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disturbios de crescimento

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DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO 
CRESCIMENTO FÍSICO – ASPECTOS GERAIS 
• Processo complexo e multifatorial. 
• Genética do indivíduo (80% e 423 genes) e fatores 
hormonais, nutricionais e psicossociais – dormir bem, 
atividade física adequada. 
• Geralmente cresce de maneira muito previsível. 
• O desvio desse padrão normal de crescimento pode ser 
a primeira manifestação de uma grande variedade de 
doenças, endócrinas ou não. 
• O crescimento de uma criança depende de fatores 
intrínsecos e extrínsecos, podendo ser dividido em duas 
fases distintas: pré-natal e a pós-natal 
- Durante crescimento pré-natal, fatores associados a 
saúde materna e a placenta constituem os fatores 
extrínsecos ao feto. 
 
 
 
 
• Por meio da altura dos pais, sendo eles não portadores 
de doenças que tenham afetado o seu crescimento, é 
possível calcular o “alvo genético” 
- Dado estatístico, com objetivo de orientar sobre o 
potencial de estatura adulta, mas não representa uma 
previsão de estatura a ser alcançada individualmente 
 
• O principal fator de crescimento, tanto no período pré-
natal como no período pós-natal, é a IGF-I, que age na 
epífise de crescimento. 
 
• No período pós-natal, a IGF-I, sob regulação direta do 
GH é produzida no fígado e liberada na circulação e 
também produzida diretamente na epífise óssea 
- GH que é produzido na hipófise, também tem ação 
direta na placa de crescimento 
- IGF-I estimula expansão e a hipertrofia, o GH estimula 
diferenciação celular 
• Hormônios tireoidianos estimulam a produção e 
secreção de GH e estimulam a síntese de IGF-I GH 
dependente 
- Hormônios tireoidianos tem um efeito direto na placa 
de crescimento, estimulando a diferenciação terminal 
dos condrócitos e a atividade dos osteoclastos 
- Glicocorticoides estimulam o crescimento, mas em 
níveis elevados e numa exposição crônica, causa 
diminuição da síntese e sensibilidade ao GH, 
consequentemente diminuindo a síntese de IGF-I e a 
proliferação celular, comprometendo o crescimento 
• Esteroides sexuais (androgênios e estrogênios): 
Fechamento das epífises de crescimento é um efeito 
direto dos estrogênios. 
ELEMENTOS PARA AVALIAR O CRESCIMENTO 
• Técnica utilizada na obtenção dos dados 
antropométricos 
• Estadiômetro infantil ou régua horizontal: mede 
comprimento de crianças com menos de 3 anos de 
idade 
- Criança em posição supina com a linha que conecta o 
meato auditivo externo e o canto do olho perpendicular 
ao corpo. Pés devem estar juntos 
• Aferição de crianças com mais de 2 anos deve ser feita 
através de um estadiômetro fixo, graduado em 
milímetros. 
- Criança descalça com calcanhares juntos e encostada 
na parede. Cabeça mantida com a linha 
GRÁFICO DE CRESCIMENTO 
• Para avaliação sobre o crescimento, sempre utilizar o 
gráfico de crescimento para comparar a altura 
encontrada com a esperada para crianças do mesmo 
sexo e idade e para acompanhar possíveis alterações na 
velocidade de crescimento 
IDADE ÓSSEA 
• Calculada através da avaliação de uma radiografia da 
mão e punho esquerdos 
• Modo pelo qual endocrinologistas podem acompanhar 
o grau de maturação corporal 
• O cálculo da idade óssea é feito comparando os centros 
de ossificação visíveis da mão esquerda de uma criança 
com padrões previamente estabelecidos 
• Desenvolvimento corporal de uma criança está mais 
relacionado com a idade óssea do que com a idade 
cronológica 
CRESCIMENTO PÓS-NATAL 
• Nos primeiros dias de vida, o recém-nascido pode 
perder até 10% de seu peso de nascimento, devendo 
retornar a esse peso em até 2 semanas 
• Nos primeiros 2 anos de vida, a criança aumenta ou 
diminui a velocidade de crescimento para se posicionar 
na curva de crescimento em um patamar mais 
condizente com as suas características 
genéticas/familiares 
- Crianças que nasceram grandes, mas são de família de 
estatura baixa, mudarão de percentil na curva de 
crescimento – se o alvo genético é no percentil 20 e a 
criança nasceu no percentil 70, ocorrerá um desvio, 
fisiológico na curva de crescimento nesses primeiros 
anos de vida 
- Efeitos do GH já é presente, mesmo com o crescimento 
estatural relacionado a nutrição 
• O crescimento estatural tem uma importante relação 
com a idade óssea, visto que a menina cresce até atingir 
uma idade óssea de 15 a 16 anos, e o menino, até uma 
idade óssea de 17 a 18 anos. 
 
 
• Puberdade: A velocidade de crescimento aumenta em 
razão da presença de esteroides sexuais 
- Meninas começam a puberdade 1 a 2 anos antes dos 
meninos e apresentam o estirão de crescimento no 
início do processo puberal 
- Meninos apresentam estirão puberal no final da 
puberdade e têm um pico maior de crescimento do que 
as meninas 
• Crescimento encerra-se com o fechamento das epífises 
de crescimento, que ocorre primeiro nas meninas por 
terem iniciado o processo puberal antes 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: ANTROPOMETRIA E 
CURVAS/GRÁFICOS DE CRESCIMENTO 
ANTROPOMETRIA 
 
CURVAS DE CRESCIMENTO – PERCENTIL 
• Prática, intuitiva. Apresentação dos valores ordenados 
de maneira crescente (“de 1 a 100”). Cada percentil 
representa a posição que um valor tem nessa 
distribuição ordenada. 
• Quanto mais próximo dos valores extremos da tabela ou 
gráfico for o valor observado em uma criança, menor 
será a sua chance de ser normal, MAS... todos os valores 
previstos na tabela ou gráfico são de indivíduos 
supostamente normais, mesmo que alguns sejam muito 
pouco frequentes. 
CURVAS DE CRESCIMENTO – ESCORE Z 
 
CORRELAÇÃO ENTRE PERCENTIL E Z SCORE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESVIOS DE CRESCIMENTO 
• Alta estatura 
• Baixa estatura 
• Muito baixa estatura 
 
 
ALTA ESTATURA 
• Alta estatura na infância frequentemente é de origem 
familiar ou relacionada a exposição precoce a níveis 
elevados, não fisiológicos para aquela idade, de 
esteroides sexuais 
• Avança constitucional do crescimento e puberdade 
- Crescimento está levemente acelerado acompanhado 
de avanço na idade óssea proporciona 
- Antecipa o início da puberdade, mas não traz 
repercussões 
 
• Crianças expostas precocemente a níveis elevados, não 
fisiológicos, de esteroides sexuais apresentam alta 
estatura no período de crescimento, mas, como há 
aceleração na maturação da idade óssea, ocorre 
comprometimento da estatura adulta, levando a uma 
baixa estatura 
• Crianças com obesidade exógena, caracteristicamente 
são altas, apresentando quadro de avanço 
constitucional do crescimento e puberdade, atingindo, 
antecipadamente, a altura alvo esperada. 
 
 
 
 
 
BAIXA ESTATURA 
• Geralmente de origem familiar 
BAIXA ESTATURA IDIOPÁTICA: 
- Altura mais de 2 desvios padrão abaixo da média, sem 
sinais de doenças endócrinas ou pediátricas 
evidenciadas por uma completa avaliação por um 
endocrinologista pediátrico, incluindo 
testes de estímulo para secreção de GH com resposta 
apropriada 
BAIXA ESTATURA FAMILIAR 
- Baixa estatura familiar: o alvo genético, baseado na 
altura dos pais, é abaixo da média da população em 
geral, e a criança apresenta um crescimento dentro do 
esperado para aquele alvo 
- RETARDO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO E 
PUBERDADE (RCCP): 
-Iniciam a puberdade um pouco mais tardiamente em 
função de um atraso na idade óssea, mas com uma previsão 
de estatura adulta dentro do alvo genético. 
 
 
 
 
 
BAIXA ESTATURA DESPROPORCIONAL: 
- Displasias ósseas – acondroplasia, hipocondroplasia, 
displasias metafisárias e epifisárias 
- Devido a uma alteração genética a cartilagem de 
crescimento não é normal. Crescimento dos ossos 
longos está prejudicado 
- Devido ao crescimento vertebral não estar afetado, a 
relação entre o corpo e membros é desproporcional 
- No exame decrianças com baixa estatura é importante 
avaliar as proporções corporais (relação segmento 
superior/segmento inferior) 
- Pode haver histórico familiar ou não e o diagnóstico é 
radiológico. 
 
BAIXA ESTATURA PROPORCIONAL (DE ORIGEM PRÉ-
NATAL) 
-Pequenos para a idade gestacional (PIG)/retardo do 
crescimento intrauterino (RCIU) 
-Diagnóstico no momento do nascimento: correlação 
entre a idade gestacional e o peso e/ou compri- 
mento de nascimento 
- Dez por cento das crianças que nascem PIG não fazem 
uma recuperação do crescimento até o 2° 
ano de vida (catch up). 
 
SÍNDROMES GENÉTICAS 
• São exemplos: síndrome de Russel-Silver, síndrome de 
Noonan, síndrome de Seckel e síndrome de Bloom 
• Síndrome de Russel-Silver: 
- Patologia genética que cursa com retardo do 
crescimento intrauterino desde o 1° trimestre da 
gestação 
- Além da baixa estatura de origem pré-natal, 
clinodactilia, fácies triangular e assimetria de membros 
inferiores 
 
SÍNDROMES CROMOSSÔMICAS 
• Síndrome de Turner e Síndrome de Down 
• Síndrome de Turner: 
- Uma das principais causas de baixa estatura em 
meninas. 
- 1/2000 nativivos são meninas com discreta baixa 
estatura ao nascimento que apresenta estigmas 
característicos – pescoço alado, baixa implantação de 
orelhas e cabelo, cubitus valgo, hipertelorismo 
mamário, 4° metacarpo curto, palato ogival. E em sua 
grande maioria, apresentam insuficiência ovariana 
 
• Síndrome de Down: 
 
 
BAIXA ESTATURA PROPORCIONAL DE ORIGEM PÓS - 
NATAL 
• Doenças crônicas: 
-Por exemplo, doença renal, doença hematológica, 
doença respiratória, doença cardíaca, doença 
gastrointestinal, doenças reumatológica e desnutrição. 
• Psicossocial: 
-Crianças com privação psicoafetiva podem ter 
comprometimento em seu crescimento mesmo quando 
expostas a uma dieta ideal. 
- Quadro clínico é muito semelhante à de ciência de 
hormônio de crescimento (DGH), mas pode-se ver uma 
aceleração na velocidade de crescimento quando o 
ambiente social é alterado. 
• Endocrinopatias: 
-Como hipotireoidismo, síndrome de Cushing, diabete 
melito, hipogonadismo e DGH. 
• DGH podem ter causas múltiplas 
- O quadro clínico depende de três fatores: se é 
congênito ou adquirido, o grau de deficiência (total ou 
parcial) e se é isolado ou associado a outras deficiências 
hipofisárias 
- Formas mais graves, onde o defeito é congênito: 
diagnóstico pode ser feito ao nascimento com um 
quadro de micropênis, icterícia prolongada e história de 
hipoglicemia. O tamanho de nascimento é normal, 
apesar de estatisticamente ser um pouco abaixo da 
média. Pode ou não apresentar diminuição na 
velocidade de crescimento no 1° ano de vida. 
- Formas mais leves: deficiência é parcial e isolada. 
Clinicamente as crianças apresentam somente uma 
diminuição na velocidade de crescimento, com atraso 
na idade óssea. 
 
INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA NOS CASOS DE BAIXA 
ESTATURA 
• Dez por cento dos quadros de baixa estatura são de 
causa endócrina. 
• A maioria é familiar e um grande número é decorrente 
de doenças não endócrinas. 
• Avaliação criteriosa com uma anamnese bem objetiva e 
um exame físico completo 
• História: Dados sobre a gestação e parto vão informar o 
que aconteceu no período intrauterina 
- Estatura dos pais deve ser aferida para não haver 
dados incorretos 
• Exame físico: Dados auxológicos podem fazer o 
diagnóstico. 
- Averiguar se a baixa estatura existe, se há 
desaceleração ou parada de crescimento 
- Essencial que a criança seja monitorada pelo pediatra 
em um gráfico de crescimento ponderoestatural 
- Acompanhamento com avaliação da velocidade de 
crescimento é o parâmetro mais importante no 
diagnóstico de baixa estatura. Esse acompanhamento 
deve ser realizado com visitas espaçadas em no mínimo 
6 vezes, sendo que o período ideal é entre 9 e 12 meses. 
• Exames laboratoriais: Por meio de exames 
complementares a causa de uma baixa estatura pode 
ser elucidada e tratada. 
-Anemia, alergia, infecções de repetição, estado 
nutricional, etc. 
- Idade óssea é um parâmetro essencial no 
acompanhamento e no prognóstico de estatura baixa 
- Nas crianças com rccp, o atraso da maturação óssea 
pode significar potencial de recuperação estatural no 
final da puberdade

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