCULAR 
 
À simples vista, ser capaz de visualizar uma imagem não é complexo. 
Precisamos de luz, pois no escuro é mais difícil; miramos nosso olho para onde 
temos interesse em ver e, pronto, lá está! Mas será que é tão simples assim? 
Claro que não! O olho é composto de várias camadas, muitos vasos sanguíneos 
e milhares de terminações nervosas que são capazes de processar a imagem e 
levar até nosso cérebro para que ele interprete. 
Além de ter como função a visão, o olho também é capaz de proteger e nutrir, 
assim como as glândulas lacrimais encontradas logo abaixo do globo ocular têm 
como objetivo liberar as lágrimas que irão lubrificar e eliminar impurezas. 
Outra parte importante para proteção é a sobrancelha; os pelos também são 
capazes de reter o suor, evitando que caia nos olhos. 
Nesse mesmo sistema, os cones e bastonetes são as células responsáveis por 
sermos capazes de distinguir cores. Os cones são capazes de reconhecer cada 
tipo de cor pelo comprimento de onda que cada uma emite, enquanto os 
bastonetes informam ao cérebro a intensidade da luz que está sendo emitida, o 
que também funciona como um tipo de proteção. 
 
Figura 1. Anatomia ocular. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 15/12/2020. 
A parte de trás do globo ocular é formada por três camadas, chamadas de 
externa, média e interna, cada qual com suas funções e de extrema importância 
para fazer com que o olho desempenhe seu papel. Como podemos observar na 
Figura 1, o globo ocular é composto por várias partes que, em conjunto, fazem 
com que você seja capaz de olhar, ler e interpretar essas imagens, sendo que, 
por trás do globo ocular sai o nervo óptico, que é responsável por levar os 
impulsos elétricos até o cérebro. 
A esclera, a famosa “parte branca” do olho, caracteriza-se por ser 
uma membrana que tem como função proteger o globo ocular, sendo 
recoberta por outra membrana chamada de conjuntiva. A íris é a parte 
colorida, podendo variar entre tons de azul, verde, marrom e preto, que tem o 
formato de disco e envolve a pupila, região que controla a passagem de luz. 
A córnea é uma membrana transparente que envolve o globo ocular, protege o 
sistema óptico e refrata a luz que incide. Logo atrás da pupila, localiza-se a lente 
ou cristalino, que funciona como uma lente de óculos, porém, pode mudar sua 
conformação para focalizar uma imagem que esteja mais longe ou mais perto. 
Para manter o cristalino no lugar certo, há uma musculatura lisa chamada 
de corpo ciliar, que, além dessa função, também secreta humor aquoso. 
 
EXPLICANDO 
O humor aquoso, como o próprio nome sugere, é um líquido 
transparente de consistência aquosa liberado pelo cristalino, ficando 
localizado entre a córnea e o cristalino. Sua função é levar substâncias 
nutritivas para essas áreas próximas, além de regular a pressão do olho. 
Sua produção é constante, bem como a sua drenagem para que não se 
acumule além do necessário, sendo responsável por manter o globo 
ocular no lugar correto. A falta ou o excesso do humor aquoso pode 
levar à cegueira. 
Até esse ponto, abordamos a parte frontal do olho, agora veremos as estruturas 
que se localizam na parte posterior, mais interna da órbita ocular. A retina é 
umas das áreas mais importantes, sendo a região onde se localizam 
os fotorreceptores, que irão coletar a imagem e enviar ao cérebro pelo nervo 
óptico para que seja interpretada, por isso que essa área tem 
uma irrigação sanguínea bem definida, chamada de vasos sanguíneos 
da retina. 
A mácula é uma pequena área especializada da retina localizada na região 
temporal, embaixo do disco óptico, responsável por captar imagens 
mais detalhadas e em movimento para encaminhar ao cérebro. Por fim, temos 
o humor vítreo, o qual tem consistência viscosa, parecida com uma gelatina, 
com a função de manter a forma esférica do olho. Localiza-se entre a retina e o 
cristalino, sendo mantido esse compartimento sob pressão. 
Agora que já conhecemos as principais estruturas oculares, somos capazes de 
entender o mecanismo fisiológico da visão. Primeiramente, a luz atravessa a 
córnea e chega à íris, sendo que quando incide na pupila, haverá um controle 
da quantidade de luz que poderá entrar. Assim, quando a pupila se dilata, isto 
é, fica com o diâmetro maior, permite maior passagem de luz, o que ocorre 
quando estamos em ambientes escuros. De modo que o inverso também é 
verdadeiro: quando a oferta de luz é grande, como em um ambiente ensolarado, 
a pupila se contrai, diminuindo seu diâmetro e impedindo o excesso de luz. 
Em seguida, a imagem chega ao cristalino, que será responsável por focalizá-
la na retina, onde diversas células fotorreceptoras, como os cones e 
bastonetes, serão responsáveis por fabricar impulsos elétricos e enviar, através 
do nervo óptico, até o cérebro, para que possam ser interpretadas. Vale 
ressaltar que a imagem gerada pelo cristalino na retina é feita de ponta-cabeça 
e é responsabilidade do cérebro interpretá-la do lado correto. 
 
CURIOSIDADE 
Umas das patologias que envolve o sentido da visão é o daltonismo, o 
qual possui origem genética, em geral, localizada no cromossomo X. 
Os portadores têm as células fotorreceptoras, como os cones, anormais, 
o que compromete a visualização de algumas cores, como o vermelho, 
o verde e o azul. Testes são realizados, como os que podemos observar 
na Figura 2. Pessoas que não daltônicas são capazes de visualizar o 
elefante bem no meio do círculo, enquanto os daltônicos não o fazem. 
Essa patologia ainda não possui cura, mas cientistas já desenvolveram 
óculos capazes de devolver algumas cores à vida desses indivíduos. 
 
Figura 2. Teste aplicado para determinar o daltonismo. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
15/12/2020. 
Existem doenças que podem acometer os olhos, seja por determinado tempo 
ou de força crônica, podendo ter tratamento ou não. A alergia ocular é uma 
reação inflamatória que acomete o olho quando entra em contato com alguma 
substância,bem como a blefarite, que também é uma inflação, contudo, ela 
ocorre nas pálpebras. Outra inflamação comum é a conjuntivite, sendo que a 
reação ocorre já na região da conjuntiva; por fim, temos o terçolho, que é uma 
infecção causada na glândula da pálpebra, formando uma pequena bolinha 
vermelha e dolorida. 
TESTE DE IRRITAÇÃO OCULAR IN VIVO 
 
Os testes para determinar se uma substância é tóxica para o olho começaram 
a ser realizados sem muitos protocolos em diferentes animais, com testes em 
pesticidas e solventes, por exemplo. Contudo, os resultados foram pouco 
conclusivos e apenas determinavam quantitativamente se se a reação tóxica 
existia ou não. De modo que, por volta da década de 1940, o 
estudioso Friedenwald e seus companheiros resolveram 
fazer experimentos que determinavam a faixa de toxicidade em números, isto 
é, quantitativamente. 
Esse teste estudava como era a reação dos olhos após a utilização de 
substâncias muito ácidas ou muito básicas. Os animais escolhidos para esses 
experimentos eram os coelhos, nos quais eram administradas doses específicas 
diretamente no olho, como está ilustrado na Figura 3. Vale salientar que, nessa 
época, os cientistas estavam avaliando as reações fisiológicas que aconteciam 
na córnea, conjuntiva e íris desses coelhos após a aplicação de 
diferentes doses da substâncias em teste. 
Já na década de 1960, houve um aumento nos parâmetros a serem estudados 
durante esses testes, sendo que estados patológicos também deveriam ser 
observados. Assim, o aparecimentos de eritemas, edemas, lacrimejamentos, 
bem como o aumento ou diminuição do fluxo sanguíneo passaram a ser 
analisados. Naquela época, o teste mais comum era o de Draize, utilizado para 
irritação dérmica. Apesar de comum, este teste causava grande polêmica com 
grupos defensores dos animais, que discordavam veementemente do uso dos 
coelhos neste procedimento. A justificativa era que não havia necessidade de 
submeter esses animais a tal sofrimento e sacrifício, uma vez que os resultados 
obtidos não eram totalmente conclusivos e seguros. 
Mesmo diante de todas as justificativas e pedidos para que os testes não se 
realizassem in vivo, apenas alguns países da Europa os proibiram, sendo que as 
agências reguladores dos demais países diziam que não era possível garantir a 
segurança dos produtos que não passassem por esse tipo de teste enquanto 
estavam sendo desenvolvidos. 
 
Figura 3. Aplicação de substância para teste em olho de coelho. Fonte: Shutterstock. 
Acesso em: 15/12/2020. 
Diante da negativa em se proibir a execução do teste in vivo, negociou-se a 
utilização mínima de animais em cada testes, contudo, ainda se utilizam seis 
coelhos administrando 0,1 mL ou 100 g de sólido no saco conjuntival inferior 
dos olhos. Os profissionais mantinham as pálpebras fechadas por cerca de um 
segundo e depois as liberavam. Nem todos os animais tinham a substância 
inoculada; em alguns, denominados animais controle, era administrado apenas 
um veículo, como soro ou água destilada, para comparar as reações entre ambos 
os grupos. 
Os olhos, no primeiro momento, não eram lavados, aguardando que a produção 
lacrimal natural se encarregasse de remover o excesso e, após uma hora, 
observam-se as reações. Logo, depois de 24 horas, os olhos eram lavados com 
soro fisiológico e os resultados eram anotados, de modo que as observações 
seguiam em 48 e 72 horas após a instilação da substância. Caso não houvesse 
reações patológicas, nesse momento se encerravam as observações, porém, se 
reações eram observadas, seguindo os parâmetros determinados no Quadro 1, 
o acompanhamento seguia por sete dias. 
 
// Quadro 1. Valores de graduação das lesões oculares. 
PDF 
Classificar uma reação como positiva considera não apenas as reações 
causadas, mas, também, a quantidade de animais que apresentaram os efeitos. 
Assim, se apenas um animal dentre todos os testados apresentou um edema na 
pálpebra, o resultado do teste é considerado negativo, ou seja, a reação positiva 
é considerada quando mais de 50% dos animais apresentarem reações. Se 
dentre seis animais, dois ou três tiveram um edema, o teste deve ser repetido 
em outro grupo de coelhos para observar se há essa mesma reação novamente. 
Ainda haverá um terceiro grupo a ser testado caso metade ainda não 
apresentar sintomas, sendo que, neste último teste, se apenas um tiver reação, 
a substância será classificada como irritante. 
Vale salientar que há uma comparação entre testes que irritam a pele e os que 
irritam os olhos, pois acreditavam que se um produto causa alguma reação na 
pele não haveria necessidade de testá-lo nos olhos, já predeterminando que 
também causaria tal reação. Contudo, nem todas as substâncias agem assim: 
algumas podem causar danos na pele e não afetar os olhos, então concluiu-se 
que há necessidade de realizar os dois testes, tanto ocular como o de pele. 
TESTE DE IRRITAÇÃO OCULAR IN VITRO 
 
Tratar de testes in vitro significa falar sobre experimentos realizados sem 
aplicar a amostra em animais vivos diretamente. Para o teste de irritação ocular, 
existem dois métodos in vitro que são mais utilizados. O primeiro chama 3T3 
NRU, natural red uptake, cuja realização se dá em cultura celular, e o HET-
CAM, teste de membrana coriônica de ovos de galinha, sendo utilizados ovos 
de galinha parcialmente incubados. 
 
O teste conhecido como 3T3 NRU é feito em laboratório, onde se realizam 
culturas de células chamadas de fibroblastos, que serão multiplicadas e, em 
seguida, injetadas amostras da substância que se deseja estudar. As células em 
teste estão vivas, sendo que, primeiramente, inocula-se um corante vermelho 
com átomos positivos para que esse se ligue às organelas chamadas de 
lisossomos, que possuem átomos negativos. Isto é, como dois imãs, há a parte 
negativa dentro da célula e os profissionais injetam a parte positiva para que 
se atraiam naturalmente. 
 
EXPLICANDO 
Os fibroblastos são células que fazem parte do tecido conjuntivo, são 
consideradas jovens e com grande capacidade de multiplicação, sendo 
responsáveis por parte da regeneração tecidual quando há algum dano. 
Desse modo, possuem metabolismo ativo, o que facilita para estudos, 
além de serem células relativamente grandes. Produzem colágeno e 
podem ser encontrados em tecidos conjuntivos fibrosos, onde a 
substância amorfa necessária nessas áreas é produzida por tais células. 
Quando alguma substância causa irritação na célula, ocorre 
uma deformidade das membranas, gerando a diminuição da capacidade de 
captação do corante. Nesse mesmo sentido, podemos diferenciar células mortas 
das vivas, já que a entrada do corante depende do metabolismo ativo delas, o 
que não estará bem estabelecido caso essa esteja danificada ou morta. Assim, 
torna-se um padrão de estudos a quantidade de corante existente dentro dos 
lisossomos, visto que a irritação fará com que a colocação do corante esteja 
menos visível. 
Figura 4. Anatomia do ovo da galinha com embrião. Fonte: Wikimedia Commons. Acesso 
em: 16/12/2020. 
Outro teste bastante utilizado é conhecido como HET-CAM, o qual é realizado 
em ovos de galinha parcialmente incubados, ou seja, que já possuem um 
embrião em formação, pois é necessário que se desenvolva a 
membrana corioalantoica com bastante vascularização, contudo, sem 
terminações nervosas. Esse experimento se baseia na sensibilidade que essa 
área tem, tendo semelhança com as características oculares do seres humanos. 
Na Figura 4, podemos observar, dentre as outras partes do ovo da galinha, a 
membrana coriônica e o alantoide, localizado onde seria a parte inferior do 
ovo. Podemos reparar que o alantoide se liga ao embrião, pois sua função 
é armazenar as substâncias que o embrião excreta até o dia do seu nascimento, 
enquanto o córion ou a membrana coriônica se localiza abaixo da casca do ovo 
e tem como função, juntamente com o alantoide,realizar as trocas gasosas, 
bem como proteger o embrião contra choques. 
Assim, as substâncias que devem ser testadas são inoculadas na membrana 
corioalantoica, tanto as líquidas como as sólidas, sendo observadas 
as reações que podem aparecer após cinco minutos, como, por 
exemplo, aumento de temperatura 
local, sangramentos, coagulações e rompimentos de vasos sanguíneos. 
Essas situações são muito importantes para saber o que pode ocorrer no olho do 
ser humano, visto que é uma região bastante vascularizada. 
 
Figura 5. Aplicação de substância para teste. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. 
 
 
Na Figura 5, temos a visão macroscópica da membrana corioalantoica de um 
ovo de galinha parcialmente incubado, de modo que a seta indica um 
vaso sanguíneo presente nessa área com um calibre significativo. Pode-se 
observar, também, as ramificações que são originadas a partir desse vaso, 
levando sangue para todo o tecido. 
 
Esses dois testes in vitro que comentamos renderam ótimos resultados, 
garantindo informações seguras sobre as amostras testadas. Desse modo, 
passaram a ser aceitos para substituir o teste de Draize em casos em que as 
reações adversas dos produtos eram mais graves. 
CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTO 
OFTÁLMICO 
 
Os medicamentos oftálmicos, quando são desenvolvidos, têm que passar por 
testes rigorosos, como os que já citamos, para garantir a segurança durante o 
uso nos seres humanos. Contudo, a produção desses produtos também deve 
ser acompanhada para que cada lote esteja dentro dos paramentos 
especificados pelas agências reguladores de saúde. 
 
Figura 6. Aplicação de colírio em olho humano. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
16/12/2020. 
Como podemos observar na Figura 6, a administração de colírios deve ser feita 
diretamente no olho, sem contato com nenhum outro objeto ou parte do corpo 
para que não haja contaminação cruzada. Assim, esses medicamentos devem 
seguir protocolos de produtos estéreis com controle de qualidade 
microbiológico com maior periocidade, levando em consideração que as 
reações em pacientes idosos e com imunidade comprometida, como os 
imunodeprimidos, serão mais presentes. 
 
Método de irritação dérmica 
Seção 3 de 3 
 
Assim como o teste de irritação ocular é extremamente importante para garantir 
a segurança e eficácia do medicamento durante seu uso nos seres humanos, o 
teste de irritação dérmica também se torna indispensável durante o 
desenvolvimento de produtos que serão utilizados em contato com a pele. Vale 
salientar que mesmo que ambos sejam de uso tópico, não se pode considerar 
que um produto que cause irritação no olho reaja da maneira semelhante na pele 
e vice-versa. 
 
CURIOSIDADE 
Você sabe quando se classifica um produto como tópico? Muitos 
acreditam que substâncias que apresentam a expressão “uso tópico” são 
exclusivas para a pele. Não é bem assim! Claro que pomadas são de uso 
tópico, mas o conceito que envolve essa palavra é outro: todas as 
substâncias que não passam pelo trato gastrointestinal (TGI) do ser 
humano são classificadas como tópicas. Por exemplo, medicamentos de 
uso oftálmico, otológico e nasal. 
O teste padrão para irritação dérmica é o de Draize, sendo que a forma como 
ele é realizado segue praticamente a mesma desde que surgiu. Ele é feito em 
peles de coelhos que foram raspadas pelo método de tricotomia, nas quais se 
espalha a substância que se deseja realizar o teste. 
Após algumas horas, observa-se as reações que podem surgir e, se houve 
irritação ou não, visto que esse teste é realizado in vivo e a análise dos resultados 
observados deve seguir tabelas com normativas predefinidas por agências 
reguladores de saúde que graduam as lesões como eritema, edema e irritação da 
pele. 
ANATOMIA DA PELE HUMANA 
 
Para que seja possível compreender como funcionam os testes para irritação 
dérmica, é extremamente importante que se conheça as partes do tecido 
epitelial. A pele é considerada o maior órgão do ser humano e acumula uma 
infinidade de funções, das quais podemos citar como principais: proteção, 
regulação térmica do corpo e revestimento. 
Na Figura 7, temos um esquema das camadas do tecido epitelial a fim de 
facilitar os estudos. Como podemos observar, a superfície desse tecido possui 
poros e pelos que irão auxiliar na regulação térmica, ora eliminando, ora retendo 
líquidos. Os pelos são fios que ficam em pé quando estamos com frio, a fim de 
evitar a troca de calor com o ambiente e tentar manter a temperatura do corpo, 
porém, para que isso seja possível, é necessário que o músculo eretor de pelo 
trabalhe e sustente esse cabelo na posição vertical. 
 
Figura 7. Anatomia da pele humana. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. 
Ainda na região da superfície, está presente o estrato córneo – , que faz parte 
da epiderme – que é uma camada fina de células mortas ricas 
em queratina cuja função principal é proteger contra a entrada de 
microrganismos patógenos. Sabe-se que um dos processos do teste de Draize é 
a abrasão da pele com o intuito de remover o estrato córneo sem 
causar hemorragia para que se possa avaliar os impactos da substância em 
estudo em tecidos que possuem uma maior sensibilidade e, portanto, 
menor proteção. 
Logo abaixo temos a epiderme, uma camada avascularizada, ou seja, não 
possui vasos sanguíneos, que é subdividida em cinco outras camadas: 
estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e, por fim, 
já perto da derme, o estrato germinativo. Um fato importante é quanto mais 
próxima da superfície a célula se encontra, maior é seu tamanho e quantidade, 
conferindo uma resistência mecânica à epiderme. 
Na epiderme, podemos destacar três tipos de células muito importantes, sendo 
a primeira chamada de melanócito, a qual tem como função produzir as 
substâncias que dão a coloração da nossa pele. Em segundo, temos as células 
de Langherans, que compõem o sistema imunológico desse tecido, atuando 
como uma das primeiras defesas contra micróbios. Em terceiro, vem as células 
de Merkel, que são classificadas como mecanorreceptores, as quais se situam 
predominantemente nas palmas das mãos e plantas dos pés. 
 
Logo abaixo encontra-se a derme, onde se situam os folículos pilosos, 
os vasos sanguíneos, como, por exemplo, as veias e artérias responsáveis por 
levar nutrientes a essas camadas. Há, também, 
glândulas sebáceas e sudoríparas que produzirão o muco e o suor necessários 
nessa região, além dos nervos, que formam uma rede responsável por 
detectar situações e levar até o cérebro para que sejam interpretadas. 
Por último, ainda na Figura 7, está a hipoderme, também conhecida como 
camada de gordura, onde se localizam as células conhecidas como adipócitos. 
A gordura é um ótimo isolante térmico, por isso que todos possuem a 
hipoderme, com o intuito de manter a temperatura do corpo dentro dos valores 
compatíveis com a vida. Contudo, alguns têm essa camada mais espessa e 
outros mais delgada, o que varia de acordo com a alimentação, acúmulo e 
depósito de gordura nos adipócitos. 
Na Figura 8, temos uma visão mais realista do que é a nossa pele por um 
microscópio óptico. A superfície superior voltada para a região branca da 
imagem é o estrato córneo, onde as células são mais achatadas, estão mortas e 
cheias de queratina. Logo abaixo, aparece a epiderme, uma área 
mais definida, com muitas células de cor mais rosa e núcleos roxos. Por último, 
na área mais clara e mais desorganizada se situa a derme, na qual podemos 
encontrar todas as estruturas já citadas anteriormente. 
 
Figura 8. Visão da pele através de um microscópio óptico. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
16/12/2020. 
TESTE ADJUVANTE COMPLETO DE FREUND 
 
Existem testes que podem ser considerados variantes do teste padrão conhecido 
como teste de Draize; um desses é chamado de teste adjuvante completo de 
Freund. O objetivo é descobrir se assubstâncias em teste causam algum tipo 
de alergia; para isso, adiciona-se um componente denominado adjuvante – 
nesse caso, uma emulsão de óleo com antígeno – para gerar uma sensibilização 
na pele e observar quais as reações causadas. Desse modo, quanto mais 
concentrada for essa emulsão, maior a sensibilização da pele e 
consequentemente maior a chance de determinar os resultados alergênicos. 
O teste em si é feito com dois grupos com média de 15 coelhos em cada um, 
sendo o primeiro chamado de Grupo A, em que todos os animais receberão a 
substância, e o Grupo B, denominado grupo de controle, que será induzido às 
mesmas condições que o primeiro, porém não receberão o princípio ativo a ser 
testado. Todos os animais passam pela tricotomização, em que 
serão retirados todos os pelos de uma região com cerca de 12 cm², local que 
será feita a aplicação da emulsão e, após quatro a oito dias, a substância-teste. 
Outra área, bem menor que a anterior, é escolhida para passar por um desafio: 
uma grande concentração de substância é administrada após 21 e 35 dias da 
primeira dose normal. Após três dias seguidos, os resultados observados são 
anotados para que sejam analisados e comparados com tabelas. Assim, será 
possível concluir se uma substância pode causar alergia em contato com a pele 
ou não. 
FOTOTOXICIDADE 
 
A fototoxicidade é um conceito que envolve a irritação da pele devido à 
exposição à luz em conjunto com alguma substância fotoativa, isto é, que passa 
a agir quando entra em contato com um determinado comprimento de 
onda luminoso. Em geral, é mais comum serem observadas 
reações toxicologias e alergias em locais que possuem 
certa fotossensibilidade, isso é, são sensíveis à energia luminosa. 
Figura 9. Dermatite. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. 
Na Figura 9, apresentamos um esquema do que acontece na pele quando existe 
uma reação alérgica a algum produto, fazendo com que se desenvolva 
a dermatite. Quando a pele entra em contato com um produto fototóxico, 
ocorre a lesão das células da superfície desse tecido, desenvolvendo um 
processo inflamatório, o que faz com que haja menor aderência entre as 
células epiteliais. Isso gera calor, rubor, dor e aumento da vascularização a 
fim de trazer células de defesa para combater um possível ataque 
de antígenos. 
Desse modo, acontece a penetração de substâncias que causam alergia 
pela epiderme e derme, aumentando a inflamação e desenvolvendo 
a dermatite de contato. Sendo que, em testes de irritação primária de pele, 
durante o desenvolvimento de um cosmético, por exemplo, a pele dos coelhos 
apresenta eritema e edema quando em contato com substâncias que 
possuem fototoxicidade. Portanto, são testes 
considerados indispensáveis antes de liberar 
esses cosméticos para comercialização e utilização dos seres humanos. 
Vale salientar que o veículo utilizado pela indústria no momento do preparo de 
cremes e sabonetes interfere diretamente na quantidade e velocidade de 
absorção desses produtos. Em casos de desenvolvimento de dermatite por 
contato com algum produto que causou uma reação alérgica, como na Figura 
10, há a necessidade de comunicar os órgãos responsáveis, como a Vigilância 
Sanitária, para que seja apurado o motivo pelo qual tal reação ocorre, que pode 
ser individual ou por alguma substância contida no produto que não deveria 
estar lá. 
 
Figura 10. Dermatite por contato na pele do ser humano. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 
16/12/2020. 
 
TESTES DE IMPLANTES 
 
Existem diversos tipos de implantes que podem ser introduzidos no ser humano, 
com diferentes materiais e em diversos locais. Há os contraceptivos, que são 
armazenados dentro de uma cápsula polimérica e implantados via intradérmica, 
bem como as famosas próteses de silicone, que muitas vezes são colocadas atrás 
do músculo, como podemos observar na Figura 11. A primeira imagem da 
esquerda para direita mostra um implante por cima do músculo, na imagem do 
meio temos a prótese localizada intramuscular, em que colocam por dentro do 
músculo, e, por fim, na última ilustração, o implante fica atrás do músculo, mais 
internamente. 
 
 
Figura 11. Implante de silicone. Fonte: Shutterstock. Acesso em: 16/12/2020. 
Produtos à base de material polimérico que entrarão em contato direto com a 
pele devem passar por testes de irritabilidade a fim de garantir a segurança do 
paciente durante a utilização. Além de comprovar que o material não 
causa danos, como eritemas, alergias e edemas, também é necessário saber se 
o produto não se decompõe durante os anos de utilização, visto que alguns 
implantes, como o silicone e as cápsulas de contraceptivos, permanecem por 
longos anos introduzidos na pele até que sejam trocados. 
Nesse teste também são utilizados coelhos, nos quais são implantados 
fragmentos do material polimérico na pele, podendo ser intramuscular ou 
subcutâneo (em casos em que seja inviável a outra forma). Deve-se utilizar uma 
região tricotomizada e limpa, e se administra anestésicos durante a introdução 
para evitar traumas desnecessários. Após 120 horas, esses animais são 
sacrificados com superdoses de anestésicos para que sejam retirados os 
fragmentos, a pele e a musculatura ao redor para serem avaliados. 
Consideram-se as 
reações hemorrágicas, inflamatórias, 
possíveis necroses, encapsulamentos, 
fibrose, entre outros, tanto 
macroscopicamente como 
microscopicamente para juntar as 
informações e compará-las com o grupo 
de controle. Uma vez que se determina 
a biocompatibilidade do material com o 
tecido em estudo, garante-se a eficácia e 
a segurança do produto para 
a utilização no ser humano. 
 
Agora é a hora de sintetizar tudo 
o que aprendemos nessa 
unidade. Vamos lá?! 
SINTETIZANDO 
Primeiramente, falamos sobre o método de irritação ocular, em que existem 
testes específicos para determinar se substâncias como medicamentos, 
cosméticos e pesticidas, por exemplo, causam algum tipo de irritação ou dano 
quando em contato com os olhos. Para entender quais as principais regiões do 
olho que podem ser afetadas, temos que entender, de modo geral, como está 
configurada a anatomia do sistema ocular. 
O teste de irritação ocular pode ser feito in vivo ou in vitro. Existem dois 
métodos in vitro mais utilizados, o 3T3-NRU e o HET-CAM, e ambos não 
utilizam animais vivos para obter resultados, sendo bastante confiáveis. Já o 
teste in vivo é feito inoculando a amostra em olhos de coelhos com anotação 
dos resultados observados após algumas horas e, quando existe resultado 
positivo, o teste se estende por alguns dias. 
O teste de irritação primária da pele é tão importante quanto o teste ocular, 
contudo, um não deve substituir o outro, ou seja, um dos testes negativos não 
isenta a realização dos outros. Para compreender os experimentos realizados é 
necessário conhecer como está disposta a pele no ser humano, suas camadas, 
organelas e disposição das estruturas que a compõe. 
Existem diferentes testes, sendo o mais conhecido o teste de Draize, que passou 
a ser utilizado para fins de garantia de qualidade em meados do século XX. 
Contudo, outros experimentos complementares vieram sendo implementados 
com o passar dos anos, como o teste de fototoxicidade, que demonstra a 
sensibilidade do tecido e das substâncias aplicadas após a incidência de raios 
luminosos com diferentes intensidades e comprimentos de ondas. 
Por fim, falamos dos testes de implantes, tanto intramusculares como 
subcutâneos, nos quais materiais à base de polímeros entram em contato com o 
tecido. Desse modo, para que se garanta a segurança durante a utilização, são 
necessários testes para averiguar se o material se degrada ou gera alguma 
reação, como alergias, inflamações ou necroses nas células que ficarão 
próximas desse implante por algum tempo. 
 
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