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SP1 Diagnóstico diferencial (CAQUEXIA) MAPA

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SP1 Diagnóstico 
 diferencial
 Caquexia
 De forma geral
 estado que envolve a perda substancial de 
 massa corporal básica devido à 
 inflamação sistêmica crônica
 causada por condições crônicas e indolentes
 câncer 
 + em tumores sólidos
 + Comum manifestação de tumores 
 gástricos
 pâncreas
 pulmão
 próstata 
 cólon
 doença pulmonar crônica
 O diagnóstico
 desgaste de gordura e músculos
 resultante de deficiência calórica 
 prolongada e/ ou inflamação
 O sintoma mais notável Perda de peso acentuada e rápida
 Fisiopatologia
 inflamação crônica, em paralelo à 
 resposta de estresse neuroendócrino
 tendo então as citocinas um papel 
 importante no processo TNFa, as IL-1 e IL-6 e as prostaglandinas
 concentração está alterada 
 induzem diversos dos sintomas 
 relacionados à síndrome
 Fatores secretados pelo tumor em 
 crescimento aparentemente 
 implicados na mobilização de ácidos 
 graxos e proteínas
 Diante das informações supracitadas Aspectos Metabólicos
 A caquexia causa um grande número de 
 reflexos no metabolismo energético Um grande "efeito dominó"
 Alterações descritas no metabolismo de 
 carboidratos + taxa de neoglicogênese, a partir da 
 alanina proveniente da musculatura esquelética
 glicerol
 cuja disponibilidade no fígado resulta do 
 incremento da lipólise no tecido adiposo 
 periférico
 lactato
 produzido em grandes quantidades pelos 
 tumores
 O glicogênio hepático é degradado
 massiva liberação de glicose pelo órgão
 A resistência à insulina
 comum
 pode ser revertida por insulina exógena
 O TNF-alfa tem papel na etiologia da 
 resistência à insulina na caquexia
 Metabolismo proteico!!!!
 degradação da musculatura constitui um 
 dos sintomas mais particulares da doença
 Fisiológicamente No jejum prolongado
 mecanismos regulatórios impedem a 
 degradação extensa da massa magra preservando o nitrogênio corporal
 Patologicamente Na vigência da caquexia
 quando a ingestão de nitrogênio já está 
 reduzida em razão da anorexia mecanismos fisiológicos falham permitindo a proteólise incluindo músculo cardíaco e liso
 O custo energético desse desequilíbrio 
 pode chegar a 100 kcal/dia
 Estudos sugerem ativação de sistema ATP-dependente mediado pela ubiquitina
 insensível a alterações na concentração 
 celular de cálcio
 independente de mecanismos 
 lisossomais de degradação
 Ocorre, concomitantemente
 inibição do transporte de aminoácidos 
 para o músculo esquelético
 Com a proteolise desses músculos aminoácidos liberados
 A alanina servirá à gliconeogênese hepática
 A glutamina
 na maior parte, utilizada pelo tumor, em 
 processos energéticos e biossintéticos
 Os aminoácidos essenciais
 a leucina
 8% da proteína corporal total
 é mais oxidada 
 A valina em conjunto com A LEUCINA
 ativamente requisitadas pelo tumor em 
 progressão
 Dessa maneira, há aumento do fluxo 
 desses aminoácidos da musculatura 
 esquelética para o tumor
 pode ser suprimido pela utilização de 
 agonistas para receptores adrenérgicos 
 do tipo β2.
 ALÉM DISSO
 o conteúdo de DNA da fibra muscular 
 também é reduzido induz à fragmentação consequentemente apoptose
 Papel do TNF α
 resposta apoptótica pode ser mimetizada pela citocina
 Muitos estudos
 tentram demonstrar relações entre a 
 protolise e o fator de necrose tumoral alfa
 mas seus resultados acabaram sendo 
 controvérsos
 tendo como conclusão que esse processo 
 não tem uma relação direta entre si
 seriam efeitos apartir de outros 
 mediadores que causariam tal processo
 propõe-se que fatores secretados pelo 
 próprio tumor como o PMF (protein mobilizing factor)
 possam tomar parte da resposta, em 
 adição ao TNFα
 Outras alterações descritas 
 abrangem hipoalbuminemia e 
 incremento na concentração plasmática 
 de fibrinogênio
 refletindo alteração na taxa de síntese 
 das duas proteínas no fígado 
 MUDANÇAS ligadas à priorização 
 diferencial da síntese proteica
 típica da resposta de proteínas de fase 
 aguda verificadas no
 trauma
 inflamação 
 infecção grave
 Assim
 resposta de fase aguda desencadeada 
 pela presença do tumor gera aumento 
 da proteína C reativa !!!!!!!!
 intimamente correlacionada à dimensão 
 da perda de peso, anorexia, reincidência 
 do tumor e redução da sobrevida
 e do fibrinogênio
 Participação inequívoca da inflamação 
 característica da caquexia na deflagração 
 dos sintomas metabólicos
 TNF alfa e a IL-6 apresentam efeitos
 sobre o processo de síntese protéica no 
 músculo
 mediando a transcrição e ativação de 
 fatores de transcrição nuclear factor kappa B- NFкB”, MyoD
 aumento da concentração de miostatina 
 importante regulador negativo da massa 
 muscular
 Dessa forma alterações promovidas pela caquexia
 geram efeitos diretos ou indiretos
 podendo então afirmar que modificações no metabolismo lipídico
 alterações nos mais variados níveis 
 metabólicos e fisiológicos no organismo 
 portador de tumor
 Sendo a GORDURA
 90% das reservas energéticas de um 
 idivíduo adulto
 DRASTICAMENTE afetada pela caquexia
 A concentração plasmática de glicerol, 
 indicativa de lipólise no tecido adiposo 
 periférico
 aumentada 
 e relata-se aumento do “turnover” de 
 ácidos graxos e glicerol em pacientes com 
 câncer caquéticos
 ácidos graxos liberados (principalmente 
 os poliinsaturados) podem promover
 crescimento tumoral pela inativação da 
 proteína ativadora da GTPase
 apoptose de adipócitos
 EMBORA esse turnover seja pouco 
 conhecido já esta claro que há redução na deposição lipídica
 mediada pela redução na expressão/
 atividade da enzima lípase de 
 lipoproteínas + redução na concentração 
 de insulina A enzima lipase hormônio-sensível por sua vez, apresenta atividade
 Essas alterações determinam
 agravamento do déficit energético
 contribuem para a proteólise no músculo 
 esquelético
 Resumido
 Quadro clínico
 O sintoma mais notável é a perda de peso 
 acentuada e rápida pacientes com CA AVANÇADO
 60% dos CA de pulmão 
 80% do sist. Digestório - já no momento 
 do diagnóstico
 anorexia (perda de peso 46%)
 alterações no paladar (perda de apetite 53%)
 astenia
 fadiga (+freq. 74%)
 exacerbada perda de peso involuntária (
 massa gorda e magra)
 perda da imunocompetência
 perda de habilidades motoras e físicas
 apatia
 desequilíbrio iônico
 anemia
 náuseas
 grandes alterações no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios
 DIAGRAMA!!!
 Sintomas clínicos
 .
 - Exacerbada perda de peso involuntária (
 massa magra)
 - Anorexia, alterações no paladar, vômito, 
 saciedade precoce, má absorção 
 Intestinal
 - Alteração no perfil hormonal plasmático
 - Disfunção hipotalâmica
 
 - Astenia, fadiga, perda de habilidades 
 motoras e físicas, apatia
 - Perda da imunocompetência
 - Caos metabólico
 - Desequilíbrio iônico
 PRIMEIROS A SEREM PERCEBIDOS
 Diagnóstico
 ANAMNESE + Exame Físico + EXAMES
 Os critérios diagnósticos incluem
 perda involuntária de peso superior a 5%, 
 ou 2%
 em indivíduos já abaixo dos valores 
 esperados de peso, segundo o índice de 
 massa corporal – IMC < 20kg/m2
 ou
 presença de sarcopenia
 classificação da síndrome segundo a 
 gravidade
 pré- caquexia
 paciente apresenta perda de peso igual 
 ou superior a 5%, anorexia e alterações 
 metabólicas
 caquexia 
 perda de peso igual ou superior a 5%, ou 
 de 2%, com IMC < 20kg/m2
 ou 
 sarcopenia acompanhada de perda de 
 peso corporal equivalente ou superior a 
 2%
 Referem ainda presença frequente de 
 redução da ingestão 
 de inflamação sistêmica
 caquexia refratária 
 pacientes com diferentes graus de 
 caquexia
 com intenso catabolismo e que não 
 respondem ao tratamento anti-câncer
 Ainda nesse estágio
 pacientes com baixo escore de 
 desempenho e sobrevida esperada 
 inferior a três meses devem ser incluídos
 PARÂMETROS PARA FAZER A INCLUSÃO 
 EM CADA ESTÁGIO?
 [] de proteina C-reativa no soro
 avaliação da anorexia e fatores correlatos
 redução do apetite, alterações napercepção gustativa e olfativa, motilidade 
 gastrointestinal reduzida, constipação, dor
 metabólitos indicadores de catabolismo
 massa e força muscular dinamometria dos membros superiores
 manifestações psicossociais
 EM ESTÁGIOS MAIS AVANÇADOS DE 
 ACOMPANHAMENTO determinação de marcadores
 utilização de citocinas ou de balanço das 
 mesmas e ainda
 determinação precoce da suscetibilidade 
 à caquexia por determinação da presença 
 de polimorfismos de genes relacionados à sarcopenia e às citocinas
 LABORATORIAIS
 De acordo com a etiologia apontada pela 
 anamnese e exame físico
 Os exames podem incluir 
 hemograma completo
 bioquímica
 enzimas hepáticas
 função renal
 atividade inflamatória
 albumina sérica
 urina 
 radiografia de tórax 
 por vezes, ECG
 Pacientes com anorexia nervosa e/ou 
 caquexia 
 podem apresentar exames de laboratório 
 sinalizando hipotireoidismo subclínico
 elevação da TSH e concentrações de 
 hormônios tireoidianos dentro da faixa de 
 referência 
 assintomático
 Na avaliação nutricional global
 pesquisa do grau de perda de massa 
 magra e gordurosa, micronutrientes e 
 suas repercussões sistêmicas Através de
 Albumina sérica
 proteína corpórea mais utilizada para 
 avaliação de desnutrição
 podendo-se medir também a 
 préalbumina e a transferrina
 Excreção de creatinina urinária de 24 
 horas
 dosagem indireta da excreção da 
 creatinina muscular esquelética
 Balanço nitrogenado corpóreo e/ou 
 excreção urinária de nitrogênio
 balanço entre aporte de nitrogênio oral, 
 parenteral ou enteral e perdas urinárias, 
 fecais ou de outras fontes intestinais (
 drenos, fístulas);
 Metabolismo basal = taxa de metabolismo 
 basal (TMB) x fator estressor x fator de 
 atividade ou pela dosagem de 
 calorimetria indireta Calorimetria indireta
 técnica de consumo de 02 e produção de 
 CO2 para calcular o gasto de energia de 
 repouso e quociente respiratório
 Um litro de O2 consumido corresponde a 
 3,9 kcal (16,32 kj); 1L de CO2 produzido 
 gera 1,1 kcal (4 kj)
 mede com precisão o gasto de energia 
 diária!
 Bioimpedância ou impedância bioelétrica
 por meio de corrente fraca e 
 posicionando-se eletrodos no dorso das 
 mãos e dos pés
 quantifica-se o teor de massa magra, 
 gordura e água corpórea
 RMN
 por meio de campo magnético, dosa-se o 
 teor de gordura e a musculatura corpórea
 método mais utilizado durante a fase de 
 recuperação para monitorar a restauração 
 de massa magra versus massa e gordura
 Dosagem de vitaminas e sais minerais: 
 pesquisa de micronutrientes como ferro, 
 zinco, vitaminas (B12, B6) e ácido fólico.
 Dosagem indireta de vitamina K pelo 
 tempo de protrombina (fatores K-
 dependentes), hemograma (carência de 
 ácido fólico, B12, ferro), índice de 
 segmentação neutrofílica (B12);
 Função imunológica
 contagem de linfócitos (pode estar 
 diminuída) e testes cutâneos comuns, 
 como BCG e outros
 preconizam os exames bioquímicos de 
 albumina
 pré-albumina
 transferrina
 contagem total de linfócitos séricos
 dosagem de balanço nitrogenado
 peso 
 análise de bioimpedância para diferenciar do edema
 Tratamento
 Objetivam a maior recuperação possível da função fisiológica adaptada com capacitação física, 
 melhora da função muscular e orgânica e competência imunológica
 Baseando em 3 pontos
 1 Definir metas significativas e possíveis
 peso, composição corpórea, força, 
 desempenho e status, apetite e qualidade 
 de vida específicos individualmente para 
 cada paciente
 2 Definir medidas de tratamento (
 multidisciplinar)
 nutrição, medicação, exercício (dentista, 
 assistência social, fisioterapia, 
 fonaudiologia, enfermagem, médico)
 3 Para perdas de peso causadas por 
 doença específica
 seguir a terapia prescrita no tratamento 
 da causa de base
 Em relação a fármacos
 Orientar os pacientes a consumir 
 suplementos entre as refeições, em vez de 
 junto com as refeições
 ajudar a atenuar a supressão do apetite e 
 facilitar o aumento da ingestão oral
 Os fármacos orexígenos, anabólicos e 
 anticitocina investigados com essa indicação
 Em pacientes selecionados
 antidepressivo mirtazapina produz 
 aumentos 
 do peso corporal
 da massa gordurosa 
 da concentração de leptina
 Sindrome consumptiva
 De forma geral CONCEITO:
 Configura-se como um estado complexo 
 de interação entre anorexia, perda de 
 massa gorda e magra, distúrbios 
 psicológicos e piora acentuada da 
 qualidade de vida.
 EPIDEMIOLOGIA:
 80% de pacientes com câncer avançado 
 cursam com a "Síndrome Consumptiva 
 Crônica"
 Em relação a AIDS
 aponta-se que, nos EUA, em 10% dos 
 casos é tida como a condição inicial 
 definidora do diagnóstico
 CAUSAS: 
 I. Perda de peso com ingestão alimentar 
 elevada:
 Diabetes mellitus
 Hipertiroidismo
 Síndromes de má absorção (neoplasias, 
 etc.)
 II. Doenças associadas com metabolismo 
 acelerado
 Feocromocitoma (tumor de medula supra-
 renal)
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Infecções crônicas
 Doenças inflamatórias crônicas
 Hipertiroidismo
 Neoplasias
 III. Doenças associadas com perdas 
 anormais de elementos nutritivos
 Diabetes mellitus (glicosúria)
 Fístulas do tubo gastrointestinal
 Síndromes de má absorção
 Neoplasias
 Doenças febris
 Tuberculose
 AIDS
 IV. Doenças primariamente associadas à 
 anorexia ou ingestão alimentar diminuída
 Neoplasias
 Mudanças de padrão alimentar
 Anemias Síndromes paraneoplásicas
 AIDS
 Tuberculose
 Infecções crônicas
 Algumas endocrinopatias (Doença de 
 Addison, hipogonadismo)
 GRUPOS ACOMETIDOS
 I. Pacientes geriátricos
 Depressão
 Sitofobia
 Demência
 Maus cuidados
 II. Pacientes com depressão
 III. Pacientes com doenças sistêmicas
 Cardiovasculares
 Pulmonares
 Infecciosas
 Metabólicas
 IV. Pacientes no uso de medicamentos:
 Seus efeitos secundários (adversos) 
 podem levar à síndrome (ex: 
 quimioterápicos)
 V. Pacientes febris
 Cada °C adicional temperatura aumenta 
 consumo em 7% Infecções
 Neoplasias
 AVES
 Doenças metabólicas
 VI. Pacientes neoplásicos
 VII. Pacientes com AIDS
 FISIOPATOLOGIA:
 Divide-se a base fisiopatológica da perda 
 de peso em três categorias
 diminuição da ingestão de alimentos, 
 metabolismo acelerado ou aumento da 
 perda de energia Basicamente
 Ocorre diminuição da ingesta calórica e 
 aumento do metabolismo com perda de 
 calorias envolvendo 
 produção de citocinas
 liberação de fatores proteolíticos e 
 lipolíticos 
 alteração no metabolismo intermediário 
 Caquexia
 SENDO Elemento fundamental TNF-a
 PODE TAMBÉM Estar relacionada a fatores mecânicos
 obstruções ao trato gastrintestinal
 falhas absortivas
 intervenções cirúrgicas lesivas 
 tratamento químico ou radioterápico
 podem induzir náuseas, vômitos, 
 estomatites e diarréia culminando com a perda de peso
 A regulação do apetite sofre alterações 
 com o envelhecimento 
 há aumento da circulação de 
 colecistocinina
 que associada à diminuição do 
 metabolismo basal pode levar à perda de peso importante
 A maioria dos homens atinge o máximo 
 de peso corporal ao redor dos 40 anos e as 
 mulheres aos 50 anos
 De forma mais realcionada as 
 fisiopatologias
 Classifica-se perda de peso em dois 
 grandes grupos:
 1) Perda de peso involuntária com 
 aumento ou diminuição do apetite 
 Perda de peso involuntária com aumento 
 do apetite
 + Gasto energético/ perda de calorias 
 tanto por fezes como urina
 fazendo com que o balanço energético 
 seja negativo
 COMUM EM
 hipertireoidismo, diabetes mellitus (DM) 
 descompensado, síndrome de má 
 absorção, feocromocitoma, aumento 
 importante de atividade física
 No hipertireoidismo
 a perda de peso está associada com 
 + gasto energético basal 
 e 
 - absorção intestinal devido ao aumento 
 da motilidade gastrointestinal
 Em idosos com hipertireoidismo, também 
 pode ocorrer a associação desta doença 
 com anorexia
 No diabetes mellitus descompensado, 
 principalmente no DM tipo 1
 a deficiência de insulina(hormônio 
 anabólico) e 
 à hiperglicemia com glicosúria (diurese 
 osmótica)
 vão causar depleção de líquido extra e 
 intracelular (desidratação)
 No feocromocitoma 
 a atividade adrenérgica exacerbada 
 aumenta a taxa de metabolismo basal
 Outra causa não orgânica é a baixa 
 condição econômica
 dificuldades para comprar alimentos 
 adequados
 
 Perda de peso involuntária com 
 diminuição do apetite
 Doenças psiquiátricas como depressão, 
 fase maníaca do distúrbio bipolar, 
 distúrbio de personalidade e paranóia, 
 uso crônico de drogas, doenças como 
 câncer, endocrinopatias, doenças 
 crônicas, doença pulmonar obstrutiva 
 crônica e doenças gastrointestinais.
 A perda de peso devido ao câncer (
 caquexia)
 ocasionalmente pode ser a única 
 manifestação de tumores ocultos.
 primeira manifestação ou manifestação 
 tardia do tumor
 Nos pacientes com vírus da 
 imunodeficiência humana (HIV) positivos 
 ou soro-reagentes
 perda de peso é sintoma relativamente 
 comum
 ao contrário dos cânceres
 associada primariamente à diminuição da 
 ingestão calórica
 gasto energético é igual ao paciente sem 
 a doença
 Perda de peso súbita relacionada à infecção secundária
 perda gradual relacionada à redução de ingesta calórica
 Endocrinopatias
 insuficiência adrenal
 pode cursar com anorexia, náusea e perda 
 de peso, assim como a hipercalcemia
 alguns pacientes com hipertireoidismo geralmente idoso
 diabetes mellitus
 pode ocorrer a perda de apetite como 
 sintoma da gastroparesia
 Má absorção intestinal por neuropatia 
 intestinal e insuficiência renal.
 Diabético tipo 1
 pode também apresentar doença de 
 Addison associada
 Nas doenças cardiopulmonares
 perda de peso relaciona-se à insuficiência 
 cardíaca (caquexia cardíaca) ou à doença 
 pulmonar obstrutiva crônica
 Pode ser ocultada por edema 
 concomitante
 Doenças neurológicas
 acidente vascular cerebral, demências, 
 esclerose múltipla, Parkinson
 associadas com alteração de motilidade 
 gastrintestinal bem como 
 disfagia
 alteração do olfato
 paladar (disgeusia)
 constipação
 disfunção esfincteriana 
 falta de apetite
 A doença de Parkinson relaciona-se com 
 anorexia e aumento do gasto energético
 Uremia
 induz anorexia, náusea e vômito, assim 
 como perda de proteína pela urina, por 
 exemplo, na síndrome nefrótica, resulta em balanço negativo calórico
 Pacientes em situações de isolamento 
 social
 tendem a apresentar diminuição 
 do apetite
 ato de comer
 dificuldade em comprar e preparar os 
 alimentos
 2) Perda de peso voluntária
 QUADRO CLÍNICO
 Perda de peso involuntária maior que 10% 
 do peso total associada a diarréia, 
 fraqueza ou febre maior que 38°C
 Febre maior que 38oC de mais de 30 dias 
 de duração
 Diarréia
 Além disso, pode-se encontrar aplasia 
 muscular grave com degeneração 
 dispersa das miofibras com evidências 
 ocasionais de miosite.
 Em geral acompanha-se 
 de aumento da morbidade e da 
 mortalidade 
 e maior susceptibilidade a infecções 
 oportunistas e tumores
 Diagnóstico
 PROTOCOLO 9 D´s
 Laboratoriais
 Hemograma
 VHS
 Urina 1
 Glicemia de jejum
 Screening bioquímico, eletrólitos
 Perfil tireoidiano
 Sorologias anti HIV, hepatite, fator 
 reumatoide, sífilis
 Parasitológico de fezes
 PPD
 Estudos radiológicos, ultrassonografias, 
 tomografias e ressonância magnética (
 com indicação adequada)
 Síndrome do idoso frágil
 Conceito:
 Síndrome biológica de diminuição da 
 capacidade de reserva homeostática do 
 organismo e da resistência aos estressores
 resultando em declínios cumulativos em 
 múltiplos sistemas fisiológicos
 causando vulnerabilidade 
 e 
 desfechos clínicos adversos
 Associada à incapacidade, a 
 comorbidades e envelhecimento
 FISIOPATOLOGIA 
 •Perda de massa e força musculares.
 • Atrofia das fibras musculares rápidas (
 tipo lla) substituição por tecido adiposo e fibrótico
 •Redução da síntese proteica
 •Redução da força e eficiência musculares
 •Tem grande impacto na capacidade 
 funcional de um indivíduo
 A diminuição da força muscular e da 
 tolerância ao exercício 
 leva à diminuição da capacidade para as 
 atividades diárias consequentemente + dependência
 Além disso
 ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS
 O envelhecimento tem sido associado a 
 um aumento crônico dos níveis 
 circulantes de marcadores inflamatórios
 incluindo citocinas pró inflamatórias e 
 anti-inflamatórias, antagonistas de 
 citocinas e proteínas de fase aguda:
 + TNF-a: 
 melhor indicador de mortalidade em 
 idosos
 + IL-6
 +Proteína C-reativa
 ALTERAÇÕES NEUROENDÓCRINAS
 - Testosterona
 - Estrogênio
 - Hormônio luteinizante
 - DHEA (dehidroepiandrosterona): 
 participa da produção de hormônios 
 sexuais
 - GH: 
 Uma proteína e um hormônio peptídeo 
 sintetizado e secretado pela glândula 
 hipófise anterior (adenoipófise)
 estimula o crescimento e a reprodução 
 celular
 - IGF-1 (fator de crescimento semelhante a 
 insulina)
 proteína produzida no fígado em resposta 
 ao hormônio de crescimento (GH)
 importante no crescimento, 
 desenvolvimento da musculatura
 diminui os níveis de glicose no sangue
 reduz os níveis de gordura corporal 
 altera a oxidação lipídica e aumenta a 
 síntese de proteínas
 + Cortisol
 CICLO VICIOSO!!!!! !!!!!!
 Diagnóstico
 1 ou 2 critérios: alto risco para desenvolver 
 fragilidade
 3 ou mais critérios: idoso frágil 
 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS 
 Perda de peso não intencional: 
 maior que 4,5kg ou superior a 5% do peso 
 corporal no último ano.
 Diminuição da força de preensão palmar
 medida com dinamômetro e ajustada 
 para gênero e IMC
 Diminuição da velocidade de marcha em 
 segundos
 Exaustão/queixas: 
 "Eu sinto que faço todas as minhas 
 atividades com muito esforço" 
 e/ou 
 "não consigo continuar minhas 
 atividades". 
 Se houver pelo menos uma das queixas 
 por 3 semanas ou mais considera-se positivo esse critério
 Baixo nível de atividade física
 medida pelo dispêndio semanal de 
 energia em quilocalorias 
 (com base no autorrelato das atividades e 
 exercícios físicos específicos realizados) 
 ajustado segundo o gênero
 EXAMES COMPLEMENTARES
 Até o momento, não existem exames 
 específicos para o diagnóstico de 
 fragilidade.
 Podem estar alterados: 
 Albumina; Colesterol; PCR; Pré-albumina; 
 TG; Dímero-D; Transferrina; IGF-1; 
 Fibrinogênio; Ceruloplasmina; GH; SNP; 
 Folato; Insulina (jejum); Mutação DNA 
 mitocondrial; Zinco e vitaminas; IL-6.
 O diagnóstico diferencial é feito 
 descartando-se doenças consumptivas, 
 terminais e na possibilidade da 
 identificação de componentes suficientes 
 para preencher a síndrome da fragilidade
 PREVENÇÃO
 Estimular dieta adequada
 quantidades suficientes de energia, 
 proteínas, vitaminas e minerais
 Estimular a prática de exercício físico 
 regular
 Monitorar periodicamente estado 
 cognitivo, humor, funcionalidade, 
 equilíbrio e marcha
 Prevenir infecções
 Antecipar possíveis situações de estresse ex: cirúrgicas eletivas
 TRATAMENTO
 Manter esquemas de prevenção na 
 medida do possível
 Quanto aos tratamentos farmacológicos
 A reposição hormonal, sem atividade 
 física, não resulta em melhora de força ou 
 de funcionalidade
 Além disso, os efeitos colaterais tornam 
 seu uso quase proibitivo a essa população
 Sarcopenia
 O processo de sarcopenia
 compreendida como redução da massa 
 muscular
 resultante das alterações 
 neuroendócrinas do envelhecimento
 responsável por modificações da 
 composição corporal diminuição 
 da massa muscular
 damassa óssea
 da água corporal total 
 e aumento da gordura!!
 está estritamente relacionada com o "
 fenótipo da fragilidade"
 No modelo proposto, os critérios de 
 operacionalização do diagnóstico de 
 sarcopenia incluem 
 presença de três ou mais dos critérios do 
 fenótipo da fragilidade 
 emagrecimento significativo não 
 intencional
 fatigabilidade
 fraqueza
 baixo nível de atividade física 
 lentificação da marcha
 e critérios baseados na medidaquantitativa da massa muscular, 
 associada a medidas de função muscular, 
 como 
 força de preensão palmar 
 velocidade da marcha
 A lentificação da marcha é um dos 
 principais determinantes da sarcopenia/
 dinapenia
 definida como velocidade de marcha 
 menor ou igual a 0,8 m/s
 Outro bom indicador de sarcopenia é o 
 perímetro da panturrilha menor ou igual a 
 31 cm
 Outros preditores de sarcopenia são a 
 perda significativa de peso não 
 intencional ou baixo índice de massa 
 corporal (IMC < 22 kg/m2)
 Quais são os sinais da perda 
 ponderal importante
 DEFINIÇÕES 
 perda modesta
 oscilações habituais no peso corporal ou 
 ao processo fisiológico natural de 
 envelhecimento
 involuntária e significativa
 perda de 5% ou mais do peso corporal em 
 seis a 12 meses
 perda de peso inexplicável, recente e 
 progressiva, em pessoa previamente 
 hígida
 Maior prevalência de neoplasias e de 
 fatores psicossociais e funcionais
 preocupante quando ocorre acima de 40 
 anos de idade
 ATENDIMENTO
 Anamnese
 Primeiramente, deve-se avaliar se 
 realmente houve a perda de peso e sua 
 magnitude
 Detalhar
 Hábito alimentar e dietas recentes
 Digestão
 Hábito intestinal
 Micção
 Sinais de sangramento
 Lesões de pele
 Alterações na fonação
 Tosse
 Dispneia
 Dor torácica
 Palpitações
 Febre
 Dor
 Sintomas neurológicos e emocionais
 Deficiência na cicatrização de feridas
 Comorbidades conhecidas
 Doenças prévias
 História ocupacional e social
 Uso de medicamentos, álcool, tabaco e 
 drogas ilícitas
 Sintomas inespecíficos
 Calafrio
 Sudorese
 Fadiga
 Fraqueza muscular
 Fatores de risco para infecção
 HIV
 Imunossupressão
 Exame físico
 Cálculo de IMC
 Circunferência abdominal
 Medida da prega subcutânea
 Sinais de desnutrição proteico-energética áreas mais comumente afetadas
 Cabelos
 Olhos
 Lábios/cavidade oral
 Pele
 Deve ser dada ênfase também ao exame 
 do abdômen e do sistema músculo-
 esquelético e neurológico
 Atentar para linfadenomegalias, 
 alterações mamárias ou da tireoide e 
 estigmas de doença sistêmica, como 
 icterícia, aranhas vasculares, eritema 
 palmar, ginecomastia e circulação 
 colateral no abdômen em hepatopatias 
 crônicas
 Protocolo 9D´s
 Durante investigação etiológica de 
 síndrome consumptiva
 regra mnemônica que consiste em nove "
 D"s de causas de perda de peso
 Dentição
 Disgeusia
 Disfagia
 Diarréia
 Doenças crônicas
 Depressão
 Demência
 Disfunção de órgãos
 Drogas 
 Outra regra mnemônica MEALS ON WHEELS
 M: Medicações.
 E: emocional (problemas emocionais).
 A: anorexia tardia/alcoolismo.
 L: late-life paranoia (paranoia de 
 incidência tardia).
 S: swallowing disorders (distúrbio da 
 deglutição).
 O: oral factors (fatores orais, como 
 dentição em mau estado).
 N: no money (sem dinheiro).
 W: wondering and other dementia-
 related behaviors (esquecimento e outros 
 comportamentos relacionados com 
 demência).
 H: hipertireoidismo, hipotireoidismo, 
 hiperparatireoidismo, hipoadrenalismo.
 E: enteric problems (problemas entéricos, 
 má absorção).
 E: eating problems (distúrbios 
 alimentares, incapacidade de alimentar-
 se sozinho).
 L: low salt, low cholesterol diets (dietas 
 com restrição de sal e colesterol).
 S: social problems, gallstones (problemas 
 sociais: isolamento, incapacidade de obter 
 alimentos favoritos, colecistopatia 
 calculosa).
 Em caso de suspeita de desnutrição Miniavaliação Nutricional
 inclui questões sobre apetite, horários de 
 refeições, frequências de refeições e 
 paladar
 sensibilidade e especificidade são > 75%
 futura perda de peso de 5% de peso 
 corporal em idosos
 MINTI - Imagem em Doenças 
 Disabsortivas
 listas de diagnóstico diferencial. Cinco 
 regras, bem aprendidas, simplificam o 
 problema:
 ■Regra 1: 
 dilatação do lúmen do intestino delgado 
 significa obstrução ou disfunção do 
 músculo do intestino delgado
 ■Regra 2: 
 espessamento das pregas do intestino 
 delgado significa infiltração da 
 submucosa
 ■Regra 3: 
 espessamento reto, uniforme e regular 
 significa infiltração por líquido (edema ou 
 sangue)
 ■Regra 4: 
 espessamento nodular, irregular e com 
 distorção significa infiltração por células 
 ou material não líquido
 ■Regra 5: 
 O diagnóstico específico exige correlação 
 do padrão do intestino delgado com os 
 dados clínicos.
 Doença celíaca do adulto
 Os achados radiográficos clássicos são
 ■Dilatação do intestino delgado
 ■Pregas normais ou mais finas
 ■Redução do número de pregas por 
 polegada (2,5 cm) no jejuno
 ■Aumento do número de pregas por 
 polegada (2,5 cm) no íleo (≥ 5)
 Os achados são mais bem mostrados por 
 enteróclise (com exame contrastado 
 baritado).
 Em TC pode ser observada a distensão de 
 alças do intestino delgado, com aumento 
 do volume de líquido intraintestinal
 Deficiência de lactase
 Deficiência de lactase secundária ocorre 
 no alcoolismo, doença de Crohn e uso de 
 fármacos como neomicina
 A lactose não digerida no intestino 
 delgado provoca aumento do líquido 
 intraluminal e dilatação do intestino 
 delgado, com pregas normais
 Enterite por radiação
 Grandes doses de radiação são dadas aos 
 órgãos adjacentes
 Intestino muito sensível.
 Segmentos longos dele podem ser 
 envolvidos, com espessamento das pregas 
 e da parede intestinal.
 O peristaltismo é prejudicado.
 Fibrose progressiva leva à estenose 
 crônica, geralmente envolvendo 
 segmentos longos.
 O intestino pode ser dobrado e obstruído 
 por aderências.
 Também podem formar fístulas para a 
 vagina ou outros órgãos.
 TC mostra espessamento da parede e 
 aumento da densidade do mesentério, 
 além de fixação das alças intestinais.
 Doença de Whipple
 Enteróclise mostra o espessamento 
 irregular das pregas, mais proeminente no 
 jejuno. 
 Os nódulos minúsculos (1 mm), como 
 grãos de areia, espalhados de maneira 
 difusa sobre a mucosa ou em pequenos 
 grupos representam um forte indício da 
 doença. 
 É comum o aumento do líquido luminal.
 A TC revela pregas espessadas, 
 especialmente no jejuno, sem dilatação 
 significativa. 
 É característica a existência de nódulos de 
 baixa densidade ou com densidade de 
 gordura no mesentério.
 Enterite da AIDS Infecções oportunistas
 Cryptosporidium e Isospora belli (
 protozoários)
 exames com bário mostram pregas 
 espessadas e acentuado aumento do 
 líquido
 Citomegalovírus
 exames com bário mostram pregas 
 espessadas, separação das alças 
 intestinais, úlceras e fístulas
 Mycobacterium avium-intracellulare
 exames com bário mostram pregas 
 nodulares espessadas com padrão de 
 grãos de areia na mucosa
 A TC mostra linfadenopatia 
 retroperitoneal e mesentérica e lesões 
 focais no fígado e no baço
 Doença de Crohn
 As principais características radiográficas 
 da doença de Crohn são:
 ■Erosões aftosas
 ■Ulcerações profundas confluentes
 ■Pregas espessadas e distorcidas
 ■Fibrose com espessamento das paredes, 
 contratura e estenose
 ■Envolvimento do mesentério
 ■Envolvimento assimétrico tanto no 
 sentido longitudinal como em torno do 
 lúmen
 ■Áreas salteadas de intestino normal 
 entre os segmentos afetados pela doença
 ■Formação de fístulas e trajetos fistulosos.
 Enterografia por TC e RM são utilizadas 
 para determinar a atividade da doença e 
 para a pesquisa e diagnóstico de suas 
 complicações
 Enterocolite por Yersinia
 As alterações radiográficas são mais 
 pronunciadas nos 20 cm distais do íleo.
 Os achados incluem
 úlceras aftosas
 nódulos de até 1 cm de tamanho
 espessamento da parede e das pregas
 as quais se mostram apagadas com o 
 aumento do edema
 Durante a fase de resolução
 pode aparecer hiperplasia linfóide 
 nodular.
 Campylobacter fetus jejuni
 clínica e radiograficamente similar à 
 infecção por Y. enterocolitica
 como defesa do organismo
 Não devendo ser tratado
 (“anorexia fisiológica da idade”)
Cliente
Realce
PODE PROPICIAR UM ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO?

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