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DEFEITOS DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO ORAL E MAXILO FACIAL E CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS

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Defeitos do Desenvolvimento da Região Oral e 
Maxilo Facial 
 
FENDAS OROFACIAIS 
Distúrbios no crescimento ou na fusão de processos 
teciduais envolvidos na formação da face e cavidade 
oral. 
 4° semana 
▪ Desenvolvimento da porção central da face; 
▪ Aparecimento dos placoides nasais (olfatórios) 
de cada lado da parte inferior do processo 
frontonasal; 
▪ A proliferação de ectomesênquima em ambos 
os lados de cada placoide resulta na formação 
dos processos nasal mediano e nasal lateral. 
 6° e 7° semana 
▪ União dos processos nasais mediano e 
maxilares, formam o lábio superior; 
 Palato primário: 
▪ União dos processos nasais medianos formando 
o segmento intermaxilar; 
▪ O segmento intermaxilar origina a pré-maxila; 
▪ Pré-maxila: estrutura óssea com formato 
triangular que irá abrigar os quatro incisivos 
superiores. 
 Palato secundário: 
▪ Formado pelos processos maxilares do 1° arco 
braquial; 
▪ Constitui 90% do palato duro e palato mole; 
 Fatores ambientais 
1. Agentes infecciosos; 
2. Raio-X; 
3. Drogas; 
4. Hormônios; 
5. Deficiência nutricional 
▪ A causa das fendas não sindrômicas não segue 
um padrão simples mendeliano de herança, mas 
parece ser heterogênea. 
▪ A propensão ao desenvolvimento de fendas 
pode estar relacionada a um número maior ou 
menor de genes e fatores ambientais que podem 
estar combinados para ultrapassar um limiar de 
desenvolvimento. 
▪ O consumo materno de álcool é associado ao 
aumento no risco de desenvolvimento das 
fendas orofaciais; 
▪ Tabagismo materno, dobra as chances de 
desenvolvimento de fendas; 
▪ Uso de anticonvulsivantes [fenitoína], aumenta 
cerca de 10x a chance de formação de fendas. 
 Fenda labial [FL]: A fusão defeituosa do processo 
nasal mediano com o processo maxilar; 
▪ 25% casos isolados de FL; 
▪ Características clínicas 
✓ Sexo masculino; 
✓ Lábio superior; 
✓ 80% Unilateral e 20% bilateral; 
✓ Lado esquerdo 70%; 
✓ Completa: narina / alvéolo – IL e canino; 
✓ Pode haver ausência do IL; 
✓ Incompleta: não envolve o nariz; 
✓ Radiografia: defeito ósseo. 
 Fenda palatina: a falha na fusão das cristas 
palatinas; 
▪ 30% casos isolados de FP 
▪ A menor expressão da FP é a úvula fendida ou 
úvula bífida 
▪ Fenda palatina submucosa 
✓ Chanfradura no osso ao longo da região 
posterior marginal do palato duro; 
✓ Associada à úvula bífida. 
▪ Sequência de Pierre Robin 
✓ Fenda palatina – forma de “U” e mais larga; 
✓ Micrognatia mandibular; 
✓ Glossoptose – obstrução de vias aéreas; 
✓ A síndrome de Stickler e a síndrome 
velocardiofacial são as duas doenças 
genéticas mais associadas. 
✓ O crescimento reduzido da mandíbula no 
útero resulte na falha do deslocamento 
inferior da língua, impedindo, assim, a 
fusão das cristas palatinas. 
✓ A mandíbula retraída resulta em: 
- Deslocamento posterior da língua; 
- Falta de suporte para a musculatura da 
língua; 
- Obstrução das vias aéreas. 
✓ Frequente no sexo feminino, asiáticos e 
norte-americanos brancos; 
✓ Gravidade variável; 
✓ Completa: palato duro e mole; 
✓ Incompleto: palato mole; 
✓ Úvula fendida ou bífida; 
✓ FP submucosa: mucosa intacta, defeito 
muscular. 
 Fenda facial latera: a falta de fusão dos processos 
maxilar e mandibular; 
▪ representa 0,3% de todas as fendas faciais. 
▪ A fenda facial lateral pode ocorrer como um 
defeito isolado, mas geralmente está associada 
a outras desordens, tais como: 
✓ Disostose mandibulofacial; 
✓ Espectro óculo-aurículo-vertebral 
(microssomia hemifacial); 
✓ Disostose acrofacial de Nager 
✓ Sequência de ruptura amniótica 
 Fenda facial obliqua: resultar da falha na fusão do 
processo nasal lateral com o processo maxilar; 
▪ Fenda é rara, representando apenas um em cada 
1.300 casos de fendas faciais; 
▪ Quase sempre associada à FP; 
▪ Muitas vezes, as formas graves são 
incompatíveis com a vida 
 Fenda mediana do lábio superior: falha na fusão 
dos processos nasais medianos. 
▪ Associada a várias síndromes; 
▪ As fendas medianas do lábio superior mais 
aparentes, na verdade representam uma 
agenesia do palato primário associada à 
holoprosencefalia. 
▪ Tratamento e Prognóstico 
✓ Desafiador; 
✓ Abordagem multidisciplinar; 
- Pediatra; 
- Cirurgião buco-maxilofacial; 
- Otorrinolaringologista; 
- Cirurgião plástico; 
- Odontopediatra; 
- Ortodontista; 
- Protesista; 
- Fonoaudiólogo; 
- Geneticista. 
✓ Múltiplas cirurgias; 
✓ Fechamento do lábio; 
- O fechamento primário do lábio é 
geralmente realizado durante os 
primeiros meses de vida, seguido, 
posteriormente, pela correção do 
palato. 
✓ Correção do palato; 
✓ Aconselhamento genético. 
 
FOSSETAS DA COMISSURA LABIAL 
 Pequenas invaginações da mucosa que ocorrem no 
limite do vermelhão dos lábios, nos ângulos da 
boca. 
 Ocorrem devido à falha na fusão normal do 
processo embrionário maxilar e do processo 
mandibular. 
 Mais frequentes em adultos; 
 Desenvolvem-se tardiamente na vida; 
 Maior frequência em homens; 
 Transmissão autossômica dominante. 
 Características Histopatológicas 
▪ Raro biopsiar; 
▪ Invaginação estreita por EEP, ductos salivares 
 Tratamento e Prognóstico 
▪ Assintomáticas e inócuas: sem tratamento; 
▪ Secreção salivar excessiva, infecção 
segundarias: cirurgia; 
 
LÁBIO DUPLO 
 Crescimento exuberante de tecido na mucosa labial; 
 Congênito: 2° ou 3° meses de VIU; 
 Adquirido: Síndrome de Asher 
▪ Lábio duplo; 
▪ Blefarocalásia - recorrente da pálpebra superior 
leva à flacidez da pálpebra no canto externo do 
olho 
▪ Maior atóxidade da tireoide; 
▪ Tanto o lábio duplo, como a blefarocalásia, 
ocorrem de maneira abrupta e simultaneamente, 
porém em alguns casos eles desenvolvem-se de 
forma mais gradual. 
▪ A causa dessa síndrome, é incerta; porem foi 
sugerido que a causa pode está relacionada a 
herança autossômica dominante. 
 Trauma: hábito [sucção] 
▪ Traumatismo ou hábitos orais, como sugar o 
lábio. 
 Lábio superior [mais afetado] e ambos os lábios 
 Características Histopatológicas 
▪ Estruturas normais, glândulas salivares; 
▪ Bleforicalásia: hiperplasia das glândulas 
lacrimais, prolapso do tecido adiposo pálpebrar. 
 Tratamento e Prognóstico 
▪ Não necessário; 
▪ Cirurgia estética; 
 
GRÂNULOS DE FORDYCE 
 Glândulas sebáceas que ocorre na mucosa oral – 
ectópicas; 
 Estruturas dérmicas anexas: 
▪ Cavidade bucal são muitas vezes consideradas 
“ectópicas”; 
 Mais de 80% da população 
▪ Variação anatômica normal 
 Nenhum tratamento é indicado; 
 aspecto clínico é característico e a biópsia não é 
necessária para o diagnóstico. 
 
LEUCOEDEMA 
 Condição comum da mucosa oral; 
 Etiologia desconhecida; 
 70 a 90% indivíduos negros; 
 Se apresenta de forma muito mais sutil em brancos, 
a diferença da predileção pela raça pode ser 
explicada pela presença de uma pigmentação na 
mucosa. 
 É mais comum e mais acentuado em tabagistas e 
que se torna menos pronunciado quando o paciente 
abandona o hábito. 
 Variação de normalidade; 
 Características Clínicas 
▪ Aparência: opalescente e branco-acinzentada 
leitosa da mucosa, estrias esbranquiçadas ou 
rugosidades. 
▪ Desaparece quando a mucosa é evertida e 
distendida. 
 Características Histopatológicas 
▪ A superfície epitelial em geral é 
paraqueratinizada, e as cristas epiteliais são 
amplas e alongadas. 
 Condição benigna 
▪ Aspectos clínicos característicos que 
desaparecem após o estriamento, auxilia a 
distingui-lo de outras lesões brancas comuns. 
 Nenhum tratamento é necessário; 
 Pode ser confundido com candidíase e líquen plano 
oral. 
 
MICROGLOSSIA 
 Alteração de desenvolvimento em incomum; 
 Etiologia desconhecida; 
 Língua normalmente pequena ou ausente [aglossia]; 
 Isoladas ou associadas a síndromes; 
 Capacidade de falar dependendo da gravidade da 
microglossia; 
 Procedimentos cirúrgicos e ortodônticos para 
melhorar a função oral; 
 
MACROGLOSSIA 
 Condição incomum caracterizada pelo aumentoda 
língua; 
 As causas mais frequentes são as malformações 
vasculares e a hipertrofia muscular. 
 Em bebês, a macroglossia pode se manifestar 
inicialmente pela respiração ruidosa, incontinência 
salivar (baba) e dificuldade na alimentação. 
 O aumento da língua pode causar dislalia, mordida 
aberta e prognatismo mandibular. 
 Síndrome de Beckwith-Wiedemann 
▪ Onfalocele (protrusão de parte do intestino 
através de um defeito na parede abdominal na 
altura do umbigo); 
▪ Visceromegalia; 
▪ Gigantismo; 
▪ Hipoglicemia neonatal; 
▪ Risco aumentado para o desenvolvimento de 
vários tumores viscerais na infância: 
- Tumor de Wilms, 
- Carcinoma adrenal, 
- Hepatoblastoma, 
- Rabdomiossarcoma, 
- Neuroblastoma. 
 Síndrome de Down 
▪ A língua exibe uma superfície fissurada e 
papilar. 
▪ Pode não exibir alterações histológicas; 
▪ 
 Tratamento: 
▪ Fonoaudiologia – em casos leves 
▪ Glossectomia – sintomáticos. 
 
 
ANQUILOGLOSSIA 
 Freio lingual curto; 
 Limitação dos movimentos da língua; 
 Maior frequência em homens; 
 Parece ser esporádica ou pode haver influência 
genética. 
 Casos leves e com pouco significado clínico 
 Casos raros de anquiloglossia completa, em que a 
língua é totalmente fusionada ao assoalho bucal; 
 Em bebês a anquiloglossia pode causar problemas 
na amamentação, tais como dor no mamilo ou 
dificuldade do bebê de se acoplar ao seio. 
 Atrapalha a deglutição e a fonação; 
 Tratamento: 
▪ Frenectomia [quando atrapalha a fonação e a 
deglutição]; 
▪ A condição pode ser corrigida espontaneamente 
em muitos casos, por isso, é menos comum em 
adultos. 
 
TIREOIDE LINGUAL 
 3° e 4° semana de vida intrauterina, a tireoide 
começa a se desenvolver através da proliferação 
epitelial no assoalho do cordão faringiano. 
 7° semana de desenvolvimento embrionário, o 
botão tireoidiano migra inferiormente para o 
pescoço e, por fim, posiciona-se anteriormente à 
traqueia e à laringe. 
 Quando a glândula primitiva não migra 
normalmente, um tecido tireoidiano ectópico pode 
ser encontrado entre o forame cego e a epiglote. 
 Tecido teroidiano [ectópico]; 
 Geralmente é assintomático; 
▪ Os sintomas surgem, durante a puberdade, 
adolescência, gestação ou menopausa. 
 Sintomas clínicos 
▪ Disfagia, 
▪ Disfonia, 
▪ Dispneia. 
 Sexo feminino; 
 Diagnostico 
▪ Tomografia computadorizada (TC) e/ou 
Ultrassonografia; 
▪ A biopsia geralmente é evitada. 
 70% dos casos: única tireoide do paciente; 
 Pequenos nódulos/grandes massas. 
 Tratamento 
▪ Em casos assintomáticos: Nenhum tratamento é 
necessário ou a terapia supressiva com 
suplemento de hormônio tireoidiano 
 
LÍNGUA FISSURADA 
 Relativamente comum; 
 Origem: hereditariedade/crianças e 
adultos/homens; 
▪ Autossômico dominante com penetrância 
incompleta. 
▪ Fatores que podem influenciar - ambientais e 
idade 
 Múltiplas fendas ou fissuras; 
 1 a 6 mm; 
 Numerosas fissuras/fissuras localizadas/fissuras 
centra grande; 
 Assintomática; 
 Queimação e ardor por conta da sua grande área de 
superfície; 
 Características Histopatológicas 
▪ Hiperplasia das projeções epiteliais e perda dos 
“pelos” de queratina na superfície das papilas 
filiformes. 
▪ Leucócitos polimorfonucleares podem ser 
observados migrando para o epitélio, formando 
muitas vezes microabscessos nas camadas 
epiteliais superiores. 
 Tratamento: 
▪ Nenhum; 
▪ Escovação da língua, uma vez que restos 
alimentares retidos podem atuar como fonte de 
irritação. 
 
LÍNGUA PILOSA 
 Acúmulo de ceratina nas papilas filiformes; 
 Dorso da língua; 
 Aumento na produção de ceratina; 
 Decréscimo da descamação; 
 Papilas alongadas; 
 Cor: castanhas/negras 
 Bactérias cromogênicas, pigmentos do tabaco e 
alimentos. 
 Alongamento das cristas epiteliais, hiperceratose e 
colonização bacteriana. 
 Assintomático; 
 Sensação de náusea/gosto desagradável; 
 Fumantes; 
 Fatores associados; 
 Antibioticoterapia; 
 Higiene deficiente; 
 Radioterapia; 
 Uso de bochechos; 
 Proliferação de bactérias e fungos; 
 Debilitação geral. 
 Tratamento 
▪ Raspagem periódica ou limpeza com escova de 
dentes ou raspador de língua. 
 
VARICOSIDADES 
 Veias dilatadas e tortuosas; 
 Comum em idosos por causa da degeneração das 
fibras colágenas [idade]; 
 Variz sublingual é a mais comum; 
 Múltiplas veiais populares, ou seja, elevadas; 
 Purpúreo-azuladas; 
 Superfície ventral e borda latera; 
 Assintomáticos; 
 Varizes solitárias em lábios e/ou bochecha; 
 Nenhum tratamento é indicado; 
 Diascopia ou vitropressão. 
 
ARTÉRIA DE CALIBRA PERSISTENTE 
 São uma alteração vascular comum, na qual um 
ramo arterial principal estende-se para a superfície 
da mucosa sem redução no seu diâmetro. 
 Fenômeno degenerativo relacionado à idade, no 
qual ocorre perda do tônus do tecido conjuntivo 
circunjacente de suporte. 
 Ocorre quase que exclusivamente na mucosa labial. 
 A média de idade dos pacientes é de 58 anos. 
 A lesão apresenta-se como uma elevação linear, 
papular ou arqueada, de coloração pálida, normal ou 
azulada; 
 O sintoma mais característico é a pulsação; 
 Nenhum tratamento é necessário. 
 
EXOSTOSE 
 São protuberâncias ósseas localizadas que surgem 
da cortical óssea. 
 Estes crescimentos benignos frequentemente 
afetam a maxila e a mandíbula. 
 Tórus Palatino 
▪ Se apresenta como uma massa dura de osso que 
surge na linha média do palato duro. 
▪ Pode ser classificado em: 
✓ Tórus plano tem uma base ampla e uma 
superfície lisa, ligeiramente convexa. Ele se 
estende de forma simétrica para os dois 
lados da rafe palatina. 
✓ Tórus alongado apresenta-se como uma 
crista na linha média ao longo da rafe 
palatina. Algumas vezes há um sulco 
central. 
✓ Tórus nodular apresenta-se como 
protuberâncias múltiplas, cada uma com 
sua base. Essas protuberâncias podem 
coalescer, formando sulcos entre si. 
✓ Tórus lobular também é uma massa 
lobulada, porém origina-se de uma base 
única. Pode ser séssil ou pediculado. 
▪ Origem: fatores genéticos e ambientais; 
▪ Linha média do palato duro; 
▪ Plano/alongado/nodular/lobular; 
▪ Sexo feminino; 
▪ Adulto jovem. 
 
 Tórus Mandibular 
▪ Origem: fatores genéticos e ambientais; 
▪ Superfície lingual da mandíbula; 
▪ Região de pré-molares; 
▪ 90% - bilateral/nódulos; 
▪ Sexo masculino/adultos jovens. 
▪ Massa modular de osso cortical denso; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cistos Não Odontogênicos 
CISTO 
“Cavidade patológica [muitas vezes preenchida por 
líquido ou material semissólido] que é revestida por 
epitélio.” 
- Neville et. al, 2016 
 Muitas vezes os cistos são revestidos por uma 
camada de tecido conjuntivo fibroso. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Cistos odontogênicos 
▪ Do desenvolvimento; 
▪ Inflamatórios 
 Cistos não odontogênicos 
▪ Do desenvolvimento 
▪ Epitélio aprisionado ao longo das linhas de 
fusão processos maxilares na embriogênese; 
▪ Geralmente não tem uma etiologia bem 
definida, apenas hipóteses. 
 
CISTO PALATINO DO RECÉM-NASCIDO 
 Perolas de Epstein 
▪ Ocorrem ao longo da rafe palatina mediana; 
▪ Surgem a partir de epitélio aprisionado ao longo 
da linha de fusão. 
 Nódulos de Bohn 
▪ Espalhados pelo palato duro; 
▪ Derivados de glândulas salivares menores. 
 Esses cistos são mais comuns próximos à linha 
média da junção entre o palato duro e o palato mole, 
na maioria dos casos é difícil afirmar clinicamente 
se eles se originam do epitélio aprisionado pela 
fusão dos processos palatinos ou de restos epiteliais 
de glândulas salivares menores. 
 Etiologia: 
▪ Ilhas epiteliais abaixo da superfície tecidual da 
rafe; 
▪ Remanescente epiteliais de glândulas salivares. 
 Características Clínicas: 
▪ 65 a 85% de recém-nascidos; 
▪ Pápulas brancas ou branco-amareladas; 
▪ Lesões únicas ou múltiplas; 
▪ Palato duro: linha média, junção palato mole-
duro. 
▪ Lesões que regridem espontaneamente. 
 Caraterísticas Histopatologia 
▪Preenchidos por ceratina, epitélio estratificado 
pavimentoso. 
▪ Comunicação dom a superfície mucosa; 
 Tratamento e Prognóstico 
▪ Nenhum [lesões inócuas]; 
▪ Regressão espontânea; 
✓ Degeneração do epitélio; 
✓ Eliminação da queratina pelo rompimento 
do cisto para a superfície mucosa. 
 
CISTO NASOLABIAL 
 Cisto Nasoalveolar 
 É um cisto de desenvolvimento raro que ocorre no 
lábio superior, lateral à linha média. 
 Cisto extraósseo que ocasiona a absorção óssea; 
 Epitélio com grande diferenciação celular; 
 Etiopatogêneses 
a. Cisto fissural: deposição ectópica epitélio do 
ducto nasolabial; 
b. Epitélio na linha de fusão dos para acessos nasal 
lateral, mediano e maxilar. 
 Características Clínicas 
▪ Lábio superior [lateral a linha média]; 
▪ Tumefacção levando a asa do nariz; 
▪ Crescimento: é levar mucosa vestíbulo-nasal e 
algumas vez ocasionar na obstrução nasal; 
▪ Mais comum no sexo feminino e adultas entre 
4° e 5° décadas; 
▪ O cisto pode se romper de forma espontânea e 
drenar para a cavidade oral ou nasal. 
▪ Sem sinais radiográficos por causa que ocorre 
em tecidos moles; 
▪ Em alguns casos pode ocorrer reabsorção óssea 
superficial subjacente pela pressão exercida 
pelo cisto. 
 Características Histopatológicas 
▪ Epitélio colunar pseudoestratificado com 
células caliciformes e ciliadas / cúbico, 
metaplasia escamosa, alterações apócrinas; 
▪ Cápsula TC / músculo esquelético; 
▪ Infiltrado inflamatório [infecção secundário]. 
 Tratamento e Prognostico 
▪ Cirúrgico por acesso intraoral; 
▪ Assoalho nasal: retirada de parte de mucosa 
nasal; 
▪ Abordagem transnasal: marsupialização 
endoscópica 
✓ Marsupialização endoscópica - retira uma 
parte do cisto, coloca-se um dispositivo 
capaz de realizar a comunicação entre o 
interior e o exterior, diminuindo a pressão 
hidrostática, o qual o epitélio perde os 
estímulos antigênicos e não irá responder. 
Logo, ocorre a involução do cisto podendo 
ser, uma por completo ou o cisto diminui 
para que seja realizado uma cirurgia menos 
impruenta. 
- Convertendo o cisto em uma cavidade 
contendo ar com a sua abertura para o 
assoalho nasal. 
 
CISTO DO DUCTO NASOPALATINO 
 Etiopatogênese 
▪ Remanescentes do ducto nasopalatino 
[estrutura embrionária que liga a cavidade nasal 
e oral na região do canal incisivo]; 
▪ Pode representar uma degeneração cística 
espontânea de remanescentes do ducto 
nasopalatino. 
 Características clínicas e radiográficas 
▪ Cisto não odontogênico mais comum em boca; 
▪ 4° e 6° décadas / sexo masculino; 
▪ Tumefação da região anterior do palato, 
drenagem e dor; 
▪ Radiotransparência [intraósseo] bem 
circunscrita 
✓ forma de Pêra invertida – devido à 
resistência das raízes dos dentes adjacentes. 
✓ Forma de Coração – sobreposição da 
espinha nasal ou pela chanfradura causada 
pelo septo nasal. 
▪ 1 a 2,5 cm de diâmetro; 
▪ Cistos da papila incisiva 
 Características Histopatológicas 
▪ Revestimento epitelial variável [localização do 
cisto]; 
✓ Epitélio pavimentoso estratificado; [75% 
dos cistos] 
✓ Epitélio colunar pseudoestratificado; 
✓ Epitélio colunar simples; 
✓ Epitélio cúbico simples. 
▪ Células caliciformes e ciliadas ser encontrados 
em associação com o epitélio colunar. 
▪ Parede cística: nervos de tamanho moderado, 
artérias musculares pequenas, glândulas 
mucosas, cartilagem hialina e reação 
inflamatória crônica. 
▪ Resposta inflamatória é notada com frequência 
na parede cística e pode variar de leve a intensa. 
▪ Em geral é de natureza crônica e composta por 
linfócitos, plasmócitos e histiócitos. 
 Tratamento e Prognostico 
▪ Enucleação cirúrgica; 
▪ A biopsia é recomendada; 
▪ Acesso cirúrgico é realizado com um retalho 
palatino rebatido após uma incisão ao longo da 
margem gengival lingual dos dentes anteriores 
superiores. 
 
Cisto Nasolabial X Cisto Palatino Mediano 
 
CISTO PALATINO MEDIANO 
 É um cisto fissural raro; 
 Representar cistos do ducto nasopalatino 
localizados posteriormente. 
 Se um cisto palatino mediano verdadeiro se 
desenvolver na porção anterior do palato duro, ele 
será facilmente confundido com um cisto do ducto 
nasopalatino. 
 Características Clínicas 
▪ Apresenta como uma tumefação firme ou 
flutuante na linha média do palato duro; 
▪ Mais frequentemente em adultos jovens.; 
▪ Na maioria das vezes a lesão é assintomática, 
porém o paciente pode relatar dor e expansão; 
▪ É revestido por epitélio pavimentoso 
estratificado. 
 Tratamento e Prognostico 
▪ Remoção cirúrgica. 
 
CISTO DERMOIDE 
 Características Clínicas 
▪ Cistos dermoides: forma frusta de teratoma; 
▪ Ocorrem com frequência na linha média do 
assoalho bucal; 
▪ Deslocamento da língua / Tumefação 
submental; 
▪ Abaixo do M. Gênio-hióideo – remoção 
cirúrgica. 
▪ Acima do M. Gênio-hióideo – uma tumefação 
submentoniana, com aparência de “queixo 
duplo”. 
▪ Tamanho variável; 
▪ Adultos jovens, crescimento lento indolor 
 Características Histopatológicas 
▪ Epitélio estratificado pavimentoso; 
▪ Cavidade: material sebáceo, ceratina; 
▪ Cápsula: glândulas sebáceas, sudoríparas, 
folículos pilosos, músculos, e derivados 
gastrintestinais. 
 Tratamento e Prognostico 
▪ remoção cirúrgica; 
▪ Abaixo do M. Gênio-hióideo – removidos por 
incisão intraoral e/ou extraoral

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