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N1 - Querola Luz de Lima Souza ANÁLISE ESTRATÉGICA EM GESTÃO DE PESSOAS Para Chiavenato, o planejamento estratégico representa o resultado cumulativo de um longo e penoso aprendizado organizacional. “É uma escolha que envolve toda a organização e consiste em selecionar, dentre várias hipóteses existentes, qual deve ser escolhida a respeito dos aspectos internos e externos da organização e tomar decisões com base nessa opção” (Chiavenato, 2010). Ainda diz que para tais, o cálculo de perdas e ganhos está sempre presente nas considerações do estrategista. Na era da tecnologia, as habilidades, o conhecimento e as capacidades das pessoas são os ativos mais distintivos e renováveis nos quais uma empresa pode se basear. As inovações tecnológicas, a globalização da economia e a competitividade entre as empresas acabam por gerar impactos relevantes sobre a gestão das organizações, sobretudo na área de recursos humanos. Tendo isso em mente e partindo do princípio que foi identificado um problema de performance na empresa, precisa-se implementar ou corrigir a estratégia de recursos humanos com foco na melhora da performance dos colaboradores. Para Anthony et al. (1996 apud ALBUQUERQUE, 2002) a administração estratégica de recursos humanos apresenta algumas estratégias, das quais destaco as pertinentes ao case: - Reconhecer o impacto da competição e da dinâmica do mercado de trabalho; - Apresentar foco no longo prazo; - Considerar todas as pessoas da empresa como importantes para a consecução dos objetivos; - Estar integrada com a estratégia corporativa e com as demais estratégias funcionais. Levando isso em consideração, o gerente de pessoas deveria considerar aplicar estratégias de comprometimento para tornar melhorar a performance de pessoas e equipes: ESTRUTURA ORGANIZACIONAL: Redução de níveis hierárquicos e de chefias intermediárias, dando mais autonomia e responsabilidade para os funcionários, aumentando o empoderamento e sentimento de valorização. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO: Trabalho enriquecido que gera desafios e que traz resultados efetivos para empresa, fazendo com que o funcionário valorize o trabalho, compreendendo a razão daquela ação. SISTEMA DE CONTROLE: Ênfase no controle implícito pelo grupo; RELAÇÕES DE TRABALHO: Foco no encarreiramento flexível, permitindo ao colaborador organizar seu horário da forma que achar mais produtivo para o seu desempenho. Emprego a longo prazo, garantindo segurança financeira para o colaborador, permitindo que ele foque no seu trabalho no dia a dia, já que não precisará se preocupar em procurar outro emprego durante o horário comercial, fazer processos seletivos ou ficar ansioso. NÍVEL DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO REQUERIDO: Alto. Trabalho enriquecido e intensivo em tecnologia o que permite o engajamento dos funcionários e busca de conhecimentos. RELAÇÕES EMPREGADOR E EMPREGADO: Interdependência e confiança mútua. Promover ao colaborador flexibilidade, autonomia e responsabilidades desafiadoras, aumentando a valorização do colaborador na empresa. PARTICIPAÇÃO DOS EMPREGADOS NAS DECISÕES: Valorizar as decisões tomadas em grupo. Na prática, por meio de reuniões de alinhamento e brainstorm para tomada de decisões em equipe. POLÍTICA DE RECURSOS HUMANOS: Contrata para uma carreira longa na empresa, ou seja, pensar em um plano de carreira em que considera a permanência do colaborador na empresa. TREINAMENTO: Visa preparar o colaborador para futuras funções. Buscar por profissionais que são referências no assunto para aplicação de treinamento presenciais ou webinars, além disso, treinamentos onlines para desenvolvimento pessoal. CARREIRA: Carreiras flexíveis, com permeabilidade entre diferentes carreiras. SALARIAL: Focada na posição da carreira e no desempenho, com baixa diferenciação entre níveis. Levar em consideração o desenvolvimento individual, baseado em KPI ( Indicador-chave de desempenho) que são ferramentas de gestão para se realizar a medição e o consequente nível de desempenho e sucesso de uma organização ou de um determinado processo, além de feedbacks contínuos. INCENTIVOS: Foco nos incentivos grupais vinculados a resultados empresariai com bonus por meta atingida, participação de lucros e resultados, entre outros. Para Albuquerque (2002), o alinhamento com o planejamento estratégico pode apresentar falhas, então para isso a gestão de pessoas tem papel fundamental, uma vez que qualquer espécie de implementação deve ser executada por pessoas. O processo de gestão estratégica envolve a visão, a missão, a formulação, a implementação e a avaliação de resultados, sendo estes fundamentalmente relacionados ao lado humano da empresa. Ainda para Alburquerque, torna-se crucial saber prover a organização de pessoas com perfil apropriado para viabilizar os objetivos e as estratégias empresariais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ● ALBUQUERQUE, L. G. A gestão estratégica de pessoas. In: FLEURY, M. T. L. (Coord.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002 ● Albuquerque, L. G. (1999). Estratégias de recursos humanos e competitividade. In M. M. F. Vieira, L. M. B. Oliveira (Eds.), Administração contemporânea: perspectivas e estratégias. São Paulo: Atlas. ● CHIAVENATO , Idalberto; SAPIRO, Arão. Evolução do Pensamento Estratégico: As origens da competição e do pensamento estratégico.. 2ª. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
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