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Atividade Prática Supervisiona Biomedicina

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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 
CURSO DE BIOMEDICINA 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA – APS 
 
ARTIGO 5: Anemia: definição, epidemiologia, fisiopatologia, 
classificação e tratamento 
 
 
Ana Luiza Rossi Vigliar 
 
 
 
Trabalhos apresentado a Universidade 
Paulista-UNIP, como requisito para 
aprovação na disciplina Atividade Prática 
Supervisionada do curso de Biomedicina. 
Orientador: Profa. Dra. Adriana Feltrin 
 
 
 
Bauru 
2021 
 
 
 
ARTIGO 
 
ARTIGO 5: Anemia: definição, epidemiologia, fisiopatologia, 
classificação e tratamento 
 
O sangue é constituído por três categorias celulares que são intitulados 
como: Glóbulos vermelhos ou eritrócitos (responsáveis por realizar o transporte 
de oxigênio por todo o corpo); glóbulos brancos (responsáveis pelo sistema de 
defesa do organismo); e as plaquetas (responsáveis por auxiliar no processo 
de coagulação sanguínea). O organismo do ser humano é capaz de produzir 
milhões de glóbulos vermelhos por dia com o intuito de substituir o que foram 
perdidos ao decorrer do tempo. 
A terminologia anemia faz referência a uma manifestação clínica de 
caráter patológico baseada na redução da concentração de hemoglobina e da 
massa eritrocitária por unidade de volume de sangue, em parâmetros 
fisiológicos pode-se caracterizar pela redução da capacidade transportadora de 
oxigênio, haja vista que este é o principal papel da hemoglobina (carrear 
oxigênio). Segundo Organização Mundial da Saúde as anemias podem ser 
originadas a partir da deficiência de vários nutrientes como ferro, zinco, 
vitamina B12 e proteínas. 
Com o transcorrer da idade a incidência e a prevalência de anemia 
tendem à aumentar, sendo mulheres mais susceptíveis quando comparado ao 
homens, principalmente quando relacionado ao período reprodutivo da mulher, 
em decorrência da menstruação, porém após os 65 anos o quadro se inverte e 
os homens se tornam mais susceptíveis. 
 Para garantir a praticidade laboratorial, o parâmetro da hemoglobina é o 
padrão mais utilizado, para mulheres o valor referencial para anemia é 12g/dL 
e 13g/dL em homens. Deve-se atentar ao período gestacional, pois 
fisiologicamente a mulher passa por uma hemodiluição, os valores utilizados 
são 10g/dL e o percentual para o hematócrito em 30%. 
Para realizar um diagnóstico positivo para anemia, o paciente deve 
passar por uma avaliação inicial que corresponde a: Anamnese, um exame 
físico bem detalhado e por fim exames laboratoriais. A manifestação 
sintomatológica é dependente da idade do paciente, da capacidade física, do 
grau da anemia e do tempo de evolução do quadro, por exemplo, pacientes 
contendo uma evolução crônica possuem valores laboratoriais referenciais 
mais baixos, já um paciente contendo um quadro anêmico agudo possuem 
valores de hemoglobina mais baixos. 
Em geral a manifestação sintomatológica corresponde a: astenia, 
cansaço, fraqueza, falta de ar, palpitações, relatos como menor disposição 
para o trabalho, dificuldade de aprendizagem nas crianças, apatia (crianças 
muito “paradas”). já no exame físico a manifestação clínica mais evidente é a 
palidez mucocutânea (parte interna do olho, gengivas). 
 
QUESTÕES / RESPOSTAS 
1- Quais valores devem ser avaliados no eritrograma para determinar 
que um paciente está com anemia? Justifique. 
 
O eritrograma possui como intuito avaliar de forma qualitativa e 
quantitativa as hemácias, este exame abrange a contagem do número total de 
hemácias (He), volume globular ou hematócrito (HT), concentração de 
hemoglobina (Hb), volume corpuscular médio (VCM) e concentração de 
hemoglobina corpuscular média (CHCM). Através da análise desses 
parâmetros é possível encontrar possíveis alterações laboratoriais e propor 
investigações mais detalhadas. 
Para a análise de um possível quadro anêmico analisa-se de forma 
quantitativa os valores dos índices hematimétricos de VCM e HCM, pois a 
anemia é representada por uma diminuição na massa de eritrócitos em 
circulação oriunda de um possível descompasso entre a taxa de perda e/ou 
destruição e a taxa de síntese pela medula óssea. Quando obtém-se um 
resultado laboratorial contendo uma redução ou elevação do volume 
corpuscular médio (VCM), frequentemente seguida pela redução da 
hemoglobina corpuscular média (HCM) e da concentração de hemoglobina 
corpuscular média (CHCM), são indicativos que sugerem uma caracterização 
de cada anemia. 
Quando o paciente recebe o diagnóstico de anemia contendo o VCM e o 
HCM reduzidos, o quadro é característico de uma anemia microcítica e 
hipocrômica, caso o VCM e HCM manterem os valores dentro do padrão de 
normalidade a anêmica é normocítica e normocrômica e por fim caso o VCM 
esteja aumentado com HCM não aumentado a anemia é se caracteriza por ser 
macrocítica. 
 
2- Cite os principais tipos de anemias descritas no texto e sua 
fisiopatologia. 
 
Anemia ferropriva: 
O ferro é um componente extremamente importante para a hemoglobina 
nas hemácias e da mioglobina muscular sendo de suma importância para 
inúmeros mecanismos celulares, como por exemplo, processos enzimáticos, 
síntese de DNA dentre outros. No organismo a quantidade de ferro possui uma 
variação média de 2,5g a 3,5g, sendo que há uma quantidade maior em 
homens do que mulheres devido ao score corporal e a perda sanguínea que as 
mulheres passam durante o processo de menstruação. O ferro pode ser 
consumido a partir de duas linhagens: O ferro heme e o ferro não heme. 
O ferro heme é derivado de alimentos de origem animal como carne 
vermelha, frango, frutos do mar e miúdos. Grande parte deste componente é 
absorvido de forma direta pela mucosa intestinal, em especial na região de 
duodeno e no jejuno superior sem necessitar de algum coadjuvante. Há uma 
absorção de 30%. O ferro não heme é oriundo de uma alimentação de origem 
vegetal, como cacau, cereais e chá preto. Este necessita sofrer algumas 
reações com o intuito der absorvido pelo organismo. Sua absorção pode ser 
perturbada pela ingestão de fibras e pelo uso de fármacos antibióticos. Já o 
consumo de vitamina C otimiza a sua absorção no trato gastrointestinal, em 
detrimento a alteração conformacional de FE3+ para FE2+, sendo apenas 10% 
absorvido pelo organismo. 
 Após a absorção o ferro passa da mucosa intestinal para os 
eritroblastos, fígado e placenta através de uma proteína carreadora de ferro 
denominada transferrina, que é sintetizada pelo fígado. A proteína transferrina 
tem sua concentração aumentada quando há um déficit de ferro no organismo 
como uma tentativa de compensa-lo. O déficit de ferro, tem início quando a 
demanda do organismo é maior que a presença deste sendo necessário o uso 
das reservas presentes na medula óssea gerando uma exaustão progressiva 
dessa reserva. Caso não seja corrigido a tempo a síntese de glóbulos 
vermelhos será afetada levando a um quadro de anemia. Quando exposto por 
períodos prolongados a essa deficiência, esta anemia pode gerar disfunções 
nas enzimas celulares ligadas ao ferro. 
 
Anemia da doença inflamatória: 
Anemia de Doença inflamatória (ADI) é uma nomenclatura dada a uma 
síndrome clínica que se particulariza pelo desenvolvimento de anemia em 
pacientes portadores de doenças infecciosas crônicas, inflamatórias ou 
neoplásicas. A ADI apresenta uma expressão singular onde o quadro anêmico 
esta correlacionado à redução da concentração de ferro no sangue e da 
capacidade total de ligação do ferro, mesmo com um quadro onde a 
quantidade de ferro medular seja normal ou aumentada. 
O processo fisiopatológico abrange três distintos mecanismos. O 
primeiro está relacionado a limitação à mobilização do ferro de seus depósitos. 
Neste ocorre um acréscimo na síntese de interleucina-1 e interleucina-6 (IL-1, 
IL-6), do fator de necrose tumoral alfa (TNF α) e do interferon gama (INF γ), 
impelindo o aumento da síntese de hepcidina pelos hepatócitos.A hepcidina 
conecta-se à ferroportina levando a sua internalização e consequente 
decomposição, isso resulta em uma eritropoiese com restrição de ferro, já que 
a hepcidina elevada atua diminuindo a disponibilidade sérica do mineral. 
O segundo mecanismo esta relacionado a supressão da eritropoese 
através dos mediadores de inflamação, neste ocorre uma minimização da 
síntese da eritropoetina, ao mesmo tempo em que ocorre uma redução da 
resposta a sua ação. E por último se dá pela redução da sobrevida dos 
eritrócitos devido a presença de eritrofagocitose em abundância, tanto pelos 
macrófagos do fígado quanto do baço. 
Anemia na gestação: 
A anemia gestacional ocorre em detrimento a demanda nutricional 
aumentada necessária durante a gravidez da mulher. A mais comum durante 
esse período é a anemia ferropriva. O processo gestacional requer um aporte 
maior de ferro, em média 1000mg, sendo 350 mg para o feto e para a placenta, 
500 mg para a expansão eritrocitária e 250 mg para possíveis perdas durante o 
processo de parto. Isto posta a mulheres em processo gestacional necessitam 
mobilizar uma quantidade maior de ferro, quando esta excede as suas reservas 
resultam em um processo anêmico. 
Anemia da doença renal: 
O quadro anêmico resultante de pacientes portadores de doença renal 
crônica é de origem multifatorial, sendo considerados como fatores: carência 
de ferro, ácido fólico ou vitamina B12, hemólise, hiperparatireoidismo, perdas 
sanguíneas, síndromes mielodisplásicas e o próprio processo inflamatório 
crônico, inerente à doença renal. O principal fator responsável por acarretar um 
quadro anêmico no paciente é a deficiência de eritropoietina (auxiliam na 
síntese de eritrócitos), este é um hormônio produzido pelos rins que quando 
prejudicados resultam numa deficiência da síntese de eritrócitos na medula 
óssea. 
Anemia em idoso: 
O envelhecimento em si pode ser compreendido como um processo 
natural com degeneração progressiva dos sistemas corporais, resultando numa 
redução da efetividade na vitalidade do funcionamento do corpo. A grande 
maioria dos idosos apresentam uma carência nutricional de ferro, folato e 
vitamina B12 que resultam em um quadro anêmico. O quadro anêmico pode 
também ser resultante de doenças de caráter inflamatório ou por anemias 
clonais, quadros estes já explicados acimas. 
Um fator agravante do idoso é que este possui uma reserva funcional de 
órgãos reduzida, logo apresentam uma defasagem no processo compensatório 
anêmico, outro fator de maior aceite dentro do campo técnico científico é que o 
idoso apresenta uma enorme quantidade de glóbulos vermelhos em apoptose. 
 
3- Quais são as indicações para transfusão de sangue em pacientes 
anêmicos? 
O protocolo transfusional possui duas indicações, uma para reduzir a 
diminuição de oxigênio da circulação decorrente da anêmica e a outra para 
suspender a eritropoese anormal. 
A primeira indicação citada é dependente de alguns fatores como: 
Estágio que anemia se encontra (analisado através do percentual da 
concentração de hemoglobina) e da sua severidade. 
 
4- Diferencie anemia aguda da crônica. 
 
Pacientes com evolução aguda apresentam sintomas com valores mais 
altos de hemoglobina, enquanto que os de evolução crônica exibem valores 
mais baixos. 
A anemia aguda podem ser oriundas de processos hemorrágico ou 
acarretado pela destruição das células vermelhas sanguíneas (hemácias) em 
um processo chamado hemólise. Essas situações decorrem, normalmente, de 
traumas ou de repercussões ligadas a doenças, como a anemia falciforme e a 
coagulação intravascular disseminada (CID). 
Já as anemias crônicas são as mais comuns e as mais variadas. Elas 
podem ocorrer como consequência de diversas situações: 
● Deficiência de ferro; 
● Deficiência de vitamina B-12 (cianocobalamina); 
● Deficiência de ácido fólico; 
● Doenças hepáticas e renais; 
● Hipotireoidismo; 
● Intoxicação por chumbo; 
● Produção e maturação errôneas de células sanguíneas na medula 
óssea; 
● Presença de tumores malignos. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
AMARANTE, M. K. et al. Anemia Ferropriva: uma visão atualizada. Revista Bio 
saúde, v. 17, n. 1, p. 34-45, 2016. 
BANDEIRA, R.; MAGALHÃES, A. F.; AQUINO, H. B. S.. Interpretação dos 
critérios de liberação dos resultados de hemograma através de contadores 
automatizados em laboratório de urgência. Revista Saúde e Pesquisa, v. 7, n. 
3, p. 403-408, 2014. 
BORGES, F. C. et al. Anemias causadas pela deficiência de ácido fólico, 
vitamina B12 e ferro em gestantes. Revista Brasileira de Educação e Saúde, v. 
5, n. 3, p. 45-48, 2015. 
CANÇADO, R.D. Anemia: winning elbow room in the field of hematology and 
hemotherapy. Rev. Bras. Hematol. Hemoter., v.34, n.4, p.251-253, 2012. 
CARVALHO, M. L. et al. Perfil dos casos de Anemia falciforme atendidos no 
centro de hematologia e hemoterapia do Maranhão. Revista Interdisciplinar, v. 
8, n. 2, p. 136-142, 2015. 
FERNANDES, M. I. et al. Uso do rituximab no tratamento simultâneo da nefrite 
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GROTTO, H. Z. W. Diagnóstico laboratorial da deficiência de ferro. Revista 
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MACHADO, G. S. et al. Abordagem dos principais aspectos relacionados à 
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MILAGRES, C. S. et al. Prevalência e etiologia da anemia em idosos: uma 
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OLIVEIRA, A. S. et al. Efeito da duração da amamentação exclusiva e mista 
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